VALDI GERALDO, O NEGUINHO DO FORRÓ, EXU, ALEGRIA E BELEZA DO SERTÃO

Sempre é bom lembrar: o grande celeiro de Luiz Gonzaga foi, até o final da carreira, o Nordeste. A cada viagem que fazia pela região descobria um compositor. Em Caruaru, foram Onildo Almeida e Janduhy Finizola; em Sumé, Paraíba, José Marcolino; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti.

E em Exu, na sua terra, valdi Geraldo, o
Neguinho do Forró é músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco, Long Play, Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribuiram com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. Ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira, tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis discípulos do Rei do Baião.

Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música, é funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta aos frutos de criatividade do poeta, diga-se, um dos mais humildes, ou seja, sabe tratar o povo mais simples, assim como tanto pedia Luiz Gonzaga.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

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JORNALISTA E ESCRITORA PARAIBANA RECEBE TÍTULO DE CIDADÃ SINOPENSE

A jornalista e escritora Maria da Paz Cavalcante Sabino foi agraciada com o Título de Cidadã Sinopense Benemérita, na Sessão desta segunda-feira (11). A homenagem foi proposta pelos vereadores Joaninha e Luciano Chitolina e aprovada por unanimidade.

Natural da Paraíba, Maria da Paz reside em Sinop desde 1995, onde atuou como jornalista no extinto jornal “Diário do Norte” e como correspondente dos jornais A Folha, A Gazeta e Diário de Cuiabá.

Lançou seu primeiro livro intitulado “Contos que conto”, (em 2002); livro “O Mundo Fantástico da Formiga Zaroia”; (2004); livro “Mulheres que fazem História” (2015) – obra esta que traz 23 relatos de mulheres empreendedoras do município; livro “O câncer salvou minha vida”; livro “Homens que fazem História” (2017) – obra esta conta com 37 relatos de pioneiros e empreendedores do município de Sinop. Por este último livro, recebeu moção de aplauso da Câmara Municipal, por sua parcela de contribuição para a preservação histórica e cultural do município, tornando-se a obra fonte de pesquisa do processo de desenvolvimento do município.

Maria da Paz publica a revista bimestral “Saúde em Alta e Estilo”, que se encontra na 40ª edição. Há vários anos também realiza ações de estímulo e fomento à literatura em escolas do município, promovendo rodas de leituras e teatralização com os alunos.

“Essa homenagem representa o nosso reconhecimento pelas grandiosas contribuições da Maria da Paz para o jornalismo, história, literatura e cultura sinopense”, destacou o vereador Joaninha.
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É PRECISO MANTER A VALORIZAÇÃO DA SANFONA DE 8 BAIXOS E TRADIÇÃO DO PAI DE LUIZ GONZAGA

O cenário musical brasileiro atual tem a presença de diversas mulheres que, como cantoras, compositoras ou instrumentistas, conseguem se sustentar com seu trabalho artístico. O que hoje parece natural, há cerca de um século era raro: mulheres que ousavam se manter neste meio eram vistas com preconceito e sofriam discriminação. Uma das responsáveis pela mudança de dessa postura revolucionári  e a abrir alas para muitas outras mulheres na música do Brasil: Chiquinha Gonzaga.


A compositora, pianista e maestrina é responsável por mais de duas mil canções populares, e entre elas está a primeira marchinha composta para o carnaval: "Ô abre alas", de 1889, que hoje faz parte do imaginário brasileiro. Seu aniversário, em 17 de outubro, é lembrado como o Dia Nacional da Música Popular Brasileira.

A sanfoneira de 8 Baixos, Chiquinha Gonzaga também enfrentou o machismo da sociedade carioca. Em  Pernambuco, igual a sua homônima, a irmã de Luiz Gonzaga, também seria vítima do mesmo tipo de preconceito ao arriscar as primeiras notas na sanfona de oito baixos do pai, mestre Januário. Proibida de tocar pela mãe, Dona Santana, Chiquinha, só aos 74 anos, pôde gravar um disco inteiro  dedicado ao instrumento. Méritos de Gilberto Gil, que bancou a idéia, produziu o CD e encorajou sua volta aos palcos.

Chiquinha e o compositor baiano ficaram amigos, durante as filmagens, de "Viva São João!", documentário dirigido por Andrucha Waddington. No filme, um entusiasmado relato das festas juninas em 19 cidades do Nordeste, os dois visitam Exu, cidade da família Gonzaga, e relembram histórias do rei do baião e do sertão pernambucano.

Na época Chiquinha contou a Gilberto Gil "que não gravava havia 16 anos e que adoraria tocar sanfona novamente, mas que não tinha patrocínio para tanto". Ganhou a simpatia e ele foi muito simpático e logo dizendo: 'Pode deixar, Dona Chiquinha, eu vou bancar o seu CD'", conta ela. "Apenas deixou avisado que precisaria viajar antes ao exterior para gravar um disco só com canções de um tal amigo dele (Bob Marley), mas que depois estaria no estúdio para iniciar as gravações", completa. 

Devoto do baião, Gil já tinha feito o mesmo agrado ao irmão mais velho de Chiquinha, mergulhado no ostracismo no fim da década de 60, depois do surgimento da bossa nova e da jovem guarda. O compositor baiano gravou "17 Légua e Meia", antigo sucesso de Gonzagão, no álbum "Gilberto Gil" - que contém "Cérebro Eletrônico"-, em 1969. Outro tropicalista, Caetano Veloso (exilado em Londres), repetiria a homenagem dois anos mais tarde, numa histórica regravação de "Asa Branca". 

O álbum "Pronde Tu Vai, Luiz?", lançado de forma independente, conta com a participação de Gilberto Gil na faixa-título, originalmente gravada por Gonzagão em 1954, num dueto com a irmã. Há outros convidados ilustres, como o tocador de gaita e acordeonista gaúcho Renato Borghetti.

Autora da maioria das canções (algumas delas em parceria com os filhos Sérgio e Zuca), ela toca instrumento com o mesmo vigor e paixão dos tempos de menina. Chiquinha lembra que esperava os pais partirem para o trabalho na roça para que ela pudesse pegar a sanfona num canto do quarto de Seu Januário. A farra durava pouco. Quase sempre era pega em flagrante pela mãe. "Larga isso, menina! Isso é coisa pra homem!", censurava Dona Santana.

A emancipação só veio em 1949, quando Luiz Gonzaga, já desfrutando da fama de sanfoneiro no Rio de Janeiro, como autor de "Baião", "Asa Branca" e "Juazeiro", comprou um caminhão e mandou buscar a família em Exu (Gonzagão queria que os parentes viajassem de avião, mas Seu Januário, indignado - ou com medo-, disse que não era urubu para andar pelos céus). 

Tanto Seu Januário como Dona Santana, enraizados em Pernambucano, nunca pensaram em deixar o Estado. Achavam, aliás, que o Sul do país não era lugar para o "menino" Luiz se aventurar. A viagem para o Rio de Janeiro durou vários dias ("tinha até fogão dentro do caminhão", lembra Chiquinha), mas valeu a pena, principalmente para a jovem cantora. 

A popularidade do irmão explodiu na década de 50 e Chiquinha, mesmo sem tocar sanfona, passou a cantar forró em pequenas casas noturnas do Rio. No embalo do irmão gravou cinco LPs e estrelou programas de rádio. 

Chiquinha lembra de histórias curiosas dessa fase. Como chegou a desfrutar de um relativo sucesso, algumas pessoas passaram a confundi-la com a musicista carioca de mesmo nome, morta 20 anos antes, em 1935. "Eu achava que esse tipo de confusão nunca aconteceria. Mas ficava assustava quando pediam para eu cantar 'Ô Abre-Alas' (marcha carnavalesca de estrondoso sucesso, composta em 1899)", recorda-se Chiquinha. 

Gonzagão, principal incentivador da irmã e seu padrinho musical, tratou de desfazer a confusão. Passou a apresentá-la aos donos de casas noturnas e empresários como "Chiquinha Gonzaga, a Cantadora de Forró". Ela lembra que, mesmo assim, sempre havia alguém que estranhava a ausência do piano clássico no palco. 

Chiquinha Gonzaga já faleceu e deixou um silêncio enorme para os apreciadores da Sanfona de 8 Baixos. 
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TODOS PELA PAZ: DOIS ANOS DO ASSASSINATO DA MENINA BEATRIZ


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AMIGOS DE LUIZ GONZAGA PLANTARÃO UMBUZEIRO NAS FESTIVIDADES DOS 105 ANOS DO REI DO BAIÃO

No próximo sábado (16), em Exu, Pernambuco, durante as comemorações dos 105 anos de Luiz Gonzaga o Grupo de Amigos do Rei do Baião, vão realizar o plantio de árvores de Umbuzeiro. O objetivo dos gonzagueanos é estimular o plantio de árvores para tornar o meio ambiente mais sustentável

O projeto foi denominado “Amigos de Luiz Gonzaga plante 113 Árvores”. O nome do projeto foi idealizado porque todos do grupo são admiradores da obra e vida de Luiz Gonzaga. “Luiz Gonzaga cantou muito a natureza e ainda nos anos 80 já defendia a ecologia e o meio ambiente e nosso grupo não compreende como mesmo com tanto calor em nossa região, ainda cortam as poucas árvores que tem”, disse o empresário Italo Lino, ressaltando que o projeto contou desde o primeiro momento com o apoio das Lojas Neto Tintas.

"Estamos hoje realizando o desejo do meu pai, Neto Tintas, que partiu no último dia 15 de outubro e era um dos mais entusiasmados para este projeto ser realizado em Exu", declarou Italo.

Para o professor e biólogo Júlio Cesar silva, a iniciativa é importante para o meio ambiente.

Luiz Gonzaga, numa composição de João Silva homenageou o pé de Umbu. No cenário de vegetação quase sem vida, sem comida, o umbuzeiro exibe fartura. O umbuzeiro é a única árvore verde no meio da caatinga.  O segredo está embaixo da terra. As raízes têm batatas que funcionam como uma caixa d'água.

As pesquisas calculam que um umbuzeiro grande chega a acumular 1.500 litros de água. É por isso que ele atravessa todo o período de seca verde e dando frutos. Fonte de vitamina C e até de inspiração para os poetas nordestinos.

Mas até o umbuzeiro está sofrendo com a seca extrema. Segundo um estudo da Embrapa, em algumas regiões do Nordeste, como no sertão pernambucano, de cada quatro umbuzeiros, apenas um consegue sobreviver.
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EXU 2018 II ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA: RAIZEIROS,BENZEDEIRAS E PARTEIRAS

Exu, localizada na Chapada do Araripe pernambucano e reconhecida internacionalmente como a terra do Rei do Baião, Luiz Gonzaga sediará o II Encontro de Saberes da Caatinga composto por adeptos de práticas e culturas milenares que ainda persistem no interior nordestino. o evento vai acontecer entre os dias 19 e 28 de janeiro de 2018.

Adeptos de práticas e culturas milenares que ainda persistem do interior do Nordeste vão se reunir na Chapada do Araripe para trocar experiências. No Encontro Saberes da Caatinga, cerca de 150 parteiras, rezadores e raizeiros pretendem fortalecer essas práticas de nascimento e cura, ligadas à natureza. 

O neurocientista, Sérgio Felipe de Oliveira, especialista em medicina e espiritualidade, fala sobre o assunto. “Hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS) já admite a questão espiritual e existe muito estudo sobre espiritualidade na prática clínica. Quando a medicina oficial, o SUS (Sistema Único de Saúde), resolve dialogar com as benzedeiras, encontra-se um ponto que permite o integrativo e esse ponto beneficia o paciente. A força da fé é tremenda, mas precisa haver afeto e amor. Uma relação fria não abre caminhos. Uma relação de afeto e amor soluciona milhões de problemas”.

Os saberes populares estão presentes em duas políticas do Governo Federal: a política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos considera "o valioso conhecimento tradicional associado ao uso de plantas medicinais" capaz de ajudar na qualidade de vida da população.

E, na política nacional de práticas integrativas complementares em saúde, que visa integrar a medicina tradicional e terapias alternativas, estão novamente as plantas medicinais.

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A 5º EDIÇÃO DA FEIJOADA DO JOQUINHA GONZAGA MARCARÁ FESTIVIDADES DOS 105 ANOS DE LUIZ GONZAGA EM EXU

Os Gonzagueanos que participarão das festividades dos 105 anos de luiz Gonzaga, o Rei do Baião, em Exu, Pernambuco, terão um encontro na sombra do umbuzeiro, a partir das 11hs do sábado 16 dezembro, na Fundação  Vovô Januário, localizado na avenida Edmundo Dantas 620. Trata-se da feijoada do Joquinha, sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário. 

A entrada custará R$30 com direito a uma camisa. Para adquirir a camisa fone contato: 87 999472323. Além da tradição da feijoada o encontro é marcado pelo som da sanfona, triângulo e zabumba. Os fãs clubes de Caicó,  Paus dos Ferros (RN), Santa Cruz do Capibaribe, Grupo Gonzagão de Juazeiro, Bahia, Gonzagueanos de Petrolina e Juazeiro, Tropa Gonzaguiana, Belo Jardim, Garanhuns, Gravatá,  e de Senhor do Bonfim já confirmaram presença.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. A festa de aniversário de Luiz Gonzaga acontecerá entre os dias 15 e 17 de dezembro em Exu.

A feijoada nasceu da necessidade de um lugar para marcar o encontro dos fãs e admiradores de Luiz Gonzaga que chegam de todos os lugares do Brasil para festejar a data de aniversário de Luiz Gonzaga.

"Sempre estou contando histórias, músicas de meu tio, músicas minhas, dos meus colegas. Valorizo a tradição que representa o que existe de melhor na música brasileira. É o forró, o xote, o baião e é assim que eu faço sempre, não fujo disso. Eu procuro sempre conversar com o público que tem uma admiração à minha família, Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Daniel Gonzaga, Gonzaguinha. Esse é o meu estilo musical, o encontro que faço para o povo", diz Joquinha.

João Januário Maciel-Joquinha Gonzaga, nasceu em 01 de abril de 1952. Joquinha nome artístico dado pelo Rei do Baião. Joquinha é filho de Muniz, segundo Luiz Gonzaga irmã que herdou o dom de rezar muito.

Joquinha aos 12 anos ganhou uma sanfona de oito baixos, pé de bode viajou o Nordeste ao lado de Luiz Gonzaga. Ganhou gosto pelo instrumento e hoje é puxador de Sanfona, 120 baixos.
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