Polêmica: Piranhas, no sertão alagoano e Itacuruba, Pernambuco são municípios cotados para instalação de Usina Nuclear



Conhecida pelos valores histórico e natural, Piranhas, no Sertão alagoano, está no centro de uma polêmica. A Eletrobrás/Eletronuclear de Recife vê o município, cortado pelo Rio São Francisco e rota do imperador Pedro II e de Lampião, nos séculos XIX e XX, respectivamente, como provável lugar para a implantação de uma usina nuclear. Diante da possibilidade, o Ministério Público Federal (MPF) pediu esclarecimentos. 

Confira artigo do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Heitor Scalambrini:

A construção de usinas nucleares no país significa a disposição do poder público de aceitar mais riscos do que recomendaria a prudência.

A formulação de políticas públicas, em particular na área energética, tem sido calcada em diagnósticos superficiais e imediatistas, influenciados por interesses econômicos poderosos, com clara reincidência em erros cometidos no passado. Na verdade o governo pensa o Brasil do futuro com idéias do passado.

Hoje no chamado mundo moderno se discute e se executa uma completa mudança de direção no que concerne à questão nuclear. Mais e mais paises decidiram refrear e mesmo abandonar a construção de novas usinas nucleares. Decisões essas tomadas com largo apoio popular. A óbvia conclusão é que o risco de tal tecnologia não compensa os ganhos (se é que existem!!!).

Aqui no Brasil tudo é diferente. Projeta-se até 2030 a instalação de quatro novas usinas nucleares sendo duas no Nordeste. Falou-se na cidade de Itacuruba no sertão pernambucano (480 km de Recife) como provável local para esta instalação à beira do Rio São Francisco.

Houve uma total repulsa a esta proposta. As populações, os movimentos populares, sindicais e religiosos, se expressaram no documento  “Carta de Itacuruba” (http://blogs.diariodepernambuco.com.br/meioambiente), subscrito por mais de 50 entidades.

Agora no final do ano toda atenção foi  dirigida ao município de Piranhas (291 km de Maceió) no sertão oeste alagoano, em função da declaração pública do chefe do escritório da Eletrobrás/Eletronuclear, apontando o município como o provável destino para a instalação da usina nuclear nordestina, às margens do Rio São Francisco.

Com esta informação um inquérito civil foi instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Arapiraca/Alagoas para investigar o processo de instalação da usina nuclear.

O MPF enviou ofício a Eletrobrás/Eletronuclear solicitando informações sobre o andamento do projeto, e detalhes, como a localização exata das duas usinas nucleares anunciadas pelo Governo Federal a serem instaladas no Nordeste, bem como a data prevista para o início da construção. Ainda foi solicitado o esclarecimento de que forma as populações afetadas foram consultadas sobre a implantação da usina, como exige a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

De acordo com a procuradora da República em Arapiraca, responsável pela instauração do inquérito, a instalação de uma usina nuclear no Sertão de Alagoas é passível de afetar diversas populações tradicionais locais, como ribeirinhos, quilombolas, indígenas e pescadores artesanais. Motivo pelo qual o MPF instaurou o inquérito, de forma a reunir informações sobre eventual violação de direitos, pelo poder público federal, às normas internacionais sobre populações tradicionais e ao meio ambiente.

O procedimento adotado é característico da área energética, em particular pelos gestores da energia nuclear no país, que agem na surdina. Na calada da noite, sem nenhuma discussão com os maiores interessados, as populações próximas do local que os “sábios” decidiram como o mais adequado (?), a noticia vem a público, é vazada.

A reação nesse caso foi imediata visto que existe um sentimento e um desejo da maioria da população de que tal forma de geração de energia elétrica não ocorra no Brasil. Não importando em que região, a quase unanimidade contrária a estas usinas existe fortemente. Todavia o governo e setores minoritários, mas com grande poder de decisão, insistem nessa insanidade que parece não ter limites.

Mas uma certeza é muito clara. As usinas nucleares não terão espaço em nosso país, e por uma única razão, os brasileiros e brasileiras não a desejam. 

Fonte: Jornalista, mestre em História e repórter do Diario de Pernambuco.  jailsonpaz.pe@dabr.com.br/ Texto: Professor UFPE  Heitor Scalambrini
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Audiência pública discutirá reajuste na tarifa de água

Na próxima sexta-feira,31), o diretor-presidente da Agência Reguladora do Município de Petrolina (ARMUP), Geraldo Junior, participará de uma audiência pública, na capital pernambucana, para discutir junto a Agência de Regulação de Pernambuco (ARPE) o reajuste na tarifa de água que será implantado neste ano pela Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento).

De acordo com Geraldo Junior, a ARMUP defenderá que os reajustes devem estar paralelos aos projetos de melhorias nos serviços de abastecimento de água e ampliação da equipe de manutenção de esgotamento sanitário nos bairros e municípios.

“Estamos esperando o parecer técnico da ARPE para podermos tomar uma posição concreta sobre o tema. No entanto, a ARMUP defenderá mais qualidade para os serviços de distribuição de água e ampliação da equipe de manutenção, em contrapartida com os reajustes tarifários”, comenta Geraldo Junior.

Fonte: Ascom
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Transporte Público: Funcionários da empresa Viva Petrolina decretam greve

Salários atrasados, pagamentos de férias, décimo terceiro, Fundo de Garantia de Tempo de Serviço sem depósito e jornada de trabalho são algumas das queixas dos funcionários da Empresa Viva Petrolina que atua no município e resolveram entrar em greve a partir desta terça-feira, 28.

O  Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do município enviou na última quinta-feira, 23,  uma proposta a empresa de transporte público Viva Petrolina com o objetivo para resolver as pendências trabalhistas de  cerca de 250 funcionários.


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Foto de Braulino Ferreira é destaque no blog de Magno Martins

A imagem em destaque no blog do Magno Martins, desta segunda-feira, 27,  é do belo pôr-do-sol às margens do Rio São Francisco, em Petrolina, a 721 km do Recife. Foi enviada pelo leitor Braulino Ferreira, que se confessa apaixonado pela sua terra. A  região do São Francisco é composta por 15 municípíos.

Petrolina é a capital da uva e do vinho, produtos que exporta para Europa, Estados Uhidos e Japão. Além de importante porto fluvial e aeroporto internacional para exportações, é um polo agroindustrial, financeiro e comercia.

A cidade vem obtendo um forte crescimento econômico e de contingente populacional. Segundo o IBGE, a cidade atingiu 294.081 habitantes em 2010 e registrou um crescimento real de 34,56% no período de 2000 a 2010, sendo, tanto pela economia quanto pela população, a principal cidade da RIDE São Francisco.

A revista Veja apontou Petrolina como uma das 20 cidades brasileiras do futuro na edição 2180 do dia 1 de setembro de 2010.

Com o melhor índice de saneamento básico do Nordeste, Petrolina conta com 95% de coleta de esgoto e 100% de tratamento do que é coletado.11 12

Petrolina foi reconhecida como a maior rede hoteleira da região turística do sertão do São Francisco e do Pajeú, contando com 2.115 leitos, distribuídos em 24 hotéis; diversos restaurantes, bares, centros comerciais, hospitais, Universidades e cursos de Turismo em níveis técnico e superior, segundo um estudo de competitividade realizado pelo Ministério do Turismo, Fundação Getúlio Vargas e o Sebrae Nacional.
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Lágrimas e homenagens marcam o primeiro ano da tragédia da Boate Kiss, que teve 242 mortos vitímas do incêndio

No dia em que uma das maiores tragédias do país completa um ano, Santa Maria não dormiu. Desde a madrugada, familiares e amigos das 242 vítimas do incêndio na Boate Kiss fazem homenagens que se estenderão até a noite. Pela manhã, cerca de 200 pessoas saíram da casa noturna em caminhada até o prédio do Ministério Público. Com gritos por justiça, eles carregaram faixas com fotografias dos jovens, balões brancos, tambores e apitos, além de cartazes pedindo a punição dos envolvidos. A Polícia Militar acompanhou o ato, que foi organizado pelo movimento Santa Maria do Luto à Luta.

Pela madrugada, o grupo fez uma vigília em frente à casa noturna. A homenagem reuniu cerca de 600 pessoas. Eles pintaram com tinta branca 242 silhuetas no chão, simbolizando os corpos das vítimas. Às 3h, horário em que o fogo começou em 27 de janeiro do ano passado, sirenes começaram a tocar e gritos por justiça foram ouvidos. Os pais também pintaram um coração no chão onde acenderam velas brancas e rosas.

Sob a chuva fina, os participantes do ato se emocionaram. O comerciante Eliton Lopes segurou as lágrimas pela morte da filha Evelin Lopes, de 19 anos. Descrente, ele acredita que os culpados não serão punidos. Ao lembrar da jovem, desabafou: "dói muito. É uma ferida que não vai cicatrizar nunca. Vamos continuar pedindo justiça, mas acho que só a justiça de Deus vai resolver".

Mas o presidente do movimento, Flávio da Silva, discorda. Para ele, os responsáveis pela tragédia serão culpados desde que a população continue pressionando os poderes públicos. "Temos que fazer atos como este para que esse o assassinato em massa não caia no esquecimento. Precisamos honrar a memória dos nossos filhos."

Durante todo o dia, haverá homenagens pela cidade. O prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, decretou luto oficial nesta segunda-feira. O expediente interno nos serviços municipais será reduzido em uma hora, encerrando às 15h. Já o atendimento ao público não será alterado, com expediente das 7h às 13h.

Fonte: Agencia Brasil
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Chico Cesar comemora os 50 anos e promete lançar disco vinil



Os olhos da fita vão rodar mais felizes no gravador: aos 50 anos, Chico César prepara-se para gravar o 8º disco em um momento da trajetória no qual cantar e compor, apenas, são razões suficientes para estar comemorando.

"Fazer música já uma celebração da vida", diz o arauto de uma prosa impúrpura que ganha novo capítulo este ano. "Claro que a nova idade cria outros parâmetros pessoais, mas não vou lançar um olhar retrospectivo sobre a minha carreira. Vou fazer mais uma obra. Mais um álbum de inéditas", revela.
Chico esteve este fim de semana na São Paulo que o acolheu quando ainda era um jovem 'beradêro' de 21 anos, recém formado em Jornalismo, tentando a vida como revisor de textos.

Fez um show em Araraquara (a 270 quilômetros da capital paulista), com a releitura de Aos Vivos (1995), disco que está prestes a alçá-lo ao patamar de duas décadas no mercado fonográfico.
O interior de São Paulo volta a recebê-lo em breve, quando pretende tirar 15 dias de férias do cargo de Secretário de Cultura e se enfurnar em um "estúdio-hotel" junto com a banda formada pelos músicos Helinho Medeiros, Xisto Medeiros e Gleidson Meira.

"Já estamos ensaiando diariamente no estúdio do (maestro e produtor) Sérgio Gallo. A ideia é ficarmos mais uma semana aqui, ensaiando, e outra em São Paulo, 'morando' no estúdio. Queremos fazer algo que soe fresco, com todo mundo cantando e tocando junto."

Agora um 'cinquentão' nostálgico, Chico está redescobrindo maneiras de fazer música. Com Aos Vivos Agora (Biscoito Fino), projeto que remonta o começo de tudo, quando bancou do próprio bolso o CD saído pela gravadora Velas (de Ivan Lins e Vitor Martins), realizou um sonho antigo: estrear em vinil.
"Quando meu primeiro disco foi lançado não quiseram fazer o vinil. Disseram que o vinil era passado, que a minha música se comunicava com a nova mídia do CD, que acabou envelhecendo muito rápido", avalia.

Hoje, o bolachão de Aos Vivos Agora integra uma pequena coleção que cresceu depois que Chico comprou uma vitrola e ganhou de presente do amigo Beto Britto a nova edição do raro Paêbirú (1975). O gosto é tanto que o próximo trabalho também sai em vinil. "No futuro, não haverá mais hit. Nada será massivo", profetiza, na contramão da indústria.

Fonte: Jornal da Paraíba/ Tiago Cardoso-Rizimberg Rodrigues
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Acidente deixa 14 mortos na Br-110, na Bahia



Um acidente entre uma carreta, um trator e um ônibus deixou pelo menos 14 mortos na manhã desta segunda-feira (27) na BR-110, no município de Inhambupe, na Bahia. 

O acidente ocorreu por volta das 6h30 quando um trator, que era transportado por uma carreta, soltou-se do veículo e atingiu um ônibus da empresa Gontijo que passava no local, próximo ao km 315.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a maioria dos mortos estava no ônibus, que seguia de São Paulo em direção ao município de Paulo Afonso, também na Bahia. 

Outras dez pessoas ficaram feridas e foram levadas para o hospital de Alagoinhas (BA). Ambulâncias do Samu e equipes da PRF foram deslocadas para o local e atuam no socorro às vítimas.
Após o acidente, a pista foi interditada e o tráfego registra lentidão no local.
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