TODA ESTRADA FINDA: MORRE EM JUAZEIRO DO CEARÁ O POETA PEDRO BANDEIRA

Morreu nesta segunda-feira (24), em Juazeiro do Ceará, Pedro Bandeira Pereira de Caldas, conhecido como o principe dos poetas. Era o único fundador vivo da Missa do Vaqueiro de Serrita, que este ano iria homenageá-lo.

Ano passado ele foi nomeado Tesouro Vivo da Cultura do Ceará e agraciado com Comenda Patativa do Assaré.

Pedro Bandeira exercia, diariamente, o ofício de poeta e cantador sete dias por semana, 365 dias por ano, impregnado

em divulgar o Cariri Cearense, o Juazeiro e o Padre Cícero, a cultura, a história, os valores humanos, artísticos, administrativos e políticos da região, ao ponto de tornar-se, internacionalmente, conhecido pelo nome artístico Poeta Pedro Bandeira do Juazeiro, o Príncipe dos Poetas brasileiros.

Pedro Bandeira é autor de centenas de músicas, entre elas a peça “Graça Alcançada”, que veio a ser gravada por mais de 20 intérpretes e pode ser considerada o hino dos romeiros e das romarias em Juazeiro do Norte. Além de renomado expoente de uma geração de cantadores, Pedro Bandeira veio a destacar-se também na publicação de Cordel, com mais de uma centena de títulos publicados e ilustrados pelos principais xilógrafos cearenses.Escreveu ainda 14 livros, entre eles “Matuto do Pé Rachado” e “O Sertão e a Viola”.

Um dos mais comentados versos de Pedro Bandeira é a gargalhada da caveira.

Nascido no Estado da Paraíba, Pedro Bandeira, em 2016 gravou emocionado, para o PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA. Ele disse que ao lado de Luiz Gonzaga e padre João Câncio, participou do projeto de criação da Missa do Vaqueiro, no distrito de Lajes, em Serrita. Atuou também no ciclo do jumento, liderado por padre Antônio Vieira, Patativa do Assaré, Zé Clementino e Luiz Gonzaga. 

O elo com o Ceará começou desde pequeno e ainda é geográfico. “Nasci lá, na Paraíba, mas bebendo água nas cabeceiras dos rios que nascem no Cariri. Minha vida ficou moldada e encarnada no sertão. Sou um menino do sertão”, conta. E foi essa vida no campo que o inspirou na poesia.

Sua trajetória na radiofonia começou na Rádio Educadora, em Crato, Ceará quando começou a cantar. 

Cantador profissional,  cordelista e escritor, autor de mais de mil folhetos, publicou livros e centenas de poemas, teve músicas gravadas por Luiz Gonzaga, Luiz Vieira, Alcymar Monteiro e Fagner. Gravou doze LP´s(disco vinil). Foi fundador da Associação dos Violeiros, Poetas Populares e Folcloristas do Cariri - AVPPFC. Foi vereador.  É portador de dezenas de diplomas, medalhas de mérito, com 162 troféus de 1º lugar nas participações de Festivais de Violeiros.

É considerado o poeta popular mais citado pela imprensa escrita, falada e televisionada. Pedro Bandeira ganhou o título de Príncipe dos Poetas Populares.

Licenciado em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Crato, bacharel em direito pela Faculdade de Direito do Crato; advogado inscrito na OAB do Ceará,  bacharel em teologia pela universidade vale do Acaraú.

Pedro Bandeira cantou para o papa João Paulo II; cantou para os ex- presidentes, Castelo Branco, Costa e Silva, João Figueiredo, Fernando Collor e José Sarney, que ainda hoje cita o nome de Pedro Bandeira em seus discursos sobre arte de improvisar, quando fala de cantoria. 

Pedro Bandeira foi elogiado por Luis Câmara Cascudo, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Teo Brandão, Rodolfo Coelho Cavalcante, e tantos outros escritores do Brasil e do exterior. Foi convidado pelo Ministro da Cultura, na época, José Aparecido para ir a Portugal, o que aceitou, e juntamente com o poeta Geraldo Amâncio, fez várias apresentações, naquele país, inclusive no palácio do governo, a convite do  presidente  Mário Soares.

De acordo com o radialista Antonio Vicelmo, da Rádio Educadora do Crato, Pedro Bandeira, ao chegar ao Cariri, descobriu um novo mundo, o paraíso dos seus sonhos, a terra prometida por Padre Cícero, que o acompanhou desde o início. "Armou a sua antena poética em Juazeiro, na sombra da estátua do “Meu Padim”.

Em casa, o poeta Pedro Bandeira vivia olhando a coleção de sua centena de troféus. ‘‘Este é o meu maior patrimônio’’, sentenciou Pedro Bandeira.

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PADRE ANTÔNIO MORENO COMPLETA 38 ANOS DE SACERDÓCIO

Padre Antonio de Jesus Moreno completa na próxima quinta-feira 38 anos de sacerdócio. As comemorações estão sendo realizadas realizadas de forma virtual. Todos os anos a data é lembrada pelas paróquias, movimentos sociais e sindicatos. Amigos, fieis e admiradores enviam as várias formas de gratidão pelos serviços prestados durantes estas décadas de trabalho nas comunidades.

A ordenação aconteceu no dia 27 de agosto de 1982..

Natural do Maranhão Antonio Moreno exerceu ministério nas paróquias Nossa Senhora das Dores em Petrolina, Paróquia São José, (Dormentes, PE) e São João Batista (Afrânio, PE), Paróquia São João Batista, João de Deus, Petrolina,  Paróquia Santa Teresinha (Cohab VI, Petrolina, PE);e Igreja do Bairro José e Maria.

Padre Antonio é doutor em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália, tendo defendido tese sobre “Educação Profissional e Tecnológica em uma Estratégia de Desenvolvimento Local”. Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália;  Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itália; Especialista em Gestão do Desenvolvimento Local pelo Centro Internacional de Formação, OIT (Organização Internacional do Trabalho), Torino, Itália.

Em abril de 1991 ingressou através de concurso no Instituto Federal do Sertão, quando ainda era Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela. Aposentou-se em julho de 2015.

Militante político de fortes convicções democráticas e populares, exerceu o mandato de vereador pelo Partido dos Trabalhadores no período de 2001 a 2004, destacando-se na luta pela implementação do Estatuto das Cidades e Reforma Urbana em Petrolina.

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ROSALVO ANTONIO DENUNCIA TOTAL ABANDONO DO INCRA EM PETROLINA

São quase 150 dias da transformação do INCRA Petrolina, em Unidade Avançada e alcançamos o abismo entre a Reforma Agrária na região e o interesse político do Centrão.

Após uma alteração regimental em 02.03.2020,  que pegou os servidores do INCRA/Petrolina, de surpresa,  sem nenhum esclarecimento  prévio, combinada com a pandemia do covid-19, vivemos tempos sombrios dos serviços do Instituto de Colonização e Reforma Agrária na Região.

Não existe mais gestão local, os atos de gestão e decisão foram transferidos para Recife, restando aqui em Petrolina, apenas a execução do nada. Sim!, do nada, pois os servidores estão afastados há cerca de cinco meses, sem trabalho presencial,  ou de campo, apenas despachando processos no Sistema de Informações do Órgão.

Seria o INCRA, um órgão apenas burocrático? a plantação,  a colheita, à assistência técnica aos assentados, a parca criação de animais, acesso a água, créditos, regularização de famílias quilombolas, serão executadas à distância?

Quanto a perspectiva de retorno é praticamente  nula, pois não existe Horizonte de regresso das atividades, possivelmente devido a total ausência de gestão, que até a presente data não divulgou protocolo de retorno,  verifiquei "in louco" ausência de álcool gel, isso mesmo, álcool gel para os servidores não foi identificado.

Seguimos nos devaneios da política local com o INCRA, apresentando  em seu Instagram "INCRA-PE"  apenas encontros políticos para divulgação de ações meramente polítiqueiras, sem efetividades para os agricultores  e agricultoras que aguardam e torcem que os despachos no sistema do INCRA sejam transformados  em programa de  Reforma Agrária.

Quanto aos servidores, afastado em suas casas, resta apenas orações em prol da permanência na cidade,  pois já existe sinalização de possíveis remoções para outros estados.  Necessidade ou perseguição?

Qual a função social do INCRA? como será sua atuação na região do médio São Francisco? Possivelmente via despachos em sistema e publicações políticas no Instagram  INCRA-PE

Caos na Reforma Agrária, descaso na pandemia. Fragilidades no cumprimento da missão institucional temos, e daí?

Daí!  se faz imperativo uma ampla mobilização da sociedade civil e politica, principalmente dos movimentos sociais de luta pela Reforma Agrária, no sentido de reverter o caos que se instalou e, pelo visto, se depender dos políticos da região, muito pouco ou nada vai acontecer em prol da Reforma Agrária,  pois seus esforços estão centrados no Agronegócio, onde estão boa parte dos seus rendimentos empresariais.

Em que pese ter mão-de-obra qualificada, um péssimo exemplo, é a politicagem das oligarquias locais, na CODEVASF, sem coração, destilando sua perseguição aos trabalhador e as trabalhadoras rurais familiares, assentados e assentadas da Reforma Agrária, pois em pleno Século XXI, e com o Rio São Francisco, jorrando sem risco de racionamento, conforme informações da Agência Nacional de Águas, ainda existem em Petrolina, Assentamentos da Reforma Agrária,  com 16 ou mais anos de existência,  sem água para o plantio, mesmo o canal de irrigação da COODEVASF, que foi construído com recursos públicos,  passando por dentro de Assentamentos, como é o caso do Terra da Liberdade, provando com isso, o total abandono e discriminação do Órgão, sem  viabilizar a concessão do uso da água para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, hoje com terra, produzirem riquezas,  para o seu sustento e da nação, fortalecendo o mercado local.

Petrolina se avizinha a Juazeiro e às eleições municipais, cabendo aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais definirem o seu destino, cujo poder volta para suas mãos em 15 de novembro .

Rosalvo Antonio da Silva 

Secretário Geral do PSOL/Petrolina

Licenciado em História/UPE

Técnicos em saneamento/ETF-PE

Coordenador Geral Do CPP

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LUIZ GONZAGA, BEDUÍNO, A LENDA DA CARIMBAMBA E O CANTO: AMANHÃ EU VOU

Diz uma lenda que todas as noites um canto triste ecoava na lagoa do Opaia, como se estivesse falando "amanhã eu vou, amanhã eu vou". 
Era a Carimbamba, uma ave semelhante a uma coruja. Rosabela, moradora da região, havia se encantado por esse canto e todas as noites acordava para escutar o sedutor canto da ave.

Até que numa noite de lua-cheia, ela foi direto para a lagoa atrás da Carimbamba e nunca mais voltou. Desde então, nas noites de lua-cheia, pode-se ouvir da lagoa do Opaia, Rosabela cantando o canto da Carimbamba, "amanhã eu vou, amanhã eu vou"...

 Segundo a Professora Lourdes Macena, a lenda pertence ao povo da lagoa de Opaia  localizada  no bairro Aeroporto na cidade de Fortaleza.A lenda é contada na música "Amanhã eu vou", composta por Beduíno e interpretada por Luiz Gonzaga em 1951. A música foi também gravada por Fagner, Zé Ramalho e Elba Ramalho.

O meu amigo e professor Aderaldo Luciano, mestre e doutor em Ciência da Literatura conta que em algum dia início da década dos anos 80, essa data, 22 de agosto,  flutua e se move no turbilhão de fatos.

"Eu ouvi com o coração que a terra há de sentir algum dia, próximo ou longínquo que seja, em alguma estação de rádio do Crato ou do Juazeiro do Ceará, a canção fatal que determinaria minha vida: Amanhã eu Vou, versos de Beduíno e Luiz Gonzaga. Não tardou muito para eu ver Elba Ramalho num desses festivais de inverno, de Areia ou de Campina Grande, Paraíba, cantar.

Estranhava-me a história desse pássaro chamado de carimbamba do qual nunca ouvira falar, sequer ouvira seu canto que grassava na noite a onomatopeia "amanhã eu vou". 

Com os parcos recursos de pesquisa da época saí em busca dessa ave. E encontrei em seu Carneiro, mestre da cultura, cantador de viola, um poeta que morava na única casa do final da Rua do Bode e a primeira do que chamou-se mais tarde a Rua Nova, entrando por um pedaço do sítio de Pedro Perazzo, encontrei nele a luz. A carimbamba era o mesmo bacurau, é o mesmo curiango. Esse eu conhecia. Um pássaro cuja mola no pescoço o fazia dar um giro de 360º.

Foi Luiz Gonzaga quem ensinou-me a voz, a língua e a canção do pássaro. E, junto com isso, destrinçou-me a lenda de Rosabela, a encantada donzela a adentrar a lagoa fria, hipnotizada pela canção atravessada no peito da ave mágica.

A canção apresentou-me também o elemento vegetal, a taboa e o elemental Caboclo d'Água, aquele responsável por carregar tantos amigos para o reino paralelo da morte nas profundezas dos rios".

Convido Você para juntos neste domingo, 9hs, no Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus amigos, escutarmos na sintonia www.radiocidadeam870.com.br 

 AMANHA EU VOU:

Era uma certa vez um lago mal assombrado e toda noite sempre se ouvia a carimbamba cantando assim: Amanhã eu vou, amanhã eu vou. A carimbamba, ave da noite cantava triste lá na taboa...manhã eu vou, amanhã eu vou...E Rosabela, linda donzela ouviu seu canto e foi pra lagoa... A  taboa laçou a donzela caboclo d´água ela levou, a carimbamba vive cantando, mas Rosabela nunca mais voltou: Amanhã eu vou, amanhã eu vou... 

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LIVE: PROJETO DE INSTALAÇÃO DE USINA NUCLEAR AMEAÇA O RIO SÃO FRANCISCO

Neste sábado (22), às 16hs #RodaAntinuclearPelaVida, Juracy Marques, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e membro da Sociedade Latinoamericana de Ecologia Humana (Sabeh); e Erivan Silva, mestre em geografia e militante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) vão comentar o vídeo que será exibido com extratos da terceira Roda de Conversa promovida pela Conexão Virtual Antinuclear.

A transmissão será exibida pelo www.facebook.com/XoNuclear/live

Com duração de 44 minutos, na primeira parte Célio Bermann, professor do Instituto de Energia da USP, explica como funcionam as usinas nucleares e mostra a realidade de seus custos. 

Na segunda, João Suassuna, especialista em hidrologia do NE, comenta o sofrimento do Rio São Francisco com a exploração de suas águas, culminando com seu uso em chaleiras atômicas que podem envenená-lo para sempre. Na terceira, Chico Whitaker, ativista social e político, fala dos riscos que essas chaleiras carregam consigo por usarem como combustível, minerais radioativos, dos vazamentos de radioatividade e das catástrofes sociais, ambientais e econômicas.

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OBRA DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO EM JATI, CEARÁ, ROMPE E 2 MIL PESSOAS PRECISARAM SAIR DE CASA

Cerca de 2 mil pessoas precisaram sair de casa após o rompimento de um dos condutos da barragem de Jati, no município homônimo, no Ceará. A obra faz parte do eixo norte da transposição do Rio São Francisco, cujo trecho teve as comportas abertas na quinta-feira, 20, pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Segundo o governo, o vazamento foi contido.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional disse que a evacuação dos moradores que residem em um raio de dois quilômetros foi realizada de "forma preventiva" e "zelando pela preservação de vidas em primeiro lugar". Imagens divulgadas em redes sociais mostram que o rompimento causou a vazão de grande quantidade de água.

Segundo a pasta, pela falta de iluminação durante a noite e a madrugada, houve uma "dificuldade de avaliação técnica da estrutura" e, por isso, a "prioridade foi garantir a segurança" da população. O volume de água atingiu a rede elétrica que atende a estrutura, o que exigiu a instalação de um gerador para garantir o fechamento da comporta.

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O ESTADO DO ESPÍRITO NOS PRECEITOS ECOLÓGICOS DO PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA

“O nome do padre Cícero / ninguém jamais manchará, / porque a fé dos romeiros / viva permanecerá, / pois nos corações dos seus / foi ele um santo de Deus / é e pra sempre será.” Es te é um dos temas de incontáveis folhetos de cordel espalhados pelas feiras sertóes afora.

Quem já ouviu falar dos preceitos ecológicos do Padre Cicero, muitos o seguem como exemplo de fé e religiosidade, mas poucos sabem que ele foi um dos primeiros defensores do meio ambiente, do bioma caatinga. Padre Cícero soube unir a mitologia e o poder do conhecimento dos indios Kariris.

Cícero Romão Batista nasceu em Crato, Ceará no dia 24 de março de 1844. Foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870. Celebrou a sua primeira missa em Juazeiro em 1871. No dia 11 de abril de 1872 fixou residência em Juazeiro. Padre Cícero faleceu no dia 20 de julho de 1934, na cidade de Juazeiro.

A jornalista Camila Holanda escreveu que nas entranhas do Cariri do Ceará foi emergido uma versatilidade de ícones que, entrelaçados povoam o imaginário cultural que habita a região.

Nas terras do Ceará ouvi uma das mais belas histórias. Resumo: o teatrólogo, pesquisador cultural Oswaldo Barroso, ressalta um dos mais valiosos símbolos, a vigorosa força mítica e religiosa. Oswaldo, cidadão honorário de Juazeiro do Norte, diz que a primeira vez que esteve no Cariri foi nos anos 70 e a experiência fez com que suas crenças e certezas de ateu fossem desconstruídas e reconstruídas com bases nos sentimentos das novas experiências e epifanias vividas.

"Desde o início, não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Horto do Juazeiro do Norte, foi que eu compreendi o que era Deus. Isso mudou minha vida completamente", revelou Oswaldo.

Um outra narrativa importante encontrei na mitologia dos Indios Kariris. Nela a região é tratada como sagrada, centro do mundo, onde no final dos tempos, vai abrir um portal que ligará o Cariri  para a dimensão do divino.

A estátua do Padre Cícero encontra-se no topo da Colina. Muitos romeiros percorrem a Trilha do Santo Sepulcro. A pé eles percorrem às 14 estações trajeto marcado por frases e conselhos ambientais do Padre Cícero, que já alertava naquela época para os muitos desequilíbrios ambientais e impactos da agressão humana na natureza.

Padre Cicero descreveu os preceitos ecológicos:

1) Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau; 

2) Não toque fogo no roçado nem na caatinga;

3) Não cace mais e deixe os bichos viverem; 4) Não crie o Boi e nem o bode solto; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer; 

5) Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água de chuva;

6) Não plante em serra a cima, nem faça roçado em ladeira que seja muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca sua riqueza;

7) Represe os riachos de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta;

8) Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, ate que o sertão todo seja uma mata só;

9) Aprenda tirar proveito das plantas da caatinga a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a conviver com a seca;

10) Se o sertanejo obedecer a estes preceitos a seca vai aos poucos se acabando o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer, mas se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.

Rezemos com Fé! . Os sorrisos são a alegria da alma.

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