DIA NACIONAL DO FORRÓ E 111 ANOS NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA

Nesta quarta-feira, 13, é celebrado o Dia Nacional do Forró, em homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, considerado o maior ícone do gênero e que projetou o Nordeste para todo o país. Para o secretário municipal do Turismo, Jorge Fraga, além de uma marca da identidade nordestina, o forró é um forte elemento para atrair turistas para a capital.

“O Brasil ama o forró e o Nordeste. Nas várias ações de divulgação que promovemos, bem como reuniões de negócios com executivos de operadoras de turismo, o forró é sempre um elemento de destaque. É bacana ouvir histórias de vidas associadas a esse nosso autêntico gênero musical, pessoas que se encontraram no forró e até hoje estão unidas e visitam nossa cidade para ouvir o nosso bom forrozinho”, destaca o gestor.

A gestão municipal, através dos vários órgãos da administração, não deixa o gênero musical despercebido. O evento mais eloquente desse cuidado é o Forró Caju, realizado pela Prefeitura de Aracaju, na praça Hilton Lopes, no Centro, espaço conhecido por sua atmosfera cultural, gastronômica e de arquitetura histórica, propiciando a moradores e turistas a singular experiência de ouvir forró ao ar livre, “abraçado por tantos símbolos da identidade cultural aracajuana”, diz Jorge Fraga.

“O forró é uma manifestação cultural multidimensional, que abraça a dança, a música, as vestimentas, os dialetos e expressões bem específicas da nossa cidade, exaltando toda força do nosso Nordeste e do nosso jeito de ser e que tanto encanta quem nos visita. O Forró Caju é a mais importante manifestação desse gênero em nossa cidade por reunir tantos valores em uma só festa”, enaltece o secretário.

O músico sergipano Luiz Fontineli é um dos artistas que dão brilho à festa com suas canções autorais no ritmo do forró, cantando as belezas de Aracaju e Sergipe. Vencedor de vários festivais em outros estados, o músico considera o forró como um produto de “afirmação do Nordeste” e de atração de turistas. “Muitas pessoas que não conheciam o Nordeste passaram a conhecer através da música de Luiz Gonzaga. Eu, por exemplo, tenho Luiz Gonzaga como referência nas minhas composições e tenho muito orgulho de levar a nossa música para outros estados e saber que ela traz o povo de lá pra cá. Nosso forró, nossa música, é um elemento de atração de turistas e de impacto para a atividade do turismo em Aracaju e Sergipe”, afirma o músico.

Ainda sobre o Forró Caju, Jorge Fraga observa que é uma festa que leva o forró para todos os cantos da cidade, em várias ações. O gestor cita o São João na Praça, projeto promovido em parceria com o sistema Fecomércio/Sesc/Senac, bem como o Forró nos Bairros e o Circular Junino percorrendo pontos estratégicos da cidade com apresentações de forró pé de serra e apresentação de casal de quadrilhas juninas. “Além disso, a Setur promove receptivos juninos com muito forró no desembarque de visitantes na cidade, ou seja, é forró em todos os cantos, reafirmando nossa cultura e mostrando aos turistas nosso carinho em recebê-los em nossa casa com muita animação e muito forró”, pontua o secretário.

Outro destaque da Prefeitura de Aracaju para a difusão e fortalecimento do forró é a tradicional Marinete do Forró, uma ação da Setur, em parceria com a Viação Progresso. O ônibus, ornamentado com elementos da cultura nordestina, promove passeios gratuitos pelos principais atrativos turísticos da cidade, levando a bordo um trio pé de serra tocando o autêntico forró, com casal de dançarino junino em coreografias que acentuam a beleza do gênero musical. “O forró tocado na Marinete é ouvido e admirado durante todo o ano por turistas de todas as partes do país. O passeio termina, mas nosso forró segue com nossos turistas para os seus locais de origem, uma promoção espontânea do nosso destino e da nossa identidade cultural”, ressalta Jorge Fraga.


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CONSULTA INDICA NECESSIDADE DE FORTALECER JORNALISMO PROFISSIONAL

O fortalecimento do jornalismo como forma de combater a desinformação foi um dos consensos formados a partir de consulta aberta pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A entidade rram recolhidas mais de 1,3 mil contribuições de pessoas físicas e de organizações governamentais, empresariais e do desenvolvimento científico e tecnológico.

A rápida disseminação de informações falsas ou distorcidas, transmitidas de forma intencional para obter resultados como influenciar em eleições, enfraquecer instituições ou disputar debates públicos foi um dos temas avaliados no processo.

Esse fenômeno, chamado de infodemia, é possibilitado, segundo as contribuições à consulta, por três fatores principais: a coleta e análise massiva de dados; a segmentação dos públicos em nichos específicos pelas plataformas; os sistemas algorítmicos com foco em aumentar o tempo de engajamento dos usuários nas plataformas e o retorno financeiro dos conteúdos feito fundamentalmente com publicidade.

As estratégias anticompetitivas também foram apontadas como um problema no setor. De acordo com o relatório elaborado com base nas contribuições, a concentração de dados nas plataformas se transforma em um grande poder econômico, que pode ser usado para atuar em outros mercados. Essa dinâmica prejudica ainda mais as possibilidades de concorrência. “Em deterioração de inovação e qualidade de produtos e serviços, com impactos também em outros âmbitos, como liberdade de expressão e proteção de dados”, acrescenta o documento.

Uma grande divergência nas contribuições está na transparência no funcionamento das plataformas. Enquanto as empresas defendem que essas informações passam por questões comerciais sensíveis relacionadas aos modelos de negócio, as organizações da sociedade civil argumentam que se trata de pontos de interesse público.

Projetos de lei-A regulação das plataformas atualmente é tema de diversos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, apesar de alguns assuntos levantados na consulta ainda não serem tratados pelo Legislativo. Um deles é o Projeto de Lei (PL) 2.630 de 2020, conhecido como Projeto de Lei das Fake News (notícias falsas).

Segundo a conselheira do CGI, Bia Barbosa, um dos temas com destaque na consulta tratados no PL é o aumento da responsabilização das plataformas por conteúdos com monetização ou impulsionamento. Ou seja, as empresas devem responder por conteúdos pelos quais os produtores recebem remuneração da plataforma ou que, por pagamento, ganharam mais alcance nas redes.

O financiamento do jornalismo profissional pelas plataformas digitais é tratado em outro projeto de lei, o 2.370 de 2019, após o tema ser desmembrado do PL das Fake News. “A questão do fortalecimento do jornalismo como uma saída para o enfrentamento à desinformação hoje não está mais dentro do [PL] 2.630, mas na sua origem a questão da remuneração do jornalismo, do uso de conteúdos produzidos por empresas jornalísticas, por iniciativas de jornalismo, pelas plataformas digitais, aparece como uma medida de mitigação desses riscos que estão colocados a direitos fundamentais e a democracia”, enfatizou Bia.

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CARUARU LANÇA PROGRAMAÇÃO 111 ANOS DE NACIMENTO DE LUIZ GONZAGA, REI DO BAIÃO

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, irá realizar a V Semana Viva Gonzaga – 111 anos do Rei do Baião. Neste ano, o evento será realizado de 11 a 13 de dezembro, com programação gratuita.

A Semana contará com palestra, aula espetáculo, diversas homenagens, noite do forró e o tradicional “Café com Gonzaga”, que irá acontecer no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, próximo à estátua do Rei do Baião. Confira abaixo todas as atividades que serão realizadas nesta edição do evento:

Programação da V Semana Viva Gonzaga – 111 anos do Rei do Baião

Segunda-feira, dia 11 de dezembro

14h – Palestra “A importância dos compositores caruaruenses na obra de Luiz Gonzaga”, com o professor e historiador José Urbano, no hall da Fundação de Cultura. Em seguida, os presentes poderão conferir as vestes e itens pessoais do Rei do Baião, que pertencem ao Museu do Barro e estarão expostos na Fundação.

Terça-feira, dia 12 de dezembro

19h – Aula-espetáculo com o compositor e Patrimônio Vivo Municipal, Onildo Almeida, sobre a importância das suas músicas na obra de Luiz Gonzaga, que será realizada no auditório do Centro Universitário Uninassau.

Quarta-feira, dia 13 de dezembro – Data de nascimento de Luiz Gonzaga e Dia Nacional do Forró

7h – Café com Gonzaga, que irá contar com mais de 100 artistas Gonzagueanos de Caruaru e Região. O café da manhã, que terá muito forró, será no Pátio de Eventos, embaixo da estátua do Rei do Baião;

12h – Homenagens a 35 personalidades gonzagueanas, com entrega de diplomas e obras de arte de artistas do Alto do Moura, no hall da Fundação de Cultura. Na ocasião, ainda haverá o lançamento do edital do São João 2024.

19h – Forró Gonzagueano com o trio As Fulô e outros artistas no letreiro “Caruaru”, em frente à Estação Ferroviária. Esta ação será em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres.


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POETA VIOLEIRO SEBASTIÃO DIAS MORRE DE INFARTO

Sebastião Dias, repentista e ex-prefeito de Tabira, no Sertão de Pernambuco, faleceu na tarde deste domingo (3). 

“Com enorme tristeza, comunicamos o falecimento do nosso poeta Sebastião Dias, ocorrido às 13 horas, no Hospital do Coração do Cariri, na cidade de Barbalha. Na manhã deste domingo o quadro evoluiu para uma pneumonia e por volta das 12h30 sofreu uma parada cardíaca. A equipe médica fez todas as manobras possíveis para reanimá-lo, às 13 horas o poeta nos deixou”, informou o filho de Sebastião, Zé Ivan Dias, em nota publicada nas redes sociais.

O poeta sofreu um infarto na noite do dia 25 de novembro, quando participava de uma cantoria na cidade de Icó, no Ceará. Sebastião desmaiou e foi socorrido pelos amigos. Posteriormente, foi reanimado por uma equipe médica e transferido para o Hospital de Barbalha, no Ceará. 

“A poesia de Sebastião continuará a ecoar em nossos corações. A família agradece o apoio e o carinho de todos”, acrescenta o texto.

O velório acontecerá no Centro Lítero-cultural Poeta Zé de Mariano, em Tabira. O enterro está previsto para as 16h, no cemitério Parque da Saudade.


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LEMBRANDO LUIZ GONZAGA, ANTES QUE SEJA TARDE

Lembrando Luiz Gonzaga, antes que seja tarde Texto de Aderaldo Luciano

Vou recontar esse momento sutil. Enquanto descia de Santa Teresa, num tempo bem passado, com o ator Beto Quirino, com o saudosíssimo poeta Chico Salles e com o também poeta Ivamberto Albuquerque, eu procurava na imaginação o disco gonzagueano no qual o Rei do Baião encantara para a eternidade suas versões para canções completamente estranhas ao seu repertório tradicional.

O Canto Jovem de Luiz Gonzaga veio e vem, de certa forma, contrapor-se ao discurso segregador. Procurando um melisma que também avoasse pelo dissonante, a sanfona e a voz do bardo encaixaram-se com certa delicadeza, mastigando mansamente as notas quase deslocadas da bossa nova e do tropicalismo.

Naquele disco não havia arranjos sertanejos, rascantes, severos. Havia, e está lá, um diálogo com o que se chamava, na época, de novo, de jovem. Gonzaga teve coragem, enfrentou. A célebre Caminho de Pedra, de Tom e Vinícius, é um ponto a se prestar bem atenção. Em Asa Branca, com alguma novidade no arranjo, a participação de Gonzaguinha marcará o reencontro de pai e filho.

Seguem-se Nelson Mota, Dori Caymmi, Antonio Carlos e Jocafi, Capinan e Edu Lobo, presentes. Note-se a fotografia de capa tendo como cenário o Edifício Avenida Central, no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro. Note-se, ainda, a pose e o figurino atualizado à cidade e à moda bossanovidadosa. As faixas:

Chuculatera (Jocafi – Antônio Carlos)

Procissão (Gilberto Gil)

Morena (Gonzaguinha)

Cirandeiro (Capinan – Edu Lobo)

Caminho de Pedra (Tom Jobim – Vinicius de Moraes)

Asa Branca (Luiz Gonzaga – Humberto Teixeira)

Vida ruim (Catulo de Paula)

O milagre (Nonato Buzar)

No dia que eu vim me embora (Caetano Veloso – Gilberto Gil)

Fica mal com Deus (Geraldo Vandré)

O cantador (Nelson Motta – Dori Caymmi)

Bicho, eu vou voltar (Humberto Teixeira)

https://www.youtube.com/watch?v=DdluVJcY9hs

O Nordeste continuaria existindo caso Luiz Gonzaga não tivesse aterrissado por lá há cem anos. Teria a mesma paisagem, os mesmos problemas. Seria o mesmo complexo de gentes e regiões. Comportaria os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões. Mas faltaria muito para adornar-lhe a alma. Sem Gonzaga quase seríamos sonâmbulos.

Ele, mais que ninguém, brindou-nos com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. A isso resolveu chamar de BAIÃO.

Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

O olhar de Gonzaga furou o ventre de todas as coisas e seres, escaneou suas vísceras, revirou seus mistérios, escrutinou suas entranhas. A mão do homem deslizou pelas teclas sensíveis da concertina, seus dedos pressionaram os pinos, procurando os sons baixos e harmônicos. Os pés do homem organizavam o primeiro passo, sentindo o caminho, testando o equilíbrio. A cabeça erguida, o queixo pra frente, a barriga desforrada e o pulmão vertendo cem mil libras de oxigênio, vibrando as cordas vocais: era Lua nascendo.

O peito de Gonzaga abrigava o canto dolente e retotono dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali buscando eternidade. Viva Luiz Gonzaga do Nascimento, sempre na mira de nossos corações.

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ALEMBERG QUINDINS PARTICIPA DO SEMINÁRIO O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NO ENFRENTAMENTO À POBREZA

Com a participação do criador da Fundação Casa Grande Memorial do Homem Kariri, nesta quarta-feira, dia 29, às 9h, no auditório do Museu de Arte do Rio de Janeiro, será promovido o seminário “O papel da comunicação no enfrentamento à pobreza”. O encontro pretende fomentar uma discussão qualificada sobre a extrema pobreza no país. Ao longo de toda a manhã, o público poderá assistir a debates sobre o cenário atual desse importante desafio que o Brasil precisa superar e os caminhos para uma comunicação mais eficaz, inclusiva e legítima.

A programação conta com a colaboração de Eliana Sousa Silva, fundadora e diretora da Associação Redes de Desenvolvimento da Maré, e mediação do jornalista Caco Barcellos. O tema do primeiro painel é: “O papel do jornalismo no enfrentamento à extrema pobreza”. Participarão dessa conversa o diretor de jornalismo da Agência Mural, Vagner de Alencar; a jornalista e CEO do Notícia Preta, Thais Bernardes; a jornalista da Maré de Notícias, Jéssica Pires e a jornalista Luciene Kaxinawá, do Canal Futura. 

 Já o segundo painel tem mediação do jornalista do Canal Futura,  Leone Gabriel e aborda o tema: “Caminhos para a construção de uma comunicação legítima e diversa”, trazendo os seguintes debatedores: o jovem ator, roteirista e aprendiz Gabriel Vieira Santos, a integrante da diretoria do coletivo Serra Pelada Produções, Raquel Moraes, a atriz, roteirista e criadora de conteúdo, Luana Xavier, o criador da Fundação Casa Grande, Alemberg Quindins e a chefe de cozinha e fundadora da Favela Orgânica, Regina Tchelly. 

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IV SEMINÁRIO DA CHAPADA DO ARARIPE PATRIMÔNIO DÁ HUMANIDADE SERÁ REALIZADO EM EXU ENTRE OS DIAS 11 A 13 DEZEMBRO


Cantar sua terra é dever sagrado, como bem dita o poeta Patativa do Assaré. O IV Seminário da Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade será realizado em Exu, Pernambuco entre os dias 11 a 13 dezembro. Com o objetivo de valorizar a Campanha da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade o tema do seminário dessa vez terá como foco Luiz Gonzaga, Exu do Gonzagão Turismo no Coração do Sertão.

A programação consta também com visita sos Museus Organicos do Ciclo do Couro, Comunidade das Tabocas.

O criador da Fundação Casa Grande, Ceará, Alemberg Quindins e a professora Conceição Lopes participam do evento com a palestra: A Arqueologia Social Inclusiva  e Terriório encantado dos Kariris.

Também consta na programação o 3 Ciclo Matinal de Conversa-Saberes e Fazeres na Chapada do Araripe, com os educadores Sivalnete Benedito, Vilmar Lermen e o analista ambiental Antonio Alencar. (Agrodoia)

CHAPADA DO ARARIPE PATRIMÔNIO DÁ HUMANIDADE-Localizada no nordeste brasileiro, é uma região de rara beleza que abriga uma riqueza natural e cultural singular. Entre os seus diversos encantos, destaca-se a conexão profunda entre a paisagem exuberante e a tradição musical que ecoa por entre suas serras e vales. Nesse cenário de contrastes e emoções, emerge a figura icônica de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, cuja música se entrelaça de maneira indissociável com a terra natal.

A paisagem sonora da Chapada do Araripe é uma sinfonia de elementos naturais, onde os ventos sussurram a saudade do mar, as águas dos riachos, os pássaros, preenchem o ambiente com seus cantos melódicos. Esse cenário idílico se tornou a fonte de inspiração para muitos artistas, como tão bem expressa o Luiz Gonzaga.

Nascido em Exu, município situado aos pés da Chapada do Araripe, Luiz elevou a cultura nordestina a patamares inéditos por meio de sua música autêntica. Suas composições reverberam como um eco que ressoa pelas encostas da Chapada, capturando a alma da região e narrando as alegrias e desafios do povo sertanejo.

Cantar sua terra é dever sagrado, como bem dita o poeta Patativa do Assaré. A terra natal era para Luiz Gonzaga mais do que uma expressão artística; era um ato de amor e gratidão. Suas canções, impregnadas de sentimento, celebram a vida simples do sertanejo, os costumes, as festas populares e, acima de tudo, a resiliência frente às adversidades. Em cada acorde de sanfona, em cada verso entoado, Gonzaga imortalizou a Chapada do Araripe e sua gente, transformando o local em um símbolo musical do Brasil.

Assim, ao adentrar os recantos da Chapada do Araripe, é impossível não sentir a presença viva da herança deixada por Luiz Gonzaga. Suas melodias continuam a embalar as brisas que cruzam a paisagem, e sua influência perdura como uma homenagem eterna à beleza e autenticidade desse pedaço único do país.

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