Presidente da Codevasf Brasília visita Petrolina e Juazeiro

A  presidente da Codevasf- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) , Kênia Marcelino, visita o polo Petrolina/Juazeiro até quarta-feira (04)

Na sede da Superintendência Regional da Codevasf em Petrolina, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica envolvendo recursos da ordem de R$ 4,5 milhões com a Prefeitura de Petrolina, com o objetivo de promover ações de universalização do acesso à água em áreas rurais do município para consumo humano e produção agrícola.

O evento faz parte de agenda de trabalho da presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, no polo Petrolina/Juazeiro até quarta-feira (04), que inclui também assinatura de ordens de serviços para implantação de sistemas de irrigação comunitária e construção de pátios de múltiplo uso que beneficiarão cerca de duas mil pessoas de comunidades rurais do município. Também está previsto uma reunião com representantes dos trabalhadores rurais assentados no Sistema Itaparica.

Fonte: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf
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Francisco Josè: do Crato para o Mundo

Um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro, o repórter Francisco José celebra os mais de 40 anos de carreira com o lançamento de um livro. A produção reúne histórias e situações do cotidiano do repórter, nascido no Crato, Ceará, e radicado em Pernambuco, que acumula no currículo mais de duas mil reportagens pelo Brasil e nos cinco continentes do mundo. O livro ‘40 anos no ar’ reúne momentos marcantes e tensos da trajetória jornalística de Francisco José, como a cobertura da Guerra das Malvinas, conflito militar entre Argentina e Reino Unido, em 1982, quando foi um dos poucos jornalistas estrangeiros infiltrados no campo de batalha.

Sobre a estreia no jornalismo, Francisco explica que começou a carreira no esporte, especializando-se depois em temas culturais, sociais e ambientais. “Eu corrigi a estatística do Campeonato Pernambucano de Futebol, que tinha muitos erros, e mandei para o jornal. O editor de esportes, logo após, me convidou para participar de uma coluna que ele tinha na rádio. Foi assim que comecei. Eu era muito ligado a esportes e o começo de minha carreira foi no esporte”, disse. Ao longo dos anos, ele cobriu seis Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

“Eu acho que as reportagens mais difíceis são as que se tornam melhores. Para mim, quanto mais difícil, mais importante de se fazer”, explicou. No livro, Chico também relata a cobertura de um dos primeiros grandes assaltos a banco ocorridos no Brasil, na década de 1980, em que se ofereceu para substituir uma refém e foi levado como prisioneiro pelos assaltantes, em uma perseguição que durou horas pelas estradas nordestinas.

Outra passagem narrada no livro fala sobre a reportagem sobre a visita histórica do papa João Paulo II à Coréia do Sul e à Tailândia, em 1984. Toda a renda arrecadada com a venda dos livros será diretamente repassada para a Fundação Terra, do Padre Airton, que realiza projetos de assistência social e em saúde em Pernambuco. “Eu acompanho o trabalho desse padre há mais de 20 anos, eles fazem um trabalho maravilhoso, completamente a partir de doações”, disse Chico.
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2017: discos cada vez mais raros

Discos de Vinil, Rádios, Feira das cidades do interior. Três paixões que tenho. Coloquei aqui dois discos selos originais, raros, estes fazem parte da minha coleção de Música, vida e obra de Luiz Gonzaga. Detalhe: percebam escrita Rosil, data 10-07-1967, ele perterceu a Rosil Cavalcanti, parceiro, compositor de Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro. O que impressiona? No dia 10 de julho de 1968 Rosil Cavalcanti morreu. Percebam o valor das datas...a assinatura é exatamente um ano antes dele falecer!

Rosil Cavalcanti é o autor de centenas de clássicos da música brasileira. Sebastiana, Aquarela Nordestina, Saudade de Campina Grande, Amigo Velho, Faz Força Zé...Rosil de Assis Cavalcanti nasceu em Macaparana,
PE.  Eu tive a honra de conhecer na década de 90, a viúva de Rosil, Maria das Neves-Dona Nevinha...

A capa desse disco vinil consta no livro biografia do músico pernambucano Rosil Cavalcanti. O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti”, de  Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, tem prefácio de Agnello Amorim.
Radialista, humorista, percussionista e compositor, Rosil Cavalcanti era radicado na Paraíba, foi autor de obras clássicas da música  brasileira, na voz de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga, dentre outros intérpretes nacionais.

A biografia de Rosil Cavalcanti foi lançada em 2015 uma homenagem ao seu centenário de nascimento, 47 anos depois de sua morte, em 1968, aos 53 anos de idade, em Campina Grande, onde viveu a maior parte de sua vida e se projetou no Brasil.

O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba”, 444 páginas, editado pela gráfica Marcone, é enriquecido com vasta iconografia do biografado, suas fotos desde a infância, juventude, a vida de casado, em programa de rádio no papel do famoso personagem Capitão Zé Lagoa, além de imagens de Rosil com colegas de trabalho, artistas, músicos, suas caçadas e pescarias, capas e selos de discos.


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Juazeiro do Norte, Ceará, terá Alemberg Quindins secretário de cultura

Alemberg de Souza Lima, mais conhecido como Alemberg Quindins, que criou em 1992 e mantém a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, em Nova Olinda (Região do Cariri), será o secretário de Cultura de Juazeiro do Norte.

Entre os inúmeros serviços prestados a cultura e desenvolvimento criativo da cultura, Alemberg já recebeu o Prêmio Valores do Brasil, na categoria nacional Educação e Geração do Conhecimento. O Prêmio é concedido a profissionais e instituições que contribuem para o desenvolvimento do país.

“A escola de gestão cultural da meninada do sertão”, baseado no trabalho de formação de jovens gestores culturais realizado na Fundação Casa Grande, Nova Olinda-Ceará,  enfoca o protagonismo juvenil, conscientizando e dando ferramentas para que os alunos de todas as idades possam tomar conta de seu espaço e cidadania.

A Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri nasceu em 1992 com o intuito de resgatar a memória do povo da região, o Vale do Cariri, e ser um centro de memória: "Nós resgatamos a cultura local nas áreas de arqueologia, mitologia, artes e comunicação", conta Alemberg. Os alunos mantêm um canal de TV, de rádio, uma editora de gibis e um museu que conta com um rico acervo são mais de 2.600 HQs e 1.600 títulos de clássicos do cinema. 
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João Gonçalves, 80 anos de muito Forró,

Na parede ele guarda recordações e alimenta a alma para o futuro. Aos 80 anos, sendo 47 deles de carreira, João Gonçalves, mora em Campina Grande, Paraíba, é autor de clássicos da música brasileira, a exemplo de “Severina Xique Xique”, Firm Fim do Fole, Mariá, “Mate o véio”, “Galeguin dos zói azul”, sucessos na voz de Genival Lacerda. João é onsiderado o “rei do duplo sentido”.

Teve o talento reconhecido quando Luiz Gonzaga pediu (olha o pedido do Rei do Baião), que João fizesse umas músicas "limpinhas"-sem duplo sentido, com ritmo, melodia e harmonia, que ele gravava. João conta que fez porém já doente Luiz Gonzaga não gravou. "O destino então quiz que Dominguinhos gravasse. Dominguinhos gravou Um Lugar ao Sol. Tem reconhecimento maior. Sanfona e voz de Dominguinhos", ressalta João Gonçalves

Antes do reconhecimento João teve seu LP quebrado, na década de 1970, pelo apresentador de televisão, Flávio Cavalcante. O fato, ocorrido em plena ditadura, não só trouxe fama comoo colocou sob os olhares dos militares. Em João Pessoa, ao cantar na Festa das Neves, teve de se apresentar à Polícia Federal e a sua canção, “Pescaria em Boqueirão”, foi proibida.

É de autoria de João Gonçalves, o hino não oficial de Campina Grande, a bela canção “Campina de outrora”. Uma vida artística a caminho dos 50 anos, doze discos de vinil, quatro CD's, DVD e mais de mil músicas gravadas sintetizam a trajetória do compositor e cantor, João Gonçalves.

A vida artística começou em 1970, quando Joacir Batista, Messias Holanda, Genival Lacerda e Trio Nordestino despertaram para o grande talento do compositor.
Nesta época, um dos grandes sucessos de Genival Lacerda - "Severina xique-xique", letra de João Gonçalves, fez sucesso em todo o país, enfatizando a sua característica do duplo sentido.

João me contou que teve a generosidade de ter na maioria dos seus discos a sanfona de Dominguinhos.

João Gonçalves continua sendo uma lenda entre os forrozeiros e, pela temática de suas composições, constantemente procurado pelos empresários das bandas: "Do jeito que eles querem eu não faço não. Eles gravam as antigas. Catuaba com Amendoim gravou Mariá, Severina Xique-Xique. Tem até uma músicaque eu fiz para Tom Oliveira que a Aviões do Forró gravou, Locadora de mulher, mas não é de letra pesada, é só engraçada (cantarola o refrão): ’Eu descobri uma locadora de mulher/ Lá tem mulher do tipo que o homem quiser’".

João Gonçalves – Nasceu em 29 de Maio de 1936 em Campina Grande – Paraíba. Desde de criança cantava e inventava parodias. Gostava de cantar qualquer estilo e ritmo. Devido problemas de saúde, conta com "lágrimas nos olhos" das boas recordações de encontrar os amigos nas mesas de bar e tomar umas outras...

"Sinto saudades. Isto já é um bom motivo prá fazer música", diz João Gonçalves.

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Aderaldo Luciano na Rádio Globo, Rio de Janeiro

Na antiga Rádio Borborema de Campina Grande era assim: nós amanhecíamos com o Bom Dia, Nordeste, apresentado por José Bezerra. O prefixo era na voz de João Gonçalves: "Bom dia, Nordeste; bom dia, Brasil. Pelo som da Borborema, nesse céu azul anil. Zé Bezerra às suas ordens comandando o forró. Campeão de audiência..." Não era o sol quem anunciava o dia. Era Zé Bezerra. Com ele, nós sabíamos que o dia campinense estava nascendo e se alastrando pela vizinhança. Meu rádio Semp Toshiba, de válvulas, captava com brava amplitude a voz gostosa do mestre. 

O dia seguia e, na hora do almoço, a gente parava para ouvir Humberto de Campos, primeiro com sua coluna diária chamada Jogo Duro, depois com Os Filmes Do Dia. Todos que se interessavam pelo futebol paraibano ouviam atentamente as polêmicas palavras de Humberto, o "Moça Velha", goleiro do Estudantes. Embora eu sempre tivesse preferido a equipe de esportes da Caturité, o comentário era imperdível, todos os dias, de segunda a sexta. Como já me interessava por cinema, os Filmes do Dia entrava no pacote da escuta. Depois eu mudava para a concorrente. Ouvíamos a resenha enquanto nos preparávamos para a escola. 

À tarde, Zé Laurentino, poetamigo saudoso, enfeitiçava nossas vidas com seus poemas e trilha sonora maravilhosa. Depois vinha Retalhos do Sertão, no qual a verve dos cantadores nos iniciava nos intrincados caminhos da poesia de improviso e nos apresentava canções belíssimas inesquecíveis como Flor do Mocambo e O Velhinho do Roçado, clássicos do nosso cancioneiro. Mas às seis da noite, novamente, migrávamos no dial para a Caturité para ouvir A Hora do Ângelus: "Ave Maria, cheia de graça... é a hora do encontro da mãe com o filho... do marido com a esposa... da reunião em torno de uma mesa..." 

Entre sete e dez da noite eu entrava a procurar rádios de ondas curtas pelo mundo. Depois, era hora de ouvir os programas de saudade. Foi onde aprendi a gostar de Gregorio Barrios, Carlos Gardel, Nelson Gonçalves e as grandes vozes do Brasil de ontem. Para fechar a noite campinense, na Borborema, o primeiro programa de terror que ouvi no rádio brasileiro: Contos Que A Noite Conta, acho que ainda com Humberto de Campos.  
  
A Borborema, chamada agora de Rádio Clube, nos proporcionou grandes lições de comunicação, todavia, à meia-noite,, obrigatoriamente, sintonizávamos a Rádio Globo, do Rio, para ouvir O Seu Redator Chefe e entrar um pouquinho na madrugada com Adelzon Alves. Há um tempo, sento-me na bancada da Globo e todas essas lembranças acompanham-me definitivamente. 

Fonte: Aderaldo Luciano-professor, mestre e doutor em Ciencia da Literatura 
 
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Amigos a gente encontra o mundo não é só aqui repare naquela estrada que distância levará

"Amigos a gente encontra
O mundo não é só aqui
Repare naquela estrada
Que distância nos levará
Não diga que eu me perdi
Não mande me procurar
Cidades que eu nunca vi
São casas e braços a me agasalhar
Passar como passam os dias
Se o calendário acabar
Eu faço voltar o tempo outra vez, sim
Tudo outra vez a passar
Não diga que eu fiquei sozinho
Não mande alguém me acompanhar...

A belíssima música de Dominguinhos e Manduka, "Quem me levará sou eu". Fazer amigos, sem dúvida, é uma arte, quando o fazemos a felicidade se faz presente – brota universos. 

Andando pela região do cariri paraibano e seridó do Rio Grande do Norte, me lembrei com lágrimas nos olhos do amigo que já partiu para o "sertão da eternidade", Adelmar Paiva.

"Aldemar não quis saber do Rio de Janeiro, e preferiu ficar no Recife, de braços abertos para Pernambuco". Dos 89 anos, 63 deles foram vividos em Pernambuco, onde marcou a história da TV, do rádio e da música.

Mesmo que tivesse sido apenas compositor, Paiva seria sempre lembrado por ter sido co-autor do primeiro frevo-canção gravado com selo Mocambo/Rozenblit. Quando o empresário José Rozenblit, em 1953, entendeu de criar uma indústria do disco em Pernambuco, uma das duas músicas do 78 rotações da futura gravadora, tinha numa das faces, Boneca, interpretada por Claudionor Germano, e assinada por Aldemar Paiva e o maestro José Menezes (falecido em novembro de 2013).

Com o maestro Nelson Ferreira,  Aldemar Paiva compôs o clássico Pernambuco Você é meu, gravado na Rozenblit, em 1956, por Raimundo Santos, que seria depois utilizada como a música do seu programa homônimo, que apresentou durante 25 anos, na extinta Rádio Clube de Pernambuco, depois na Rádio Jornal do Commercio, sempre como campeão de audiência no horário.

Um programa pioneiro em tocar frevo o ano inteiro, e não apenas no período carnavalesco. Sua trajetória no rádio pernambucano foi iniciada em 1951, quando veio para a Rádio Clube por indicação do publicitário José Renato, que o conhecia de Maceió, onde Paiva dirigia a Rádio Difusora de Alagoas. 

Aldemar foi amigo de Chico Anysio e surgiria aí uma amizade para toda a vida. 

Aldemar Paiva foi o que em seu tempo se chamava “homem dos sete instrumentos” (resumido no termo "multiartista"), um desses instrumentos foi o de ator de monólogos, longos textos que interpretava como poucos no país, alguns deles registrados em livros. Foi também ator, com participações no programa do amigo Chico Anysio (que criou um personagem batizado de Aldemar Vigário).

Entre os muitos títulos que Aldemar Paiva recebeu o título de cidadão pernambucano, de certo modo desnecessário, já o havia adquirido como autor do hino Pernambuco você é meu.

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