48º MISSA DO VAQUEIRO ACONTECE DIA 22, NA CIDADE DE SERRITA, PERNAMBUCO

Já consagrada como a maior festa do Sertão pernambucano, unindo, de forma única, o sagrado e o profano, e preservando assim as tradições, a cultura e a fé do povo sertanejo, a 48ª edição da Missa do Vaqueiro, já tem data marcada para acontecer. Será realizada entre os dias 19 e 22 de julho, na cidade de Serrita, localizada a 535 quilômetros do Recife. O ponto do alto da festa acontece tradicionalmente no domingo, 22, com a missa em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó. Estão sendo esperadas mais de 50 mil pessoas. 

Este ano, o evento contará com atrações musicais como as bandas Fulô de Mandacaru e Magníficos, do compositor Josildo Sá e do Coral Aboios. Ao todo, 12 atrações se apresentam, gratuitamente, no Parque Estadual João Câncio, no Sítio Lajes. Além da programação cultural, a festa terá atividades ligadas ao ofício do vaqueiro, como vaquejada, pega de boi, rodas de forró com sanfoneiros e apresentações de aboiadores e repentistas.

Na edição de 2018, o escritor Nelson Barbalho, um dos principais nomes da literatura e da história de Caruaru, será o homenageado (in memorian). A escolha, segundo Helena Câncio, que comanda a organização do evento, é uma forma de celebrar o centenário do escritor que é o autor da música “A Morte do Vaqueiro” (tengo lengo tengo lengo tengo), eternizada na voz de Luiz Gonzaga e feita em homenagem à morte do vaqueiro Raimundo Jacó, primo de Gonzagão

A programação musical já começa na quinta-feira (19), no distrito de Ipueira, com show de Epitácio Pessoa, músico nascido em Exu, terra de Luiz Gonzaga, sendo declaradamente um discípulo do Rei do Baião. Ele, que tocou durante anos com o mestre e hoje mantém viva sua herança, promete um show regado a muito forró pé de serra. Ipueira entra no roteiro da Missa pela interessante história do povoado, que já foi palco de um embate entre a família Xavier, tradicional na região, e o grupo de Lampião.

Na sexta-feira (20), é a vez de Donizete Batista, que será seguido pelos músicos Galego do Pajeú, Fábio Carneirinho, Ranieri e a Banda Arreio de Ouro. No palco secundário, intitulado de “Tenda”, um espaço destinado aos aboiadores, repentistas e trios de forró, o cantor Cosme do Acordeon abre a programação musical do dia. Vale ressaltar que o espaço ainda dá oportunidade para que artistas presentes na plateia possam participar das atividades. Uma vaquejada completa a programação da sexta.

No sábado (21), o público poderá conferir as atrações musicais mais esperadas da festa. Após Kinho Ramalho se apresentar na “Tenda”, será a vez do Coral Aboios subir ao palco principal do evento, no que já virou uma tradição da Missa do Vaqueiro. O coral, fundado há aproximadamente 18 anos, é formado por amigos, vaqueiros, que se apresentam vestidos a caráter, com a intenção de exaltar a vida e o ofício do vaqueiro. 

E a festa não para por aí, depois se apresentam Joquinha Gonzaga, o cantor Flávio Leandro e as grandes atrações da festa, a Banda Fulô de Mandacaru, que foi a grande campeã do Programa SuperStar, da Rede Globo, em 2016, ficando conhecida por levar o autêntico forró para todo o Brasil, e a Banda Magníficos, uma das maiores bandas de forró eletrônico do País, com mais de 20 anos de estrada e diversos sucessos na bagagem. No sábado ainda acontece mais uma vaquejada e a pega de boi de pé de porteira, na Fazenda Favinha, com distribuição de troféus e premiação total de R$ 10 mil, sendo R$ 1 mil para o primeiro colocado.

MISSA - A tradicional missa em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó, cuja morte deu o mote para a criação do evento, acontece no domingo (22). Para a celebração e homenagens, participam do momento representantes religiosos e artistas, como Josildo Sá, Coral Aboios, Flávio Leandro, Mariana Aydar, os aboiadores Ronaldo, Fernando e Inácio e o repentista Pedro Bandeira.

Multidão acompanha a missa, celebrada no domingo, no encerramento da festa. Foto: Divulgação
Multidão acompanha a missa, celebrada no domingo, no encerramento da festa. Foto: Divulgação

Uma das novidades deste ano é que a infraestrutura do evento recebeu diversas melhorias para atender com mais conforto as milhares de pessoas que anualmente saem de suas cidades natal, em Pernambuco e em outros estados nordestinos, para prestigiar a tradicional festa. Inclusive, diversas caravanas, com integrantes que não perdem uma edição da Missa, já confirmaram presença no evento.

A Missa do Vaqueiro de Serrita é uma realização da Associação Rebanho Cultural, conta com patrocínio da Empetur e do Governo do Estado de Pernambuco. Entre os apoiadores, a Prefeitura de Serrita, a Fundação Padre João Câncio, Apega (Associação dos Vaqueiros de Pega de Boi), Santa Clara, Frisco e Associação Lula Gonzaga dos Forrozeiros do Brasil.

HISTÓRIA – Realizada anualmente sempre no quarto domingo do mês de julho, a Missa do Vaqueiro tem em suas origens uma história que foi consagrada na voz de Luiz Gonzaga: a de Raimundo Jacó, um vaqueiro habilidoso na arte de aboiar. Reza a lenda que seu canto atraía o gado, mas atraía também a inveja de seus colegas de profissão, fato que culminou em sua morte numa emboscada. O fiel companheiro do vaqueiro na aboiada, um cachorro, velou o corpo do dono dia e noite, até morrer de fome e sede.

A história de coragem se transformou num mito do Sertão e três anos após o trágico fim, sua vida foi imortalizada pelo canto de Luiz Gonzaga. O Rei do Baião, que era primo de Jacó, transformou “A Morte do Vaqueiro” numa das mais conhecidas e emocionantes canções brasileiras. Mas Gonzaga queria mais. Dessa forma, ele se juntou a João Câncio dos Santos – padre que ao ver a pobreza e as injustiças cometidas contra os sertanejos passou a pregar a palavra de Deus vestido de gibão – para fazer do caso de Jacó o mote para o ofício do vaqueiro e para a celebração da coragem.

Assim, em 1970, o Sítio Lajes, em Serrita, onde o corpo de Jacó foi encontrado, recebe a primeira Missa do Vaqueiro. De acordo com a tradição, o início da celebração é dado com uma procissão de mil vaqueiros a cavalo, que levam, em honras a Raimundo Jacó, oferendas – como chapéu de couro, chicotes e berrantes – ao altar de pedra rústica em formato de ferradura.

A missa, uma verdadeira romaria de renovação da fé, acontece sempre ao ar livre e se assemelha bastante aos rituais católicos, porém contando com toques especiais que caracterizam o evento: no lugar da hóstia, os vaqueiros comungam com farinha de mandioca, rapadura e queijo, todos montados a cavalo.

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MST PARTICIPA DA FENAGRI 2018 COM EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR, FRUTOS DA REFORMA AGRÁRIA

O MST participa desta 27° edição da FENAGRI com a protagonização da agricultura familiar em espaço concedido para organizações sociais da econômica solidária.

No stand, o MST trás a diversidade de produtos e produção diversificada, são mais de 30 produtos como (manga, uva, banana, goiaba, melancia, melão, tomate, mamão, maracujá, feijão, cebola, pimentão, batata doce, abobora, feijão e hortaliças em geral, ainda os artesanatos em madeira, crochê, palha e também a produção de mudas diversificadas, biscoitos e doces artesanais. Todos esses produtos podem ser encontrados com facilidade nas áreas de acampamentos e assentamentos da Regional Norte da Bahia. 

Na Região, o MST tem uma abrangência em vários municípios, entre eles: Casa Nova, Juazeiro, Sento Sé, Sobradinho, Campo Alegre de Lourdes, Remanso, Ponto Novo, Curaçá, Ponto Novo, Campo Formoso... O que totaliza 26 áreas com mais de 2000 familias de agricultores e agricultoras que retiram da terra o seu meio de sobrevivência através da produção de alimentos.

O evento é importante para a divulgação da diversidade produtiva e cultural existente nas áreas; além disso serve com estratégia do diálogo com a sociedade sobre a importância da reforma agrária e a produção de alimentos saudáveis, livre de agrotóxicos.

"São espaços como esse que oportunizam reafirmar que a reforma Agrária é viavel e fundamental para o desenvolvimento sustentável. Certamente, na Região, centenas de pessoas consomem diariamente, pelo menos um item produzido pelas mãos de agricultor ou agricultora Sem Terra", diz a estudante Ana Maria, visitante da Feira.

De acordo com a coordenação do MST os compromissos são com a produção de alimentos saudáveis e fortalecimento entre campo em cidade na construção da Reforma Agrária Popular.

Fonte: MST Bahia
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GILDEMAR SENA, A TEMÁTICA DOS SERTÕES NA ARTE DO BICO DE PENA

A obra do desenhista juazeirensse Gildemar Sena, esteve presente na Feira Nacional de Agricultura Irrigada-Fenagri 2018. O estande é um dos mais visitados na Feira. Gildemar usa a técnica bico de pena para retratar o homem sertanejo, o contexto do semiárido. 

A esposa Petinha Peixinho, conta que Gildemar já foi escultor, pintor e hoje desenha gravuras com a temática do Sertão. O multiartista valorizou já montou várias exposições, entre essas “Traços do Sertão”.

Além do dia a dia do homem do sertão, as paisagens naturais da caatinga, o universo do cangaço e as catadeiras de umbu são marcas do trabalho de Gildemar. Os desenhos são inspirados na cidade de Uauá, Bahia, que foi cenário da Guerra de Canudos e do cangaço, e onde Gildemar Sena mora e faz seu trabalho artístico há mais de 40 anos.

Desde 2016 Gildemar desenvolve o Projeto Meus Sertões que tem por objetivo descobrir e contar histórias relacionadas às 1.262 cidades do semiárido brasileiro. 

"Apesar de sua diversidade, costuma ser retratada de forma preconceituosa pelos meios de comunicação, com ênfase na seca, miséria e tragédia. Nossa proposta é mostrar todos os aspectos da vida sertaneja, debater questões cruciais e promover a cultura da região", explica.

O multiartista também possui um outro talento: fotografar os pássaros do sertão. Privilegiado, consegue as imagens em seu quintal ou nas trilhas que faz de moto nas serras de Uauá e região. 
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AGRICULTORES DO SEMIÁRIDO PERCORREM MAIS DE 2 MIL QUILOMETROS PARA DENUNCIAR VOLTA DO MAPA DA FOME

Serão 2.906 quilômetros do sertão de Pernambuco até a capital paranaense. A ideia de cruzar o país para denunciar a iminente volta do Brasil ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) se dá devido ao desmonte de políticas públicas sociais que afetam a segurança alimentar dos povos do Semiárido. 

Cerca de 90 pessoas sairão no dia 27 de julho de Caetés (PE) e seguirão em dois ônibus para Curitiba (PR). A Caravana terá paradas estratégicas em Feira de Santana (BA) e Guararema (SP), até a chegada ao Paraná no dia 02 de agosto. No percurso de volta, o grupo tem uma parada em Brasília, no dia 05, com o objetivo de pautar o tema no Supremo Tribunal Federal (STF).

A redução de pessoas subalimentadas no país é uma conquista recente. Isso porque as ações que contribuíram com a saída do Brasil do Mapa da Fome, no ano de 2014, foram iniciadas com a criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em 2003, aliado à garantia de crédito, acesso à água potável - por meio da implantação de tecnologias como as cisternas de placas – e renda, a exemplo do Bolsa-Família.

Entretanto, menos de 4 anos depois do Brasil celebrar a saída do Mapa da Fome, esse fantasma volta a rondar as populações carentes do campo e da cidade em todo o país, e no Semiárido, região marcada historicamente pela miséria e ausência de políticas públicas, a situação se acentua por conta da redução de investimentos nas políticas sociais e de convivência com a região.

“A Caravana dos povos do Semiárido contra a fome tem como objetivo chamar atenção da sociedade brasileira sobre os riscos da volta da fome para a população mais pobre do Brasil. Considerando que o Semiárido e o Nordeste sempre tiveram os maiores índices de fome da história do Brasil- por ser a maior área rural do país e uma ausência da ação do Estado por muitos anos. Queremos chamar atenção da sociedade sobre esse período que vivemos na história, os avanços e conquistas que tivemos com políticas sociais que priorizaram recursos de atendimento da população mais pobre, especialmente a população rural”, explica o coordenador executivo da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Alexandre Pires.

A iniciativados movimentos, redes e organizações do campo Popular e democrático do Semiárido, contará com momentos de debate em universidades, atos públicos e ações de agitação e propaganda. 

“Na medida em que as organizações da ASA se propõem a realizar uma caravana como esta, ela sai com três grandes objetivos: o primeiro debater a situação política do Brasil; o segundo fazer uma denúncia muito clara sobre o tema da fome, e por fim, a defesa da democracia. Vai ser um momento muito rico e acredito que à medida que ela [a caravana] for passando e debatendo com a militância ela vai ganhar nome, e vai obrigar os candidatos a falar sobre o assunto”, salienta o membro da coordenação nacional do MST, João Paulo Rodrigues.

Dados - Com a política de cortes do Governo Federal, chegamos à expressiva e preocupante exclusão de 1,1 milhão de famílias do Programa Bolsa Família, cerca de 4,3 milhões de pessoas, em sua maioria crianças. Além disso, houve cortes nos investimentos para ações que garantem a segurança alimentar e nutricional das populações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Para completar, o número de desempregados vem aumentando exponencialmente.

Em março deste ano, especialistas e pesquisadoras que participaram da aula inaugural da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) avaliaram que de 2014 a 2016, o número de pessoas em extrema pobreza no Brasil saltou de pouco mais de 5.162 milhões para quase 10 milhões, o que ratifica o risco de o país retroceder na missão de erradicar a pobreza. Os números só não foram piores porque as regiões Norte e Nordeste, que historicamente abrigavam as populações mais carentes, conseguiram manter um equilíbrio, graças aos investimentos recebidos por meio de ações como o Programa de Cisternas, Bolsa-Família, Seguro-Safra e aposentadoria rural.

Pensando nisso, o percurso da Caravana do Semiárido contra a Fome contará com paradas estratégicas em municípios da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo a fim de sensibilizar as populações para o problema da má-nutrição e a redução das políticas públicas sociais. 

“Com a mudança das prioridades do Governo atual, de aplicação dos recursos, vemos voltar uma situação de fome e miséria. Então, as paradas que devem ocorrer têm como objetivo chamar a população para refletir e mobilizar a sociedade para estar atenta a essa situação que se agrava. Esse é o sentido de mobilizar estudantes, movimentos sociais e urbanos, juventudes”, explica Pires.

Fonte: Irpaa -Fotos: João Ripper

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ANO DE 2018, O ÁPICE DO MOVIMENTO DE DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA NACIONAL

No ano de 2015 a página do São João no Nordeste viveu um dos mais deploráveis desrespeitos a sua cultura. Viveu uma certa vergonha, romanceada com pitadas fartas de decepção, que hoje perpassa todos nós que lidamos com cultura, no Nordeste, quando vem chegando o tempo do São João. Naquele ano, veio-nos a lamentável tragédia envolvendo a secretaria responsável pelas festas na valente cidade de Mossoró, terra dos meus ancestrais. A revelação do colunista César Santos, do Jornal De Fato, foi perturbadora em todos os sentidos: cultural, ético, histórico, sociológico e educacional, sem falar no político.

Quem não conhece o Trio Mossoró, quem ignora a história por trás de João Mossoró, Carlos André, Hermelinda, considere-se um ignorante completo em termos de história da música no Nordeste. A reunião desses três irmãos, os Batista, originou, por volta de 1950, o trio, cuja cidade de origem, batizou-o. Depois, já no Rio de Janeiro, Carlos André consegue juntar todos novamente e o trio se reorganiza e se consolida como um dos grupos de maior apelo regional, regando nossas raízes musicais.

Até 1972 o trio lançara pelo menos 10 discos, com músicas de nossa cepa mais verdadeira. Mas o motivo desse meu post atrevido é comentar, da maneira mais veemente possível, a falta de conhecimento que habita as secretarias de cultura e de turismo de nossas prefeituras, vivendo tão somente dos compadrios políticos e dos apadrinhamentos. Pois bem, o Trio Mossoró, patrimônio material e imaterial mossoroense, aquele que levou o nome da cidade a todos os recantos do país, em 40 anos de existência, foi convidado, naquele ano de 2015, a tocar na Cidade Junina, a praça da grande festa de São João, quando seria homenageado e lhe foi oferecido o "significante cachê" de 400 reais.

Carlos André, na época, confessou sua indignação e a notícia veio cair em nós que praticamos a luta cultural. Que acinte, lacuna no bom senso, confissão de alta ignorância, imensa falta de todos os atributos. Mossoró, terra de bravos, de resistentes, de formadores de opinião, berço de tantos nomes construtores de nossa brasilidade, viveu tão desabonador momento. Mas o pior viria depois: ciente do passo em falso, a secretária Izolda "corrigiu" o cachê para 10 mil. Caso no qual a emenda levou o soneto mal-ajambrado todo a ser condenado. Dinheiro não absolve o erro, a violência, a agressão moral contra o Trio e contra todos que militam na música. O Trio Mossoró recusou. VIVA O TRIO MOSSORÓ.

EM TEMPO: reeditei esse texto de olho nos desmandos contra a festa mais tradicional do nordeste. O que se viu no São João de 2018 foi o ápice, o auge, do movimento de desconstrução de nossa brasilidade. A despeito de todas as denúncias, de todos os comentários e testemunhos, a empreitada golpista avança sobre a cultura nacional com suas escopetas de fel e pólvora. Estamos na senda, no Rio de Janeiro e em todo o Brasil, junto com o SESC e o IPHAN, buscando o registro do Forró de Raiz como patrimônio imaterial da cultura brasil-terráquea. Que sejamos a trincheira mais aguerrida, os santos guerreiros contra o dragão da maldade!

Fonte: Professor Aderaldo Luciano-doutor em Ciencia da Literarura
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LAMPIÃO E MARIA BONITA: 28 DE JULHO A NOITE DE SEUS DESEJOS

Aquela noite, 28 de julho, era a noite de seus desejos. Seus corpos se amariam como nunca. Seus olhos confessavam seu amor. Havia uma necessidade de abraçar mais forte, de se beijar mais quente, de sussurrar segredos. 

O suor os unia em complexa solução salgada. Seus fluidos se misturavam cumprindo seu destino. A lua, a noite, o silêncio no campo. A terra calava-se diante de tanta cumplicidade. Nus, abraçados, juraram amor eterno, enquanto seus dedos se entrelaçavam. 

A rusticidade de suas vidas nunca invalidara seus momentos de paixão.  O cactos, a poeira da caatinga, os bichos mais estranhos, a brisa inexistente, tudo reverenciava e abençoava sua união. Naquela noite, toda a alegria do mundo invadia-lhes a aura. Até que veio a manhã e adormeceram para sempre.

Fonte: Aderaldo Luciano-professor. Doutor em Ciência da Literatura
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ENCONTRO NACIONAL DOS GONZAGUEANOS 2018 ACONTECERÁ EM CARUARU

O Encontro Nacional dos Gonzagueanos é realizando anualmente em Caruaru, Pernambuco e este ano o evento ocorrerá no dia 10 de novembro. Desde 2012, o encontro considerado a "Academia de Letras Gonzagueana", sempre ocontece na segunda semana de novembro. O evento é realizado no Espaço Cultural Asa Branca do Agreste , coordenado pelo pesquisador e diretor Luiz Ferreira. O evento é  promovido pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste e apoio do Lions Vila Kennedy.

O coordenador do evento, o Poeta Luiz Ferreira, diretor do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, avalia que o evento representa um tributo de reconhecimento e por isto além do encontro foi criado o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru, com o objetivo de agraciar personalidades que fizeram e continuam fazendo parte na história da vida e da arte do nosso eterno Rei do Baião Luiz Gonzaga.

"Com a mesma coerência se faz presente também jornalistas, escritores e historiadores debatendo e pesquisando em especial, assim como são incentivados para lançamentos de livros de autoria dos mesmos escritores presentes", diz Luiz Ferreira. 

Este ano, por exemplo, um destaque especial é o Centenário do Escritor Caruaruense Nelson Barbalho, comemorado no dia 2 de junho deste ano. Luiz revela que Nelson Barbalho compôs em Parceria com Onildo Almeida, no ano de 1957, ano do centenário de Caruaru, a música Capital do Agreste, sendo a primeira de suas músicas gravada pelo Rei do Baião.

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião gravou mais 7 musicas de Nelson Barbalho, sendo a ultima a música A Morte do Vaqueiro, música simbolo da Missa do Vaqueiro em Serrita Pernambuco. 
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