Cantor e Compositor Onildo Almeida ganha filme e mostra trajetória musical do autor da música Feira de Caruaru

Onildo Almeida era chamado de "groove man" pelos tropicalistas, pela grande variedade de gêneros musicais que o artista de Caruaru-Pernambuco trouxe para a sua trajetória, tendo se destacado como um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga.

Parte deste caminho trilhado por Onidlo, 88 anos, está registrado no documentário "Onildo Almeida - Groove Man", dirigido por Helder Lopes e Cláudio Bezerra. Onildo escreveu clássicos como "A feira de Caruaru" e "A hora do adeus", e aparece na tela ao lado de outros artistas como Gilberto Gil, Junio Barreto e Maciel Melo.

Entre outras raridades, o filme produzido pela pernambucana Viu Cine e com som finalizado pelo Estúdio Carranca, recupera, ainda, imagens de arquivo e canções inéditas, das cerca de 600 composições que Onildo Almeida criou ao longo da vida artística.

Radialista, poeta, músico e compositor, Onildo Almeida, nasceu a 13 de agosto de 1928 em Caruaru, filho de José Francisco de Almeida e Flora Camila de Almeida.

Autor da música “Feira de Caruaru” (composta em 1955 e imortalizada em 1957 na voz de Luiz Gonzaga), desde criança Onildo demonstrou interesse pelas artes, tendo composto suas primeiras canções quando ainda tinha 13 anos de idade.

Até 1991 (quando passou a se dedicar apenas à música evangélica), já havia composto um total de 530 músicas gravadas por grandes nomes da MPB, entre os quais Agostinho dos Santos, Maysa, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Marines, Trio Nordestino, Jorge de Altinho e outros.

No início de sua carreira, integrou vários conjuntos musicais, entre eles o Cancioneiros Tropicais. Como compositor, o seu primeiro grande sucesso foi “Linda Espanhola”, marchinha vencedora de festival de música para o carnaval pernambucano de 1955.

Onildo Almeida iniciou a profissão de radialista em 1951, na Rádio Difusora de Carauru, instalada na cidade pelo Grupo F. Pessoa de Queiroz. Ele começou como operador de som e depois exerceu outras funções, entre as quais repórter e publicitário.

No rádio, Onildo participou da criação de programas de auditório como o “Expresso da Alegria” e o “Vesperal das Quintas”, grandes sucessos à época. E, de empregado passou a empresário, fundando, com um irmão, a sua própria emissora: a Rádio Cultura do Nordeste.

Só para Luiz Gonzaga, Onildo compôs 21 canções, sendo que com a mais famosa delas, “Feira de Caruaru”, o Rei do Baião conquistou o primeiro Disco de Ouro de sua carreira. A música vendeu mais de um milhão de cópias e também foi gravada em outros 34 países.

Ao longo de sua vida de compositor, Onildo Almeida conquistou dezenas de prêmios: foi vencedor de festivais de músicas, recebeu Discos de Ouro e outros troféus. È citado entre os grandes nomes da música pernambucana e do Nordeste.
Nenhum comentário

Vale do São Francisco terá o I Encontro de Mulheres Negras

O I Encontro de Mulheres Negras do Sertão São Francisco acontecerá no dia 20 de julho de 2017, no SEST/SENAT a partir das 8h ás 18h, com apresentações culturais, palestras, oficinas, exposições artísticas, estandes de artesanato e culinária regional que valoriza a diversidade da mulher negra sertaneja sinônimo de coragem e força.

No Brasil, a população feminina ultrapassou 103 milhões. Em Pernambuco, as mulheres negras são cerca de 64% da população feminina, mais de 3 milhões de pessoas. O evento vai discutir o racismo e o sexismo além do cenário de desigualdade, onde os indicadores socioeconômicos apontam para as precárias condições em que a grande maioria dos negros vive.
Nenhum comentário

Zé Clementino, Varzea Alegre e Luiz Gonzaga no reinado do Baião

O livro Zé Clementino: O “matuto” que devolveu o trono ao Rei, de autoria de Jurani Clementino já merece uma segunda edição. Jurani destacou o livro durante o programa Conexão, apresentado na TV Futura.

O livro é mais uma publicação do Selo Latus, editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), com o propósito de publicar produções artísticas e culturais, além de uma sérei de produtos de cunho mais literário, a exemplo de crônicas e poesias, romances e cordéis, entre outros. 

A obra é resultado da grande admiração do autor pelo primo distante, o compositor Zé Clementino. Autor de grandes sucessos interpretados por Luiz Gonzaga, Zé Clementino pode ser considerado como um sensível cronista da vida do Nordeste. Compôs clássicos como “Xote dos cabeludos”, Fazenda Corisco, “Sou do banco”, “Capim novo” e “O jumento é nosso irmão”. A imaginação criativa do poeta produziu versos matutos que retratavam o dia a dia do homem nordestino.

“Mesmo não mantendo um contato permanente com ele, acompanhava-o de longe. E sempre que surgia uma oportunidade, comentava sobre a existência desse primo compositor que havia selado uma parceria com Luiz Gonzaga”, explicou. De acordo com Jurani, “Xote dos cabeludos”, uma das músicas mais famosas interpretadas pelo Rei do Baião, é uma bem humorada crítica à estética hippie que conquistava a juventude de todo o mundo.

“No verão de 1968, tornou-se uma das músicas mais executadas do país, trazendo o rei de volta a mídia e despertando o interesse de novas gerações pelo riquíssimo acervo musical do artista. Já ‘O jumento é nosso irmão’ faz referência ao padre Antonio Vieira, não o dos Sermões, mas o homônimo do interior cearense, escritor nascido em Várzea Alegre, que denunciou o descaso a esses animais em seu livro O Jumento, Nosso Irmão, de 1964”, explanou.

Muito se fala sobre os intérpretes da Música Popular Brasileira (MPB). Filmes, documentários, livros e pesquisas acadêmicas apresentam essas figuras mitológicas, quase sempre como heróis solitários. Aos compositores, parceiros desses artistas consagrados, é reservado o lugar do ostracismo, do anonimato e do esquecimento. 

“A ideia de produzir esse livro se deu pela necessidade de fazer justiça a um, dos vários compositores de Luiz Gonzaga. Apresentamos aqui um Zé Clementino que é resultado das várias impressões, diversos olhares e pontos de vista. A intenção é reavivar a memória, reafirmar e difundir o talento desse importante compositor, ainda desconhecido de muitos”, destacou. 

Jurani O. Clementino é jornalista, especialista em Comunicação e Educação, mestre em Desenvolvimento Regional, professor universitário e cronista. É doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Fonte: UEPB-Astier Basilio
Nenhum comentário

Espaço Cultural Asa Branca de Caruaru e o legado do gonzagueano Luiz Ferreira

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, idealizado pelo diretor e fundador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga – os gonzagueanos’, como também são conhecidos.

O Espaço Cultural Asa Branca está localizado no bairro Kennedy e é coordenado pelo pesquisador Luiz Ferreira. Nele consta um dos mais organizados
acervos culturais voltados ao conhecimeto e valorização da música brasileira.

Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Eles recebem o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

Luiz Ferreira diz que a iniciativa já produziu até o interesse de produzir um filme/documentáro. O vídeo é resultado de um trabalho desenvolvido por um grupo de alunos do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (Unifavip), sob a orientação do professor e escritor Jurani Clementino, cearense, radicado em Campina Grande. Ano passado foi lançado o livro Gonzagueano-legitimadores de um legado.
Nenhum comentário

Forró de Cesár Durando comemora Dia Municipal do Sanfoneiro

O Dia Municipal do Sanfoneiro foi estabelecido pelo Projeto de Lei de autoria do então vereador Cesar Durando com o objetivo de valorizar o patrimônio maior da cultura brasileira. Por este motivo todo ano acontece o "Forró Pé de Cesar", que não deixa ninguém parado, religiosamente.

No próximo sábado dia 17, a concentração do Forró Pé de Cesar será na Praça 21 de setembro, a partir das 11h30.

No autêntico clima de São João, Cesar Durando e um grupo de amigos sai pelas ruas de Petrolina, ao som da sanfona, zabumba e triangulo.

Solidário a causa dos forrozeiros sinônimos de Luiz Gonzaga, Cesar Durando é um dos legítimos defensores do forró familiar. “Comemoramos a data como um marco que valoriza Luiz Gonzaga e todos os sanfoneiros. Um momento de encontro de várias gerações com música genuína, que homenageia nosso mestre, mas que também se abre para outros nomes que seguiram o mesmo caminho, como Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Ary Lobo, Trio Nordestino, e também seus discípulos atuais”, antecipa Cesar Durando.

Sempre animado quando o assunto é forro e cultura Cesar conta que proposta do Dia Municipal do Sanfoneiro é que a festividade valorize o calendário junino em Petrolina. “Nós fizemos uma inovação, criamos o forró Pé de César, e colocamos como marca o forró itinerante. Todo ano mobilizamos as pessoas com maior ênfase para o forró e visitamos diversos bairros levando a alegria junina que deve ser presente durante todo o ano", finalizou Cesar Durando.


Nenhum comentário

O buraco é mais embaixo viu dona Marilia Mendonça?

Por Blog Magno Martins  *Maciel Melo-cantor e compositor

Estamos às vésperas da mais ilustre e importante festa, que representa – ou deveria representar – as nossas tradições. No entanto, não escuto uma música sequer que alavanque o mais imperioso gênero musical nordestino, o Forró.

Pois bem, diante dessa celeuma toda, me ponho aqui, como um dos representantes legítimos desse legado de Luiz Gonzaga, para dar o meu parecer a respeito da preservação da nossa identidade cultural

A meu ver, esta deveria ser mais valorizada pelos órgãos públicos. Por exemplo, ao invés de facilitar a contratação dos artistas, burocratizam cada vez mais o processo. Ora, a obrigação de fiscalizar se o evento está ou não sendo executado é do contratante, não do contratado. Mas somos obrigados a cantar e filmarmos o show senão não receberemos nossos caches. Precisamos assoviar e chupar cana ao mesmo tempo.

Esta é apenas uma das coisas que acho equivocadas no meio de tantas outras. Assino embaixo de tudo que Elba Ramalho falou e faço minhas as palavras de Petrúcio Amorim, Alcimar Monteiro e quem mais estiver defendendo essa bandeira. Fui um dos primeiros a contestar isso, quando comecei a despontar, e daí passei a levar fama de arengueiro, briguento e sei lá mais o quê. Como estava no começo de tudo e sendo retaliado em alguns eventos, resolvi não me calar, mas ficar um pouco mais comedido.

O único que levou esses questionamentos adiante foi o Alcimar Monteiro, que passou a ser rotulado com esses mesmos adjetivos. As retaliações são um fato, mas nem por isso vou aqui culpar nossos artistas correligionários. A culpa também é do sistema atual, da situação em que se encontra o país que a cada ano vai tirando o patriotismo de nossos cidadãos. Quanto mais alienado for o povo, mais políticos corruptos serão eleitos.

Essa juventude que abre as malas de seus carros com seus equipamentos de sons superpotentes, espalhando músicas de péssima qualidade, vai gerar em breve um vereador, um prefeito, um deputado, um governador. Consequentemente, irá trazer para os seus redutos as atrações que que representem seu gosto musical e não a verdade de seu povo. O problema está na educação, na falta de orgulho por parte de nossa gente.

Não vou desistir, a cada dia que passa vou aprimorando mais o que aprendi com o rei do baião Luiz Gonzaga. A cada dia que passa vou ficando mais criterioso com a minha música e com a música brasileira.

Devolvam o nosso São João, por favor, não apaguem a fogueira que ainda teima em permanecer acesa no interior de alguns sertanejos. Música sertaneja pra mim é outra coisa, não isso que a Marília Mendonça faz. Viva Elba Ramalho, viva Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, viva a música brasileira.

O buraco é mais embaixo, viu Dona Marília?
Nenhum comentário

Emissora Rural promove hoje o 19º Concurso de Sanfoneiros do Vale do São Francisco

Realizado pela rádio A Voz do São Francisco – Emissora Rural/Diocesse de Petrolina em parceria com a Prefeitura Municipal de Petrolina há 19 anos, o Concurso de Sanfoneiros tem como objetivo valorizar e promover a arte de tocar sanfona, estimulando novos talentos, alimentando o intercâmbio cultural entre as regiões. 

Este ano o Concurso de Sanfoneiros atinge a 19º edição e será realizado ás 20hs na Concha acústica, no centro de Petrolina. Nesta edição são 14 concorrentes que participam do concurso – dez na categoria Sanfoneiro Adulto (acima de 15 anos) e quatro na categoria Sanfoneiro Jovem (até 15 anos).

O concurso terá R$ 5 mil em premiação, mais entrega de troféus.

O professor e sanfoneiro Sandrinho do Acordeon, do Piauí, é coordenador do Projeto social que ensina música as crianças, o Acordes Campestres, em São Raimundo Nonato. Sandrinho já venceu nos anos 2009, 2010 e 2011 e foi homenageado pela emissora no ano passado. "Todo ano realizamos uma eliminatória em Dom Inocencio, Piaui, e trazemos os alunos para participar da final aqui em Petrolina. É uma oportunidade de aprendizado", avalia Sandrinho.

Ano passado o vencedor da 18º edição do Concurso de Sanfoneiros foi um dos alunos do Projeto Acordes do Campestre, Rafael Lima da Silva.

O segundo lugar foi da sanfoneira Lais Bagagi. Na terceira colocação ficou com Paulo da Manga. Na categoria mirim o vencedor foi Thiago Castro Costa. O segundo lugar foi para o sanfoneiro Luan Bagagi.



Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial