DEFESA CIVIL ALERTA PARA PERIGO DE SENSAÇÃO TÉRMICA ACIMA DE 40 GRAUS EM JUAZEIRO E PETROLINA

 A massa de ar seco e quente que está em Petrolina, Sertão do São Francisco, além de fazer com que as temperaturas atinjam a marca dos 36ºC nos próximos dias, colocou em alerta a Defesa Civil sobre as condições da umidade relativa do ar. 

Durante o mesmo período, a umidade deve ficar variando entre 12% e 20%, aumentando os riscos de doenças respiratórias e incêndios.

O alerta da Defesa Civil para o município é que sejam seguidos os cuidados de praxe para esses períodos. A orientação para a população é tomar bastante líquido e evitar a prática de atividades físicas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

Além disso, outros cuidados simples como umidificar ambientes, evitar alimentos muitos salgados ou condimentados, passar hidratante no corpo, evitar a permanência em ambientes fechados e usar soro fisiológico nas narinas e nos olhos, também podem contribuir para aliviar o desconforto. O nível de umidade considerado ideal para a saúde humana, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), varia entre 60% e 80%, número bem acima do que é previsto para o município sertanejo.

Para o fim de semana, a população de Petrolina vai sentir na pele os efeitos do clima seco e da baixa umidade do ar. De acordo com o Climatempo, a temperatura vai chegar aos 36ºC e a umidade ficará em 12%.

Alertas - Para receber os alertas da Defesa Civil, o cidadão deve enviar mensagem de texto para o número 40199, com o CEP da residência. A partir do cadastramento, o telefone e o endereço são automaticamente incluídos na lista de envio dos alertas sempre que houver riscos na região indicada. *Fonte: Ascom PMP

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SEMINÁRIO REGIONAL DA PESCA É REALIZADO EM JUAZEIRO BAHIA NESTA SEXTA (10)

Nesta sexta-feira (10), foi realizado o Seminário Regional da Pesca na Câmara Municipal de Juazeiro, Bahia. O seminário tem o objetivo qualificar e  capacitar os dirigentes das entidades de pesca ao Sistema Informatizado de Registro da Atividade Pesqueira – SisRGP 4.0

Além dos dirigentes de várias entidades, o seminário contou com a presença do presidente da colônia Z - 60, e anfitrião Domingos Sousa Filho, abrangendo todas as entidades de pesca da região norte. 

O evento tem o suporte da associação de apoio ao desenvolvimento social sustentável @ongmandacaru, e o apoio dos deputados Josafá Marinho estadual e Raimundo Costa federal.


HISTÓRICO: O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou em junho o novo Sistema Informatizado de Registro da Atividade Pesqueira (SisRGP 4.0) para realizar o cadastramento e recadastramento dos pescadores profissionais de todo o país.

Com o sistema, os pescadores poderão realizar o cadastro ou atualizar a situação profissional de forma on-line, além de dar início à regularização dos que estão exercendo a atividade de pesca por meio de protocolo.

O cadastramento e recadastramento serão realizados por etapas, conforme cronograma da Secretária de Aquicultura e Pesca do Mapa. 

Todo o procedimento será realizado de forma 100% on-line pelo Sistema Informatizado do Registro Geral da Atividade Pesqueira - SisRGP 4.0.  

O novo sistema é mais seguro, rápido e permitirá o cruzamento de dados, o que beneficiará os profissionais da pesca, combaterá as fraudes e permitirá a desburocratização do processo e a garantia a direitos, como o recebimento do seguro-defeso.

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou cerca de 70% de fraude no seguro-defeso e explicou que o novo sistema cancelará os registros fraudulentos e evitará novas entradas com o objetivo de lesar os cofres públicos.

O pescador deve acessar o sistema SisRGP 4.0  e criar uma conta no GOV.BR, optando obrigatoriamente por uma das opções de login: validação facial no aplicativo Meu GOV.BR; Internet Banking; ou Certificado digital.

Após o login, o pescador deve acessar o serviço CREATE pescador. O pescador que já tiver conta no GOV.BR, deve acessar o serviço REAP Pescador Profissional.

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INDÍGENAS NO NORTE DA BAHIA E VALE DO SÃO FRANCISCO PROTESTAM CONTRA PROJETO DO MARCO TEMPORAL

​​Indígenas protestaram e realizam atos para chamar a atenção contra o "marco temporal", que define novas regras para demarcação de terras. 

Os Tumbalalá ocupam uma área ao norte do estado da Bahia, entre os municípios de Curaçá e Abaré, na divisa com Pernambuco e às margens do rio São Francisco., também Cabrobó, Pernambuco.

Os tumbalalá, através de suas principais lideranças, participam hoje dos fóruns de discussões sobre as políticas indigenistas e estão em contato com líderes indígenas de diversas partes do país. 

O cacique Miguel disse que os povos indígenas tem sido vítimas dos governos nos últimos anos. "Somos sobreviventes e vamos resistir. Na margem do Rio São Francisco somos mais de 10 mil indígenas e continuaremos na luta para continuar existindo".


De acordo com estudos a Terra Indígena Tumbalalá possui várias aldeias e o povo se espalha nas localidades de: Ibozinho, Teixeira, Lagoa Vermelha, Pé de Areia, Cruzinha, Riacho São Francisco, Pambu, Missão Velha, Porto da Vila, Salgado, Mari, Foice, São Miguel, Cajueiro, Fernando, Jatobá, Pedra Branca, Projeto Pedra Branca, São Miguel, Maria Preta, Pau Preto, Bom Pastor, Camaratu, Escalavrado, Ibó, e ainda em Cidades como Cabrobó, Petrolina e Juazeiro.

O "marco temporal" está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Ontem quinta-feira (9), o ministro Edson Fachin, se posicionou contrário à medida. O julgamento será retomado na próxima semana com o voto do ministro Nunes Marques.

Essa semana grupos indígenas interditaram trechos de rodovias em diversos pontos da Bahia, em protesto contra o Projeto de Lei 490, que aborda, entre outros pontos, a criação de um novas regras para a demarcação de terras indígenas no país.

O Projeto de Lei (PL) prevê mudanças no reconhecimento da demarcação das terras.

Entre as medidas, o PL prevê a criação do “marco temporal”, em que os indígenas só poderão reivindicar a demarcação de terras onde já estivessem estabelecidos antes da data de promulgação da Constituição de 1988, que aconteceu em 5 de outubro do mesmo ano.

Com isso, será necessária a comprovação da posse da terra no dia da promulgação. Pela legislação atual, a demarcação exige a abertura de um processo administrativo dentro da Fundação Nacional do Índio (Funai). Não há necessidade de comprovação de posse em data específica.

Além do marco temporal, o PL proíbe a ampliação de terras que foram demarcadas previamente, e maior flexibilização do contato com povos isolados, o que, de acordo com ativistas, pode representar perigo à saúde a convívio dessas comunidades.
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JORNAL DESTACA REPRESENTATIVIDADE DO FUTEBOL PARAIBANO. TRÊS JOGADORES ESTÃO NA SELEÇÃO

 O futebol paraibano está em alta. E não se trata de algum time se destacando nacionalmente. É que três jogadores do estado estão juntos na seleção brasileira, num feito, no mínimo, histórico. O goleiro Santos, do Athletico-PR, e os atacantes Hulk, do Atlético-MG, e Matheus Cunha, do Atlético de Madrid, estão no time comandado por Tite, que nesta quinta-feira enfrenta o Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, no Catar. E, pela primeira vez, o trio vai atuar junto no Nordeste, pertinho de casa. A partida da Seleção está marcada para as 21h30, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, próximo a Recife.

Nas redes sociais, o trio celebrou essa parceria vestindo a camisa amarelinha. Inclusive, Matheus Cunha levantou a possibilidade de se tratar de um feito inédito, algo que foi cravado por Hulk. De fato, não existem registros que confirmem três nomes paraibanos ao mesmo tempo atuando pelo Brasil. Em 2016, na Copa América Centenário, a Seleção chegou a ter no elenco o próprio Hulk, que hoje defende o Galo, mas na época era atleta do Zenit, e o lateral-esquerdo Douglas Santos, atualmente no time russo, porém que atuava na equipe mineira.

Vale ressaltar que, ao longo da história, a Paraíba já revelou grandes nomes para o futebol. Em Copas do Mundo, o estado já teve quatro representantes: o atacante Índio, em 1954, o maestro Júnior, nos Mundiais de 1982 e 1986, o meia Mazinho, tetracampeão em 1994, e o atacante Hulk, em 2014.

Matheus Cunha aproveitou a foto com os dois conterrâneos para mandar um recado para a garotada paraibana. Para ele, é preciso ter perseverança e acreditar nos sonhos.

“Essa vai para meus meninos paraibanos. Se não me engano, algo inédito de três paraibanos juntos na Seleção, e ainda mais do ladinho de casa, no nosso querido Recife! Para vocês só uma palavra: ‘acreditem’. Se nós conseguimos, vocês também conseguem! Um beijo no coração de cada um e lutem pelos seus sonhos”, postou o atacante do Atlético de Madrid.

Natural de João Pessoa, Matheus Cunha fez categoria de base no Coritiba, mas deixou o país muito cedo para jogar no Sion, da Suíça. Depois disso, o atacante foi para a Alemanha, jogando primeiramente no RB Leipzig e posteriormente no Hertha Berlin. Na última janela de transferências, deixou o futebol alemão para defender o Atlético de Madrid.

Pela Amarelinha, Matheus já escreveu uma história bacana, sendo o artilheiro do último ciclo olímpico, que terminou com a medalha de ouro conquistada no Japão, após vitória para cima da Espanha na grande decisão. Naquela oportunidade, o jogador deixou a sua marca.

Enquanto Matheus Cunha está trilhando o início de sua jornada, Hulk já tem uma história longa no futebol. Ele deixou o Brasil muito cedo depois de uma passagem pelo Vitória. Jogou no Japão, mas se apresentou na Europa vestindo a camisa do Porto.

Em Portugal, o atacante fez história, enfileirou taças, como o Campeonato Português e também a Liga Europa. Foi atuando pelo Dragão que Hulk chegou à seleção brasileira pela primeira vez. Depois ele foi para a Rússia defender o Zenit, onde também conseguiu conquistar títulos e partiu para o futebol da China, em que vestiu a 10 do Shanghai SIPG. Até que, neste ano, o paraibano de Campina Grande decidiu voltar ao Brasil. Desde então, é o cara do Atlético-MG, líder do Brasileirão, na temporada.

Pela Seleção, Hulk foi campeão da Copa das Confederações em 2013, além de ter conquistado a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres em 2012. Ele também disputou a Copa do Mundo do Brasil no ano de 2014 e jogou a Copa América em 2015 e em 2016. Depois de um tempo sem ser convocado, o atacante voltou a ser lembrado, tudo graças ao seu rendimento com a camisa do Galo.

Na sua página oficial numa rede social, Hulk cravou se tratar de um fato inédito a seleção brasileira contar com três paraibanos ao mesmo tempo: ele, Cunha e Santos. O jogador ressaltou o difícil caminho que trilhou até chegar a este momento. Aos 35 anos, ele vive uma grande fase.

“Acontecimento inédito no futebol: três paraibanos juntos para defender nossa seleção brasileira. Inédito, porém não impossível. Cada um de nós saiu de uma realidade difícil, em que nem todos acreditavam onde poderíamos chegar, mas não nos faltou ousadia e persistência para estarmos hoje aqui. Paraibano ou de qualquer região, o nosso recado é: sonhos existem para se tornarem realidade; ou você os conquista ou você desiste. Lute, persista e vença. Que Deus abençoe a todos”, escreveu o atacante do Atlético-MG.

Por fim está Santos, de 31 anos, também natural de Campina Grande, mas com a família originária de Cabaceiras. O goleiro do Furacão é incontestável na meta da equipe e construiu a sua história no clube paranaense. Pela Seleção, já acumula convocações e recentemente foi campeão olímpico como titular, defendendo até penalidade na semifinal diante do México.

Pela equipe principal comandada por Tite, Santos não é unanimidade, pois os três goleiros estão bem definidos: Ederson, Alisson e Weverton. Contudo, com o veto dos clubes ingleses em liberar os seus jogadores, os dois primeiros acabaram impedidos de vir para o Brasil. Sendo assim, o goleiro do Athletico-PR foi prontamente chamado.

Em sua página oficial, Santos destacou a representatividade paraibana no time brasileiro:

Brasil e Peru medem forças nesta quinta-feira, às 21h30, na Arena de Pernambuco. Os comandados de Tite possuem 100% de aproveitamento nas Eliminatórias para a Copa do Mundo e estão bem próximos de garantir a vaga. E uma coisa é certa: com três representantes, a Paraíba segue na rota para o Catar.

*Cisco Nobre-Jornalista pela UFPB. Repórter e produtor de esporte na Rede Paraíba de Comunicação desde 2016.

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EM LIVE,ORGANIZAÇÕES EVIDENCIAM DESRESPEITO ÀS COMUNIDADES E AO MEIO AMBIENTE DURANTE IMPLANTAÇÃO DE PARQUE EÓLICO EM CANUDOS

No dia 2 de setembro foi promovida, pela Articulação Regional de Fundo de Pasto CUC, a live "A ameaça ao modo de vida das comunidades tradicionais e à Fauna com a implantação do complexo eólico de Canudos". 

O evento contou com a presença de organizações que têm debatido os impactos promovidos por empreendimentos eólicos. O diálogo teve como foco a denúncia das irregularidades do empreendimento que a empresa francesa Voltalia está tentando instalar na zona rural do Município de Canudos.

"Nós, os pequenos dentro dessas comunidades, precisamos ser ouvidos, precisamos dizer que estamos aqui, que temos uma cultura e que nós não estamos querendo largar essa cultura, não estamos querendo mudar o nosso jeito de viver", protestou Débora Souza, moradora da comunidade Tradicional de Fundo de Pasto Raso, em Canudos. A participante da live, assim como centenas de famílias, vive dentro da área que está sendo atingida pela construção do complexo eólico. O local é também moradia da arara-azul-de-lear, uma espécie que corre risco de extinção na natureza.

Para Alan Bonfim, do Movimento Salve as Serras, "a implantação do complexo no Fundo de Pasto configura um crime de ecocídio", ou seja, uma destruição do meio ambiente em larga escala. Durante a live Alan explicitou de forma contundente a sua opinião sobre o caso. Para ele, a implantação do parque eólico em Canudos "não deve acontecer".

 Contrariando a posição do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Inema, Alan diz que as espécies que residem na área sofrerão impactos significativos, o que pode prejudicar todo o ecossistema e a vida humana. "Os pássaros são importantíssimos para a humanidade. A gente sabe que as aves são as principais plantadoras de floresta do mundo", detalhou. Segundo o palestrante a falta de aves resulta na diminuição de árvores, o que tem ligação direta com a oferta de água no ambiente natural.

A bióloga Tânia Maria, da Fundação Biodiversitas, contou sobre o trabalho intenso para aumentar o número de araras-azuis-de-lear na região, reduzindo o risco de extinção da ave, um trabalho de muitos anos que agora pode ser totalmente desperdiçado. "A nossa camisa é a camisa da arara, não é a camisa do progresso desordenado[...] Não somos contra nenhum tipo de progresso, desde que não passe por cima de tudo que a gente tem de bom", comentou durante a live. De acordo com a bióloga, ao proteger a arara-azul-de-lear todo o ecossistema é protegido, garantindo inclusive as condições mínimas para a permanência humana na região.

Para Vanderlei Leite, representante do Instituto Popular Memorial de Canudos – IPMC, as comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, como as que estão sendo atingidas pelo empreendimento eólico, lembram a antiga Belo Monte, um lugar onde foi provado que é possível viver bem no Semiárido protegendo o meio ambiente[1] , garantindo alimento e renda. 

"A comunidade de Belo Monte deixou como legado a importância da coletividade, do uso coletivo do território, dos trabalhos em mutirão, da partilha de bens [...] Hoje as comunidades tradicionais de Fundo de Pasto têm esse papel de continuar essa experiência que foi iniciada em Canudos, elas também se assemelham com esta experiência, pelo seu jeito de viver, de produzir, pelas suas tradições culturais, no jeito de se organizar, de criar", declarou o presidente do IPMC.

DESRESPEITO: A fala de Débora denuncia o desrespeito que há com os povos e comunidades tradicionais diante da implantação de grandes projetos na região. Para João Régis, da Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia – AATR, "o primeiro desrespeito a essas comunidades é o tratamento que é dispensado a elas quando representantes dessas empresas chegam [...] Quando se trata de trabalhadores, de comunidades rurais, as empresas chegam como se ali fosse lugar de ninguém", afirmou o advogado.

Segundo a legislação ambiental e a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho – OIT, a implantação de projetos como os parques eólicos em locais onde existem espécies ameaçadas deve ser precedida de estudos detalhados e audiências públicas, além disso, os órgãos têm que consultar as comunidades tradicionais presentes na área a ser impactada pelo empreendimento.

A situação é ainda mais grave, neste caso, tendo em vista que o Ministério Público Estadual - MPE já recomendou que a empresa pare a obra e que o Inema suspenda a licença ambiental, porém estas medidas ainda não estão sendo cumpridas.

Recentemente, organizações populares apresentaram uma carta em que denunciam a situação e cobram o cumprimento das recomendações feitas pelo MPE. (Fonte;  Eixo Educação e Comunicação do Irpaa)

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EXU PERNAMBUCO: RIQUEZAS CULTURAIS, TURÍSTICAS. 114 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

O município de Exu, no Sertão do Araripe, Pernambuco, completa 114 anos de emancipação política, nesta quarta-feira (8). A cidade é o berço de Luiz Gonzaga, o Mestre da Sanfona e do Baião, também de Barbara de Alencar, mulher revolucionária.

Exu é um ambiente fértil para as artes. 

Exu foi povoado inicialmente pelos padres jesuítas, que instalaram um abrigo, onde permaneceram muitos anos. Segundo a tradição local, o nome Exu veio de uma corruptela do nome da tribo indigena, pertencente à nação dos Cariris. Existe ainda uma versão de que essa denominação foi dada pelos índios da mesma tribo, em virtude de existir naquele tempo grande quantidade de abelha de ferrão, denominada “inxu” ou “enxu”.

A vila foi criada com sede na povoação de Exu, pela lei provincial nº 150, de 31 de março de 1846.

Pela lei estadual nº 844, de 10 de junho de 1907 foi restaurado o município desmembrado de Granito. 

Em março deste ano a Câmara Municipal de Vereadores Plenário Luiz Gonzaga, em Sessão Ordinária do dia 03 (três), APROVOU e o prefeito SANCIONOU e PROMULGOU Projeto de Lei que trata do PATROMINIO HISTÓRICO, CULTURAL E NATURAL de Exu.

Art. 1º A preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural do município de Exu/PE é dever de todos os seus cidadãos.

1° O Poder Público Municipal dispensará proteção especial ao patrimônio histórico, cultural e natural do Município, segundo os preceitos desta Lei e de regulamentos para tal fim.

§2° A presente Lei se aplica às coisas pertencentes tanto às pessoas físicas, como às pessoas jurídicas de direito privado ou de direito público interno.

Art. 2°. O Patrimônio Histórico, Cultural e Natural do Município de Exu/PE é constituído por bens móveis e imóveis, de natureza material ou imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, existentes em seu território e cuja preservação seja de interesse público, dado o seu valor histórico, artístico, ecológico, bibliográfico, documental, religioso, folclórico, etnográfico, arqueológico, paleontológico, paisagístico, turístico ou científico.

RIQUEZAS DE EXU, PERNAMBUCO: O Parque Aza Branca é um patrimônio cultural do Nordeste Brasileiro. Sua função é preservar o acervo constituído pelo legado de Luiz Gonzaga – O Rei do Baião, em Exu, sua terra natal.

Esse legado foi iniciado pelo próprio Luiz Gonzaga que, retornando a Exu, teve a idéia de criar esse espaço cultural, dotando-o com objetos pessoais. O Museu do Gonzagão traz a marca de seu caráter, cultor de raízes e nordestino assumido.

ONG PARQUE AZA BRANCA está localizada dentro do próprio espaço do museu do Gonzagão e trabalha diretamente com turistas e visitantes.

Fundada em 1º de agosto de 2001, a ONG Parque Aza Branca tem como objetivo principal fortalecer a idéia de preservação do Museu de Luiz Gonzaga e encontrar parcerias para realização das metas de preservação, ampliação e dinamização desse pólo cultural local, que guarda valores morais e éticos e traz a marca do seu caráter ,expresso no vínculo com sua terra e sua gente, fornecendo, em suas músicas, uma visão do homem sertanejo e de suas raízes de nordestino assumido.

FAZENDA ARARIPE: A história de fé da Igreja de São João do Araripe, no município de Exú, no Sertão pernambucano, é contada pela primeira vez no livro “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)”, de Thereza Oldam de Alencar. 

A obra foi lançada na própria igreja no dia 23 de junho de 2018 véspera de São João, ao final da nona noite do novenário.

O livro remonta a trajetória do Barão de Exú, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Também traça a história da família Alencar, importante na política da região. Aos 87 anos, Thereza escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.

“Fui juntando peças e ouvindo a voz da tradição. Entrevistei octogenários que guardavam importantes informações e fui vendo se formar, diante de mim, uma linda história de amor e fé. Foram quatro anos de pesquisa e peleja, andando, trabalhando e trabalhando. E, também, me baseei em o que minha mãe – nora do Coronel João Carlos, criado pelo Barão – escreveu”, conta Thereza.

A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exú, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868. Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.

Os 150 anos do Araripe também se entrelaçam com a vida de outro conhecido morador de Exu: Luiz Gonzaga. A bisavó do Rei do Baião se abrigou na Fazenda Caiçara, também do Barão, durante a peste de cólera. Foi na igreja que os pais de Gonzagão, Januário e Santana, se casaram. Gonzaga eternizou os 100 anos da igreja na canção “Meu Araripe”. Foi Thereza, a autora do livro, quem escreveu, inclusive, a apresentação do disco “São João do Araripe”, em 1968.

“Meu sonho é que a história dessa igreja seja disseminada por todos. Pelos devotos, pela nossa família, por Exu, por Pernambuco, pelo Brasil. É uma história simples e verdadeira e não pode ser esquecida. É um santuário de fé, patrimônio histórico e cultural do povo de Exu. Não é só um prédio bonito. Sua argamassa é feita de amor e fé”, conclui a autora.

Dividido em 12 capítulos, “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)” faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.

**A ONG Parque Aza Branca, fiel aos princípios gonzagueanos, tem como meta principal, trabalhar obstinadamente, pela conservação, preservação e divulgação do Parque Aza Branca – Museu do Gonzagão, seu pequeno mundo, o maior legado , que foi por ele idealizado e construído, para nos deixar como herança. E repassar esse amor às futuras gerações, perpetuando a sua história, como um marco na história da cultura brasileira e mais fortemente, na vida do povo exuense , que teve a honra de tê-lo como conterrâneo e tem, portanto, o dever de honrar e respeitar seu nome ,cultuando sua memória.

***PROJETO ASA BRANCA: O Projeto Asa Branca ensina as crianças a tocar sanfona e é mantido pela Fundação Gonzagão, entidade criada em 2 de março de 2000 pelo então promotor de Justiça de Exu, Francisco Dirceu Barros, entre outros cidadãos.

"O doutor Francisco era um apaixonado pela cultura gonzagueana, e foi dele a ideia da Fundação. O objetivo é prestar atendimento a crianças e adolescentes, especialmente as carentes, utilizando a arte e a poesia de Luiz Gonzaga para sua promoção social”, explica a professora aposentada Marina Santana. Dona Marina é mulher de personalidade forte e esteve junto com o promotor Francisco Dirceu desde o lançamento do Projeto Asa Branca.

“Do ano 2000 até agora, mais de 800 crianças passaram pelo projeto, que inicialmente, além de música, oferecia oficinas de artesanato, dança e poesia. Algumas delas se destacam atualmente tocando sanfona e se apresentando em grupos regionais, “O importante é incentivar as crianças a valorizar a cultura gonzagueana e a promover o município de Exu”, enfatiza.

Assim que se chega ao projeto, a primeira coisa que chama a atenção é o entusiasmo das crianças. O visitante mais atento percebe a precariedade dos instrumentos encostados na parede. “Muitas sanfonas foram compradas em feiras de cidades vizinhas. Alguns estão caindo aos pedaços e precisamos manter o projeto que lógico precisa de novas sanfonas”, explica Marina.

A vice presidente do Projeto Asa Branca, Aline Justino acrescenta que "é necessário doações e novos projetos, parceiros que possam também garantir a  possibilidade do Projetor ganhar novos instrumentos para facilitar o aprendizado das alunas e alunos". 

No sopé da Fazenda Caiçara, Chapada do Araripe, no dia 13 de dezembro de 1912 nasceu o cantador e sanfoneiro Luiz Gonzaga. A data de morte de Luiz Gonzaga é 02 de agosto de 1989.


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PADRE ANTÔNIO MORENO PARTICIPA DO GRITO DOS EXCLUÍDO EM DEFESA DA VIDA

Foi realizado nesta terça-feira (07), em Petrolina, um ato contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). O protesto faz parte da 27ª edição do Grito dos Excluídos e unificou movimentos sociais, na Praça da Juventude, no bairro João de Deus.

Durante a manifestação, foi realizado um café da manhã, o Cuscuz Coletivo, apresentações artísticas e culturais. Os participantes levaram alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade social.

O ex-vereador Padre Antonio Moreno participou do evento.

Vida em Primeiro Lugar! Esse é o lema do 27º Grito dos Excluídos, que foi marcado por atos e manifestações descentralizadas em todo o país. Em Petrolina, a mobilização foi organizada por um grupo de mais de 20 organizações ligados aos movimentos sociais.

Realizado desde 1995 no dia 7 de setembro, o Grito dos Excluídos deste ano, mais uma vez, se soma à campanha "Fora Bolsonaro".

Os organizadores lembraram que o Brasil já tem quase 600 mil mortos pela Covid-19 e pela falta de políticas governamentais que garantam vacinação para todos os brasileiros. 



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