RESPEITEM A SANFONA DE 8 BAIXOS DE CHIQUINHA GONZAGA

Esta semana durante conversa com Maira Barros, Ceceu e a sanfoneira Ana Marques, lá das bandas de Ilheus, Bahia lembramos de Chiquinha Gonzaga, irmã do Rei do Baião. lChiquinha Gonzaga em vida costumava dizer: "É preciso manter a tradição de meu pai Januário, o  maior sanfoneiro que o Nordeste já teve". Generoso, disposto a arrumar trabalho para a família inteira, Gonzagão criou o grupo Os Sete Gonzagas, formado por ele, o pai e mais cinco irmãos, incluindo, mesmo sob os protestos de dona Santana.

A cantora e compositora Francisca Januária dos Santos, Chiquinha Gonzaga, "partiu para o Sertão da Eternidade, aos 85 anos, no ano de 2011, era a caçula dos 10 irmãos de Luiz Gonzaga. Moradora da cidade de Santa Cruz da Serra, no Rio de Janeiro.

Em vida sua história foi marcada por lutas. Chiquinha enfrentou o machismo da sociedade. Irmã de Luiz Gonzaga, também seria vítima do mesmo tipo de preconceito ao arriscar as primeiras notas na sanfona de  oito baixos do pai, mestre Januário. Proibida de tocar pela mãe, Dona Santana, Chiquinha só aos 74 anos gravou um disco inteiro dedicado a sanfona de 8 Baixos. Méritos de Gilberto Gil, que bancou a idéia, produziu o CD e encorajou sua volta aos palcos.

Chiquinha e o compositor baiano ficaram amigos durante as filmagens, de "Viva São João!", documentário dirigido por Andrucha Waddington. No filme, um entusiasmado relato das festas juninas em 19 cidades do Nordeste, os dois visitam Exu, cidade da família Gonzaga, e relembram histórias do rei do baião e do sertão pernambucano. Na oportunidade Gilberto Gil prometeu que iria ajudar Chiquinha a voltar a gravar.

Devoto do baião, Gil já tinha feito o mesmo agrado ao irmão mais velho de Chiquinha, mergulhado no ostracismo no fim da década de 60, depois do  surgimento da bossa nova e da jovem guarda. O compositor baiano gravou "17 Légua e Meia", antigo sucesso de Gonzagão, no álbum "Gilberto Gil" - que contém "Cérebro Eletrônico"-, em 1969. Outro tropicalista, Caetano Veloso  (exilado em Londres), repetiria a homenagem dois anos mais tarde, numa histórica regravação de "Asa Branca".

O álbum "Pronde Tu Vai, Luiz?", lançado de forma independente, conta com a participação de Gilberto Gil na faixa-título, originalmente gravada por Gonzagão em 1954, num dueto com a irmã. Há outros convidados ilustres, como o tocador de gaita e acordeonista gaúcho Renato Borghetti, mas quem brilha mesmo é Chiquinha.

Chiquinha nas suas conversas contava que esperava os pais partirem para o trabalho na roça para que ela pudesse pegar a sanfona num canto do quarto de Seu  Januário. A farra durava pouco. Quase sempre era pega em flagrante pela mãe. "Larga isso, menina! Isso é coisa pra homem!", censurava Dona Santana.

A emancipação só veio em 1949, quando Luiz Gonzaga, já desfrutando da fama de sanfoneiro no Rio de Janeiro, como autor de "Baião", "Asa Branca" e "Juazeiro", comprou um caminhão e mandou buscar a família em Exu (Gonzagão queria que os parentes viajassem de avião, mas Seu Januário, indignado - ou com medo-, disse que não era urubu para andar pelos céus).

Tanto Seu Januário como Dona Santana, enraizados em Pernambucano, nunca pensaram em deixar o Estado. Achavam, aliás, que o Sul do país não era lugar para o "menino" Luiz se aventurar.

Mudaram de idéia e foram para o Rio de Janeiro. A viagem para o Rio de Janeiro durou  vários dias ("tinha até fogão dentro do caminhão", lembrava Chiquinha), mas 
valeu a pena, principalmente para a jovem cantora.

A popularidade do irmão explodiu na década de 50 e Chiquinha, mesmo sem tocar sanfona, passou a cantar forró em pequenas casas noturnas do Rio. No embalo do irmão gravou cinco LPs e estrelou programas de rádio. 

Chiquinha sempre lembrava de histórias curiosas dessa fase. Como chegou a desfrutar 
de um relativo sucesso, algumas pessoas passaram a confundi-la com a musicista carioca de mesmo nome, morta 20 anos antes, em 1935. "Eu achava que esse tipo de confusão nunca aconteceria. Mas ficava assustava quando pediam para eu cantar 'Ô Abre-Alas' (marcha carnavalesca de estrondoso sucesso, composta em 1899)", recorda-se Chiquinha.

Gonzagão, principal incentivador da irmã e seu padrinho musical, tratou de desfazer a confusão. Passou a apresentá-la aos donos de casas noturnas e empresários como "Chiquinha Gonzaga, a Cantadora de Forró". Ela lembra que, mesmo assim, sempre havia alguém que estranhava a ausência do piano clássico no palco.

"É preciso manter a tradição de meu pai Januário, o maior sanfoneiro que o Nordeste já teve", dizia Chiquinha, cantarolando "Respeita Januário", um dos 
grande sucessos de Gonzagão: 'Luiz, respeita Januário/ Luiz, respeita Januário/ Luiz, tu pode ser famoso mas teu pai é mais tinhoso/ E com ele ninguém vai, Luiz/ Respeita os oito baixo do teu pai/ Respeita os oito baixo do teu pai." 
  
"Chegou a hora de respeitarem os oito baixos da irmã de Gonzagão", brincava a cantora." 

Fonte: Tom Cardoso-Valor Econômico
  
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ANTONIO BARROS POETA BRASILEIRO

"Chora Nordeste neste baião em homenagem a teu irmão/ Chora comigo Nordeste chora comigo Sertão/ Chora o caboclo que veste roupa de couro gibão... Chora meu olho d'água chora meu pé de algodão. As folhas já estão se orvalhando saudade do nosso irmão Zé Dantas. As saudades são tantas  Por que você partiu...Chora também nosso baião chora por essa cruel separação...No meu canto  na minha voz vai o pranto, o  pranto de todos nós. Chora Nordeste...Saudade de Zé Dantas".

Homenagem a Zé Dantas. É um dos mais belos versos musicados da literatura brasileira. Sensibilidade de quem sabe ser grato e falar de amor fraterno. O autor é o paraibano universal Antonio Barros.

Estes dias tive a suprema alegria/emoção de compartilhar por algumas horas da presença de Antonio Barros. Antonio Barros que eu não conhecia pessoalmente, mas que foi responsável e isto falei pra ele, responsável, pelo cidadão, pesquisador, jornalista que sou atualmente. Imaginei o menino lá da Paraiba que ouvia o ídolo no pé do Rádio. Vivi 49 anos e o destino me proporcionou este encontro. Na maioria do tempo o ouvi. O brilho das palavras e lembranças faladas cantadas de um Toinho que conviveu e deu vida a centenas de músicas interpretadas por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Trio Mossoró, Dominguinhos, Ney Matogrosso e quase toas as estrelas da música brasileira.

As músicas de Antonio Barros embalou meu tempo criança através das ondas do Rádio. Adulto me fez pensar sobre o Nordeste e a importância de sua história. Eu ouvi certa vez um locutor dizendo que a música era  autoria de Antonio Barros. Logo fiquei a imaginar de onde viria tamanha grandeza humana para falar dos mistérios mais escondidos do ser humano, das paixões, desencontros, esperanças de uma chuva que está para chegar.

Hoje compreendi com a trajetória do tempo. Antonio Barros é um sopro de Deus, Poder Superior feito de Luz que deu de presente a este pedaço de terra, um Poeta. Poeta Antonio Barros.

Lembro que meu amigo Aderaldo Luciano numa carta endereçada ao cantador Beto Brito, relatou a certeza e vai colocar isso em um livro, "que Deus era um tocador de pife e foi soprando nele, num pife feito de taboca, que deu vida ao Homem com seu sopro fiel".

É por isto que todo dia às 18horas digo em prece: Antonio és um Sopro de Deus...Agradeço por tua existência e a cada letra, ritmo, melodia, harmonia que você alimentou por este Brasil afora. És alegria das Noites de São João, São Pedro e Santo Antonio. És luz. Antonio Barros fogueira luz acesa da grandeza da música que encanta almas e alimentas os seres humanos de Paz.
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ANTONIO BARROS E CECEU ESTRELAS DE OURO DO BAIÃO, XOTE, FORRÓ E XAXADO


Antônio Barros e Cecéu, são duas lendas vivas da música brasileira. Eles visitaram Juazeiro e Petrolina, em companhia de Flávio José, Jorge de Altinho, Alcymar Monteiro e Quinteto Sanfonico, gravaram participação no Programa da TV Caatinga-Univasf/TV Futura.

Quando era menino, em Queimadas, cidade onde nasceu, no interior da Paraíba, Antônio Barros se encantava com as músicas que conhecia por meio do serviço de alto-falante local. Costumava cantá-las no fundo do quintal de casa, com a cabeça dentro de uma lata para ouvir a própria voz. “Só que eu não tinha ideia que se fazia música. Pra mim, ela simplesmente existia, como existe o vento, a luz do sol…”, conta. Por isso, foi grande a surpresa quando, já adolescente, assistiu, encostado na porta do cabaré de Campina Grande, à apresentação de um cantor e, maravilhado, soube depois, pelo intérprete, que o samba cantado era composição do saxofonista do conjunto, “um careca, meio zarolho”.

“Rapaz, quer dizer que se faz música?!”, espantou-se. Ele se lembra até hoje dos versos: “Goiás, coração do meu Brasil/ Tem riquezas minerais dos sertões orientais/Goiás, suas ricas florestas têm madeira de lei, pau-brasil e outras mais…”. O jovem nem fazia ideia de que, tempos depois, seria ele mesmo o autor de alguns dos maiores sucessos da música brasileira.

Raras são as pessoas que nunca ouviram as composições de Antônio Barros, incluindo aquelas feitas em parceria com a esposa, Cecéu. A dupla é referência na hora de animar um arrasta-pé e de incentivar naturalmente a participação do público, que sempre canta junto com o casal. São mais de 700 músicas e 134 regravações de 1971 a 1995, constituindo um rico acervo de clássicos, já consagrados nacional e internacionalmente, na voz de diversos intérpretes.

Como diz Cecéu, o repertório passa pela tradição nordestina. ‘Bate coração’, ‘É proibido cochilar’, ‘Homem com H’. “São clássicos bastante conhecidos. E isso é o que realmente nos satisfaz, quando vemos o público cantando todas as músicas que são de raiz nordestina”, afirmou.

Antônio Barros tem muitas histórias para contar, que se confundem com o próprio caminho traçado pela música popular brasileira. Nos anos 1960, ele morou no Rio de Janeiro. Na época, tocou triângulo no regional de Luiz Gonzaga e também chegou a morar na casa do ‘Rei do Baião’, na Ilha do Governador.

Em 1970, numa das viagens no navio de cruzeiro ‘Ana Neri’ pelo litoral brasileiro, onde Antônio Barros trabalhava como contrabaixista, nasceu o sucesso ‘Procurando tu’. A música foi gravada pelo ‘Trio Nordestino’ e, depois de Antônio Barros deu a parceria de J.Luna – disc-jóquei baiano que ajudou a divulgar a canção no Nordeste – a composição fez sucesso e chegou a ser gravada por Ivon Curi e até Jackson do Pandeiro, entre outros músicos.

Foi também o ‘Trio Nordestino’ que gravou e divulgou outras músicas de Antônio Barros, como ‘Corte o bolo’, ‘Cuidado com as coisas’, ‘É madrugada’ e ‘Faz tempo não lhe vejo’. No ano de 1974, ‘Vou ver Luiza’, que é uma parceria com Lindolfo Barbosa, foi gravada por Bastinho Calixto, pela gravadora EMI.

O grupo ‘Os Três do Nordeste’, por sua vez, gravou composições de Antônio Barros. O trio lançou sucessos como ‘É proibido cochilar’, ‘Forró do poeirão’, ‘Forró de tamanco’ e ‘Homem com H’. Essa última foi composta para a novela ‘O bem amado’. No início da década de 80, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha gravaram ‘Estrela de ouro’, enquanto ‘Quebra pote’ foi entregue ao ‘Trio Mossoró’, e saiu pela gravadora Copacabana.

Na mesma década, Ney Matogrosso gravava ‘Homem com H’, que se tornou um dos grandes sucessos da época. Também é nesse período que Zé Piata interpretou, pela gravadora Copacabana, o forró ‘Procurando tu’.

Em 1981, o xote ‘Bate coração’, parceria entre Antônio Barros e Cecéu, foi gravado por Elba Ramalho, durante o Festival de Montreux, na Suíça. No ano seguinte, a música estourou como sucesso nacional. No decorrer da década, outras composições se tornaram conhecidas na voz de diversos intérpretes, a exemplo de ‘É madrugada’.

Antonio Barros diz que "Acredita muito na parte espiritual, Outro dia fiz uma música que diz assim, tipo um samba meio baião:
Quando eu chegar lá do outro lado
Quando eu chegar lá
Eu vou saber porque foi que eu nasci
Por que vivi aqui do lado de cá

Quando eu chegar lá do outro lado
Quando eu chegar lá
Eu vou saber porque foi que eu nasci
Por que vivi aqui do lado de cá

Por enquanto meu viver é um penar
É uma total desilusão
Eu faço tudo pra viver em harmonia
Eu só queria muita paz no coração

Mas eu nasci como todo mundo teve esse direito
Muita gente tem um coração no peito
Como o meu batendo até chegar o fim
Se é assim eu só vou saber quando chegar a hora
A hora da partida, quando eu for embora
Alguém do outro lado vai dizer pra mim

Quer dizer, tem vida do outro lado? É verdade? Eu quero saber como é".

"Eu sempre tive cuidado, os poemas que eu faço nas melodias. Esta eu fiz para Cecéu:

Tu és minha flor silvestre
Meu capuchinho de algodão
A escultura do mestre
Do mestre que fez Adão
Tu tens o dom da beleza
Da terra tu és o sal
Será que a natureza faz coisa igual?
Eu não duvido mas penso
Que igual a tu ninguém mais
Tu és um universo imenso
O berço da minha paz." 

Fonte: Syusk Santos-Campina Grande-Paraíba
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FESTIVAL VIVA DOMINGUINHOS ESTÁ COM SELEÇÃO DE CONVOCATÓRIA ABERTAS

O Viva Dominguinhos chega à 5ª edição este ano e a Secretaria de Turismo e Cultura de Garanhuns lançou a convocatória para a seleção de propostas que poderão compor a programação do evento. O documento foi publicado no Diário Oficial dos Municípios/AMUPE desta sexta-feira (16), as inscrições devem ser realizadas até o dia 02 de março presencialmente ou via Correios. O Viva Dominguinhos será realizado no período de 19 a 21 de abril de 2018.

O Viva Dominguinhos foi criado para homenagear José Domingos de Moraes, músico natural de Garanhuns. A convocatória define alguns detalhes para quem deseja submeter a inscrição e se apresentar no palco do evento. Podem se inscrever pessoas físicas ou jurídicas que devem comprovar com fotos, CDs, filmagens, releases, matérias em jornais, declarações de órgãos públicos, associações comunitárias ou culturais entre outras documentações a atuação como artista, há pelo menos seis meses. 

Para a inscrição presencial, o proponente deve se dirigir, de segunda à sexta-feira, no horário das 8h30 às 14h, até à sede da Secretaria de Turismo e Cultura de Garanhuns, situada no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, na Praça Dom Moura, bairro São José. Para envio via Correios, basta encaminhar a documentação para este mesmo endereço, com postagem até às 17h do dia 02 de março. Não serão aceitas inscrições via fax, internet ou qualquer outra forma de encaminhamento. 

Após o período de inscrições, as propostas serão submetidas à avaliação por parte da Secretaria de Turismo e Cultura, com resultados divulgados no site institucional. O edital completo está disponível nos sites www.garanhuns.pe.gov.br e www.diariomunicipal.com.br/amupe.
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GREGÓRIO FILÓ MENEZES, POETA DAS BANDAS DE SÃO JOSÉ DE EGITO

Tem verso que é bonito. Tem verso que é bem feito. Tem verso que é bem feito e bonito.Gregório Filomeno de Menezes é mestre nesta terceira opção. Autodidata, compenetrado,leitor voraz, perfeccionista; lapida seu tesouro poético com o respeito e a dedicação que todos os poemas merecem ter.

Quem conhece sabe que ele abomina hipocrisia; prefere usar a franqueza, mesmo que contrarie o interlocutor. Ferrenho defensor da verdade, inclusive nas várias histórias engraçadas e interessantes vividas pelo nossso povo, e que ele narra com precisão e riqueza de detalhes.

Gregório  nasceu no dia 13 de fevereiro de 1944, no sítio Cachoeira, municipio de São José do Egito, Pernambuco, abraçando desde cedo, com sua alma inspirada, firme em sua trajetória andarilha, a defesa incondicional da conduta ética no pensamento político. Gregório é filho de um agricultor digno e poeta, José Filomeno e de Teresa Maria de Jesus.

Gregório viveu a infância no meio rural, e já na adolescência ganhava a vida negociando carvão com seu irmão Zuca, no então próspero povoado do Feliciano, município de Sertânia, Pernambuco, no vale do Moxotó.

Gregório ganhou a estrada, exercendo as atividades de representante comercial e algumas funções como servidor público. Mas sem se afastar muito, para estar sempre de volta ao Pajeú, seu chão natal, sua fonte, seu roteiro eterno. Nessa terra, nasceram, também, seus filhos; alguns destes, com a natural capacidade de versejar, convivem cotidianamente com a poesia de outros autores e escrevem seus próprios versos. Tem plena afinidade com o tema.

Gregório não apenas escreve: além de poeta valoroso, sabe explicar didaticamente todo o fenômeno poético que caracteriza e engrandece as regiões do Pajeú, em Pernambuco e do Cariri, Paraíba; lançando teorias, explicando as origens, citando os grandes nomes do passado e do presente.

"Em Gregório Filó, a gente vê
Uma digna e honrosa trajetória:
Coerente, senhor de sua história,
Incisivo ao mostrar tudo em que crer.
Militante do velho MDB,
Integrado onde tem sabedoria
Bom de farra, eleição, democracia,
Professor de assunto do repente
E agora nos tranz como um presente
Seu legado de bela poesia"

*Fonte: Mauricio Menezes-poeta e escritor

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ALMIR SATER E O DOM DE SER FELIZ SEMPRE TOCANDO EM DEFESA DA PAZ

Avesso às tecnologias, vestido com bota e chapéu, Almir Sater é um sujeito simples e por isso encanta por onde passa. Na verdade, não apenas devido a esse motivo. O talento para tocar viola faz do instrumentista um dos maiores nomes da música brasileira.

O trabalho de Almir Sater visa manter vivas as chamas da música sertaneja de raiz. “Sou assim mesmo. Caboclo nascido e criado em Mato Grosso, que conviveu com pessoas que sabem valorizar as coisas da terra e reconhecer a igualdade do ser humano, isso não pode mudar. Temos que melhorar a cada dia sendo sabedores que um ser humano não é mais que o outro por ter talento diferente ou mais dinheiro".

Almir Satter possui uma carreira reconhecida nacionalmente. Para ele, o sentimento que o move é a satisfação de ver que o público aprova seu jeito simples de ser, a sua música executada com carinho para os que apreciam a arte. “Prefiro que as pessoas escutem minha música de olhos fechados”, contou. Ele também não tem página oficial nas redes sociais nem na internet em geral. “Se eu fizer um site oficial, vou ter a responsabilidade de colocar conteúdo nele sempre e não quero isso”, justificou.

Um dos maiores sucesso da carreira de Almir Sater é a música “Tocando em Frente”, feita em parceria com o amigo Renato Teixeira. A canção, que tem como início “ando devagar porque já tive pressa”, é conhecida e admirada por muitos.

Quando fala da música, Almir se emociona e diz lembrar claramente do dia em que a composição foi feita. “Essa música foi pura inspiração. Certo dia, fui jantar na casa do Renato, em determinado momento, a esposa dele chamou a gente para jantar. Nesse intervalo, fizemos essa música. Não acredito em uma composição tão instantânea como aquela que a gente fez ali, naquele 

momento, e que se tornou uma música muito tocada. Sou muito feliz por isso”, revelou. “Acho que essa música veio como um presente pra gente poder cantar essa mensagem tão bonita. Acho que essa música foi psicografada mesmo”, completou, em entrevista para a TV Cultura.

A música "Tocando em frente" fala do aprendizado ao percorrer uma vida e que cada um tem o necessário pra poder ser feliz, de saber que é capaz de “compõe a sua história”, sabendo dos percalços da vida, de saber quando deve entrar e sair de cena.
A gente fica mais velho, mas com mais capacidade de ser feliz, ao ver e compreender o mundo e com isso tocar a vida em frente e ter o dom de ser feliz.
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NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO


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