Grito dos Excluídos Vida em Primeiro Lugar


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Encontro dos Gonzagueanos acontecerá em Caruaru, Pernambuco

A coordenação do Encontro dos Pesquisadores, Admiradores da vida e obra de Luiz Gonzaga, o tradicional Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru, Pernambuco será realizado no dia 12 de novembro.

O encontro tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos onde compartilham os saberes e dividem experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião – são os chamados Gonzagueanos.  O diretor presidente e fundador do Espaço Cultural Asa Branca, Luiz Ferreira disse que o encontro já produziu através dos alunos do curso de Jornalismo do UNIFAVIP um filme documentário sobre os Gonzagueanos.

O coordenador do evento, Luiz Ferreira, é um exemplo do que essa paixão por Luiz Gonzaga  é capaz. O espaço foi criado por Luiz Ferreira, um dos gonzagueanos, a partir da coleção que guardava em um cômodo de sua casa.
 
“Estamos ansiosos para o encontro 2016 e já estamos fazendo os contatos com os homenageados desse ano que receberão o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru”, revelou Luiz Ferreira.
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Projeto Sinfonia no Parque tem programação para o mês de setembro todos os domingos



O  Projeto ‘Sinfonia no Parque’, idealizado pela Secretaria de Educação e Secretaria Executiva de Petrolina, consiste em concertos ao ar livre realizados pela Philarmonica 21 de Setembro no Parque Josepha Coelho, todos os domingos a partir das 10h.

A programação será aberta neste domingo 4,  com o concerto ‘Rock 21’, que terá a regência de Hélio Lima; no dia 11/09 será a vez de ‘Trilhas Inesquecíveis’, cuja regência será de Ozenir Luciano; no dia 18/09, ‘Nordestinês’, também regido por Ozenir; e fechando o mês, no dia 25/09 será apresentado ao público ‘Uma Brasileira’, que terá Hélio Lima como regente.
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Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Banda Cabruêra e Aderaldo Luciano

A banda paraibana Cabruêra desceu ao sul e instalou-se no Rio de Janeiro em setembro de 2001. Lá, fundou a Cabrahouse, primeiro em Copacabana, depois em Santa Teresa, tradicional bairro de artistas. Ao chegar, debutou na TV Brasil e lançou disco no palco da resistência cultural carioca, o Teatro Rival, e assim seguiu arrebanhando um cordão de adoradores. 

Zé Guilherme, o Munganzé, um dos melhores percussionistas do Brasil, um dos pilares da Cabruêra, vindo aqui em casa, incitou-me a explicar a origem do termo “forró” para uma oficina de percussão no Festival de Inverno de São João del Rey, em Minas Gerais, onde a banda tocaria.

Pois bem. Discutíamos a gênese da palavra a partir de duas explicações para o que se passou a chamar de forró. A primeira está ligada à construção da malha ferroviária no interior de Pernambuco por engenheiros ingleses que, em suas horas de folga, patrocinavam pequenas rodas nas quais a liberdade, municiada pelo consumo de álcool, pontuou a descontração e a dança. Essas rodas eram “for all”, para todos, no idioma nativo dos ingleses. Daí a pronúncia aberta “forró”. Sem registro que legitime tal origem, fica-se no âmbito da lenda.

A segunda é apresentada pelo folclorista Rodrigues de Carvalho, em seu Cancioneiro do Norte de 1903, aponta uma associação entre forró e forrobodó, festa popular das pontas de rua, baile popular aberto para toda a população pobre. Câmara Cascudo registra a mesma origem fazendo um levantamento da aparição do termo desde 1833, para encontrar uma variante datada de 1952, num semanário chamado A Lanceta, sem indicação de local. O termo é forrobodança, uma espécie de dança chula popular.

Acredito que essas duas teses sejam insuficientes, mesmo porque fica difícil determinar data para surgimento de qualquer palavra. Respeitando a pesquisa, talento e autoridade dos dois folcloristas, lanço uma terceira via. Quero aproximar o termo português forró, ao termo árabe alforria, liberdade dada aos escravos. 

Quando um destes era alforriado a palavra “fôrro” servia-lhe de epíteto, recebendo, inclusive um par de sapatos, se para dançar, não sabemos. Elomar, em sua cantiga O Violeiro, canta “Deus fez os home e os bicho tudo fôrro...”. De forria para fôrro, de fôrro para forró, celebração da liberdade, da quebra do jugo e dos grilhões. Não é isso que o forró faz?

Os testemunhos populares na diferenciação entre as festas de São João, festa popular, marca indelével das tradições nordestinas, e Natal, tradição européia, servem de esteio para minha tese. Enquanto a festa de Natal é descrita como uma festa formal, o São João prega a liberdade, é festa livre e comunitária, não requer roupa nova, nem champanhe para comemorar. E todas as classes e raças são chamadas ao arrasta-pé, criando um valor fundamental para a miscigenação de raças e culturas, no dizer de Darcy Ribeiro, e imprescindível para a construção do humanismo, segundo Jorge Amado.

O que nos interessa, também, é a divulgação desse ritmo propagada pelo pioneiro Luiz Gonzaga, primeiro nordestino a assumir compromisso com esse suposto novo estilo musical, depois de fazer o caminho do sul. Falar de Gonzaga é repetir-se, sempre. Sua história e sua vida estão na boca do povo e dos artistas, transformado em ícone institucional na etno-musicalidade brasileira. Muito embora construindo uma realidade folclórica do Nordeste, com seus vaqueiros e cangaceiros, plantou a semente da música popular regional nordestina em todo o Brasil. Asa Branca transformando-se na bandeira, estandarte dessa visão.

Gonzaga sofre, entretanto, críticas oriundas de um outro mito: Jackson do Pandeiro. O ritmista paraibano apregoava que o baião originou-se do coco e que o feito do Rei do Baião não passava de um novo invólucro para um velho ritmo. Zé Guilherme me diz que o jornalista Rômulo Azevêdo, de Campina Grande, numa tentativa de conciliação entre os pilares formadores do forró, um paraibano e o outro pernambucano, defende o império imaginário de Parabuco, um híbrido situado entre Caruaru, a capital do forró, e Campina Grande, terra do Maior São João do Mundo. Essa, para mim, a melhor opção, o lúdico, a criatividade, a liberdade, a alforria.

Fonte> Aderaldo Luciano-professor. Doutor em Ciência da Literatura
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Comunidades festejam 34 anos sacerdócio de Padre Antonio

Padre Antonio de Jesus Moreno completou 34 anos de sacerdócio. As comemorações foram realizadas neste final de semana. Houve celebração de uma Missa em Ação de Graças e confraternização.

Fieis ligados as paróquias, movimentos sociais e sindicatos estiveram presentes. Padre Francisco destacou a trajetória de vida e obra de fé 
 que liga Padre Antonio ao setor de educação.


Natural do Maranhão. Antonio Moreno exerceu ministério nas paróquias Nossa Senhora das Dores em Petrolina, Paróquia São José, (Dormentes, PE) e São João Batista (Afrânio, PE), Paróquia São João Batista, João de Deus, Petrolina,  Paróquia Santa Teresinha (Cohab VI, Petrolina, PE);e Igreja do Bairro José e Maria.

Atualmente, Padre Antonio é diretor da Escola Dom Bom Bosco.

Padre Antonio é doutor em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália, tendo defendido tese sobre “Educação Profissional e Tecnológica em uma Estratégia de Desenvolvimento Local”. Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália;  Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itália; Especialista em Gestão do Desenvolvimento Local pelo Centro Internacional de Formação, OIT (Organização Internacional do Trabalho), Torino, Itália.

Em abril de 1991 ingressou através de concurso no Instituto Federal do Sertão- quando ainda era Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela. Aposentou-se em julho de 2015.

Militante político de fortes convicções democráticas e populares, exerceu o mandato de vereador pelo Partido dos Trabalhadores no período de 2001 a 2004, destacando-se na luta pela implementação do Estatuto das Cidades e Reforma Urbana em Petrolina. Militante de movimento estudantil e popular em Recife e Petrolina desde o ano de 1976.
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Maroca, Poroca e Indaiá: as ceguinhas de Campina Grande, Paraíba

Maroca, Poroca e Indaiá. Amanheci pensando nelas. Três irmãs cegas que cantavam no centro de Campina Grande, Paraíba, pedindo esmolas, na esquina da antiga e hoje extinta Livraria Pedrosa.

Regina Barbosa nasceu em 1940 é conhecida como “Poroca”. Maria Barbosa, nascida em 1944, é “Maroca” ou “Lia”. Nascida em 1950, Francisca da Conceição Barbosa, da mesma maneira, é conhecida por outros dois nomes: “Indaiá” ou “Gueão”.

As três são cegas de nascença e passaram a infância e juventude cantando nas feiras do interior dos Estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba.  Maria, Regina e Conceição, as três irmãs cegas acreditam no destino e dão uma lição de pureza e simplicidade como encaram a vida. O sofrimento não as tornou amargas.

As irmâs serão homenageadas hoje em Campina Grande durante o evento "Sextas Musicais", no Museu dos Três Pandeiros.

As 'ceguinhas de Campina Grande' tornaram-se conhecidas em todo o Brasil com a produção do filme 'A pessoa é para o que nasce', de direção de Roberto Berliner. O documentário conta a história delas. A trilha sonora do filme é de Hermeto Pascoal.

A vida de pedir esmolas nas ruas começou logo cedo. Maroca revela que começou a pedir na rua quando tinha sete anos. Poroca tinha oito. Ja Indaiá foi levada para a rua ainda mais cedo, com sete meses. E foi durante o período em que pediam esmolas, que elas aprenderam cantar e tocar ganzá.

“Depois que a gente aprendeu, a gente ficava tocando com o ganzá, o povo ouvia e dava as esmolas. Eles escutavam e paravam para olhar”, revela  Maroca.


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Nando Cordel: o atual conteúdo das letras de músicas está atrofiando a mente das pessoas

O cantor e compositor pernambucano Nando Cordel, 62 anos, publicou um vídeo nas redes sociais, críticas à qualidade da música brasileira atual, considerada por ele "um lixo musical".

"Nós compositores estamos fazendo um trabalho muito triste atualmente na música popular brasileira. Uma música que está em um nível baixíssimo. Cheia de pornografia, cheia de convites para cair na gandaia. É uma música que está profundamente na lama, na lama podre", declara.

No desabafo, o compositor de De volta pro aconchego chama a atenção para o conteúdo das letras e influências na educação de crianças e jovens. "Essa música está atrofiando a mente das pessoas. Mexendo com as crianças e jovens. Na realidade, a música pode mudar a vida das pessoas completamente", explica.

Nando ainda fala sobre o poder de transformação que a música tem na sociedade. "A música veio para fazer o bem e embelezar as almas, e não para alienação total, como está acontecendo agora.
A gente precisa acordar e não deixar essa música dissolver a ética e a moral".

O artista, com mais de 25 discos gravados, ainda faz um apelo a todos os compositores: "Gostaria de dizer que nós precisamos refletir e oferecer uma música de qualidade, que eleva, que pode fazer você feliz. Pense numa música de paz e faça uma música melhor", conclui.

O vídeo repercutiu na página do Facebook oficial do cantor e já recebeu mais de 2 mil compartilhamentos, incluindo o do poeta caruaruense Petrúcio Amorim. "Assino em baixo meu irmãozinho Nando. Valeu!", escreveu.

Os internautas parabenizaram o artista pela atitude. "Concordo com tudo e também estou bem desanimado com o rumo que a música brasileira tomou", disse um internauta. "Nando, se eu já era seu fã, fiquei mais ainda. Sou músico, toco em bares e restaurantes e não tenho prazer nenhum em trabalhar, porque o que o público pede é degradante na maioria das vezes", desabafou outro.

Fonte: Diário de Pernambuco
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