Maria Dapaz, uma voz que apaixona e o talento que encanta


Maria Dapaz nasceu em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco e se criou na cidade de Afogados da Ingazeira. Recebeu, em 2011, o título de Cidadã Afogadense. É comendadora da cidade desde 2009 em reconhecimento do seu trabalho artístico e a divulgação do nome da sua cidade em todo Brasil e no Exterior. 

Em 2011 recebeu homenagem da Universidade Rural de Pernambuco parabenizando-a por seu talento reconhecido internacionalmente, por sua carreira consolidada e a  indicação ao Grammy Latino 2004 com o CD “Vida de Viajante” ou “Luiz Gonzaga na voz de Maria Dapaz”. Se
torna a primeira intérprete pernambucana a dedicar um CD inteiro à obra de Gonzagão. Dapaz morou na Europa seis anos dividindo seu tempo entre shows, viagens, gravações de discos, composições e divulgação.

É uma artista de muitas qualidades. Seja como autora, instrumentista ou como intérprete, ela tem sua marca própria e um bom-gosto inquestionável. Carismática, Maria Dapaz se destaca pela bela voz potente e afinada. Com seu canto sincero, sua voz marcante e muita sensibilidade, ela mostra toda a beleza de um repertório bem brasileiro. 

Maria da Paz participa sábado 8, a partir das 7hs da manhã do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga na sintonia Rádio Cidade Am, 870, via internet www.radiocidadeam870.com.br

 Como compositora,Maria da Paz  ficou conhecida no Brasil inteiro com a música da sua autoria “Brincar de Ser Feliz”, tema da novela Pedra sobre Pedra. 

Hoje tem 16 discos gravados e grande experiência em palcos nacionais e internacionais. Sua paixão pela música se manifestou muito cedo, tornando-se profissional como crooner de grupos de bailes (Marajoara) onde aprimorou o ofício de cantar. Foi para São Paulo onde gravou o seu primeiro disco, Pássaro Carente, pela gravadora Copacabana.

No período em que morou na Suíça, onde lançou 3 discos, se apresentou para platéias exigentes em importantes palcos da Europa, como A Velha Ópera de Frankfurt, Breminale, Festival de Nürenberg e Festival de Música de Berlim Oriental na Alemanha, Festival de Montreux na Suíça, Printemps de Bourges na França com as manchetes:
 A voz de fogo vindo do Brasil” e “Um continente inteiro na voz

2009. Reeditou CD “Meu Lugar” 10 anos depois de lançado nacionalmente no Programa do Jô da TV Globo. CD esse que marcou a carreira da artista.

2009/2010 Abriu o projeto Nossa Língua Nossa Música no CCBB do Rio de Janeiro/2009 e Brasília/2010 onde dividiu o palco com Joana Amendoeira (Portugal) Nancy Vieira (Cabo Verde) e Rosa Madeira (Ilha da Madeira).

2011 Maria Dapaz focou a seu agenda no Nordeste se apresentando em grandes palcos nas cidades de Gravatá, Arcoverde, Pesqueira, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Carnaíba, Tabira, Recife encerrando o ano com show de Réveillon na praia de Candeias em Jaboatão...

2012 Em Portugal, representa o Brasil na festa da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) em fevereiro na Aula Magna de Lisboa e no Casino de Estoril.
No Brasil, Maria Dapaz foca o ano em homenagem especial ao Rei do Baião, com o (re) lançamento do CD Vida de Viajante (Atração Fonográfica) em edição especial Centenário Luiz Gonzaga mostrando o que tem de mais verdadeiro no legado musical deixado por ele.
Em São Paulo abre as comemorações do Centenário de Gonzagão durante todo o mês de março na Galeria Olido da famosa Avenida São João com o projeto “Baião da Quarta” e faz temporada de 3 dias em novembro no Teatro do CEU Zilda Arns/Osasco
Em Recife abre as comemorações do Centenário no Conservatório Pernambucano de Música -“Cestas de Música”. Participa do projeto “Recife Canta Gonzaga” na praça do Arsenal. Apresenta seu show acústico “A minha vida de viajante” no Manhattan.
Em Pernambuco: apresentou seu show em homenagem ao Luiz Gonzaga nas cidades de Vitória de Santo Antão, Afogados da Ingazeira, Caruaru, Caetés, Sirinhaém, Sertânia, Recife.

2013 Lança seu 15º CD “Outro Baião” Uma explosão de brasilidade.  Gravado no Recife com 14 faixas assinadas por Maria Dapaz e parceiros.Trabalho focado na difusão de uma música que se espelha na riqueza de um povo, ressaltando a beleza da sua história, seus cânticos, seus sonhos, tristezas e alegrias.  Agindo também como uma forma de auxílio em todo o processo de preservação de uma linguagem musical. Shows juninos em Pernambuco (Gravatá, Arcoverde, Caruaru, Afogados da Ingazeira, Timbaúba, Recife...) e divulgação do CD “Outro Baião” na Festa Nacional da Música, o maior encontro da música em Canela/RS. http://www.festanacionaldamusica.com.br/2013/index.php

2014 Ano de destaque do CD Outro Baião, selecionado para o 25º Prêmio da Música Brasileira com festa de entrega dia 14/05/14 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Categoria Melhor Cantora
http://www.premiodamusica.com.br/noticias/2634. Ganhou o Trofeu Acinpe (Associação de Cantores e Intérpretes de Pernambuco, levando o Prêmio da Crítica (Recife março de 2014)

2015 Um ano de homenagem Maria Dapaz lança CD gravado ao vivo no teatro Santa Isabel de Recife  “A Arte de Amália Rodrigues por Maria Dapaz e Mahatma Costa” pela gravadora Atração. Num emocionante recital, Maria Dapaz homenageia Amália Rodrigues  com uma nova interpretação, dando um sotaque brasileiro ao repertório imortalizado por essa diva da música portuguesa, que completaria 95 anos. 

Num formato acústico, Maria Dapaz (violão e voz) e Mahatma Costa (acordeom) criaram arranjos mais suaves, ressaltando as influencias da música cigana e moura, dando uma nova cor e mais leveza a esse gênero musical dramático e teatral na sua origem.

Projeto especial com a produção de Jocelyne Aymon, suíça, radicada no Brasil. Maria Dapaz, com a sua voz firme como metal e suave como veludo, apresenta uma versão inédita e original de Estranha Forma de Vida, Ai Mouraria, Coimbra, Só nós Dois, Amêndoa Amarga e Hortelã Mourisca. O acompanhamento do acordeonista internacional Mahatma Costa impressiona desde a abertura do disco.

2016 lança uma versão junina de “O Cochicho”, faixa digital, com arranjo especial assinado Felipe Jr e Mahatma Costa em parceria com a gravadora Atração de São Paulo.
O CD já é pré-selecionado para o 27º Prêmio da Música no Rio de Janeiro.

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Seu Vavá, o Senador do Rojão Genival Lacerda e seus 85 anos de forró e alegria

O amigo Cezar Durando me enviou fotos das comemorações de um dos nossos maiores patrimônios da cultura: Genival Lacerda que completou 85 anos de vida. Cesár Durando é um dos defensores das causas da cultura mais brasileira.
 
Sempre fui apaixonado por rádio e lá em Campina Grande, Paraíba, escutava a Rádio Cariri, Rádio Borborema e Caturité e nestas sintonias ouvia a animação do Genival Lacerda. O Senador do Rojão, Seu Vavá, O Rei da Munganga ­ são todos heterônimos de Genival Lacerda.

No programa ele designava um papel na sua obra. Seu Cazuza, por exemplo, foi personagem de programa humorístico de TV, que fez em dupla com o ator Lúcio Mauro (o Seu Barbalho), e com Luiz Gonzaga.

Quando interpretou Severina Xique Xique, composto por João Gonçalves, obteve o reconhecimento e ganhou sucesso.

"João Gonçalves chegou lá em casa, num domingo de manhã, me dizendo que trazia uma música que era a minha cara. Contou que tinha oferecido a Jackson e a Messias Holanda, mas eles não quiseram. Como é a história? Se estes cobrões não quiseram, sou eu que vou querer?", rememora Genival. 

"A música que ele recebeu naquela manhã de domingo foi Severina Xique Xique. O autor, João Gonçalves, assim com ele, havia nascido em Campina Grande. Disse a ele que ia ficar com a música, mas antes ia dar uma arrumada, botar uma meia sola nela," conta.

"Fui ao programa de Adelzon Alves, na Rádio Globo, todo mundo estava lá: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês, Abdias, Ary Lobo, Os Três do Nordeste. Cantei Severina. Depois, Adelzon olhou pra mim e falou: Caboco, este vai ser o seu maior sucesso."

Tem mais: "Ozeás Lopes me levou pra gravadora Copacabana, mas o pessoal de lá não acreditou muito na música. Em 15 dias, vendeu 35 mil discos. Em dois meses, 600 mil. E desembestou", ele revela. "Fui na gravadora pedir um adiantamento.Era muito dinheiro. Comprei uma casa em Campina Grande".

Hoje aos 85anos, completados no dia 5 de abril, Genival Lacerda estava com 25 de carreira quando gravou Severina Xique Xique. Lá se vão mais de 70 anos de profissão, se contarmos o tempo em que disputava com Marinês prêmios em programa de calouros, em Campina Grande.

Com Marinês e Abdias, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Zito Borborema, Genival Lacerda fez parte da segunda geração do forró, surgida logo depois ­ e por influência ­ de Luiz Gonzaga.

É dos últimos desta geração, a história viva da música do povo Nordestino: "Um dia, em 1948, Rosil Cavalcanti sentou lá na sala de casa, com um violão, e ensinou a Jackson do Pandeiro umas músicas que tinha feito: Sebastiana, Compadre João".

Genival Lacerda é cantor da escola de Jackson do Pandeiro, das divisões impecáveis e imprevisíveis. Foram contraparentes. Severina, irmã de Jackson, foi casada com um irmão dele. Em 1950, Genival Lacerda foi contratado pela Rádio Borborema, de Campina Grande: "Em 1953, vim cantar no Recife, no aniversário da Rádio Tamandaré. Ganhava 700 cruzeiros lá, aqui me ofereceram 5 mil", diz Genival.

"Eu estava em Campina Grande, quando encontrei Ary Barroso, que foi se apresentar lá, e me aconselhou a ir para o Rio de Janeiro. Fui embora. Chego lá no dia 1º de abril de 1964, no dia da revolução (sic). Jackson e Almira foram me apanhar no Santos Dumont e perguntei se a gente estava em guerra. Pra todo canto era homem fardado de verde, tanques", conta.

Recentemente o cantor Genival Lacerda resolveu apostar em uma canção "cheia de modernidades". O cantor gravou o clipe de Me dê seu wifi. Genival contracena com quatro mulheres que representam as redes sociais: Twitter, Instagram, WhatsApp e Facebook.

"Nessa música, falo dessas modernidades de Facebook e Instagram, mas não sei nem para onde vai", confessa o artista, conhecido por canções satíricas como Severina Xique Xique, De quem é esse jegue? e Radinho de pilha. "O meu público já está seguro, mas preciso conversar com os jovens e essa música vai ajudar", afirma paraibano batizado de "rei da munganga".

 



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Exposição fotográfica em Salgueiro mostra o Fantástico Mundo das Sanfonas

A memória da música brasileira no Sertão, também faz história entre sanfoneiros de várias partes do Brasil e do exterior que desbravam a região puxando o fole. A exposição fotográfica  ‘O Fantástico Mundo das Sanfonas, que está em cartaz até o dia 20 de maio, na Casa da Cultura, em Salgueiro, Sertão de Pernambuco, revela encontros memoráveis realizados na última década.

O projeto faz parte de uma pesquisa de extensão universitária organizada pelo professor e jornalista Emanuel Andrade através da Hemeroteca, do curso de Jornalismo da Uneb.

O professor reuniu o trabalho de cinco fotógrafos sertanejos de Pernambuco e Bahia, com registros de shows em festivais do gênero, rodas de sanfona além de músicos na intimidade do palco e de casa. São cerca de 80 imagens em policromia e em preto e branco assinadas pelos fotógrafos Ivan Cruz, Héliton Araújo, Gilson Pereira, Diego Fernandes e Regina Lima.

Com uma proposta pedagógica, a exposição focar a trajetória da sanfona desde a criação do Sheng, na China por volta de 2.700, a. C, que originou o harmônio, a gaita de boca até chegar à sanfona que se popularizou no Brasil, principalmente no Nordeste. São seis expositores no espaço que além de destacar a evolução do instrumento, conta com textos poéticos sobre a temática, xilogravuras e letras de canções clássicas que evocam a sanfona.

“A ideia é reverenciar o talento dos músicos de várias gerações que tocam o ano inteiro contrariando os que pensam a sanfona só nos festejos juninos. Até no carnaval sertanejo o instrumento inspirou a criação de um bloco”, explica Andrade.

Os registros fotográficos traduzem apresentações de grandes músicos do Nordeste e do Sul, puxando o fole no sertão. Lá, o visitante vai poder apreciar o talento a exemplo de Dominguinhos, Oswaldinho, Toninho Ferragutti, Hermeto Pascoal, Camarão, Renato Borghetii, Pinto do Acordeon, Cesinha, Waldonys, artistas da região como Nêgo do Mestre, Danilo Pernambucano e Teresinha do Acordeon entre outros talentos. Como será itinerante, a exposição depois passará por Petrolina e Juazeiro(BA).

JOVENS TALENTOS – Uma ala da exposição também, registra momentos de apresentação de crianças e mulheres, especificamente, no festival de Salgueiro, em momentos da disputa por prêmios durante o evento que acontece há 8 anos.

“Mais do que nunca a sanfona domina as grandes festas no interior o ano inteiro, revelando bons músicos que vivem na roça e nas pequenas cidades. Nenhum chegou a frequentar uma escola para estudar partitura, mas se inspiram em Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca”, aponta o curador da exposição.

O Fantástico Mundo das Sanfonas, tem uma decoração focada em elementos domésticos como o bule de café e o candeeiro além de cordéis. Outra novidade é a interação com os artistas que tenham interesse em divulgar seu trabalho na decorrer da amostra.

Fonte: Emanuel Andrade-Uneb
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Paulo Matricó do Pajeu para o mundo


O Poeta e compositor Paulo Matricó participou sábado às 7hs do programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga. O programa é apresentado na Rádio Cidade am 870. Através da internet www.radiocidadeam870.com.br

Paulo Matricó traz no coração e na bagagem a história do Sertão. Nascido no vale do Rio Pajeú, no município de Tabira, Pernambuco, bebeu na fonte da poesia sertaneja. Herdou do pai, "seu" Albino Pereira e de outros menestréis da cantoria como Louro do Pajeú, Pinto de Monteiro e Jó Patriota, a arte de contar histórias simples com o apuro de métrica e a graciosidade do repente popular.

A descoberta da viola e da música como expressão veio mais tarde, (1990), com a formação do grupo Matricó - expressão indígena que significa Pai do Fogo (Instrumento rudimentar que com atrito entre duas pedras gera fogo) - em Caruaru. No grupo Paulo era vocalista e percussionista. Nesta época nasceu suas primeiras composições.

Criado no meio de repentistas, cantadores e forrozeiros, Paulo Matricó traz a semente destes artistas tipicamente nordestinos e naturalmente fortes. 

Carregando consigo as influências de grandes mestres da cantoria e da música brasileira como: Jackson do Pandeiro, Zé Marcolino e Luiz Gonzaga, Matricó faz uma música cheia de poesia e ritmos bem peculiares. Matricó integra uma leva de artistas cujo tema principal é a cultura e mostra para o Brasil e para o Mundo, o lado belo e encantador do Sertão nordestino.

MRPB - Música Regional Popular Brasileira, é assim que Matricó autodenomina seu trabalho, uma mistura de ritmos puramente nordestinos: baião, xote, côco, forró, arrasta-pé, toadas boiadeiras e sertanejas.

Lançou seu primeiro CD em 1995 e até o momento vem construindo uma importante obra, com mai de 7 álbuns publicados, inclusive um deles: MARIA PEREIRA, lançado na Alemanha, em parceria com o compositor alemão Stephan Maria, em 1999, quando residiu e trabalhou por 2 anos naquele país.  Quando esteve na Europa participou de importantes festivais, como o das cidades de Madrid e Sevilla, representando a cultura e a música brasileira.

Em 2014, lançOU O Álbum em CD” LAVRADORES” em homenagem aos trabalhadores na agricultura, sua origem.

Lançou em maio de 2015 a edição comemorativa de 20 anos de seu primeiro CD Outro VeRso.
Em janeiro de 2016, estreou no Recife, no Teatro Santa Isabel, a Ópera Cordelista Lua Alegria, montada a partir do espetáculo popular Cordel Operístico Lua Alegria. O roteiro dramatúrgico é baseado no livro/cordel de Paulo Matricó, intitulado LUIZ LUA ALEGRIA e canta em Literatura de Cordel a história de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

A interpretação operística foi narrada na linguagem do cordel, unindo dramaturgia, canto e música, sob o fio condutor de trilha musical pesquisada e produzida sob a influência da tradição popular, com perspectiva cênica no formato de Cortejo-lítero musical e elenco de 28 artistas entre músicos, atores e dançarinos, contando a vida e obra do “Rei do Baião”.

Fonte: Contatos: Fone: (81) 98669930 – E-mail: paulomatrico@hotmail.com
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Chico Buarque, educação, cultura e liberdade de expressão

"A educação e o acesso à cultura, ao conhecimento, a valorização dos saberes. É condição fundamental para a realização dos brasileiros como seres humanos plenos, com dignidade e altivez. Queremos a democratização e a popularização da cultura no país. Fortalecer os espaços de trocas culturais promovendo o acesso aos teatros, cinemas, exposições, sinfonias, amostras, apresentações folclóricas e festas tradicionais que celebrem a vida, a luta, a solidariedade e a diversidade do povo brasileiro.

Além disso, o povo tem o direito de organizar seus próprios meios de comunicação social, de forma associativa. E o Estado deve garantir os recursos para que exerça esse direito. É preciso democratizar os meios de comunicação, começando por acabar com o monopólio privado dos meios".

Matutei na citação acima pensando que durante a ditadura militar brasileira, compositores e artistas desempenharam um papel relevante na defesa dos ideais de liberdade e de cidadania.

A música brasileira, na sua complexidade conceitual, atingiu o prestígio que tem hoje graças à atuação dos compositores representativos dos anos 60, de nível universitário, e com forte engajamento social e político.

Chico Buarque, é um desses compositores, um dos defensores de princípios de cidadania e liberdade assumidos na luta contra o governo ditatorial instaurado em 1964.

Chico Buarque é um pensador d inventor.. da cultura nacional. Analise como ele enfoca e se a apropria da música como antídoto e saída para os males da nação, tendo como núcleo a canção Paratodos, homenagem feita por Chico Buarque aos compositores brasileiros.

"O meu pai era paulista / meu avô, pernambucano / o meu bisavô, mineiro / meu tataravô, baiano / meu maestro soberano / foi ant0nio brasileiro / foi antonio brasileiro / quem soprou esta toada / que cobri de redondilhas / pra seguir minha jornada / e com a vista enevoada / ver o inferno e maravilhas / nessas tortuosas trilhas / a viola me redime / creia, ilustre cavalheiro / contra fel, moléstia, crime / use dorival caymmi / vá de jackson do pandeiro / vi cidades, vi dinheiro / bandoleiros, vi hospícios / moças feito passarinho / avoando de edifícios / fume ari, cheire vinicius / beba nelson cavaquinho / para um coração mesquinho / contra a solidão agreste / luiz gonzaga é tiro certo / pixinguinha é inconteste / tome noel, cartola, orestes / caetano e joão gilberto / viva erasmo, ben, roberto / gil e hermeto / palmas para todos / os instrumentistas / salve edu, bituca, nara / gal, bethania, rita, clara / evoé, jovens a vista / o meu pai era paulista / meu avô, pernambucano / o meu bisavô, mineiro / meu tataravô, baiano / vou na estrada há muitos anos / sou um artista brasileiro"

Chico Buarque é hoje um escrito, o duplo do artista consagrado, que, em virtude de seu temperamento e de estratégias mercadológicas, cultiva o sonho de se transformar em artista invisível, não cedendo à solicitação esquizofrênica da mídia.

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Roda de Sanfona, Caminhada e Workshop são atrações do III Festival Viva Dominguinhos



A organização do 3º Festival Viva Dominguinhos divulgou a programação do Palco Colunata. Nesse polo, haverá shows na sexta-feira (22) e no sábado (23). No palco principal, subirão nomes como Elba Ramalho, Dorgival Dantas e Flávio José. O evento ocorre de 21 a 23 de abril em Garanhuns, Agreste pernambucano.
Mais de 30 mil pessoas assistiram aos shows da segunda noite do 'Viva Dominguinhos'. O Festival 'Viva Dominguinhos' ocorre de 21 a 23 de abril em Garanhuns.

No "Colunata", a Banda do 71º BIMTz fará um "Concerto
Além dos palcos montados na Praça Cultural Mestre Dominguinhos e no Colunata, população e visitantes contarão com alguns projetos especiais: o Workshop "Desmistificando a Sanfona", a intervenção urbana "Dominguinhos em Quadros" e a Caminhada do Forró Viva Dominguinhos.

Programação do Palco Colunata:
22 de abril (sexta-feira)
Banda do 71 BIMTz - "Concerto para Dominguinhos"
Mateus Cordeiro e Deivinho
Banda Forró Total e Bezerra da Gaita
Grupo Cultural Luar do Sertão/Custódia "Dominguinhos, do Luar ao Sertão"
Daniel Gouveia
Genaro

23 de abril (sábado)
Os Coroas do Forró
Lucas do Acordeon e Banda
Ananias Júnior e Convidados
Projeto Roda de Sanfona com as participações de: Orquestra de Sanfonas de Garanhuns; Messias da Sanfona; Severino da Sanfona; Canarinho e Beija-Flor; Genivaldo/Brejão; Cícero Basílio/Correntes; Zezinho Barros; Cloves, do Trio Asa Branca; Zuza/Forró Pé Quente; Walmiro Sobral/Forró Fênix.
Nando Azevedo
Rogério Rangel

Programação do Palco Principal:
21 de abril (quinta-feira)
Forró Pesado
Cristina Amaral
Quinteto Violado
Jorge de Altinho

22 de abril (sexta-feira)
Mourinha do Forró
Flávio Leandro
Waldonys
Dorgival Dantas

23 de abril (sábado)
Kiara Ribeiro
Maciel Melo
Elba Ramalho
Flávio José.

O  "Projeto Roda de Sanfona" contará com participações de: Orquestra de Sanfonas de Garanhuns; Messias da Sanfona; Severino da Sanfona; Canarinho e Beija-Flor; Genivaldo/Brejão; Cícero Basílio/Correntes; Zezinho Barros; Cloves, do Trio Asa Branca; Zuza, do Forró Pé Quente; além de Walmiro Sobral, do Forró Fênix. Haverá ainda atrações como Nando Azevedo e Rogério Rangel.
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Poeta Antonio Francisco e Dez cordéis num cordel só

Final de Semana longo! Aproveitei e reli a biografia de Antonio Francisco e mais uma vez a leitura transformadora do livro Dez Cordéis num Cordel Só.

"Como pode a natureza Num Clima tão quente e seco Numa terra indefesa Com tanta adversidade Criar Tamanha beleza". 

"Não temos coragem de cortar uma árvore bela pra fazer uma cadeira somente pra sentar nela. Achamos melhor ficarmos sentados na sombra dela"!

 Os versos são de Antonio Francisco e o diretor da editora Queima Bucha, Gustavo Luz comenta que o poeta Antonio Francisco é um caso raro!

Antonio é simples, sempre de bom humor com a vida. Nos dias atuais, onde a ganancia humana não tem limite é uma Riqueza saber da existência de Antonio Francisco. "Seu coração é de uma pureza rara, de uma bondade tão grande que é um pregador da Paz".

O sonho de Antonio Francisco é sempre de Paz. Conheci o poeta nascido em Mossoró, Rio Grande do Norte, através do pesquisador musical Higino Canuto Neto, na divisa Petrolina Juazeiro, nas margens do Rio São Francisco.

Antonio Francisco sabe usar a palavra para dizer as coisas mais difíceis. Antonio Francisco participou do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e ali observei que estava diante de uma riqueza humana e cultural.

O poeta Antonio Francisco nasceu em Mossoró, filho de Francisco Petronilo de Melo e Pedra Teixeira de Melo. Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta, cordelista, xilografo e compositor.

Somente aos 46 anos começou a carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste. Muitos de seus poemas  são alvos de estudos e pesquisas de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem. Antonio Francisco é atualmente tema de tese de mestrado e doutorados.

Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré.

Antonio Francisco teve o livro 'Dez Cordeis num cordel só" indicado para o vestibular da Universidade do Rio Grande do Norte.
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