POLÍCIA REALIZA OPERAÇÃO CONTRA GRUPO SUSPEITO DE TRÁFICO DE DROGAS, PORTE ILEGAL DE ARMAS E HOMICÍDIOS EM JUAZEIRO

Polícia realiza operação contra grupo suspeito de tráfico de drogas, porte ilegal de armas e homicídios na Bahia. Operação foi deflagrada nesta terça (27), em Senhor do Bonfim, Juazeiro, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Barreiras.

Integrantes de organizações criminosas na Bahia são alvos de uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta terça-feira (27), em cinco cidades do estado. A informação é da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

De acordo com a SSP, os alvos da operação, intitulada Gunsmith, têm envolvimento com tráfico de drogas, porte ilegal de arma, homicídios e corrupção de menores.

Mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Senhor do Bonfim, Juazeiro, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Barreiras.

A operação é do Departamento de Polícia Civil do Interior (Depin), através de investigação da 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Senhor do Bonfim), com apoio da Superintendência de Inteligência (SI) da SSP-BA.

Nenhum comentário

UNIVASF PROMOVE A SEMANA NACIONAL DO LIVRO E DA BIBLIOTECA

 O Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) promove nesta terça (27) e nesta quinta-feira (29), a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca. O evento é online e gratuito e conta com palestras sobre elaboração e editoração de e-books produzidos em universidades, além de sorteio e lançamento de obras literárias. A programação será transmitida através das redes sociais do Sibi. Para participar, não é necessária a realização de inscrição prévia. Haverá emissão de certificados.

Amanhã (27), partir das 15h, será realizada a palestra “Elaboração e Editoração de E-Books na Universidade”, em parceria com a Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). A palestra terá a participação da diretora e da coordenadora editorial da Edufba, Flávia Rosa e Susane Barros, respectivamente. A palestra será mediada pelo professor do Colegiado de Artes Visuais da Univasf Edson Macalini e contará com a presença do bibliotecário da instituição Lucídio Lopes, que realizará a abertura do evento. A transmissão acontecerá pelo canal do Sibi no Youtube, onde haverá um formulário de frequência virtual, disponibilizado na descrição do vídeo, durante a palestra.

Na quinta-feira (29), às 10h, será sorteado o livro “Meio sol amarelo”, vencedor dos prêmios National Book Critics Circle Award e Orange Prize, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Os interessados têm até as 9h do dia do sorteio para participar. Para concorrer é necessário acompanhar o Instagram do Sibi e seguir as regras e orientações para participação descritas na foto oficial do sorteio. Haverá o registro do sorteio em vídeo e o resultado será divulgado também no Instagram.

Além disso, a partir das 19h da quinta-feira, será promovido o lançamento do livro Laboratorium Caá-t-enga, com bate-papo com os artistas e equipe envolvidos na elaboração da publicação. No lançamento, será apresentado o processo de elaboração do livro, um trabalho coletivo que envolveu profissionais de diversas áreas através de criação gráfica a partir da exposição também intitulada “Laboratorium Caá-t-enga” , realizada em setembro de 2019 pela Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias da Pró-Reitoria de Extensão (Proex). O lançamento da obra literária será transmitido ao vivo pelo canal do Sibi no Youtube.

De acordo com a diretora do Sibi, Ana Paula Lopes, este evento tem o objetivo de ser um incentivo ao desenvolvimento da produção acadêmica no formato de e-books. “A gente já observa diversas iniciativas de transformar resultados de pesquisas em e-books na Universidade, mas também vemos que há algumas dúvidas de como fazer ou qual a melhor forma de organização desse tipo de publicação. Desta forma, esperamos auxiliar quanto a essas questões”, diz.

Nenhum comentário

FESTA INTERNACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA ACONTECE NOS DIAS 29, 30 E 31 DE OUTUBRO


 A Festa Literária Internacional da Chapada Diamantina acontece nos dias 29, 30 e 31 de outubro com programação variada; as inscrições já estão abertas. Dentre os convidados importantes, destacam-se nomes como Miriam Alves, Antônio Torres, Carlos Barbosa, Antônio Carlos Secchin, Itamar Vieira Júnior, Natália Polesso e Paloma Franca Amorim.

As mulheres negras têm destaque na programação, em várias vertentes da literatura, com nomes como Eliana Alves, Tatiana Nascimento, Lívia Natália, Meire Cazumbá e Marie Bordas.

Outro destaque é ao painel sobre a literatura moçambicana com a presença de autores do país africano tais como Carlos Osvaldo, Eliana Nzualo, Lica Sebastião, Lucílio Manjate e Eliana N'zualo

Haverá ainda muitos debates que terão presença de representantes e lideranças indígenas, como Ailton Krenak, João Paulo Tukano, o cacique Juvenal Payayá, Joana Mongelo e Sandra Benites

Na última sexta-feira, a TV Uneb Seabra levou ao ar a live de pré-lançamento da Festa Literária Internacional da Chapada Diamantina. Esta será a segunda edição do evento que, por conta da pandemia e do isolamento social, será realizado totalmente de modo virtual. As conversas e debates acontecem no canal da TV Uneb Seabra, no Youtube, além de atividades em outras plataformas.

Assista aqui à live de pré-lançamento no canal da TV Uneb Seabra aqui: https://bit.ly/2T6IFYj.

A programação da II Flich está recheada de atividades e debates que reúnem grandes nomes das Letras, pensadores e artistas de outras artes – o que reforça a transdisciplinaridade do evento –, bem como de escritores e escritoras que irão partilhar sua experiência de produção e fazer artístico.

As Prosas Virtuais dividem-se em seis eixos-temáticos centrais: Literatura e História / Literatura e Identidades / Literatura Contemporânea / Literatura, Comunicação e Educação / Literatura e Outros Saberes / Literatura e Outras Artes.

Há uma significativa presença de escritoras na programação da Flich, distribuídas nas muitas mesas e eixos-temáticos, desde a discussão sobre a literatura de mulheres negras (com as presenças de Miriam Alves, Eliana Alves, Tatiana Nascimento, Lívia Natália), a lesbianidade na literatura (Natália Polessa, Cidinha da Silva, Paloma Franca, Nívia Vasconcelos), ambas vertentes que se cruzam no cenário múltiplo da literatura contemporânea (ainda com as contribuições de Kátia Borges e Rita Queiroz).

A Flich enxerga a necessidade de estreitar relações com escritores de Moçambique, tendo em vista os laços históricos entre o Brasil e o continente africano, bem como o interesse crescente pela produção de autores dos países da África de língua oficial portuguesa. Por isso, o evento acolhe um painel com representantes da jovem e atual safra da produção literária moçambicana. Participam dessa conversa os escritores Carlos Osvaldo, Eliana N'zualo, Lucílio Manjate, Lica Sebastião e Adelino Timóteo.  

O evento conta também com uma programação dedicada às crianças e jovens, bem como aos estudiosos e produtores de literatura infanto-juvenil, apelidada de Flichinha. Dentre os muitos temas, serão discutidos a representação negra nesse tipo de literatura (com as presenças de Júlio Emílio Braz, Meire Cazumbá e Marie Bordas), as vozes baianas que se destacam nessa seara (com Ricardo Ishmael, Iray Galrão e Ioia Brandão) e também a literatura infanto-juvenil com foco nos temas indígenas (participam dessa mesa Terezinha Barreto, Olivio Jekupe e Marina Miranda).

Os representantes e nomes indígenas, aliás, compõem a programação da Flich em muitas frentes e não só na Flichinha. Eles irão discutir a escrita e o pensamento ameríndio (com as presenças de Ailton Krenak, João Paulo Tukano e Sandra Benites), e ainda a literatura contemporânea de autoria indígena (que recebe Ytanajé Coelho Cardoso, Ademario Ribeiro e o cacique Juvenal Payayá).

A relação da literatura com o cinema é também o tema de uma das discussões, que vai questionar o lugar do roteiro cinematográfico como uma peça de literatura. Participam dessa discussão os cineastas e roteiristas Henrique Dantas, Andrea Guanais e Carollini Assis.

Em cada um dos dias da programação, haverá uma mesa que abordará a vida e obra dos homenageados dessa edição da Flich: Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto e Anísio Teixeira. Essas Prosas contam com a participação de especialistas, literatos e educadores.

ATIVIDADES: A Flich irá discutir o papel das políticas públicas e do circuito editorial contemporâneo no Brasil, com representantes de editoras parceiras. Serão lançados também livros, além da promoção de atividades culturais como o Sarau da Flich, apresentações de teatro, circo, cinema e música.

Serão ofertadas também, como atividades paralelas, algumas oficinas. São elas: "Experiências criativas para aulas de Literatura", ministrada por Naiara Chaves; "A crônica nossa de cada dia", com Amanda Gomes; "Livros: quem pode fazê-los?", com Lívia Magalhães; e "As Madonas obscenas: escritas do corpo feminino", ministrada por Vivian Leme Furlan.

Aos participantes interessados na certificação do evento, as inscrições para as mesas e também para os minicursos e oficinas já podem ser efetuadas a partir desse link: https://bit.ly/2IQW4lc.

Para mais informações, acompanhem as nossas redes sociais:

Facebook: facebook.com/iiflich

Instagram: @iiflich


 


 



Nenhum comentário

NO CENTENÁRIO DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO, CONFRARIA O HOMENAGEIA EM EDIÇÃO ESPECIAL

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) riscou o seu estilo na história da literatura brasileira de maneira indelével com a ponta de um punhal pernambucano. Ele virou quase que sinônimo de contundência, magreza, aridez, materialidade e essencialidade. Fez os objetos falarem. Inventou uma poesia tesa, com língua de pedra, de faca, de osso, de mandacaru e de fuzil. 

Na passagem do centenário de João Cabral de Melo Neto, o poeta pernambucano ganha celebração brasiliense, em edição artesanal esmerada de antologia poética, publicada pela Confraria dos Bibliófilos do Brasil, com ilustrações de Maurício Arraes e apresentação de Inez Cabral de Melo Neto.

Essa é uma homenagem que João, com certeza, apreciaria, pois ele editou vários livros seus no Recife, na editora Gráfico Amador, com Gastão Holanda, pai do arquiteto Frederico Holanda. Além disso, o próprio Cabral publicou 14 obras artesanais no selo Livro Inconsútil, que criou nos tempos em que morava em Barcelona.

“Falo somente com o que falo/com as mesmas vinte palavras/girando ao redor do sol/que as limpa do que não é faca”, escreveu João Cabral no poema Graciliano Ramos. Pois bem, José Salles Neto, o editor da Confraria dos Bibliófilos, considera João o Graciliano Ramos da poesia: “Graciliano é o nosso maior ficcionista e Cabral é o nosso poeta mais singular”, comenta Salles. “Tem o texto enxuto, contundente e profundo dos romances de Graciliano”.

Salles observa que João também condensa o mundo dos engenhos do Nordeste evocado por José Lins do Rego. O que pode ser ilustrado pelo poema Menino de engenho: “A cana cortada é uma foice./Cortada num ângulo agudo, ganha o gume afiado da foice/que a corta em foice, um dar-se mútuo./Menino, o gume de uma cana/cortou-me ao quase de cegar-me,/e uma cicatriz, que não guardo,/soube dentro de mim guardar-se.”

PERNAMBUCO: As poesias de Manuel Bandeira, de Vinicius de Moraes, de Mário Quintana ou de Cecília Meirelles são de um lirismo mais leve. A de João é uma antipoesia, que critica duramente todo o imaginário romântico e sentimental: “Pernambuco tão masculino/que agrediu tudo de menino/é capaz das frutas mais fêmeas/E de uma femeeza sedenta”.

Salles comenta que João nunca entrou nos álbuns de poesia que as moças e os rapazes faziam: “ O Vinicius ou o Drummond entravam em todas. Cabral não é para apaixonados, deslumbrados. Ler a poesia de João Cabral é exercício crítico, embora ele também seja um poeta sensorial”.

A poesia de João Cabral é fálica, macha, sem ser machista. Expressa a visceralidade nordestina: “Trata-se de uma virilidade mais literária do que sexual”, comenta Salles. “É algo semelhante ao que a gente encontra nos romances de Graciliano Ramos. Acho que essa contundência e aspereza são características do povo nordestino”.

A escolha do ilustrador é um aspecto muito importante nas edições da Confraria dos Bibliófilos do Brasil. Salles acompanha o trabalho dos artistas gráficos de maneira obsessiva. E, quando edita um livro, sempre tem um artista em mira. Já publicou obras com ilustrações de Dariel Valença Lins, Marcelo Grassmann, Millôr Fernandes, Renina Katz, Maria Tomaseli, entre outros.

CORDEL: Maurício Arraes imprimiu um estilo de traços crus e de atmosfera fantasmagórica das gravuras de cordel às ilustrações para a poesia de João Cabral. Mas, a bela capa colorida, evoca as figuras primitivas e meio larvares de Juan Miró, de quem João Cabral era amigo e sobre quem escreveu um excelente ensaio. Maurício seria um Miró do sertão: “Entre os grandes ilustradores, Maurício Arrais é o menos badalado”, pondera Salles. “Sempre procuramos o melhor artista de cada região. A evocação a Miró foi consciente. Ele me mandou um e-mail dizendo que queria fazer uma homenagem à amizade entre Cabral e Miró”.

A Sociedade dos 100 Bibliófilos do Brasil, fundada no Rio de Janeiro, é a mais famosa instituição dedicada a livros artesanais de arte. Durou de 1949 a 1964 e publicou 23 livros. 

Mas, apesar de menos badalada, a Confraria dos Bibliófilos do Brasil, dirigida por Salles, já publicou 70, em 25 anos de atividade. Todos os ilustradores da Sociedade colaboraram com as edições da confraria brasiliense, que publica três livros por ano, dois por votação dos sócios e um por escolha de Salles: “Os sócios votaram em massa em João Cabral de Melo Neto”, observa Salles: “E acho que João Cabral ficaria feliz com essa homenagem da Confraria, pois ele foi um apaixonado editor de livros de arte artesanais”.

Nenhum comentário

LIVRO BIOGRAFIA DE ZÉ CLEMENTINO O MATUTO QUE DEVOLVEU O TRONO AO REI É LANÇADO EM SEGUNDA EDIÇÃO

O escritor, jornalista e professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Jurani Clementino, através do selo Lattus da Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), lançou a segunda edição da biografia do compositor cearense, José Clementino do Nascimento, intitulada: “Zé Clementino: o matuto que devolveu o trono ao rei”.

Essa nova edição, revista e ampliada, vem com quatro novos capítulos, uma cronologia da vida de Zé Clementino e uma nova capa com imagens dele e do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. 

O livro ainda conta com fotografias inéditas e em cores. A obra foi prefaciada pelo jornalista cultural e especialista em Luiz Gonzaga, Xico Nóbrega. A publicação, sete anos após o lançamento da primeira edição, só foi possível através de uma parceria entre o autor, a EDUEPB e a gráfica A União.

Os interessados em adquirir o livro podem entrar em contato com a EDUEPB, ou com Jurani Clementino. A obra pode ser enviada aos interessados pelos Correios. A primeira edição da biografia de Zé Clementino foi lançada em 2013. O professor é autor ainda dos livros de crônicas, “Forró no Sítio” (2018) e “Memórias Sertanejas” (2019).

A obra é resultado da grande admiração do autor pelo primo distante, o compositor Zé Clementino. Autor de grandes sucessos interpretados por Luiz Gonzaga, Zé Clementino pode ser considerado como um sensível cronista da vida do Nordeste. Compôs clássicos como “Xote dos cabeludos”, “Sou do banco”, “Capim novo” e “O jumento é nosso irmão”. A imaginação criativa do poeta produziu versos matutos que retratavam o dia a dia do homem nordestino.

“Mesmo não mantendo um contato permanente com ele, acompanhava-o de longe. E sempre que surgia uma oportunidade, comentava sobre a existência desse primo compositor que havia selado uma parceria com Luiz Gonzaga”, explicou.

 De acordo com Jurani, “Xote dos cabeludos”, uma das músicas mais famosas interpretadas pelo Rei do Baião, é uma bem humorada crítica à estética hippie que conquistava a juventude de todo o mundo.

 “No verão de 1968, tornou-se uma das músicas mais executadas do país, trazendo o rei de volta a mídia e despertando o interesse de novas gerações pelo riquíssimo acervo musical do artista. Já ‘O jumento é nosso irmão’ faz referência ao padre Antonio Vieira, não o dos Sermões, mas o homônimo do interior cearense, escritor nascido em Várzea Alegre, que denunciou o descaso a esses animais em seu livro O Jumento, Nosso Irmão, de 1964”, explanou.

Jurani O. Clementino é jornalista, especialista em Comunicação e Educação, mestre em Desenvolvimento Regional, professor universitário e cronista. Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 

E-mail: juraniclementino@hotmail.com

juraniclementino@servidor.uepb.edu.br

Celular (83) 996881601

Nenhum comentário

PELE DE TILÁPIA: PESQUISADORES CEARENSES VÃO TREINAR EQUIPES DE MINAS GERAIS PARA USO DE CURATIVO BIOLÓGICO

Pesquisadores cearenses do projeto Pele de Tilápia, da Universidade Federal do Ceará (UFC), se engajam em mais uma ação fora do estado, nesta segunda-feira (26). Dessa vez, o projeto foi demandado para treinar equipes e ensinar a técnica do uso do "curativo biológico" em animais silvestres resgatados de incêndios em Minas Gerais. Esse treinamento acontecerá até o dia 30 de outubro.

Nesta ocasião, a veterinária e pesquisadora Behatriz Costa será a representante presencial do projeto, enquanto o coordenador da ação, o biólogo Felipe Rocha, participará do trabalho que será desenvolvido na Universidade de Uberaba (Uniube), por meio remoto. Na ação, a veterinária irá ministrar conteúdos teóricos e práticos para veterinários e residentes do Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), do curso de Medicina da Uniube, que tem trabalho em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a brigada Militar de Meio Ambiente prestando socorro a animais vítimas das queimadas.

"Da outra vez, eu fui com uma equipe, e acaba que dividimos as funções e facilita um pouco [na atuação mais ampla], mas como estou indo para dar um treinamento aos veterinários e residentes de lá, que já tem uma equipe bem grande, então terei bastante ajuda no local", declara a veterinária, que apesar de não ir com sua equipe nesta ação, acrescenta que tem as melhores expectativas possíveis.

O projeto enviará 30 unidades do material utilizado como curativo biológico para o treinamento em Minas Gerais, o que é o suficiente para atendimento de 15 animais. De acordo com Behatriz, a demanda tem mais um caráter de prevenção, para que a equipe esteja preparada para caso tenha que atuar com um maior número de animais. 

"Como eu vou passar pouco tempo e o objetivo maior é dar treinamento para que eles possam dar continuidade com os animais que chegarem, eu irei atuar com um animal queimado, um tamanduá, e também atuarei com outros animais que estão com feridas traumáticas. Para que eles possam aprender as diversas formas de aplicação do curativo e para atuarem no futuro", explica.

Até o dia 30 de outubro, a pesquisadora e veterinária ministrará uma palestra sobre "o tratamento de feridas em diferentes espécies" e fará cinco sessões de treinamentos com aplicação de pele de tilápia liofilizada (produto desidratado, irradiado e embalado a vácuo) em um Tamanduá Bandeira, um gato, um cão e um equino.

RECONHECIMENTO: A pesquisa sobre o uso da pele do tilápia no tratamento de queimaduras, feridas ou regeneração de tecidos em cirurgias ginecológicas, entre outros, desenvolvida e estudada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará há seis anos, coleciona reconhecimento e premiações. A última foi dada em 24 de setembro, quando ganhou o Prêmio Euro Inovação na Saúde, apontado como o maior da medicina no país.

O projeto que tem a coordenação do cirurgião plástico e presidente da ONG Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), Edmar Maciel, conta com 242 colaboradores, está presente em sete países e em oito estados brasileiros. Além disso, a pesquisa já acumula 16 prêmios em primeiro lugar, foi objeto de 24 artigos em publicações nacionais e internacionais e participou de dois projetos de pesquisa em parceria com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).

Nenhum comentário

MORRE AOS 92 ANOS EM EXU, PERNAMBUCO O MESTRE LUIZINHO DOS COUROS

 

Morreu ontem (22) na zona rural de Exu, o mestre Luizinho dos Couros.

Nascido no dia 08 de outubro de 1928 tinha o nome de bastimo Luiz Antonio Sobrinho. 

No ano de 1954 confeccionou os primeiros gibões e chapéus de couro para Luiz Gonzaga, naquele período conhecido com o título de Rei do Baião e uma das principais atrações da Rádio Nacional.

Capistrano de Abreu, célebre historiador cearense, denominou a formação cultural sertaneja, fruto da miscigenação das raças branca, indígena e negra, como civilização do couro.

Seu Luizinho dos Couros é citado na tese de mestrado da doutora Gláucia Maria Costa Trinchão, Universidade Estadual de Feira de Santana. Conforme teve a informação com Seu Luizinho dos Couros, do Sítio Batentes, Exu –PE, o primeiro “alfaiate de couro” do Rei do Baião, a encomenda surgiu coum detalhe importante: desenhar uma coroa no chapéu e fazer um terno de vaqueiro completo, um encouramento investido. Seu Luizinho conta com riqueza de detalhes

Seu Luizinho relatou que desenhou a coroa estrelada de oito pontas no chapéu de Luiz Gonzaga decalcando a ilustração de uma lata de óleo, a Óleo do Reino, para o rei e agregou duas miniaturas de punhais.

No livro Glaucia articula as relações entre os Desenhos de Couro, sua relevância histórica e sua importância na constituição do discurso regionalista sobre o nordestino, através do redesenho de seus usos feito por Luiz Gonzaga do Nascimento, o “Lua”, Rei do Baião. A releitura ou redesenho da imagem do nordestino a partir da aparência de Luiz Gonzaga nasce das circunstâncias de perpetuação dos desenhos de couro, familiares, na virada do século XX - quando Luiz Gonzaga convivia com mestres de couro e vaqueiros. 

Detalhe: O mestre Luizinho mesmo sem saber ler e escrever, só sabia desenhar a assinatura deixou um livro como fruto de sua sabedoria: Inspirações de um Poeta Sertanejo. O livro ele recitou para uma das filhas. Poesia considerada rica com rimas em sextilhas. Texto: Jornalista Ney Vital (Foto: Hélio Filho)



Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial