PREFEITURA DE PETROLINA ALERTA AGRICUTORES FAMILIARES PARA RECEBIMENTO DO GARANTIA SAFRA 2022/2023

Equipes da Prefeitura de Petrolina, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri), iniciaram a entrega dos boletos de inscrição do Garantia-Safra aos 1.771 agricultores cadastrados no programa.  Neste ano, o seguro será pago no valor de R$ 1.200,00 referente ao período 2022/2023, conforme divulgado em portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A quitação dos boletos deverá ser feita até o dia 30 deste mês, no valor de R$ 24,00.

O Garantia-Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) voltada aos agricultores familiares que já possuam a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa, renda mensal de até um salário mínimo e meio. Além disso, também é necessário que tenham entre 0,6 a 5,0 hectares de plantação de feijão, milho, arroz, algodão ou mandioca.

As equipes da Seagri começarão a entrega dos boletos em Rajada, conforme cronograma abaixo:

Dia 16/01 Rajada – 8h às 11h30 Pau Ferro – a partir de 13h Terra Nova – a partir de 14h

Dia 17//01 Baixa Alegre – 8h às 9h Caititu – 10h às 12h Atalho – a partir de 14h

Dia 18/01 Uruás – 8h às 10h Cruz de Salinas – a partir de 11h Mudubim – a partir de 14h

Dia 19/01 Simpatia – 8h às 9h Cristália – 10h às 11h

Dia 20/01  Izacolândia – 8h às 9h Capim – a partir de 10h

Dia 23/01  Ponta da Serra – 8h às 9h Caroá – a partir de 10h

A Seagri é responsável pelo recebimento de inscrições, emissão dos laudos técnicos de verificação do plantio e de casos de perdas, além de orientar quando agricultores apresentam pendências no cadastro como NIS (Número de Identificação Social) diferente, atribuídos pela Caixa Econômica Federal, ou sem adesão por não ter efetuado o pagamento do boleto quando no momento de inscrição no seguro, o que ocasiona o bloqueio do pagamento. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (87) 3864-0747 ou ainda na sede da secretaria, localizada à Rua das Laranjeiras, nº 265, Centro, próximo à Praça do Galo.

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INÉDITO: BEIJA-FLOR BRANCO É OBSERVADO EM RESERVA DE PROTEÇÃO NA BAHIA

Logo nas primeiras semanas de janeiro a reserva particular RPPN Estação Veracel, no sul da Bahia, foi palco para um flagrante inédito: um beija-flor de plumagem toda branca foi ‘descoberto’ pela analista ambiental Regina Damascena durante um dia de trabalho na reserva.

O primeiro encontro pareceu até ficção, já que as características da misteriosa ave branca lembram uma “fada”. De acordo com o biólogo e ornitólogo do Observatório de Aves da EVC, Luciano Lima, há dúvidas quanto à identificação da espécie: os estudiosos avaliam a possibilidade de ser um beija-flor-de-garganta-azul (Chlorestes notata) ou um beija-flor-roxo (Chlorestes cyanus).

“Indivíduos com coloração normal dessas espécies podem ser facilmente identificados visualmente, mas ‘sem’ as cores e não tendo a ave em mãos para comparar medidas mais detalhadas é muito difícil separar esses dois colibris”, detalha.

A dificuldade em identificar a ave se dá pela cor predominantemente branca, resultado de uma mutação genética que altera a pigmentação da plumagem. “Essa mutação provavelmente é uma diluição, chamada também de leucismo, e provoca, como o nome indica, uma diluição da pigmentação em partes da plumagem do animal”, explica Lima, que reforça a importância de não confundir as condições da ave com o albinismo. 

“Não se trata de um beija-flor albino. A diferença principal é que ele possui olhos pretos e tem um leve tom acinzentado nas penas e patas. Para ser albino ele precisaria ser totalmente branco e não ter pigmentação em outras partes do corpo, como os olhos, que, nos albinos, acabam ficando com uma coloração rosada”.

Tão raro quanto um improvável encontro ‘encantado’ com as fadas, o flagrante desse colibri é inédito para o gênero Chlorestes, que inclui seis espécies encontradas no México, América Cental e América do Sul. “Trata-se do primeiro beija-flor do gênero Chlorestes do mundo com uma mutação genética que o torna praticamente todo branco”, confirma Luciano.

O biólogo explica ainda que a coloração da ave pode dificultar a sobrevivência na natureza. “A plumagem branca pode atrair predadores e provocar rejeição de outros colibris da mesma espécie, além de dificultar a reprodução”, detalha. Diante de tantos desafios, viver em uma área de Mata Atlântica protegida é crucial para garantir a proteção da espécie. “Além disso, o papel da RPPN Estação Veracel para a conservação da biodiversidade é fundamental para que se possa observar e estudar um fenômeno raríssimo como esse”, diz.

Virgínia Camargo, coordenadora de estratégia ambiental e gestão integrada da Veracel, responsável pela EVC, destaca que a reserva tem papel importante na manutenção de polinizadores naturais para o entorno, preserva ecossistemas e contribui para o equilíbrio climático na região. “Nestes 25 anos de criação, a RPPN Estação Veracel se consolidou como uma referência em conservação ambiental. O trabalho realizado na reserva está inserido e amplamente conectado ao compromisso da Veracel Celulose com a sustentabilidade e com o desenvolvimento de sua região de atuação”, afirma a gestora da reserva.

Também não foi possível identificar se a ave é macho ou fêmea, no entanto, os especialistas acreditam se tratar de um jovem, com cerca de um ano. “Identificar a espécie exata a qual pertence o beija-flor ‘fadinha’, como foi apelidado, é um desafio grande. No Brasil ocorrem cerca de 90 espécies de beija-flores e, destas, aproximadamente 20 ocorrem na região da Costa do Descobrimento”, detalha Luciano.

As imagens e a gravação sonora foram compartilhadas com diversos outros ornitólogos, entre eles um dos maiores especialistas em beija-flores do Brasil, Vitor Piacentini, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso

Mesmo com a análise da vocalização, que costuma ser uma característica importante na identificação de aves, os especialistas não chegaram a uma conclusão definitiva. “O chamado em voo dessas duas espécies é muito parecido também. No entanto, assim como alguns detalhes sutis do formato do corpo e tamanho da cauda, algumas características da voz gravada parecem sugerir tratar-se de um beija-flor-de-garganta-azul, ainda que não seja possível ter certeza absoluta”.

Regina viu o colibri no caminho do restaurante para o escritório. "Eu estava em direção à sala e quando olhei para cima a ave me prendeu a atenção. Ela passou de uma flor para a outra, como se tivesse dado um pulinho. De primeira pensei que fosse um gafanhoto, mas a cor e o tamanho me fizeram duvidar que seria mesmo um inseto", conta.

"Quando me aproximei da árvore o beija-flor voou perto de outra espécie, também cheia de flores, e eu consegui identificar que era um colibri. Fiquei um tempo observando, ele voou para longe e quando voltou eu já estava com a câmera pronta para fazer registros e tentar identificá-lo", lembra Regina, que no mesmo dia compartilhou os registros com observadores de aves da região.

"Todo mundo ficou surpreso pelo fato de ser um beija-flor branco. No dia seguinte, um sábado, eu voltei lá e pude observá-lo novamente. Foi nesse dia que o Jailson, observador e fotógrafo de aves, conseguiu registrar a ave em detalhes", diz.

A admiradora da natureza destaca o flagrante como um dos mais emocionantes entre as experiências com a observação de aves. "Foi muito marcante, porque sabemos que não é fácil encontrar beija-flores assim, todo branco. Mas o que me deixou mais feliz e emocionada foi o fato da ave ter se mostrado para mim, foi mesmo muito especial", completa a analista ambiental, que agora está na expectativa de identificar a ave junto aos especialistas.

AVENS MUTANTES: Alterações na plumagem das aves são vistas com frequência em outras espécies por observadores e pesquisadores e os motivos para essas cores podem variar. “As aberrações na coloração das aves acontece quando algum indivíduo exibe um padrão de cores diferente daquele conhecido para a espécie. Essas aberrações podem ser causadas por uma série de fatores que incluem, por exemplo, deficiência alimentar e mutações genéticas”, explica Luciano Lima, que destaca a raridade dessas aberrações nos beija-flores.

“No Brasil são apontados apenas outros três casos na literatura científica especializada e são conhecidas também algumas raras fotos disponível no Wikiaves e em outros sites na internet. No entanto, nenhum desses casos envolve espécies do gênero Chlorestes”, finaliza.

Reportagem é de Giulia Bucheroni, Terra da Gente-,TV Globo Campinas-SP

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GILBERTO GIL VAI RECEBER O TÍTULO DE DOUTOR HONORIS CAUSA DO IFBA, EM SALVADOR


Gilberto Gil irá receber o titulo de Doutor Honoris Causa do Instituto Federal da Bahia (IFBA). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (18), pela instituição e pelo próprio artista, através das redes sociais.

A cerimônia para a entrega do título será realizada no dia 7 de fevereiro, às 17h, no Teatro Castro Alves, em Salvador.

O tropicalista tomou posse como membro "imortal" na Academia Brasileira de Letras (ABL) em abril de 2022 e foi homenageado por aristas baianos.

De acordo com o IFBA, a concessão do título foi aprovada pelo Conselho Superior (Consup) do Instituto.

“É uma grande honra e uma imensa alegria para toda a comunidade Ifba conferir esse título a esse artista magnífico que é Gilberto Gil. A cerimônia de entrega do título de Doutor Honoris Causa a este baiano aplaudido e reverenciado mundialmente estará inscrita como um capítulo especial na história da nossa Instituição, da educação e da cultura da Bahia e do Brasil”, afirma a reitora do Instituto Federal da Bahia, Luzia Mota. Ela ressalta que, ao condecorar Gilberto Gil com a honraria, o Ifba reconhece a importância e a excelência da atuação do artista baiano. 

A expressão honoris causa vem do latim e significa “por causa da honra”. O título de doutor honoris causa é diferente daquele recebido pela pessoa que conclui um curso doutorado. A concessão do título honorífico expressa a premissa de que a atuação da personalidade em sua área é tão relevante e honrosa que lhe confere legitimidade para ser considerada doutora. 

Trata-se da mais alta honraria concedida por universidades – públicas e privadas - como forma de premiar e reconhecer o empenho de pessoas que se destacam em suas áreas de atuação, independentemente da formação educacional da personalidade homenageada. Há outros dois tipos de títulos que são concedidos pelas universidades. O título de professor honoris causa é concedido a docentes e cientistas ilustres, vinculados ou não à instituição, que tenham prestado relevantes serviços à universidade autora da homenagem. Já o título de professor emérito é concedido a professores aposentados que tenham se destacado no ensino ou na pesquisa ao longo da trajetória na universidade.


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OBRA DE GUIMARÃES ROSA É TEMA DE CURSO QUE TERÁ INÍCIO DIA 23 DE JANEIRO


A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP promove, entre os dias 23 e 27 de janeiro, o curso de Difusão Cultural Guimarães Rosa: Canto, Encanto e Leveza.

Coordenado pelo professor Sergio Emanuel Galembeck, do Departamento de Química da FFCLRP, o objetivo do curso é “encantar, envolver e estimular a leitura da obra de Guimarães Rosa”, apresentando o trabalho do autor “de maneira acessível e com foco determinado, destacando aspectos mais gerais que despertem o encantamento de novos leitores”, além de salientar a oralidade, musicalidade e a poesia das obras e a valorização da escuta por meio da narração.

Durante os encontros, serão abordadas temáticas relacionadas ao sertão roseano e questões ambientais relacionadas ao Cerrado, rios, água, floresta e animais, explorando, dessa forma, a concepção de natureza do autor através de “metáforas empregadas na obra e a sinergia ser humano/natureza”. A diversidade e pluralidade de manifestações artísticas decorrentes da obra roseana, como bordados, artes plásticas, música, poesia e dança, também serão debatidas.

GUIMARÃES Rosa: Considerado o maior escritor brasileiro do século 20, Guimarães Rosa produziu contos, novelas e romances e é conhecido pelo distinto trabalho com a linguagem. O autor mineiro, natural de Cordisburgo, fez parte da terceira fase do Modernismo brasileiro, conhecida como Geração de 45, e foi o terceiro a ocupar a Cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 1967.

O escritor construiu novos vocábulos, reinventando a língua portuguesa e recuperando a linguagem poética, rompendo com as técnicas tradicionais do romance. 

Guimarães Rosa trouxe o regionalismo brasileiro novamente ao centro da literatura nacional, por meio de inúmeras viagens de campo que fizeram da sua obra uma fusão de arcaísmos, cultura popular e mundo erudito. Tendo como cenário as localidades rurais, utilizava os espaços geográficos para desenvolver as narrativas e seus personagens.

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ANO 2023: NEY VITAL SACODE O FORRÓ, XOTE E BAIÃO COM BOM JORNALISMO

A audiência de rádio no Brasil vem crescendo, segundo dados do Kantar IBOPE Media. A integração entre o rádio e as plataformas digitais é uma realidade que vem ganhando corpo nos últimos anos no Brasil. Se no início da ascensão digital se falava em ouvir rádio pelo site das emissoras, hoje muitas delas já contam com aplicativos e uma série de conteúdos e promoções exclusivas para os meios digitais.

Para se ter uma ideia, segundo estudo recente do Kantar Ibope Media, 89% das pessoas escutam Rádio via mobile, pelo computador, enquanto 56% segue nos receptores convencionais, em casa ou no carro.

A audiência ainda está ligada ao aparelho receptor comum, mas o ouvinte também está no computador e, principalmente, no celular.

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e líder.

Na rádio Cidade AM 870 e Cidade FM 95.7, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Amigos.  O programa é transmitido todos os domingos,  a partir das 8hs da manhã, www.radiocidadeam870.com.br, também no instagram, YouTube.

A direção da emissora apostou na reinvenção, no projeto especial e aposta no conteúdo cultural e os resultados aparecem.

O Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA e SEUS AMIGOS segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. “É o roteiro usado para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus amigos e seguidores”, explica Ney Vital.

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. “Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate”.

O programa é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com a arte e cultural, a não ser na lembrança. Ao contrário, o programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora dos que fazem arte no Brasil.

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio cultural brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe. “Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio”, avalia Ney Vital que recebeu o título Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru, e Troféu Luiz Gonzaga 2014 Exu,  recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca, foi um dos agraciados com o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas afiliadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco, além de dezenas de reportagens pautadas no meio ambiente do semiárido e ecologia.

Membro da Rede Brasileira de Jornalismo e Técnico em Agroecologia, Ney Vital é Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas.

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento. O programa flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

“O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximos das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio”, finalizou Ney Vital.

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OFERTA DE PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR SERÁ AMPLIADA

Os produtos da agricultura familiar vão enriquecer a alimentação dos estudantes da rede estadual de ensino da Bahia. São alimentos saudáveis e sustentáveis produzidos por cooperativas apoiadas pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que estarão presentes no dia a dia das escolas.  

A ação visa o cumprimento da Lei Federal n° 11.947, que prevê que no mínimo 30% do valor repassado a estados, municípios e Distrito Federal, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e seus empreendedores. 

O assunto foi tema de reunião entre representantes do Governo da Bahia, da SDR, da CAR e da Secretaria de Educação (SEC), que debateram também a capacitação dos gestores escolares, itens do cardápio, logística entre fornecedores e colégios, ajustes nos processos de compras e editais. 

O chefe de gabinete da SDR, Adriano Costa, reforçou a força da agricultura familiar baiana. "A agricultura familiar da Bahia é forte, tem produto de qualidade e está disponível para ofertar esses produtos para todas as escolas da Bahia. Em breve, vocês vão ver produtos de qualidade nas escolas com os nossos estudantes bem alimentados e na estratégia do combate à fome". 

O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, contou que foram apresentados produtos e propostas e discutida a estratégia de colocar esses produtos na alimentação escolar. "A diversidade da agricultura familiar estará presente na rede pública de ensino do estado da Bahia. São 700 mil alunos recebendo um alimento que foi produzido por quase 600 mil famílias de agricultores familiares".  

A expectativa é que, nos próximos dias, seja lançada uma chamada pública para a inserção dos produtos da agricultura familiar na alimentação escolar.  




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LIVRO REÚNE TECNOLOGIAS DE BAIXO CARBONO E ADAPTAÇÃO PARA AGRICULTURA NO SEMIÁRIDO

O livro Agricultura de Baixa Emissão de Carbono em Regiões Semiáridas – Experiência Brasileira, que traz em 16 capítulos um amplo conteúdo sobre as contribuições da pesquisa para o desenvolvimento de agroecossistemas sustentáveis acaba de ser lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Semiárido. A publicação conta com 45 autores, entre cientistas da Embrapa e de instituições parceiras, e está disponível para download gratuito.

A reportagem é da Agência Eco Nordeste., texto Alice Sales e Foto Adriana Pimentel.

A obra aborda os fatores naturais e históricos dentro do contexto do Semiárido brasileiro. Leva em consideração o desenvolvimento de uma agricultura de baixo de carbono. Além disso, apresenta diversas tecnologias e práticas que ajudam na redução da emissão de gases do efeito estufa, assim como as medidas de adaptação que já estão sendo executadas na região.  A publicação tem como editoras técnicas as pesquisadoras da Embrapa Francislene Angelotti e Vanderlise Giongo.

As tecnologias apresentadas na obra são, em geral, simples e replicáveis, dentre elas destaca-se a seleção de espécies de plantas tolerantes aos estresses bióticos e abióticos, uso de condicionadores de solo com múltiplas funções, adoção de sistemas de plantio direto, uso de adubos verdes, tecnologias para estocar água e melhorar sua eficiência e produtividade, a incorporação de fontes energéticas renováveis, experiências de integração lavoura-pecuária-floresta e desenhos de agroecossistemas multifuncionais.

A pesquisadora da Embrapa e editora da obra, Francislene Angelotti , explica que a mudança no uso da terra altera os ciclos de carbono e de outros elementos em escala global com significativas consequências ambientais. Com isso, faz-se necessário reduzir drasticamente as emissões antropogênicas (feitas pelo ser humano) de carbono, sendo o solo um importante local para o estoque deste elemento. Assim, as práticas de manejo e conservação do solo, com métodos adequados de preparo, que evita as queimadas, a compactação e a erosão são medidas importantes para reduzir as perdas de carbono no solo e aumentar o sequestro deste elemento.

“A recuperação dos pastos degradados, por exemplo, além de melhorar a eficiência produtiva atua como importante medida mitigadora da emissão de CO2. Além disso, melhora a qualidade do alimento fornecido para os animais contribuindo na redução da emissão de metano”, acrescenta.

Além disso, a pesquisadora alerta para o fato de que os sistemas produtivos agropecuários do Semiárido brasileiro poderão ser afetados pelas alterações climáticas, com impactos na disponibilidade de alimentos e água. Assim, a adoção de uma agricultura de baixa emissão de carbono pode contribuir para a produção sustentável com potencial de mitigação das emissões de GEE e combate ao aquecimento global.

Maria Auxiliadora Coêlho, chefe-geral da Embrapa Semiárido, ressalta o compromisso da Embrapa em torno da temática. “O Semiárido brasileiro é uma região que já vem sofrendo com os impactos negativos das mudanças climáticas sobre os seus recursos naturais e sistemas agropecuários. Frente a esses desafios, a pesquisa tem tido um papel importante em promover ações para a sustentabilidade da agropecuária regional, a segurança alimentar, a preservação dos recursos naturais e o controle das emissões dos gases do efeito estufa”.

A necessidade de formulação de políticas públicas para incentivar a adoção das tecnologias também foi destacada por Auxiliadora. “O livro faz análises e traz elementos que podem subsidiar a proposição de políticas públicas na perspectiva de aumentar a resiliência dos sistemas produtivos regionais e a capacidade adaptativa da sociedade, além de  propor novas oportunidades econômicas”, finaliza a gestora.

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