Papa Francisco pede e alerta contra a instrumentalização da religião por parte do poder

O papa Francisco chegou nesta sexta-feira 28 ao Cairo, capital do Egito, onde participou da Conferência Internacional de Paz ao lado de líderes muçulmanos, em uma visita de apenas 27 horas.

Em discurso feito durante a conferência, ele pediu aos líderes religiosos que digam "um não forte e claro" a toda violência cometida em nome de Deus e alertou contra a "instrumentalização" da religião por parte do poder.

"Vamos repetir um 'não' forte e claro a qualquer forma de violência, vingança e ódio cometido em nome da religião ou em nome de Deus", disse.

O papa também advertiu que os responsáveis religiosos precisam "desmascarar a violência que se disfarça de suposta sacralidade" e assegurou que a religião não é a causa dos conflitos, e sim sua solução, já que "os populismos demagógicos não ajudam a consolidar a paz".

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Manifestação grevista em Petrolina acontecerá na Praça do Bambuzinho

Em Pernambuco, diversos setores realizaram assembleia para tornar o movimento legal. Setores da educação, de transporte (ônibus e metrô), aeroviários, aeroportuários, bancos, anunciaram que vão cruzar os braços. A greve contará com o apoio de servidores municipais de pelo menos 80 municípios, servidores públicos estaduais de aproximadamente 90 cidades, servidores federais, metalúrgicos e comércio. Instituições como a Universidade Católica e a Universidade Federal irão parar.

“O momento em nosso país é de atenção. Foram duras as lutas para legitimar o processo democrático, e não se pode descuidar de sua consolidação e admitir retrocessos”, diz um trecho de nota divulgada pelo Conselho Tutelar estadual.

O ato público contra as reformas no Recife terá início na Praça do Derby. Em Petrolina a manifestação vai acontecer na Praça do Bambuzinho, centro, a partir das 9hs. 

Fonte: Diário de Pernambuco-Aline Moura
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O Rádio ainda é o meio de comunicação preferido dos brasileiros

O rádio ainda é um meio forte no Brasil. É o mais simples e prático meio de comunicação social. Acessível a todas as classes sociais. O alcance do rádio pelo mundo se intensificou, demandando que esse meio de comunicação esteja se adaptando em relação à difusão de seus conteúdos através da internet.

Levantamento do Ibope Media mostra que o rádio é ouvido por 90% dos brasileiros. O conteúdo preferido de um ouvinte é notícia e prestação de serviço, consumido por 65% da audiência, em segundo lugar, está a música, preferência de 47%, seguida de conteúdo religioso, 19%, esportes, 18%, variedades e humor, 18%, opinião, 11% e participação de ouvintes, 7%.

A maioria dos ouvintes ainda ouve o rádio pelo aparelho comum, cerca de 65%, no automóvel o dial é o preferido de 24% e 16% ouvem no celular e smartphone. A internet é o meio que divide a atenção com o rádio. 21% dos ouvintes acessam a internet e ouvem rádio simultaneamente. Já 17% dividem seu tempo entre rádio e TV, 17%. E 14% escuta o rádio lendo jornal ou revista.

Para 53% dos entrevistados, o local em que mais ouvem rádio é em casa. O restante já o faz no trabalho ou via celular. A busca por informação é outro anseio do ouvinte de rádio. Metade dos pesquisados declarou ouvir notícias diariamente e 55% deles dizem confiar plenamente no meio para se informar acerca do cotidiano. Já no lado do entretenimento, a pesquisa evidenciou as múltiplas preferências musicais dos brasileiros.
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Alcymar Monteiro diz que estão trocando cultura por "mercadoria"

O cantor e compositor Alcymar Monteiro rebateu declarações do coordenador de comunicação da Prefeitura de Campina Grande, Marcos Alfredo, sobre as críticas de artistas à programação de Campina Grande, considerado, ‘O Maior São João do Mundo’ para 2017 por inserir atrações de renome nacional.

Marcos Alfredo chegou a afirmar que as críticas só estavam sendo feitas porque os artistas não foram contemplados na agenda de eventos e com grandes cachês. Ainda segundo Marcos Alfredo, a grade de eventos atende ao gosto do público que lota o Parque do Povo e que ninguém deve ter cadeira cativa na festa.

De acordo com Alcymar Monteiro, ele está defendendo a cultura que é um bem imaterial e que  vai além de valores comerciais.

“Cultura é dever. Dever constitucional. Cultura é direito humano fundamental. Está no artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, se o senhor não sabe. Cultura é a forma pela qual passamos nossas histórias, nossas danças, nossas músicas, nossa linguagem; enfim, nossa identidade, aos nosso filhos e netos. Cultura é, portanto, tão importante e essencial quanto saúde”, desabafou.

Para Alcymar Monteiro, não se pode trocar “cultura” por “moda”. Confira na íntegra:  
Caro Coordenador de Comunicação de Campina Grande, Marcos Alfredo Alves, Teria dado como encerrada a polêmica sobre o “São João” de Campina Grande, mas sua réplica, e minha presença hoje no Festival Viva Dominguinhos não me permitiram ficar sem uma tréplica.

E por qual motivo a minha presença nesse Festival, que se realiza anualmente na cidade-mãe do Mestre Dominguinhos, Garanhuns, me fez escrever essa resposta? Um motivo singelo: esse evento desmonta completamente a falácia de vocês que falam em “modernizar” a grade das festas juninas, como se isso fosse garantia de maior público e renda para a cidade.

Coordenador, o senhor e o prefeito, conjuntamente a empresa pernambucana Aliança, partem de uma falsa premissa de que uma grade recheada de “atrações nacionais” invalida a presença de figuras históricas da música nordestina que, ao contrário do que o senhor disse, se não têm com certeza deveriam ter cadeira cativa no seu São João.

Coordenador, o senhor fala em terceirizar despesas. E a partir daí já me perdeu no seu texto, tão bem escrito… Me perdeu pelo fato de sua visão de mundo, e creio que a de seu chefe, colidir tão frontalmente com a minha: enxergar o investimento em cultura popular como meramente uma rubrica orçamentária, uma “despesa”.

Coordenador, cultura não é despesa. Cultura é dever. Dever constitucional. Cultura é direito humano fundamental. Está no artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, se o senhor não sabe. Cultura é a forma pela qual passamos nossas histórias, nossas danças, nossas músicas, nossa linguagem; enfim, nossa identidade, aos nosso filhos e netos. Cultura é, portanto, tão importante e essencial quanto saúde.

Muito me magoa sua ideia de que eu ou algum de meus colegas de profissão publicou qualquer crítica por estar somente “de fora da grade”. Pessoalmente publiquei um vídeo falando da desvalorização do ritmo forró, intrínseca e indissociavelmente ligado ao São João, em detrimento a ritmos exógenos à nossa realidade.

Coordenador, sem nenhuma falsa modéstia e do alto dos meus mais de 35 anos de carreira artística lhe digo uma coisa: se Alcymar Monteiro, Santanna, Genival Lacerda (e seus 50 anos de carreira!) Jorge de Altinho, Zé Ramalho, Flávio Leandro, Petrúcio Amorim, Geraldo Azevedo, e tantos outros ficaram de fora de Campina Grande, a perda é de vocês. Aliás, de vocês não, do POVO de Campina Grande sim.

E digo mais, Coordenador. E digo com todas as letras, para que fique consignado para a história e bem claro. O que a gestão a qual o senhor faz parte está fazendo com o São João de Campina Grande é crime de lesa-cultura. O senhor não pode, sob o guarda-chuva de “popularidade de ídolos” calar a voz de dezenas de artistas que têm um compromisso com a cultura NORDESTINA.

Há espaço para todos os ritmos em todos os locais. Não sou ingênuo para achar que grandes eventos de massa não são regidos também por interesses comerciais. Mas não podem ser regidos SÓ por interesses comerciais. O senhor fala em parceria público-privada, em profissionalização, todas palavras muito bonitas para qualquer empresa que cuide de qualquer área PRIVADA. Aqui não, Coordenador.
O senhor está cuidado de um bem imaterial DO POVO. O senhor está cuidando da herança que essa geração deixará para a próxima. Cultura nunca deu nem nunca daria “lucro”. O “lucro” da cultura é saber que os valores dos seus pais, Coordenador, estão imbuídos no senhor através daquela fogueira que, espero, o senhor tenha pulado, ouvindo Luiz Gonzaga, comemorando com sua família em idos passados.

O senhor ainda faz uma pergunta aberta, querendo saber se as críticas ocorreriam se os artistas que criticam estivessem na grade. Faço questão de vestir a carapuça e lhe dizer com toda franqueza: sim.
Enquanto dirigentes públicos buscarem o aplauso momentâneo de grupos que se locupletam da cultura, que estão ali apenas pela força e poder do dinheiro, serei um crítico feroz. Sou compadre de Luiz Gonzaga, e meu compadre me disse que “Moda é igual sapato velho. Todo ano a gente joga fora”.

Então, Coordenador, ficamos assim. Eu daqui do meu lado defendendo a bandeira do que acredito como verdadeira cultura, mesmo indo de encontro ao que está “na moda”. Estarei eu aqui, cantando para mais de 50.000 pessoas em Garanhuns, em honra ao Mestre Dominguinhos. E o senhor, daí, “profissionalizando” o “São João” de Campina Grande. Fazer uma grade de São João por conveniência não engrandece currículo de político algum.
Desmerecer artistas que deram e dão o sangue e a vida pela cultura NORDESTINA é digno de vergonha. Não é digno de censura pois censura é o esconderijo dos covardes.

Parafraseando Vandré também, queria dizer que “somos todos iguais, braços dados ou não”. Que tenho certeza que no fundo da alma dos atuais gestores de Campina Grande o que eles fazem está certo, e é o melhor para o povo. Do contrário não conseguiria viver nesse mundo. Não aceitaria pensar que gestores públicos estão pensando primeiro em cifrões e não em seus deveres com seus governados. Me entristece apenas saber que o estrago já estará feito, e será de difícil reparo, quando os senhores enxergarem o quão cegos e errados estão.

O que me preocupa é aquela criança de 5 anos, em formação de personalidade, que vai pela primeira vez com os pais ao Parque do Povo. Ela se verá no palco? Estará no palco uma representação de uma cultura dela, que ela possa se identificar, gostar, preservar e levar para seu futuro? Não. Estará no palco a representação momentânea e efêmera desses tempos loucos, de poucos valores e muitas desvirtuações que vivemos. Estará no palco a escolha de um gestor público pela moda, e não pela cultura. Estará no palco, ao vivo e a cores, a morte da cultura nordestina-brasileira. Aplaudida e cantada, uníssono.
Alcymar Monteiro,

Garanhuns, 21/04/2017
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Nando Cordel diz que músicas atuais estão atrofiando mentes

O cantor e compositor pernambucano Nando Cordel, participou do  Programa de Rádio do pesquisador de música brasileira e apresentador do programa “Nação Nordestina” da rádio Aperipê FM, em Aracaju e fez críticas à qualidade da música brasileira atual, considerada por ele "um lixo musical".

"É triste atualmente a qualidade da música popular brasileira. Uma música que está em um nível baixíssimo. Cheia de pornografia, cheia de convites para cair na violencia que oprime a mulher. É uma música que está profundamente na lama, na lama podre", declara.

No desabafo, o compositor de De volta pro aconchego chama a atenção para o conteúdo das letras e influências na educação de crianças e jovens. "Essa música está atrofiando a mente das pessoas. Mexendo com as crianças e jovens. Na realidade, a música pode mudar a vida das pessoas completamente", explicu Nando Cordel.

Nando ainda falou sobre o poder de transformação que a música tem na sociedade. "A música veio para fazer o bem e embelezar as almas, e não para alienação total, como está acontecendo agora. A gente precisa acordar e não deixar essa música dissolver a ética e a moral".

O artista, com mais de 25 discos gravados, ainda faz um apelo a todos os compositores: "Gostaria de dizer que nós precisamos refletir e oferecer uma música de qualidade, que eleva, que pode fazer você feliz. Pense numa música de paz e faça uma música melhor", conclui. 
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Festival Viva Dominguinhos homenageia com Trofeu pesquisadores e divulgadores da vida e obra do sanfoneiro de Garanhuns

Para encerrar a IV Edição do Festival Viva Dominguinhos 2017, o prefeito de Garanhuns-Pernambuco, Izaías Régis fez a entrega do Troféu Viva Dominguinhos a amigos de Dominguinhos e pessoas que representam ou ajudam a divulgar a cultura brasileira.

A premiação que foi criada pelo professor e historiador Antônio Vilela em 2015. Neste ano, cinco pessoas foram escolhidas para serem homenageadas. O radialista Iran Pessoa, o fundador do grupo Quinteto Violado, Marcelo Melo, guitarrista, violonista e compositor João Netto ,o historiador Hélio Diógenes, criador do fã clube “Eterno Cantador", de Pau dos Ferros (RN), e o cantor Flávio José. 

No ano de 2016, os homenageados foram Aldo Machado de Araújo, propagador da música nordestina no Brasil; o sanfoneiro Genaro; Eurides Menezes, pai do cantor Waldonys; Jarbas Brandão; o sanfoneiro e sobrinho de Luiz Gonzaga, Joquinh Gonzaga;  Elba Ramalho e Jorge de Altinho.

Em 2015, os escolhidos foram o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis; o radialista Geraldo Freire, o jornalista Ney Vital; Wilson Seraine, professor universitário e radialista; o cantor e radialista Zezinho de Garanhuns; o colecionador Paulo Wanderley; o ex-prefeito Ivo Amaral; o proprietário da casa de eventos Arriégua, professor Luiz Ceará; o cantor e compositor Waldonys; o filho de Dominguinhos, Mauro Moraes; José Nobre, proprietário do Museu Luiz Gonzaga de Campina Grande; Marcos Lopes, proprietário do Forró da Lua, e a ex secretária de Cultura de Garanhuns, Cirlene Leite.

Fonte: Daniela Batista-Foto- Camila Queiroz – Secom/PMG
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É Nordeste na cabeça!!! Uma concepção de música brasileira de qualidade conquistada por Luiz Gonzaga

Banda Fulo de Mandacaru-Caruaru-PE
Em rede nacional estive com a Banda Fulô de Mandacaru no Programa do Ratinho. Realizei algumas reflexões sobre o atual contexto da Cultura Popular e gostaria de compartilhar com vocês. 

Inicialmente ficamos muito felizes em mais uma vez representar nosso povo em rede nacional. Esse fato muito nos orgulha, pois a Fulô de Mandacaru conquistou o mérito artístico nacional através da vontade popular, desenvolvendo Cultura Popular, como foi no Superstar em 2016, levando nosso Forró.

São 16 anos de luta em defesa do Forró, e principalmente do legado Gonzagueano.
Quando citei acima "É Nordeste na Cabeça" quero usa-lo como metáfora para sensibilizar e provocar uma reflexão sobre a atual penumbra musical das festas juninas, e gostaria de dividir esse sentimento com vocês. Ontem, mais uma vez, fiquei com a esperança renovada em ver que estamos no caminho certo, em defender uma concepção da música popular brasileira que é extremamente respeitada pela qualidade e credibilidade conquistada pelo nosso grande mestre, LUIZ GONZAGA.

O apresentador Ratinho, fez questão de apresentar o programa inteiro com o chapéu de couro na cabeça, além de receber com imensa gratidão uma obra em barro da minha terra, do Alto do Moura, do País de Caruaru! Além de todo carinho e respeito com nosso trabalho, Ratinho perguntou se era melhor ir para Caruaru ou Campina Grande no São João desse ano.
Olha que coincidência do destino? Exatamente no mesmo dia em que os órgãos competentes pela captação, planejamento e execução do São João de Campina Grande divulgam uma programação que é extremamente criticada nas redes sociais por não valorizar a Cultura Popular e os verdadeiros artistas que fizeram essa grandiosa festa ao longo dos anos. 

Ressalto que nossa crítica não está voltada ao povo de Campina Grande, muito pelo contrário, estes cidadãos e cidadãs é que estão defendendo, em sua maioria, a tradição e a necessidade da valorização dos verdadeiros forrozeiros para o evento. É importante destacar que temos verdadeiros forrozeiros na programação, mas uma minoria.

Fiz questão de convidar Ratinho para o São João de Caruaru e defender em rede nacional nossa cidade, nosso turismo, nossa cultura. Meu objetivo não é de aumentar a rivalidade entre as cidades, mas despertar que Caruaru não cometa o mesmo erro da hipervalorização do "breganejo" em uma Festa de São João. Essa mesma crítica estendo às demais festas juninas em todo Nordeste, mesmo fazendo parte da maioria delas. Estou defendendo a cultura, tradição e educação, não apenas um cachê.

Por fim, deixo minha reflexão visando contribuir para um debate maduro, coeso e argumentativo sobre qual legado queremos deixar para as futuras gerações.  Respeito todas manifestações culturais, e gostaria do mesmo respeito com a nossa, do meu povo, o cidadão e cidadã nordestino(a) e toda nossa tradição! Cultura é Educação!

Numa geração em que alguns artistas utilizam o sufixo "ÃO" ou "ÕES", como algo que desejem passar uma mensagem de grandiosidade ou supremacia capital, venho reafirmar que meu maior ídolo utiliza esse mesmo sufixo, "ÃO", mas com uma concepção cultural completamente diferente, ele chama-se GONZAG"ÃO"!
Vamos refletir? É Nordeste na Cabeça!!!

Fonte: Armandinho do Acordeon-Sanfoneiro da Banda Fulo de Mandacaru- É doutorando em Educação pela Universidade Federal da Paraíba
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