SEMANA DO TRÂNSITO SERÁ REALIZADO DE 18 A 25 SETEMBRO

De janeiro a março deste ano, os acidentes de trânsito provocaram 19.398 mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente no país. Os dados foram divulgados no Rio de Janeiro, pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), órgão da Escola Nacional de Seguros.

As principais vítimas são homens de 18 a 65 anos e motociclistas. A economista e coautora do estudo Natália Oliveira alertou que os principais fatores associados aos acidentes são falta de educação, desrespeito às leis, excesso de velocidade, ingestão de álcool, direção perigosa e uso de celular.

“Falta respeito à legislação, porque lei a gente tem. Falta respeito e saber o quanto isso está impactando negativamente na nossa economia”, disse a economista, informando que as estatísticas revelam que, em média, 75% dos acidentados eram homens e cerca de 90,5% estavam na idade economicamente ativa, isto é, de 18 anos a 65 anos de idade.

Os acidentes somaram R$ 96,5 bilhões, valor que corresponde ao que as vítimas poderiam ter produzido, pois foram atingidas em plena fase economicamente ativa. A análise foi feita à Agência Brasil pela economista do CPES e coautora do estudo Natália Oliveira.

O fator que mede a perda da capacidade produtiva é denominado Valor Estatístico da Vida (VEV) e se refere a quanto cada brasileiro é capaz de produzir ao longo de sua vida útil.

Na Semana Nacional de Trânsito, de 18 a 25 de setembro, a pesquisadora defendeu o reforço à educação e fiscalização no Brasil. Ela lembrou que a obrigatoriedade da utilização do cinto de segurança no banco de trás dos veículos, apesar de prevista na lei, é desobedecida.

“Não adianta só ter a lei. É preciso educação para respeitá-la e, além disso, a gente percebe que, com fiscalização e punição, consegue-se ter um bom resultado”, afirmou Natália Oliveira.

Segundo a pesquisadora, a preocupação é com a perspectiva de três feriados prolongados no segundo semestre e das festas de fim de ano, pois o risco de acidentes aumenta, de acordo com a Escola Nacional de Seguros.

A Campanha da Semana Nacional de Trânsito visa incentivar todos os motoristas, pedestres e passageiros a optarem por um trânsito mais seguro.
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O IMPACTO PERMANENTE DA OBRA DO REI DO BAIÃO, LUIZ GONZAGA

Não importa se o contato com a obra de Gonzagão se deu ao vivo, num encontro via palco, ou por meio de sua extensa discografia. O impacto de sua musicalidade tem algo de permanente.

O cantor e compositor pernambucano Siba Veloso, por exemplo, ouvia suas músicas desde pequeno. Um dos mais destacados pesquisadores da música brasileira, Ricardo Cravo Albin, por sua vez, teve a chance de gravar depoimentos de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira para o acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Lembrado pelo episódio do violão quebrado no Festival da Record de 1967, Sergio Ricardo é outro que manteve um intenso diálogo com a tradição musical nordestina, presente na trilha sonora do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de sua autoria. 

Conhecedor do modo de trabalho de Gonzaga e de seus parceiros, o jornalista José Teles chama a atenção para a relação entre os compositores e o intérprete. Confira a seguir.

SIBA: Gonzaga foi um artista formador, principalmente para quem vem do Nordeste. Formou a própria imagem que temos de nós mesmos. Ele é o grande e primeiro sintetizador da música nordestina. Então a gente cresceu ouvindo. Foi formador da cultura não só do meu lugar como da minha personalidade até.

 A música dele reflete muito a história dos meus avós, dos meus pais, e secundariamente a minha também, que cresci no meio daquele imaginário. Começa por aí, pelo mundo que ele retratou. Por dar uma imagem musical ao mundo do qual ele fez parte. E depois pela beleza, independente do contexto específico e da síntese musical que fez. Ele transforma elementos da música tradicional numa música universal, que pode ser ouvida em qualquer lugar.

Nesse sentido Luiz Gonzaga é um artista do qual quem é do Nordeste não pode escapar e quem não é, se escapou, está perdendo. De toda essa imensa obra o que mais me marca e do que posso falar como fundamental para mim são as gravações das poesias de Zé Marcolino. Pássaro Carão, Cantiga de Vem Vem, Cacimba Nova.

Para mim, é o ponto alto da união da poesia com a musicalidade que ele inventou. E o Zé é um cara subavaliado hoje em dia. Só quem conhece muito Luiz Gonzaga é que tem noção da importância dele, um autor tão especial. É uma música que estava no ambiente de quem cresceu no Nordeste. Tive minha infância nos anos 1970 e essa música estava acontecendo ainda. Já tinha tido seu auge mas continuava tendo uma importância tremenda. Cresci ouvindo aquilo sem nem pensar no que ouvia. Claro, depois de uma certa idade tomei consciência da importância que ele tinha e passei a admirá-lo de maneira mais consciente.

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ESTUDANTES DA UNIVASF CRIAM PROJETO PARA ESTIMULAR O USO DE PLANTAS MEDICINAIS

Estudantes do 1º período de Medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) criaram um projeto, intitulado Jardim Suspenso, que disponibilizará plantas medicinais para os moradores do bairro Alto da Boa Vista, em Petrolina (PE).

O projeto foi realizado por seis estudantes da disciplina Saúde e Comunidade e foi desenvolvido junto aos moradores do bairro e agentes da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dra. Sinhá. O evento de lançamento e inauguração da horta será aberto ao público e irá acontecer na próxima quinta-feira (13) na UBS, que fica localizada na rua 26 do bairro.

O projeto foi organizado como trabalho de conclusão da disciplina pelos alunos Alécio Farias, Dyonatan Oliveira, Eliene Cerqueira, Lucas Bulhões e Thiago Barreto sob a orientação do professor Aristóteles Cardona Júnior e da preceptora Suzete Moura Bonfim.

O objetivo é que os moradores do bairro possam pegar mudas e replantar em suas casas. Durante o lançamento, serão explicados os usos medicinais de cada planta e como realizar o plantio em casa. Será apresentado também um cartaz com o nome de cada planta, a indicação de uso e a forma de preparo, que servirá de guia para a comunidade.

A ideia de fazer a horta surgiu após a análise das demandas da comunidade, em que os estudantes perceberam que havia muita dificuldade na adesão aos tratamentos propostos na Unidade de Saúde e, consequentemente, na inserção de hábitos mais saudáveis.

 Para isso, foram realizadas visitas nas residências, onde os estudantes notaram que em muitas casas havia espaços ociosos que poderiam ser ocupados por plantas medicinais. A partir daí, os estudantes conseguiram as mudas através de doações do centro de terapia holística Recanto Madre Paulina e disponibilizaram na UBS para que os moradores possam pegar e replantar.

De acordo com Eliene Cerqueira, estudante de Medicina e integrante do projeto, foi uma experiência muito enriquecedora. “Precisamos buscar conhecer outras formas de cuidado além das que a universidade nos propõe, de modo a complementar o conhecimento e fazer a diferença no mercado de trabalho. Conhecer a realidade da população com a qual estamos trabalhando é imprescindível, pois muitas vezes o paciente não possui condições para comprar o remédio receitado ou a alimentação recomendada e isso é um problema social ao qual devemos, como médicos, nos atentar sempre buscando ajudar a população”, afirma Eliene.

O professor da disciplina, Aristóteles Cardona Júnior, afirma que 80% dos problemas de saúde da população são resolvidos na atenção básica e que esse projeto serviu para possibilitar aos estudantes terem um contato direto com a realidade. “Esses projetos de intervenção são importantes para gerar o protagonismo dos estudantes e da comunidade, identificando as necessidades na realidade da comunidade e propondo vivências que vão além de hospitais, laboratórios e da universidade”, conclui Cardona.
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PT OFICIALIZA HADDAD COMO CANDIDATO A PRESIDENTE NO LUGAR DE LULA

O PT oficializou na tarde desta terça-feira (11/9) a candidatura do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad na disputa ao Planalto, em substituição ao nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa. 

A chapa conta agora com Manuela D'ávila (PCdoB) como vice.


Na última pesquisa do Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (10/9), o ex-prefeito de São Paulo atingiu 9% das intenções de voto — empatado tecnicamente pela margem de erro com Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Ainda de acordo com a pesquisa, Haddad aparece em quarto lugar no ranking de rejeição, com 22%. 
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ESTUDANTES DA UNIVASF APRESENTAM EM LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a segunda língua oficial do Brasil. Ela pode ser utilizada, assim como o português, em diversas situações, como na defesa de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

 E Libras foi a língua escolhida pelos estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Getro Barbosa dos Reis, Ana Lucia Marques da Silva e Edina Oliveira Silva para apresentar seu TCC em Pedagogia, intitulado “Educação de surdos em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE): uma análise comparativa”.

 A banca será realizada HOJE (11), na sala de tutoria da SeaD, no Campus Sede, em Petrolina (PE), e é aberta ao público.

O trabalho é requisito final para conclusão do curso de Pedagogia, ofertado pela Secretaria de Educação a Distância (SeaD). Esta será a primeira vez que uma defesa de TCC será apresentada integralmente em Libras na Univasf.

Outras bancas já ocorreram na instituição com tradução para Libras. Na banca haverá tradução para português. O TCC, elaborado na forma de artigo, aborda as práticas de educação inclusiva nas escolas de Petrolina e Juazeiro através de um recorte histórico e da caracterização dos progressos e retrocessos na área. 

A banca será composta pela professora da Univasf, Karla Daniele de Sá Maciel Luz, pela professora surda da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) Verena Gila Fontes, e pelo orientador Alex Sandrelanio dos Santos Pereira.


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VIDA SECAS: AOS 80 ANOS LIVRO É UNIVERSAL E ATUAL NA DENUNCIA DO DESCASO SOCIAL E EXPLORAÇÃO HUMANA

O romance Vidas Secas, do escritor Graciliano Ramos, acaba de completar 80 anos de publicação. Ao longo das décadas, a obra tornou-se universal e manteve-se atual. O interior que sofre mergulhado na seca, a falta de oportunidades em um País desigual, as injustiças sociais que se perpetuam e o sonho de imigrar em busca de uma vida melhor permanecem - e não apenas no Brasil. 

Vidas Secas, a obra que consolidou a imagem de Graciliano Ramos como escritor e intelectual, foi publicada no primeiro trimestre de 1938. Oitenta anos e 137 edições depois, o escritor Ricardo Ramos Filho, neto de Graciliano que se tornou pesquisador da vida e da obra do avô na Universidade de São Paulo (USP), afirma que Vidas Secas é muito mais do que um romance regionalista e que classificá-lo dessa forma é diminuir o seu valor.

O sertão sem nomes de Graciliano é onde se mora sob taipa e, facão a tiracolo, o vaqueiro pisa em ossada de boi. Os sertanejos enganam-se nas contas do patrão e sonham em ter uma vida melhor. Agora, o sertão é de Pelé e Branca, agricultores, resistentes da seca. De gente que anuncia passagem para viajar para fora, mas se vê obrigada a permanecer. 

De sertanejos que foram embora, de outros que voltaram. Mas, diga-se, o percurso não é só de seca. Faixas de terra cobriram-se de verde. Às margens de rodovias asfaltadas, casas formam um mar de cisternas e antenas parabólicas, boa parte com Wi-Fi. Nas cidades, ainda muito católicas, há cafeterias gourmet e academias de jiu-jítsu. Com agricultura e pecuária protagonistas da economia, no entanto, a região segue refém das chuvas.

São os personagens que traduzem a atualidade da obra de Graciliano. A vida na roça, a violência, os programas sociais, a baixa escolarização, a gravidez precoce e a questão da terra misturam-se à seca, à falta de oportunidades, às injustiças e ao sonho de imigrar. 

As histórias também contam como a memória de Graciliano é (ou não) preservada, nos municípios onde ele nasceu, viveu a infância e trabalhou, tanto pela população como pelos governos locais. 

 "Se vivo,Meu avô Graciliano seria uma voz que continuaria gritando, ressaltando e colocando em foco as mazelas da vida brasileira, que são muitas e vêm se acentuando", afirma Ricardo.

Fonte: O Estado de São Paulo

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ABERTA INSCRIÇÕES DA I SEMANA DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO

Estão abertas até o dia 24 de setembro, as inscrições para a ‘I Semana das Águas do Rio São Francisco’, em Petrolina. O evento acontece entre os dias 02 e 04 de outubro, no Campus Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

O objetivo do evento é apresentar as atividades desenvolvidas pelos laboratórios que realizam pesquisa e execução das atividades do Programa Básico Ambiental 23 (PBA – 23), com atuação no monitoramento de organismos aquáticos do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

A programação conta com ciclo de palestras que abordam temáticas como Diversidade e Conservação, Integridade das Águas e Espécies Invasoras e a Relação Invasoras-Nativas.

Foto: CHBSF
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