FEVEREIRO: 101 ANOS DE ZÉ DANTAS E OS ENCANTOS DA MÚSICA BRASILEIRA
Neste ano de 2022, o Brasil e a música brasileira comemora os 101 anos de nascimento, do compositor e médico, um dos mais talentosos nomes da cultura brasileira e internacional, José de Souza Dantas Filho, o poeta Zé Dantas.
As músicas de Zé Dantas continuam vivas e atual. Zé Dantas vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente".
Zé Dantas nasceu em 27 de fevereiro de 1921, em Carnaíba, Pernambuco, Sertão do Pajeú. Para quem estuda a música e cultura à luz das ciências da comunicação, sabe da importância de Zé Dantas para a compreensão sócio política, cultural, sociológica e antropológica para o conhecimento do Nordeste e do Brasil.
Basta citar as interpretações de Luiz Gonzaga e o puxado da sanfona ao cantar músicas como Vozes da Seca, Sabiá, Paulo Afonso, Cintura Fina, Algodão, Riacho do Navio, Farinhada, Pisa no Pilão, Vem Morena, Forró do Mané Vito, Imbalança, Acauã, Casamento de Rosa, Abc do Sertão, Minha Fulô, Siri Jogando Bola, São João Antigo, São João do Arraiá, A Profecia e Samarica Parteira, além de causos e outras dezenas de músicas para ressaltar a sabedoria musical presente no trabalho de Zé Dantas.
Na voz de Jackson do Pandeiro a música Forró em Caruaru é outro exemplo do conhecimento de Zé Dantas ao compor, escrever. Também por isto Luiz Gonzaga dizia que Zé Dantas era tão autêntico, puro de coração e alma que sentia nele o cheiro de bode, representando a expressão, do enorme talento e sentimento, valorização da identidade cultural sobre o Nordeste.
Zé Dantas foi casado com dona Iolanda. A música A Letra I, foi feita como forma de presente. Zé Dantas e dona Iolanda tiveram três filhos: Sandra, Mônica e Jose de Souza Dantas Neto. A cantora Marina Elali é neta de Zé Dantas.
Sobre Zé Dantas Neto, dizia o pai: "este menino tem a cara larga do Pajeú das Flores". José de Souza Dantas Neto nasceu no ano de 1959. O filho era um bebê quando Zé Dantas, tornou-se encantado, desencarnou e "partiu para o Sertão de Eternidade", no dia 11 de março de 1962.
José de Souza Dantas Neto, atualmente respeitado profissional da medicina, o doutor Dantas Neto é coronel médico do Exército Brasileiro. É mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi chefe de clínica e da residência médica do Hospital do Exército por mais de 10 anos.
Estas e outras histórias foram contadas ano passado, na live apresentada pelo pesquisador e escritor Rafael Lima, autor do livro, “O Rei do Baião e a Princesa do Cariri”, onde relatou sobre os momentos mais marcantes vividos por Luiz Gonzaga na cidade do Crato, Ceará.
Rafael Lima teve convidado o doutor Dantas Neto que falou sobre a vida e obra do pai o compositor Zé Dantas.
VIDA E OBRA: O gosto musical sempre foi o grande aliado do pernambucano José de Souza Dantas Filho (1921-1962), também chamado de Zé Dantas. Nascido em Carnaíba de Flores, no Sertão do Pajeú, desde menino se revelava compositor. Apaixonado por ritmo, melodia e harmonia, Zé Dantas, criava com facilidade xotes, baiões e toadas. No Recife estudou medicina conforme desejavam os pais, mas nunca abandonou a vocação artística.
Aquele que viria a ser um dos principais parceiros musicais do Mestre Lua é tema do livro Na batida do baião, no balanço do forró: Zedantas e Luiz Gonzaga, da antropóloga Mundicarmo Ferretti. A publicação do livro é fruto da dissertação de mestrado da pesquisadora, que na década de 1970 fez o primeiro estudo acadêmico sobre a parceria entre os dois pernambucanos.
“Conheci o trabalho de Zedantas e de Luiz Gonzaga ainda na infância, no Piauí, e, posteriormente, vi que a música dos dois permanecia muito viva. Além disso, passou a atrair a atenção de um público classe média e universitário, da mesma maneira que em outros tempos interessou a imigrantes nordestinos”, conta. Em Pernambuco, Ferretti entrevistou amigos e familiares do compositor; e no Rio de Janeiro colheu depoimentos de pessoas ligadas a gravadoras, lojas de discos, casas de forró.
Segundo a pesquisadora, Zedantas conheceu o Rei do Baião em 1947, antes mesmo de terminar o curso de medicina na UFPE, em 1949, e de partir para o Rio de Janeiro no ano seguinte. Embora fosse “doutor”, era notado sobretudo pelo humor e talento com os quais contava histórias e criava versos. De 1950 a 1958, Luiz Gonzaga gravou 50 composições do conterrâneo, que as escrevia com a intenção de divulgar os costumes e as artes populares tipicamente nordestinas.
Com olhar voltado para as próprias raízes, Zedantas compunha canções sobre festividades sertanejas, práticas medicinais e agrícolas, poesia, artesanato. Chegou a ser diretor do programa O Rei do Baião, da Rádio Nacional, e do Departamento Folclórico da Rádio Mayrink Veiga. Quando morreu, aos 41 anos, um busto foi levantado na cidade natal, em sua memória.
Mas foi do cantor e compositor Antonio Barros, o paraibano que recebeu o maior tributo, a música Homenagem a Zedantas, interpretada por Luiz Gonzaga que empunhava versos como: “Chora meu olho d' água,/ chora meu pé de algodão./ As folhas já estão se orvalhando,/ saudade do nosso irmão,/ Zedantas”.
Além de Luiz Gonzaga, as composições do pernambucano foram gravadas por artistas como Carmélia Alves (O calango), Quinteto Violado (Chegada de inverno), Ivon Curi, (Dei no pai e trouxe a filha), e Jackson do Pandeiro (Forró em Caruaru).
A vida e a obra de Zedantas também são o enfoque de Psiu!, filme documentário produzido e co-dirigido por Juliana Lima, com direção de Antônio Carrilho. “Partimos de conversa com dona Iolanda para colher depoimentos de outros familiares e amigos. Falamos com o filho de Zedantas, o cunhado, colegas de profissão no Rio de Janeiro, sertanejos que trabalharam na fazenda dos pais do compositor, além de artistas como Geraldo Azevedo e Fagner, que até hoje cantam as músicas dele”, ressalta a co-diretora.
No documentário, Zedantas é descrito como uma pessoa carismática, alegre e talentosa. Psiu! traz também imagens inéditas e gravações com a voz do compositor, que registrou em áudio entrevistas. A direção de fotografia é assinada por Léo Sete, Pedro Urano e Zé Cauê.
No texto da contracapa do álbum Luiz Gonzaga canta seus sucessos com Zé Dantas (RCA, 1959), Zé Dantas escreveu: “Em 1947, conhecemos Luiz Gonzaga em Recife, na residência de um amigo comum, onde havia uma festa íntima. (…) A identidade da vocação artística nos dispensou apresentação, a surpreendente coincidência de motivação nos tornou amigos e a música nos fez parceiros”.
ZÉ DANTAS, 101 ANOS DE NASCIMENTO NO DIA 27 DE FEVEREIRO DE 2022
No domingo, 27, nas comemorações dos 101 anos de vida, a trilha sonora aflora para rememorar os ares da identidade nordestina desde sempre pensada por ele e vociferada, principalmente, por outro ‘caba da peste’ protagonista da cultura popular do Sertão, Luiz Gonzaga.
Com “Vem Morena”, na distante década de 1950, foi dado o pontapé para as bonitezas que viriam a seguir nesta parceria entre um futuro Rei do Baião – até então Luiz Gonzaga não ostentava o “título” – e o folclorista do Sertão do Pajeú, o doutor da Medicina e das manifestações culturais do Nordeste, Zé Dantas que, com a mesma afinidade do cearense Humberto Teixeira (1915-1979), dono da “Asa Branca” (1947) ao lado do Velho Lua, musicou do baião ao xote as dores e alegrias das vivências do sertanejo e saudou também suas próprias memórias no “Riacho do Navio” que corria pro Pajeú e ia despejar no São Francisco, “Pra ver o meu brejinho, fazer umas caçadas, ver as pegas de boi, andar nas vaquejadas, dormir ao som do chocalho e acordar com a passarada.
O cancioneiro de Zé Dantas e Luiz Gonzaga se funde, no encaixe perfeito que ganharia a partir da parceria entre ambos a popularidade que segue irretocável até os dias atuais, talvez a mais grandiosa da música brasileira. Ora compondo sozinho, ora dando letras para serem musicadas pelo companheiro de Exu, seja como letrista ou músico, sua canções passeavam em meio a lirismos e versos acintosos, no contraponto dos que eram direcionados às calamidades do homem do Sertão.
“Nos anos de 53 e 54 houve uma seca da ‘mulesta’ no Sertão nordestino, o Brasil ficou cheio de arapucas. Ajuda teu irmão! Uma esmola pro flagelado nordestino, qualquer coisa serve: dinheiro, roupa ‘véia’, sapato ‘véio’, camisa ‘véia’, tudo serve! Eu e Zé Dantas protestamos e gritamos bem alto: Seu Dotô os nordestinos têm muita gratidão, pelo auxílio dos sulistas nesta seca do Sertão. Mas Dotô, uma esmola a um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”, introduziu Seu Luiz, antes de cantar em um show a melancólica “Vozes da Seca” (1953).
Zé Dantas se foi cedo, aos 41 anos. Deixou viúva a companheira de vida Yolanda, falecida em 2017 aos 86 anos – cremada, teve as cinzas trazidas do Rio de Janeiro, onde morava, para o Cemitério de Santo Amaro, no Recife, onde está enterrado o poeta de Carnaíba.
Inspiração para o cancioneiro do marido, Dona Yolanda Dantas por vezes acompanhava ao piano as batidas em caixinhas de fósforo que o Doutor ritmava das letras escritas em papeis largados nos bolsos dos jalecos usados nos plantões como médico. “Vai, diz que o amor fumega no meu coração” – versos de “A Letra I” (1953), composta para ela - talvez tenha sido uma delas, não se sabe.
A Letra I
Vai cartinha fechada
Não deixa ninguém te abrir
Aquela casa caiada
Donde mora a letra I
Existe como uma cacimba
Do rio que o verão secou
Meus zóio chorou tanta mágoa
Que hoje sem água
Me responde a dor
Vai cartinha fechada
Não deixa ninguém te abrir
Aquela casa caiada
Donde mora a letra I
Existe como uma cacimba
Do rio que o verão secou
Meus zóio chorou tanta mágoa
Que hoje sem água
Me responde a dor
Vai diz que o amor
Fumega no meu coração
Tal qual a fogueira
Das noites de São João
Que eu sofro por viver sem ela
Tando longe dela
Só sei reclamar
Oi vivo como um passarinho
Que longe do ninho
Só pensa em voltar
Vai cartinha fechada
Não deixa ninguém te abrir
Aquela casa caiada
Donde mora a letra I
Existe como uma cacimba
Do rio que o verão secou
Meus zóio chorou tanta mágoa
Que hoje sem água
Me responde a dor
Vai cartinha fechada
Não deixa ninguém te abrir
Aquela casa caiada
Donde mora a letra I
Existe como uma cacimba
Do rio que o verão secou
Meus zóio chorou tanta mágoa
Que hoje sem água
Me responde a dor
Vai diz que o amor
Fumega no meu coração
Tal qual a fogueira
Das noites de São João
Que eu sofro por viver sem ela
Tando longe dela
Só sei reclamar
Oi vivo como um passarinho
Que longe do ninho
Só pensa em voltar
Seja com “A Volta da Asa Branca”, “Forró de Mané Vito”, “Sabiá” e “Cintura Fina”, entre outras tantas Zé Dantas segue vivo, grandioso e incontestável. Em data centenária e dentro da dimensão que cabe à sua obra, ao aniversariante do dia resta a memória nostálgica das idas “Noites Brasileiras”, sob o embalo de um “Ai que saudades que eu sinto, das noites de São João, das noites tão brasileiras sob o luar do Sertão (...) Eita, saudoso Sertão, ai, ai”.
Folha Pernambuco-Germana Macambira Foto Arquivo
SEMINÁRIO REÚNE MESTRES DA CULTURA POPULAR DO SERTÃO EM SERRA TALHADA
Música, canto, dança e poesia estão na programação do evento que promoverá um resgate de conhecimentos tradicionais do Sertão do Pajeú
Mestres da cultura popular do sertão pernambucano, pesquisadores e público em geral estarão reunidos, nas próximas quinta (24) e sexta (25), para participarem do seminário "Dialogando Saberes", que será realizado no Quintal do Museu do Cangaço, em Serra Talhada.
O evento é gratuito e visa valorizar o legado sociocultural, político e econômico dos mestres e das mestras, ou seja, daqueles que eternizam os saberes e fazeres culturais, por meio dos seus causos, crenças e cânticos, sempre recordando o conhecimento tradicional de seus povos.
Fazem parte da programação do Seminário manifestações indígenas, de matrizes africanas, artesanato, música do sertão do Pajeú, poesia, canto de viola e repente. Também vão ocorrer rodas de conversa, encontros e relatos de experiências dos Mestres.
De acordo com a presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião, Cleonice Maria, os participantes terão a oportunidade de conhecer, com mais profundidade, a história dos Mestres da cultura popular e tradicional dos sertões. Inclusive, aprendendo sobre os saberes dos ancestrais, cada um poderá confirmar e reafirmar o seu sentimento de pertencimento. "O Seminário 'Dialogando Saberes' brota com o intuito de valorizar a tradição oral e os conhecimentos dos Mestres da Cultura Popular pernambucana. Tudo em sintonia com as diretrizes da última Conferência Estadual de Cultura", explicou Cleonice.
Vão participar do seminário "Dialogando Saberes": escolas da rede pública de ensino, comunidades da zona rural de Serra Talhada, Mestres Registrados como Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, Pontos de Cultura, entre outros segmentos sociais. O Seminário tem o apoio cultural da Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.
Toda programação do Seminário já está disponível no site do grupo Cabras de Lampião, no endereço: www.cabrasdelampiao.com.br.
CENTRO SABIÁ INICIA PROJETO MÃOS QUE ALIMENTAM NO AGRESTE DE PERNAMBUCO
O projeto Mãos que Alimentam visa promover a autonomia econômica e a soberania e segurança alimentar e nutricional no Semiárido pernambucano, por meio da implantação de quintais produtivos, de assessoria técnico-pedagógica contínua e do intercâmbio entre agricultoras para troca e fortalecimento de experiências e conhecimentos, dentro da metodologia camponês/a a camponês/a.
O empoderamento das famílias agricultoras são elementos intrínsecos para promoção da agroecologia, neste sentido o Mãos que Alimentam prevê a realização de dez oficinas formativas em temáticas agroecológicas e de gênero. “A chegada desse projeto para beneficiar famílias chefiadas por mulheres no território, vem para contribuir com a garantia ao direito à alimentação de qualidade, com a visibilidade do trabalho das mulheres agricultoras na produção de alimentos, e com isso contribuir para a autonomia econômica e o empoderamento feminino no campo”, explica Juliana Peixoto, coordenadora territorial do Centro Sabiá, no Agreste.
Dona Gilvaneide da Silva Barbosa, de 37 anos, moradora da comunidade Morro do Macaco em Orobó, aguarda o projeto com ansiedade, “muito bom pra gente, esse projeto chegar agora”, declara animada. Dona Gilvaneide ainda nem sabe que também serão instalados 30 fogões agroecológicos, tecnologia social de baixo impacto ambiental, que irá ajudar a promover dignidade alimentar e economia às famílias, reduzindo custos e riscos associados à produção de alimentos, pois a alta constantes no preço do gás de cozinha, vem diminuindo o acesso de muitas famílias ao fogão de gás e expondo aos perigos de improvisar no preparo de alimentos.
A ação será executada em quatro comunidades rurais do agreste pelo Centro Sabiá e terá duração de 12 meses, com o apoio da organização católica da Espanha “Manos Unidas”. (Fonte: Rosa Sampaio/Jornalista do Centro Sabiá)
V FESTIVAL DE MÚSICA DA PARAÍBA HOMENAGEIA MARINÊS
Foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) o edital do V Festival de Música da Paraíba. De acordo com o documento, o festival vai homenagear a cantora Marinês, e já tem inscrições abertas.
As eliminatórias do festival devem acontecer nos dias 27 e 28 de maio, no Cine Teatro São José, em Campina Grande, e a final no dia 4 de junho, no Teatro Paulo Pontes, Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa, Paraíba.
Por conta da pandemia da Covid-19, a final do Festival de Música da Paraíba terá a presença apenas dos candidatos, da comissão julgadora e do público em número limitado.
Podem participar do festival artistas paraibanos que morem no estado, e artistas naturais de outros estados que comprovem residência na Paraíba há pelo menos dois anos. Os inscritos devem ter mais de 18 anos e apresentar música autoral inédita.
As inscrições devem ser realizadas virtualmente, em um formulário eletrônico disponibilizado pela organização do evento. É preciso anexar os documentos requeridos e o material musical que vai concorrer ao prêmio.
A curadoria das músicas inscritas vai ser feita por uma comissão julgadora, formada por três profissionais. Estão aptas a participar do Festival de Música da Paraíba canções dos mais diversos gêneros.
As músicas selecionadas serão divulgadas no site do festival, e os candidatos terão que confirmar a participação no evento até 48 horas após a divulgação dos selecionados, pelo e-mail festivaldemusica@radiotabajara.pb.gov.br.
V Festival de Música da Paraíba:
Inscrições: até 6 de março;
Curadoria: de 7 de março a 6 de abril;
Divulgação: 7 de abril;
1ª fase eliminatória: 27 de maio, em Campina Grande;
2ª fase eliminatória: 28 de maio, em Campina Grande;
Final: 4 de junho, em João Pessoa.
CANTORA VERA DE MARIA MAGA É CLASSIFICADA NO PROGRAMA THE VOICE MAIS DA TV GLOBO
Mais uma vez a música "Esperando na Janela", de Tangino Gondim, Manuca e Raimundo do Acordeom, é destaque em rede nacional de televisão. Desta vez na voz da cantora Vera de Maria Maga.
"Esperando na Janela" foi lançada em 1999 em álbum independente homônimo quando, descoberta por Regina Casé, foi incorporada à trilha sonora do filme Eu, Tu, Eles de 2000, na voz de Gilberto Gil. No mesmo ano, a canção foi regravada pela dupla sertaneja Rionegro & Solimões e ficou como faixa bônus do álbum Bate o Pé - Ao Vivo, se tornando um dos grandes sucessos da dupla e recebendo centenas de gravações se tornando a música uma referência do cancioneiro brasileiro.
Em 2001 Targino venceu o Grammy Latino como "Melhor Música Brasileira" pela canção e em 2004 foi a música mais executada no Brasil naquele ano.
Os talentos do THE VOICE MAIS disputam uma chance de chegar à grande final, quando o público vai decidir quem leva o grande prêmio: R$ 250 mil e um contrato com a gravadora Universal Music.