NOSSA SOLIDARIEDADE A MINISTRA MARINA SILVA

 Casa de ex-governadores e ex-ministros de Estado, o Senado protagonizou, nesta terça-feira, um vexame político de repercussão internacional, às vésperas da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), de 10 a 21 de dezembro, em Belém: a agressão misógina e negacionista à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante audiência na Comissão de Infraestrutura, que foi uma verdadeira arapuca política. A ministra foi desrespeitada por três parlamentares e, ofendida, abandonou a reunião.

 Presidente da Rede Solidariedade, Marina foi senadora da República de 1995 a 2011 e é deputada federal licenciada em função do cargo que exerce. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiou o gesto de Marina.

A reunião desandou quando Marina disse que se sentiu ofendida por falas do senador Omar Aziz (PSD-AM), que é ex-governador do Amazonas. Também questionou a condução da reunião pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), que presidia a sessão na comissão. Ele havia cortado o microfone da ministra várias vezes e ironizou as suas reclamações. Marina respondeu dizendo que não era uma mulher submissa.

Sentado ao lado da ministra, Marcos Rogério olhou para ela e disse: "Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar". A declaração provocou novo tumulto. O senador disse que, na verdade, referia-se ao "lugar" de Marina como ministra de Estado. Os ânimos continuaram exaltados. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou que era preciso separar a mulher da ministra porque, segundo ele, a "mulher merece respeito e a ministra, não". Em março, em evento no Amazonas, o parlamentar chegou a dizer que tinha "vontade de enforcá-la". Marina se levantou e saiu da reunião.

Na audiência, Marina falou a verdade: a aprovação do projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental no país, conhecido como PL da Devastação, é um "golpe de "morte" na legislação ambiental, que é considerada uma das melhores do mundo. A proposta estabelece um novo marco legal para atividades econômicas com potencial impacto ambiental e foi aprovada pelo Senado a toque de caixa.

Apesar do episódio, Marina não se deixou abater. Durante encontro com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma nova audiência para garantir transparência e participação ampla da sociedade civil, do setor produtivo, da comunidade científica e de órgãos federais. A ministra destacou ser preciso frear o avanço do novo relatório sobre licenciamento ambiental. "Estamos pedindo que haja o tempo necessário de democracia para discutir uma matéria que amputa décadas de construção do licenciamento ambiental brasileiro", afirmou Marina.

O texto propõe a redução do papel de órgãos colegiados como o Ibama, o enfraquecimento da consulta a povos indígenas e a introdução do licenciamento por adesão, que retira a análise técnica de impactos indiretos relevantes. Marina também alertou para emendas de última hora que ampliaram os Poderes da Presidência da República para dispensar o licenciamento ambiental de empreendimentos considerados estratégicos. "O fato de algo ser estratégico para o governo não elimina os impactos ambientais. É o caso de estradas, hidrelétricas ou da exploração de petróleo. Não podemos simplificar ao ponto de ignorar tragédias como Brumadinho e Mariana", criticou.

As mudanças no licenciamento ambiental no Brasil refletem uma tensão entre a busca por maior eficiência na análise de empreendimentos e a necessidade de garantir a proteção ambiental. A Lei Geral do Licenciamento propõe a criação de uma lei nacional para unificar e simplificar procedimentos.

Seus pontos principais são: estabelecimento de tipos diferenciados de licenças: licença única, licença por adesão e compromisso (LAC) para atividades de menor impacto; isenção de licenciamento para determinadas atividades consideradas de baixo risco, como manutenção de estradas e pequenos empreendimentos; e a simplificação de prazos e exigências para evitar a judicialização.

A Licença por Adesão e Compromisso (LAC) é um instrumento que permite que empreendimentos de baixo impacto ambiental declarem o cumprimento das exigências legais sem necessidade de análise prévia detalhada pelo órgão ambiental. Critério adotado em Minas Gerais e Santa Catarina, a proposta do PL 2.159/2021 busca expandir o procedimento nacionalmente. Apesar da desburocratização ser uma vantagem, a autodeclaração gera brechas para fraudes e impactos não mitigados.

O governo já vem adotando medidas para flexibilizar o licenciamento de obras de infraestrutura, como linhas de transmissão e rodovias, mas sofre pressões para facilitar a regularização de propriedades rurais no Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) e no Cadastro Ambiental Rural (CAR). As grandes empresas de mineração e energia também fazem um forte lobby para acelerar licenças, sob argumento de garantir segurança energética e desenvolvimento.


 



Por Luiz Carlos Azedo-Jornalista, trabalhou nos jornais O Dia, Última Hora, O Fluminense, Diário de Notícias, O Globo e Diário Popular. Dirigiu o semanário Voz da Unidade. Apresentou o programa 3 a 1 da TV Brasil e foi diretor da Companhia de Notícias



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ATAQUES A MINISTRA SÃO CORTINA DE FUMAÇA PARA DESVIAR DEBATE AMBIENTAL, DIZ ESPECIALISTA

Os ataques contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta terça-feira (27/5), foram classificado pela cientista política Letícia Mendes como uma possível "cortina de fumaça" para desviar o debate da pauta ambiental.

"Os ataques (a Marina) podem ser considerados um mecanismo para que os pontos ali (na pauta ambiental) aos quais a ministra conhece com profundidade, como o PL (projeto de lei) de licenciamento ambiental, não sejam discutidos", afirmou a especialista em Legislativo da BMJ Consultores Associados. 

Letícia Mendes afirma que os senadores "quiseram" destinar o debate para um outro assunto, longe das pautas que englobam o meio ambiente, pasta comandada por Marina.

"E a  partir disso trazer ali um cenário em que a matéria não fosse colocada de fato à tona e que a ministra trouxesse ali seus pontos dos quais ela acha necessário debater. E a gente sabe que grande há uma grande parte contrária ao que foi aprovado no PL pelo Senado Federal", completou Letícia.

A reunião em que Marina foi atacada tratava da criação de quatro unidades de conservação marítimas no Amapá. Durante a audiência, porém, houve debates sobre temas como a exploração de petróleo na Margem Equatorial, o PL do Licenciamento Ambiental e a extensão da BR-319.

Durante a audiência, a ministra do Meio Ambiente deixou a reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado após ser atacada pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM). “A mulher (Marina) merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar”, disse o senador Plínio Valério (PSDB-AM).

A ministra reagiu imediatamente, cobrando um pedido de desculpas. "Como eu fui convidada como ministra, ou ele me pede desculpas ou eu vou me retirar. Se, como ministra, ele não me respeita, vou me retirar", disse Marina. Diante da recusa do parlamentar em se retratar, ela deixou a sessão.

Além das declarações de Plínio Valério, o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (PL-RO), disse na sessão que Marina Silva deveria 'se pôr no seu lugar'. 

Os ataques à ministra Marina Silva, na avaliação da cientista política, reforçam o ambiente machista e misógino que cerca a política. Letícia observa que mulheres em espaços de poder quase sempre são colocadas em xeque.

“Esse relatório apresentado no Senado não foi debatido. Foi uma peça praticamente entregue no dia da votação. Estamos pedindo que haja o tempo necessário de democracia para discutir uma matéria que amputa décadas de construção do licenciamento ambiental brasileiro”, afirmou a ministra.

Ela destacou pontos críticos do texto, como a redução do papel de órgãos colegiados como o Ibama, o enfraquecimento da consulta a povos indígenas e a introdução do licenciamento por adesão, que retira a análise técnica de impactos indiretos relevantes. Aprovado no Senado, o PL do licenciamento tramita agora na Câmara dos Deputados. 

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CANTOR E COMPOSITOR WILSON ARAGÃO MORRE AOS 75 ANOS

O cantor e compositor baiano Wilson Aragão, morreu, neste sábado (24), aos 75 anos, no Hospital Aristides Maltez, em Salvador. Não há informações sobre a causa da morte, mas ele lutava contra um câncer no fígado. Ele deixa esposa e três filhos.

O corpo de Wilson será velado no domingo (25), em Piritiba, sua cidade natal. O sepultamento será às 16h, no cemitério do município.

O artista homenageou Piritiba com a canção Capim Guiné, sucesso na voz de Raul Seixas, com quem compôs a música.

Wilson Aragão começou a carreira cantando na adolescência, em corais de igreja e de colégio. Ele se achava diferente por gostar de músicas, estilos e ambientes proibidos por sua família, que era evangélica, e por já sentir a veia artística se manifestando por meio de poesias, pinturas e músicas.

Com a separação dos pais, ele foi para São Paulo, trabalhar e fazer faculdade, mas continuou compondo e escondendo as músicas. A arte ficou escondida nos seus cadernos até criar coragem de mostrar aos amigos mais próximos, que o encorajaram a mostrar as composições aos artistas da época.

Com a gravação de Raul Seixas, Capim Guiné virou sucesso em todo Brasil e Aragão passou a fazer shows e divulgar seus trabalhos em rádios e televisões.


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ANSELMO ALVES E ADRIANO MENDES LANÇAM LIVRO SERTÃO-O IMAGINÁRIO DAS GRANDES IMENSIDÕES

Adriano Mendes e Anselmo Alves uniram o talento fotográfico de um à vasta experiência como documentarista do outro para criarem juntos um livro. Mais do que o registro imagético do semiárido, “Sertão: O Imaginário das Grandes Imensidões” faz uma verdadeira imersão nos aspectos culturais, sociais, econômicos e ambientais de uma região rica em tradições. 

O lançamento está marcado para o dia 31 de maio, às 15h, no Recife Expo Center. Na última sexta-feira (23), Anselmo Alves esteve na sede da Folha de Pernambuco para falar sobre a obra, sendo recebido por Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM; pela vice-presidente da Folha de Pernambuco, Mariana Costa; pelo diretor Operacional, José Américo; e pela editora-chefe da redação, Leusa Santos. 

“Eu já tinha produzido muita no audiovisual. Já fiz cerca de 45 documentários, a maioria sobre o Sertão, mas nunca um livro”, revela Anselmo, que recebeu das mãos de Adriano a missão de produzir uma publicação com imagens registradas por ele.

“Falei para ele: ‘Não tem como poetizar o Sertão sem tê-lo vivenciado’. Ele é muito profundo. É um Sertão em movimento, com um bioma único no mundo. Foi difícil fazer o livro, no sentido de que o Sertão é infinito”, ressalta.

A expedição da dupla começou por Belo Jardim, que Anselmo classifica como “Agreste-Sertão”, passou pelo Riacho do Navio, que deságua no rio Pajeú, chegando ao município de Salgueiro e à região de Brejo de Triunfo, e encerrando na cidade histórica de Princesa Isabel, na Paraíba. “Creio que [a rota traçada] é o coração desses grandes sertões. Mas daria para fazer mais mil livros”, apontou.

Com patrocínio da Baterias Moura, o livro reúne 300 fotografias, que brotam nas páginas acompanhadas de trechos de clássicos da literatura brasileira e de textos de poetas sertanejos contemporâneos, como Jessier Quirino, Elis Almeida, Xico Bezerra e Maciel Melo.

As imagens revelam uma região que não se resume à seca. Paisagens verdejantes, sanfoneiros, o cotidiano das feiras livres, artistas circenses e brincadeiras de crianças enchem os olhos do leitor e demonstram a diversidade que pulsa em todo o semiárido nordestino. 

“Eu e Adriano tínhamos a mesma ideia, que era não fazer aquele retrato caricato do Nordeste, com carcaça de boi, chão rachado e miséria. Eu sempre vendi o Sertão de esperança”, explicou.

Para Anselmo, a obra serve como um documento histórico sobre uma região que precisa ser preservada no aspecto ambiental e cultural. “É um registro para que as pessoas não deixem que esse Sertão morra. Fico feliz em pensar que ele servirá para as novas gerações, porque quem não conhece o passado caminha no escuro”, destacou. 

-Serviço Lançamento do livro “Sertão: O Imaginário das Grandes Imensidões”, de Adriano Mendes e Anselmo Alves

Quando: 31 de maio, às 15h


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III FESTIVAL DO ECOFESTIVAL DO CAFÉ ACONTECE NA SERRA DOS MORGADOS

A Serra dos Morgados, em Jaguarari, no Norte baiano, já está se preparando para vivenciar, entre os dias 18 e 20 de julho próximo, a 3ª edição do Ecofestival do Café. O evento, que foi lançado no último dia 17 de maio na Cozinha Ancestral Flor da Jurema, da renomada chefe de cozinha Jucilene Melo, reuniu apoiadores, associações comunitárias e parceiros.

Durante o lançamento, foram apresentados os pontos principais da programação do espaço de formação voltado para a cultura do café, comercialização dos produtos da agricultura familiar das comunidades da Serra e seu entorno, além das atrações nas linguagens artísticas de música, pintura, teatro, dança, fotografia e cultura popular com apresentações de pífanos e reisados.

De acordo com o coordenador do evento, Juracy Marques, faz parte ainda da programação da 3ª edição do Ecofestival do Café da Serra dos Morgados, a realização de oficinas, conferências, aulas de campo, capacitações para produtores e produtoras rurais, atividades ligadas à gastronomia local e ecoturismo. Ainda durante esta edição, serão lançados vários cafés especiais produzidos nas serras do sertão da Bahia. Suas notas de sabores atingiram pontuações iguais ou superiores aos melhores cafés do Brasil.

"Podemos considerar a Serra dos Morgados a mais nova rota turística do interior da Bahia. Um destino encantador que reúne atrativos naturais com uma paisagem deslumbrante, o frio da Serra, trilhas, nascentes, cachoeiras e um delicioso café", concluiu o coordenador.

 
Mais informações: 87 98168-8928 e @ecofestivalcafeserramorgados.
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TRE PRESTA HOMENAGENS COM ENTREGA DA MEDALHA DO MÉRITO ARTÍSTICO E CULTURAL PATATIVA DO ASSARÉ

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) prestou homenagens com a entrega da Medalha do Mérito Artístico e Cultural Patativa do Assaré na terça-feira (13) a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto; o cantor e compositor Belchior (in memoriam); o cantor e compositor Fagner; o cineasta Rosemberg Cariry; o cantor e compositor Luiz Fidelis; o gestor cultural Alemberg Quindins; o artesão Espedito Seleiro; a professora Gina Vidal Marcílio Pompeu; a secretária de Cultura do Ceará, Luísa Cela; o advogado Raimundo Bezerra Falcão; o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Fernando Cirino Gurgel; o empresário Ivan Rodrigues Bezerra; e o jornalista e escritor João de Lira Cavalcante Neto.

A comenda leva o nome do famoso poeta popular cearense (1909-2002), nascido e falecido na cidade de Assaré, situada na região do Cariri. 

HOMENAGEADOS: 

Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto-Fundada na cidade do Crato, em 1815, por José Lourenço da Silva, conhecido como Aniceto, descendente dos índios cariris, é um tradicional grupo musical brasileiro. Desde sua criação, o legado do conjunto tem sido mantido pelas seguidas gerações de descendentes de Aniceto. O grupo já gravou quatro discos e sua temática musical baseia-se no cotidiano do trabalhador sertanejo. Foi reconhecido pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, com o Prêmio Dragão do Mar de Arte e Cultura, em 1998, e pela Presidência da República, em 2007, com a Ordem do Mérito Cultural.

Antônio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes-Mais conhecido artisticamente pelo nome de Belchior, nascido na cidade de Sobral, em 1946, foi um famoso cantor, compositor, músico, produtor musical e artista plástico. O artista participou do célebre movimento Pessoal do Ceará, na década de 1970, e é responsável por inúmeros sucessos gravados por ele mesmo, bem como por Elis Regina e outros famosos intérpretes brasileiros. Reconhecido nacionalmente, Belchior faleceu em Santa Cruz do Sul (RS), em 2017.

Raimundo Fagner Cândido Lopes-Fagner, como é conhecido por todo o Brasil, é detentor de longa e bem sucedida carreira musical como cantor e compositor. Assim como Belchior, integrou o Pessoal do Ceará, movimento musical que tornou famosos nacionalmente diversos artistas da terra. Nascido em Orós, em 1949, é também produtor musical e instrumentista. Além de Belchior, tem parcerias musicais com outros importantes compositores, como o também cearense Fausto Nilo.

Antonio Rosemberg de Moura-De Farias Brito, é cineasta, roteirista, documentarista, poeta e escritor. Rosemberg Cariry destaca-se pela valorização das tradições nordestinas, que inspiraram seus filmes, livros e projetos culturais. Formado em Filosofia, fundou a revista Nação Cariri. É autor de documentários sobre figuras como Patativa do Assaré. Coordenou projetos culturais e exerceu o cargo de secretário de Cultura do Crato. Em 2024, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela URCA, em reconhecimento à sua contribuição para a cultura nordestina.

Luiz Fidelis Lopes-Natural de Juazeiro do Norte, é cantor e compositor com mais de 200 músicas gravadas. É conhecido nacionalmente por parcerias musicais e composições que marcam o repertório de bandas de sucesso. Destaque em sua carreira é a relação com Patativa do Assaré, cujos poemas inspiraram canções como “O Boi Zebu e as Formigas” e “Sem Terra”. Fidelis é reconhecido por traduzir em música o cotidiano e a verdade do povo nordestino.

Alemberg Quindins-Gestor cultural, historiador, pesquisador das tradições populares e músico autodidata. Doutor Honoris Causa (URCA) e Notório Saber em Cultura Popular (UFC). Criador da Fundação Casa Grande e idealizador dos projetos Museus Orgânicos e Morada de Conteúdo. Criador e redator dos estatutos da Fundação Memorial Patativa do Assaré e co-responsável pelo projeto de identificação e restauração do prédio. Atuou como consultor da Unicef e é investigador do CEAACP da Universidade de Coimbra.

Espedito Velozo de Carvalho-Espedito Celeiro-Nascido em Arneiroz, no sertão dos Inhamuns, em 1939, Mestre Espedito Seleiro especializou-se na arte de transformar o couro em arte. Para tanto, executa arabescos coloridos que se tornam vestimentas de vaqueiros, como selas, gibões, botas, além de acessórios masculinos e femininos, como bolsas, sandálias, móveis etc. É um artista renomado e sua arte já foi apresentada em exposições, eventos de moda, novelas, filmes, livros, reportagens e pesquisas.

Gina Vidal Marcílio Pompeu-A homenageada é mestra em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutora na mesma área do conhecimento, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com pós-doutorado pela Universidade do Havre, na França, e pela Universidade de Lisboa (Portugal). É coordenadora e professora titular do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Constitucional da Universidade de Fortaleza (Unifor).

Luísa Cela de Arruda Coelho-É cearense, com graduação em Psicologia e mestrado em Saúde da Família, ambos pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atua, desde 2014, na área das políticas culturais, direitos humanos e cidadania. Foi diretora de Cidadania Cultural do Instituto Dragão do Mar, dirigindo o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ). Entre 2019 e 2022, exerceu o cargo de secretária executiva da Cultura do Governo do Estado do Ceará. Atualmente é titular da Secretaria de Cultura do Estado.

Raimundo Bezerra Falcão-Graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC), tem mestrado em Direito e Desenvolvimento também por aquela universidade. Foi professor da Faculdade de Direito da UFC. O homenageado foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB/CE) e é membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros, do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional e da Academia Cearense de Retórica, entre outras instituições.

Fernando Cirino Gurgel-Nascido em Fortaleza, em 1952, o homenageado é graduado em Ciências Econômicas pela UFC desde 1976, tendo sido sócio e diretor da tradicional empresa Fundição Cearense, entre 1971 e 1977. Atualmente é diretor-presidente da Durametal S/A, nova denominação daquela empresa. Entre 1980 e 1984, foi presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Ceará (SIMEC). Entre 1987 e 1989, presidiu o Centro Industrial do Ceará (CIC) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), de 1992 a 1999.


Ivan Rodrigues Bezerra

Nascido em Juazeiro do Norte, com formação em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o homenageado criou uma das maiores empresas nacionais do setor têxtil – a Têxtil Bezerra de Menezes (TBM). Como líder empresarial, presidiu o Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem em Geral do Ceará, durante três mandatos. Ocupou ainda a vice-presidência da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).


João de Lira Cavalcante Neto

Nascido em Fortaleza, em 1963, o jornalista Lira Neto, como é mais conhecido, graduou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e é mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Tem doze livros publicados, principalmente biografias de grandes personalidades brasileiras, como o padre Cícero Romão Batista, o escritor Rodolfo Teófilo e os ex-presidentes Getúlio Vargas e Humberto de Alencar Castelo Branco. Seus trabalhos levaram-no a ser premiado quatro vezes com o Prêmio Jabuti de Literatura, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, nos anos de 2007, 2010, 2013 e 2014, sempre na categoria Biografia.

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ANA DAS CARRANCAS: DOUTORA HONORIS CAUSA IN MEMORIAM

 A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) vai conceder, na próxima terça-feira (13), o título de Doutora Honoris Causa in memoriam a Ana Leopoldina dos Santos, a artista pernambucana Ana das Carrancas, que eternizou sua arte em barro especialmente com figuras de carrancas. A concessão da honraria à artista foi aprovada pelo Conuni em setembro de 2024.

A solenidade de outorga do título terá início a partir das 9h, durante a abertura do “1º Simpósio sobre Questão Racial: por que a reparação à população negra continua necessária?”, no Cineteatro, no Campus Sede, em Petrolina. A outorga do título Doutora Honoris Causa será certificada por diploma.

A cerimônia contará com a participação da família de Ana das Carrancas, do reitor da Univasf, Telio Nobre Leite, e do professor do Colegiado de Zootecnia Rafael Torres, representando a Seção Sindical dos Docentes da Univasf (Sindunivasf), proponente da homenagem no Conselho Universitário (Conuni).

Trajetória-A artista aprendeu com a mãe, ainda na infância, a arte de moldar o barro. Em Petrolina, inspirada pelas carrancas de madeira das embarcações que cruzavam as águas do rio São Francisco criou suas carrancas em barro com olhos vazados, numa homenagem ao marido cego.

Durante sua vida, sua arte ganhou o mundo e Ana das Carrancas teve muitas conquistas, entre elas, o Ateliê Ana das Carrancas, inaugurado em 2000. Também recebeu várias homenagens e premiações locais e nacionais, como os títulos de Cidadã Petrolinense, concedido pela Câmara Municipal de Petrolina, em 2000, e o de Patrimônio Vivo de Pernambuco, do Governo do Estado, em 2005.

No ano de 2006, recebeu do Governo Federal a comenda de Ordem ao Mérito Cultural. Mais recentemente, em 2023, ano do seu centenário, Ana das Carrancas foi homenageada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com diversas atividades acadêmicas.

Doutor Honoris Causa-O título de Doutor Honoris Causa é a mais alta honraria concedida por Universidades brasileiras a pessoas que tenham contribuído para o progresso da ciência, das letras, da arte e cultura. A concessão do título de Doutor Honoris Causa na Univasf é regulamentada pela Resolução Nº 4/2016 do Conuni, que estabelece os critérios para a homenagem.

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