Sandra Mara: Comunicação e Educação-diálagos possíveis

O livro "Comunicação e educação: diálogos possíveis", é uma dica de leitura. Organizado pelos professores Sandra Mara de Oliveira Souza e Sebastião Faustino Pereira Filho, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e Márcia Barbosa da Silva, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

A ideia do livro surgiu a partir dos encontros e muitas conversas realizadas entre pesquisadores da UFRN, UEPG, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Universidad Nacional de Cuyo, na Argentina (UNCUYO). Os pesquisadores compõem um grupo de estudos interinstitucional com a perspectiva de contribuir com a construção de uma teia de pensamento sobre a interseção dos campos da Comunicação e Educação. A publicação é da Editora da UFRN (EDUFRN).

Sandra Mara em sua tese de doutorado, aponta que o diálogo figura como condição essencial para a plena efetivação da Comunicação. "Em Paulo Freire, encontramos uma concepção de diálogo que se expressa, fundamentalmente, em duas dimensões: por um lado, no encontro de subjetividades; por outro, na ação. O diálogo não seria, portanto, um pensar para , mas, um pensar com", explica Sandra.

De acordo com Sandra, a idéia de comunicação dialógica de Paulo Freire, baseia-se no respeito pelo outro, não visa acomodação ou ajustamento, mas enfatiza a integração que torna o homem sujeito de suas ações e o afasta da condição de objeto, do dominado, sem vez e voz.

Sandra Mara é jornalista. Mestre e doutora em educação. Roteirista e diretora de programas educativos e culturais. Atuou como diretora da FM Universitária do Rio Grande do Norte.
Nenhum comentário

Livro Blog do Noblat será lançado na Feira do Livro do Vale do São Francisco

A jornalista e professora, Teresa Leonel, lançará seu livro ‘Blog do Noblat: estilo e autoria em jornalismo’ neste sábado (6), durante a 3ª Feira do Livro do Vale do São Francisco, no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, em Petrolina, das 15h às 16h.

De acordo com a autora, a obra pretende estimular uma discussão sobre a prática jornalística no blog, a interação entre o produtor de conteúdo e o internauta e a possibilidade de outros formatos comunicacionais a partir dessa dinâmica.

“Nas pesquisas de comunicação no ciberespaço, o blog noticioso ganha corpo como objeto de estudo de gêneros jornalísticos. E este livro faz uma investigação (um recorte) do Blog do Noblat para compreender o conjunto de traços que caracterizam a marca do jornalista-blogueiro e que personificam o estilo do autor a partir da sua produção“, ressalta.

O trabalho é fruto da dissertação de Mestrado da autora. A pesquisa apresenta uma prática de produção de conteúdo tanto de modo interativo, com participação do internauta, como de forma impositiva pelo produtor.
Nenhum comentário

Valdi Jr, um exuense com a dinânica universal da música

Valdi Jr, 23 anos, é natural de Exu, sertão pernambucano, terra do Mestre Luiz Gonzaga. Sua relação com a música começou quando ele era ainda criança. Filho de Valdi Geraldo Teixeira, músico que atuou junto ao Rei do Baião, o jovem recebia diariamente do pai, doses generosas do amor pela música de raiz.

Com a infância repleta de ensaios e shows realizados pelo pai, Valdi construiu nas brincadeiras de criança o sonho de trabalhar com a música. Aos 9 anos teve seu primeiro contato com um instrumento musical, a sanfona. Mas foi aos 10 anos que recebeu do pai o que seria o seu melhor e fiel amigo, o violão. Instrumento que aprendeu a manusear praticamente de forma autodidata, contanto apenas com a ajuda da internet.

Porém, o tocar não era suficiente para o menino de mente e pés inquietos. Durante a adolescência, conheceu a dança, o Break da cultura Hip-Hop e foi nesse período que sua cartela musical foi sendo ampliada. O xote, o baião e o xaxado, típicos da sua região, ganharam a companhia de novos ritmos como o Rap, o blues e a MPB de Caetano Veloso e Djavan.

Aos 17 anos iniciou sua trajetória artística, com pequenas apresentações. Entre os anos de 2013 e 2014, com a ajuda do amigo Jonnez Bezerra, com quem trabalha até hoje, produziu o primeiro show profissional, com apresentações em barzinhos nos estados de Pernambuco e Ceará.

Em 2015  passou de intérprete a autor. Suas primeiras composições foram apresentadas no Festival Equalize, realizado na cidade do Crato, Ceará. De lá pra cá, não parou mais. A boa aceitação do público mexeu com a criatividade e expandiu os horizontes do compositor que em março de 2016 lança o primeiro EP que leva o nome da música autoral, carro chefe de suas apresentações, Pelo Avesso, música premiada como 3º melhor no FEMUB 2015. No EP tem ainda as músicas Marionete, Sinais, Renascer do Sopro, Te Deixar, todas autorais.

O estilo envolvente e contagiante das músicas de Valdi Jr rendeu elogios e parcerias ilustres como a participação da cantora Nuria Mallena, na gravação do vídeo da música Pelo Avesso que pode ser encontrada no YouTube.

Hoje, além das músicas autorais, o show tem o toque diferenciado com interpretações como Respeita Januário, de Luiz Gonzaga, tocada em Rockabilly, a música Juazeiro no estilo Blues. Uma perfeita harmonização onde o acordeom, típico da cultura nordestina, guitarras do rock e o violão da MPB dividem o mesmo palco, lado a lado.

Para o futuro, o que se esperar de um jovem com mente visionária, inquieta e cheia de estilo? 
Sucesso e a certeza que Luiz Gonzaga aplaude mais um filho musical que sabe o valor e produzir para o cenário universal.
Nenhum comentário

Luis Nassif: A Estrela de Luiz Gonzaga

Durante o século 20, aliás, Bahia e Minas forneceram contingentes de músicos fundamentais, mas não chegaram a produzir música típica local -apenas recentemente, a partir do Olodum, a Bahia retomou suas raízes. Há um segundo pólo, de música caipira/sertaneja que se formou no interior de São Paulo e se espraiou pelo Triângulo Mineiro e Goiás.

Um terceiro pólo bem definido é o gaúcho, da música pampeira com influência da Argentina e do Uruguai. Recentemente, cresceu muito o pólo da música pantaneira, com nítida influência da guarânia e da música paraguaia. Persiste, no Pará, a tradição da canção brasileira, herança ainda dos tempos da borracha.

Depois do Rio de Janeiro, o grande pólo da música brasileira é Pernambuco, com duas vertentes muito nítidas. Há uma de Recife/Olinda, com seus frevos orquestrados, cirandas e maracatus, e há a vertente dita nordestina -que abarca o sertão pernambucano e os Estados limítrofes, com destaque para Paraíba e Ceará. E é aí que surge a estrela luminosa de Luiz Gonzaga, o Lula, o grande nome da modernização da música brasileira nos anos 40, ao lado de Dorival Caymmi.

Dito assim, fica meio frio e impessoal. Mas você não sabe o que era Luiz Gonzaga nos anos 50, quando ele explodiu para o Brasil. Ele corria todo o interior, fazendo shows nas praças das cidades em cima de um caminhão, patrocinado por uma multinacional da qual não me recordo o nome.

Não se tratava de um fenômeno restrito às elites intelectuais, aos universitários, aos cultivadores da chamada "boa" música. Cada música lançada percorria todos os estratos sociais. Lembro-me, na farmácia do meu pai, eu, com meus oito anos, sendo provocado pelo Pedro e pelo Antônio (os dois boys) por conta da música "Respeita Januário" (Gonzaga e Humberto Teixeira), homenageando Severino Januário. Januário era também o balconista da Farmácia Central.

No dia em que ele foi se apresentar em Poços de Caldas, a cidade inteira desceu para a praça. Minha mãe também desceu, comigo e minha irmã Regina, eu com sete anos, ela com cinco. Gonzaga já era conhecido da cidade, para onde encaminhou a namorada tísica, com o filho Gonzaguinha, para uma temporada de tratamento. Acabamos assistimos ao show de dentro de uma Rural Wyllis, de uns parentes dele.

Antes de lançar o baião, Gonzaga passou pelo choro. Seu estouro ocorreu com a música cantada, não apenas pelo balanço, trazendo o xaxado, o xote, o baião, mas pela temática. Com seus parceiros Zé Dantas e Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga trouxe para a música brasileira a problemática do Nordeste, que aquela altura dominava as atenções de todos, de planejadores, como Celso Furtado, a poetas, escritores, estudantes.

Mesmo assim, o tom político de suas canções em nenhum momento se sobrepôs às qualidades musicais ou às características profundamente nordestinas. O balanço, a gozação, o uso dos termos regionais, tudo contribuiu para criar um modelo estético imbatível dentro da música brasileira, dos épicos nordestinos, como "Asa Branca", ao lirismo de "Estrada do Canindé" ("Ai, ai, que bom/ Que bom, que bom que é/ Uma estrada e uma cabocla/ Com a gente andando a pé"). Ou então o "Xote das Meninas", que fez o maior sucesso na voz de Ivon Cury, talvez o cantor de maior sucesso na segunda metade dos anos 50 -e que morreu fazendo bicos em programas humorísticos.

Pouco depois de lançada, "Asa Branca" já era um clássico. Lembro-me nos anos 60 o orgulho que nos dava o mero boato de que os Beatles iriam gravar a canção.
A relação de sucessos de Gonzaga é enorme. Há quem goste das todas, dos xotes, das músicas buliçosas. De minha parte a música que mais me tocou, meu hino nacional brasileiro do Nordeste é "Que nem jiló" (Gonzaga e Humberto Teixeira).
Nenhum comentário

28 de julho: noite de amor no Poço de Angico

Aquela noite, 28 de julho, era a noite de seus desejos. Seus corpos se amariam como nunca. Seus olhos confessavam seu amor. Havia uma necessidade de abraçar mais forte, de se beijar mais quente, de sussurrar segredos. 

O suor os unia em complexa solução salgada. Seus fluidos se misturavam cumprindo seu destino. A lua, a noite, o silêncio no campo. A terra calava-se diante de tanta cumplicidade. Nus, abraçados, juraram amor eterno, enquanto seus dedos se entrelaçavam. A rusticidade de suas vidas nunca invalidara seus momentos de paixão.  O cactus, a poeira da caatinga, os bichos mais estranhos, a brisa inexistente, tudo reverenciava e abençoava sua união. Naquela noite, toda a alegria do mundo invadia-lhes a aura. Até que veio a manhã e adormeceram para sempre.


Fonte: Aderaldo Luciano-doutor em Ciência da Literatura
Nenhum comentário

Universidade Federal do Vale do São Francisco realizará o primeito debate com canditados a prefeito de Petrolina

O primeiro debate com os candidatos a prefeito de Petrolina será promovido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e já tem data, local e horário definidos para acontecer: dia 18 de agosto, no Auditório da Biblioteca do Campus Centro, a partir das 8h.

O debate, que tem como temas centrais “Educação e Meio Ambiente”, está sendo organizado pelo Programa Escola Verde (PEV), da Univasf, e deverá contar com seis blocos:

1) formação da mesa e abertura; 2) apresentação dos candidatos; 3) perguntas da mesa e de instituições presentes; 4) perguntas entre os candidatos. 5) considerações finais dos candidatos; e 6) assinatura pelo candidatos do Termo de Compromisso em desenvolver a Educação Ambiental no município, caso seja eleito.

O público-alvo são professores, estudantes, gestores e ambientalistas, mas o evento será aberto ao público em geral. O debate será transmitido ao vivo pela TV Caatinga (webTV da Univasf).
Nenhum comentário

Instituto Federal realizará o I Encontro de Educação Musical do Vale do São Francisco

O campus Petrolina do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) está com inscrições abertas para o 1º Encontro de Educação Musical do Vale do São Francisco. O evento acontecerá nos dias 4 e 5 de agosto e tem como objetivo fomentar a pesquisa em formação e educação musical. O evento é gratuito e destinado a professores, estudantes de música e profissionais que desenvolvem pesquisas sobre o ensino da música.

Durante os dois dias de programação, acontecerão palestras, apresentações de trabalhos acadêmicos, mesas redondas, intervenções artísticas e serão abordando os seguintes eixos temáticos: Conteúdo e didática nos diferentes espaços de educação musical; Ensino e aprendizagem da música nas escolas de ensino básico; Educação musical mediada pelas tecnologias; e Educação musical e inclusão.

O Encontro trará como tema ‘Formação e Pesquisa em Educação Musical: Caminhos e Perspectivas’ e contará com a participação de profissionais renomados de várias instituições de ensino do Brasil. Aos interessados, o prazo para inscrever trabalho acadêmico é até hoje (3). Já para participar do evento como ouvinte, as inscrições podem ser realizadas até 31 de julho, por meio do site do evento: encontrodeeducacaomusicalvsf.blogspot.com.br.
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial