EXU CRIATIVO: FEIRA DE ARTESANATO MOVIMENTA FESTEJOS DOS 110 ANOS DE NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA

Exu Criativo. Nas festividades dos 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, o município também ganha o ritmo da Feira de Artesanato Economia Criativa na praça da Matriz, a partir das 08hs do sábado, 10 de dezembro.

Entre as participantes da Associação de Mulheres As Karolinas, detalhe, Mulheres Karolina com K. a música interpretada por Luiz Gonzaga mostra o empoderamento das exuense. No universo das comunidades artesanais brasileiras, 90% do segmento é formado por mulheres artesãs. Um exemplo está em Exu, Pernambuco. As mulheres artesãs trazem inovação, um olhar para o todo e buscam atuar em Exu, Pernambuco e região, o que fortalece ainda mais o trabalho que desenvolvem através do artesanato.

Ano passado durante as festividades dos 109 anos de Luiz Gonzaga, a presidente da Associação de Mulheres As Karolinas, localizada na Comunidade da Vilha Nossa Senhora Aparecida, a agricultura Cícera Evarista, disse  que é neta do artesão, o saudoso Zé Maria que transformava cipó em Arte e que associação surgiu com objetivo de melhorar a qualidade de vida e autoestima das mulheres.

A Associação de Mulheres As Karolinas é exemplo de superação, esforços e vontade de vencer. "Todas as mulheres artesãs aqui seguem a máxima da música Vozes da Seca, pois queremos trabalhar e ganhar com nosso suor, não queremos esmolas. Queremos trabalhar e mostrar que somos da terra da arte", afirma Cicera.

A associação surgiu para garantir dignidade às mulheres e está em ascensão, se aperfeiçoando para driblar os desafios para conquistar seus espaços. “Não é fácil e nem simples, mas é transformador”, afirma Cícera ressaltando que as mulheres fazem tricô, croché, bordado, brincos, e várias miniaturas com a imagem de Luiz Gonzaga.

São cerca de 36 mulheres, todas unidas e com a missão também de capacitar pessoas para a geração de rendas. "As artesãs criam juntas e ganham juntas”.

As mulheres são maioria no Brasil, equivalente a 51,8% da população segundo o censo do IBGE de 2019. Nas comunidades artesanais brasileiras esse número é ainda maior: as mulheres representam 90% de todo segmento. O fortalecimento do trabalho das artesãs no país acontece especialmente pelo trabalho contínuo de comunidades e instituições de apoio.

CRIATIVIDADE: Em Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, mestre da Sanfona e de Bárbara de Alencar, mulher revolucionária na definição de arte, tem um nome: Giselly Nogueira. No mundo da arte ela assina como GiNogueira. "Meu apelido é Luna Gizel e pretendo assinar minhas obras somente por Gizel", revela GiNogueira que tem 35 anos e trabalha com artes há mais de 23 anos.

De acordo com relatos de sua mãe, a poetisa Nenem Nogueira, Gizel, começou a desenhar aos 3 anos de idade, extremamente curiosa e apaixonada pelos gibis da Turma da Mônica, a alegria das músicas interpretadas por  Luíz Gonzaga, evoluções da ciência e sempre novas descobertas.

"As maiores inspirações em minha vida de início sempre foi a minha mãe em sua mente versátil, Maurício de Souza, Leonardo Da'Vinci, Luíz Gonzaga. Mas no geral minhas inspirações são momentâneas, que vão desde um simples morador de ruas até a genialidade dos físicos e químicos", revela Gizel, ressaltando que como pesquisadora vive fazendo testes e mais testes para criar técnicas que corroborem com a sustentabilidade e valorização do meio ambiente e ecologia.

Uma das técnicas aprovadas nas suas observações e testes deu o nome de Acrilicanatur: acrílica ( o acrílico que vem do lixo retirado do meio ambiente e materiais comerciáveis) e natur ( natureza na língua yorubá, a luta por liberdade dos afrodescendentes desde a colonização no Brasil até agora).

"Criei esta técnica logo após ter iniciado os estudos com alquimia aos 16 anos de idade", conta Gizel.

Neste mês de setembro, quando o município de Exu, completou 115 anos de emancipação política, um dos trabalhos que merece destaque foi a releitura sobre a história da bandeira da cidade.

"Quanto a bandeira de Exu, esta foi uma de minhas melhores obras, foi uma encomenda feita pela escola São Vicente de Paula aqui de Exu através do professor Maiadson Vieira que também é um pesquisador. Meu irmão Davi Wesley que também é desenhista me ajudou a compor esta releitura", explica Gizel.

A técnica usada foi a aquarela, feita com acrílica sob tecido oxford, a vestimenta foi modificada segundo relatos dos próprios índios parentes dos Exuenses os índios Kariris. Segundo, conta a a história, o povos originários, devido ao pequeno número de aves na região do Araripe os índios usavam palhas em suas vestes e não penas, o modelo de cocar com penas coloridas é proveniente dos índios norte-americanos que em algumas regiões do Brasil as tribos usam penas, porém na região em que vivemos de agreste e sertões, cerrado as aves são em menor número.

No desenho da bandeira o milho representa a colheita através do trabalho duro e conhecimento dos ancestrais quanto a época de plantio sob as dificuldades climáticas da região. A índia segurando a lança representa a força feminina que luta como igual junto ao homem.

"O horizonte com o sol nascente remete a esperança de dias melhores, da evolução espiritual e moral de cada ser humano, o desbravar dos mistérios da vida que nasce todos os dias sob a serra, nos lembrando que é mais uma chance de lutar pelo que acreditamos", diz Gizel.

Neste mês de dezembro é a data das festividades dos 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga. De acordo com Gizel, o "sentimento é de saudades de quem só conheci a história e ainda estou a conhecer mais sobre estes heróis da história de Exu Pernambuco para o Brasil e o mundo. O coração gigante do Rei do Baião que tanto fez e ainda faz pelo sertão, a força e coragem de uma mulher que poderia ter sido eleita presidente do Brasil, a heroína Bárbara de Alencar, é uma honra pertencer a um lugar que ainda desperta tantas outras personalidades e suas histórias de exemplo".

Nascida em Exu, Giselly Nogueira, GiNogueira, Gizel é a razão de haver luz no universo da arte e defesa do meio ambiente, possui na arte um reflexo do ser humano e representa a sua condição social e essência de ser uma livre pensadora.

Nenhum comentário

POETA LUIZ FERREIRA LANÇA LIVRO EM HOMENAGEM AOS MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS

O poeta Luiz Ferreira, 77 anos, aproveitou os dois anos que precisou seguir as regras sanitárias e ficar em casa, o isolamento social,  período que usou para escrever o livro que tem o título de "Pernambuco em Versos-Conquistas e Municípios. O livro destaca os 187 municípios de Pernambuco valorizando o patrimônio cultural e histórico das cidades. 

O livro será lançado durante as festividades dos 110 anos de Luiz Gonzaga, na IV Semana Viva Gonzaga, em Caruaru, na quinta-feira (15), às 20hs, no hall da Fundação de Cultura.

" No início da pandemia covid-19 fiquei muito triste, mas não podia desanimar. Então resolvi fazer o livro. Nele cito os municípios pernambucanos, os amigos, poetas, compositores, pessoas que fazem cultura e arte, envolvidos na vida e obra de Luiz Gonzaga", explica Luiz Ferreira.

Luiz Ferreira nasceu na zona rural de Caruaru, no Agreste Pernambuco. Caruaru possui o título de Capital do Forró. Luiz Ferreira é o idealizador, fundador e diretor presidente do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012. O Grande Encontro Nacional dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

HISTÓRIA: No ano de 2014, a coordenação do Curso de Jornalismo do Centro Universitário do Vale do Ipujuca-Caruaru-PE, promoveu, A Semana do Jornalista. Na programação além de palestras com jornalistas da TV Globo e Sistema Jornal do Commecio, contou com o lançamento do documentário-filme Os Gonzagueanos.

Para manter viva a memória de Luiz Gonzaga, um grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam materiais, experiências, dividem experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião - são os chamados Gonzagueanos. Com o objetivo de registrar essa iniciativa, alunos do curso de Jornalismo desenvolveram um documentário sobre os Gonzagueanos. 

O grupo Gonzagueanos reúne um amplo conhecimento da obra e das parcerias do Rei do Baião, num esforço de manter vivo o trabalho de Luiz Gonzaga. O Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, situado no bairro Kennedy, é um exemplo do que essa paixão pelo artista é capaz. O espaço foi criado por Luiz Ferreira, um dos gonzagueanos, a partir da coleção que guardava em um cômodo de sua casa.

Nenhum comentário

CARUARU: IV SEMANDA VIVA GONZAGA TERÁ PARTICIPAÇÃO DA ORQUESTRA SANFÔNICA DE EXU

Em comemoração ao Dia Nacional do Forró e aniversário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que, se estivesse vivo, completaria 110 anos, a Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, montou uma programação dedicada a esta data. De 12 a 16 deste mês, um leque de atividades estará disponível para a população, com exposição, café com Gonzaga, palestras, lançamento de livro e selo do forró, por meio da IV Semana Viva Gonzaga.  

As comemorações terão início, na segunda, 12, com a exposição Viva Gonzaga, na qual peças de barro em homenagem ao artista estarão expostas no hall da Fundação de Cultura, a partir das 19h30. Já na terça-feira, 13, data do aniversário do Rei, será realizado, no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, em frente à estátua, o Café com Gonzaga, onde terá a participação da Orquestra Sanfônica da cidade do Exu, da Orquestra do Maestro Mozart Vieira e artistas locais, que homenagearão o artista cantando músicas de sua autoria. A homenagem tem início às 6h da manhã. 

Seguindo a programação, no dia 14, acontece a palestra: Luiz Gonzaga o Eterno Rei do Baião, que será ministrada pelo compositor e Patrimônio Vivo de Caruaru, Onildo Almeida, também no hall da Fundação de Cultura, às 19h30. 

Para compor o quarto dia de atividades, será a vez do lançamento do selo oficial dos Correios em homenagem ao forró e também o lançamento do livro "Pernambuco em versos, conquistas e municípios", do autor Luiz Ferreira. 

Finalizando a programação, será a vez da palestra "Luiz Gonzaga, Cidadão de Caruaru", com o professor e pesquisador, José Urbano. A palestra será realizada na Escola de Tempo Integral Rubem de Lima Barros, no bairro Cidade Jardim, às 14h30.
Nenhum comentário

LIVRO LUIZ GONZAGA 110 ANOS DO NASCIMENTO SERÁ LANÇADO NO MUSEU LUIZ GONZAGA, DISTRITO DE DOM QUINTINO, CRATO CEARÁ

Os sertões do Cariri no Ceará e do Araripe em Pernambuco são os locais escolhidos para o lançamento oficial do livro “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, a mais completa obra já disponibilizada sobre a carreira e a vida do Rei do Baião. A publicação é de autoria do pesquisador Paulo Vanderley que, durante mais de três décadas, mergulhou no universo “gonzagueano”, resgatando letras, capas de LPs e fotografias raras do artista.

A celebração de 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, comemorado dia 13 de dezembro deste ano, contará com uma programação especial. O autor e parte da equipe vão participar de diversos eventos, como noite de autógrafos e palestras, em cidades como Exu, em Pernambuco, terra natal do Seu Lua, como também Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato do lado cearense. A programação vai ocorrer entre os dias 10 e 18 de dezembro de 2022.

A musicalidade e o universo de Luiz Gonzaga inspiraram Paulo Vanderley a descortinar a trajetória de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos. Com isso, o autor, considerado a principal referência sobre o Seu Lua, como o artista também era conhecido, pretende democratizar e compartilhar a história e a arte do Rei do Baião.

No sábado, 10 de dezembro, às 18hs, o lançamento oficial acontece em Exu, Pernambuco, no Colégio Barbara de Alencar. No dia 12, também em Exu, acontece a solenidade de doação de livros para escolas.

No dia 17, o lançamento acontece no Museu Luiz Gonzaga, localizado no Distrito de Dom Quintino, no Crato Ceará.

A obra traz um histórico de 110 matérias publicadas na imprensa entre as décadas de 1940 e 1980. A publicação traz a discografia completa do artista com a impressão de todas as capas e contracapas em tamanho real, bem como os selos dos discos de 78 rotações por minuto. Além disso, é possível escutar o próprio Luiz Gonzaga contando suas histórias pelos QR codes espalhados pelo livro. É o mais rico material já publicado sobre o nordestino Luiz Gonzaga.

Nomes importantes do cenário musical brasileiro e nordestino também fazem parte da publicação. Ícones da MPB como Fagner, Lenine, Santanna, o Cantador, e Maciel Melo, dentre outros, imprimiram seus depoimentos, resgatando de suas memórias pessoais a influência de Luiz Gonzaga em seus caminhos musicais.

DOCUMENTÁRIO, PODCAST, SITE: “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento” conta também com websérie, podcast, bem como site https://luizluagonzaga.com.br/, garantindo, dessa forma, o caráter multimídia do projeto. Os apaixonados por Seu Lua conseguirão ter acesso ao conteúdo de parceiros musicais e seus herdeiros no forró por meio de uma conversa leve e descontraída.

O podcast “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, lançado este ano, reúne símbolos importantes da carreira do sanfoneiro, cantor e compositor. Este projeto reúne mais de 50 programas nas principais plataformas de áudio. Cada uma das gravações conta com a presença de convidados especiais, como Elba Ramalho, Waldonys, Fagner e Espedito Seleiro.

PARCERIAS: O êxito do projeto contou com importantes parcerias. A edição é permeada pela obra dos artesãos mestre Espedito Seleiro e Maninho Seleiro de Nova Olinda/CE. O projeto gráfico tem assinatura do designer Vladimir Barros de Souza.  

Quem também está presente na obra é o artista visual Bené Fonteles, curador e escritor que, em 2010, lançou “O Rei e o Baião”, em homenagem ao sanfoneiro.

Vale destacar ainda a consultoria da jornalista francesa Dominique Dreyfus, autora da biografia mais completa de Luiz Gonzaga, intitulada "Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga", publicada em 1996.

O AUTOR: A experiência e o conhecimento fizeram de Paulo Vanderley uma referência nacional no tema, tanto que ele foi convidado como consultor em importantes projetos sobre Gonzaga, como o Museu Cais do Sertão, no Recife, o filme "Gonzaga: de pai pra filho", de Breno Silveira, e do desfile campeão do carnaval do Rio de Janeiro em 2012, da Unidos da Tijuca de Paulo Barros.

Aos poucos, Paulo conseguiu transportar esse valioso material para diversos tipos de plataformas, o que permite o público em geral se debruçar no universo do Rei do Baião. “É uma forma de manter viva a memória de um dos maiores nomes da nossa música e reconectar todo esse legado com novas gerações. Eu fico animado com esse interesse por Gonzaga. Ele foi e é muito importante para nossa cultura”, destaca Paulo Vanderley.

PEDRO LUCAS FEITOSA: A história do adolescente teve início em 2013, Pedro Lucas Feitosa, então com 8 anos, voltou encantado de uma visita que fizera ao Parque Asa Branca, o Museu do Gonzagão, em Exu, Pernambuco. Ao voltar para a sua casa, no Crato (Cariri cearense), Pedro Lucas já sabia como dar vazão à admiração que nutre por Luiz Gonzaga: ele criaria um museu dedicado ao Rei do Baião, na casa em que sua falecida bisavó morava, vizinha à dele.

A história virou realidade no distrito de Dom Quintino, a 26 km do centro do Crato,  Ceará, onde Pedro Lucas, montou o museu para contar a história de Luiz Gonzaga. O garoto teve inspiração de outros lugares artísticos. "Eu vi muita gente que queria conhecer a história dele, Luiz Gonzaga, logo vislumbrei criar um ponto turístico e eu criei o museu".

Segundo o avô, Antônio Feitosa, aos 5 anos o menino começou a ouvir as músicas de Luiz Gonzaga e se inspirou. A maior parte dos artigos do museu veio de doações de terceiros. "Eu postava na internet, o pessoal foi vendo e doando", diz o idealizador do museu.

A paixão pela música de Luiz Gonzaga foi concretizada quando numa festa de São João na escola, Pedro Lucas escutou “Numa Sala de Reboco”, letra de Zé Marcolino e ter gostado tanto da música que passou a cantá-la frequentemente. Uma tia dele viu o gosto pela música e presenteou-o com um CD de Luiz Gonzaga.

Atualmente, o Museu Luiz Gonzaga, está localizado na rua Rua Alto da Antena, no Distrito de Dom Quintino. O espaço já foi visitado por nomes como Chambinho do Acordeon, Targino Gondim e o pesquisador Paulo Vanderley, pesquisador da vida e obra de Luiz Gonzaga.

O Museu Reúne objetos que recriam a época em que Gonzagão viveu. Pedro Lucas antes da pandemia guiava as visitas no local, contando a história de cada objeto do museu, função que divide com o primo, Caio Éverton. Além de vinis do artista, o museu exibe sanfonas, ferramentas de trabalho e utensílios, partes do universo cantado por Luiz Gonzaga.

Nenhum comentário

LUIZ GONZAGA: PESQUISADOR PAULO VANDERLEY FARÁ DOAÇÃO DE LIVROS PARA ESCOLAS DE EXU

Os sertões do Cariri no Ceará e do Araripe em Pernambuco são os locais escolhidos para o lançamento oficial do livro “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, a mais completa obra já disponibilizada sobre a carreira e a vida do Rei do Baião. A publicação é de autoria do pesquisador Paulo Vanderley que, durante mais de três décadas, mergulhou no universo “gonzagueano”, resgatando letras, capas de LPs e fotografias raras do artista.

A celebração de 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, comemorado dia 13 de dezembro deste ano, contará com uma programação especial. O autor e parte da equipe vão participar de diversos eventos, como noite de autógrafos e palestras, em cidades como Exu, em Pernambuco, terra natal do Seu Lua, como também Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato do lado cearense. A programação vai ocorrer entre os dias 10 e 18 de dezembro de 2022.

A musicalidade e o universo de Luiz Gonzaga inspiraram Paulo Vanderley a descortinar a trajetória de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos. Com isso, o autor, considerado a principal referência sobre o Seu Lua, como o artista também era conhecido, pretende democratizar e compartilhar a história e a arte do Rei do Baião.

No sábado, 10 de dezembro, às 18hs, o lançamento oficial acontece em Exu, Pernambuco, no Colégio Barbara de Alencar. No dia 12, também em Exu, acontece a solenidade de doação de livros para escolas.

A obra traz um,histórico de 110 matérias publicadas na imprensa entre as décadas de 1940 e 1980. A publicação traz a discografia completa do artista com a impressão de todas as capas e contracapas em tamanho real, bem como os selos dos discos de 78 rotações por minuto. Além disso, é possível escutar o próprio Luiz Gonzaga contando suas histórias pelos QR codes espalhados pelo livro. É o mais rico material já publicado sobre o nordestino Luiz Gonzaga.

Nomes importantes do cenário musical brasileiro e nordestino também fazem parte da publicação. Ícones da MPB como Fagner, Lenine, Santanna, o Cantador, e Maciel Melo, dentre outros, imprimiram seus depoimentos, resgatando de suas memórias pessoais a influência de Luiz Gonzaga em seus caminhos musicais.

DOCUMENTÁRIO, PODCAST, SITE: “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento” conta também com websérie, podcast, bem como site https://luizluagonzaga.com.br/, garantindo, dessa forma, o caráter multimídia do projeto. Os apaixonados por Seu Lua conseguirão ter acesso ao conteúdo de parceiros musicais e seus herdeiros no forró por meio de uma conversa leve e descontraída.

O podcast “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, lançado este ano, reúne símbolos importantes da carreira do sanfoneiro, cantor e compositor. Este projeto reúne mais de 50 programas nas principais plataformas de áudio. Cada uma das gravações conta com a presença de convidados especiais, como Elba Ramalho, Waldonys, Fagner e Espedito Seleiro.

PARCERIAS: O êxito do projeto contou com importantes parcerias. A edição é permeada pela obra dos artesãos mestre Espedito Seleiro e Maninho Seleiro de Nova Olinda/CE. O projeto gráfico tem assinatura do designer Vladimir Barros de Souza.  

Quem também está presente na obra é o artista visual Bené Fonteles, curador e escritor que, em 2010, lançou “O Rei e o Baião”, em homenagem ao sanfoneiro.

Vale destacar ainda a consultoria da jornalista francesa Dominique Dreyfus, autora da biografia mais completa de Luiz Gonzaga, intitulada "Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga", publicada em 1996.

O AUTOR: A experiência e o conhecimento fizeram de Paulo Vanderley uma referência nacional no tema, tanto que ele foi convidado como consultor em importantes projetos sobre Gonzaga, como o Museu Cais do Sertão, no Recife, o filme "Gonzaga: de pai pra filho", de Breno Silveira, e do desfile campeão do carnaval do Rio de Janeiro em 2012, da Unidos da Tijuca de Paulo Barros.

Aos poucos, Paulo conseguiu transportar esse valioso material para diversos tipos de plataformas, o que permite o público em geral se debruçar no universo do Rei do Baião. “É uma forma de manter viva a memória de um dos maiores nomes da nossa música e reconectar todo esse legado com novas gerações. Eu fico animado com esse interesse por Gonzaga. Ele foi e é muito importante para nossa cultura”, destaca Paulo Vanderley.

Nenhum comentário

IV SEMANA DE HUMANIDADES CAMPUS OURICURI TERÁ APRESENTAÇÃO DA ORQUESTRA SANFÔNICA DE EXU E CAMINHADA DAS SANFONAS

"A Semana de Humanidades do Campus Ouricuri, em sua quarta edição, traz como tema 'Exu nas escolas': saberes ancestrais, identidades e memórias. O evento homenageia a artista Elza Soares, que se encantou no começo deste ano, após mais de 60 anos de carreira. Considerada a voz brasileira do século XX, ela intitulou um dos seus últimos álbuns, gravado em 2018, de 'Deus é mulher'. Escancarando em suas letras problemas ligados ao machismo e à homofobia, uma das músicas do disco também trata da luta contra o racismo religioso: 'Exu nas escolas'. 

Nesta quarta-feira (30) novembro, das 16h às 18hs, acontece a Caminhada das Sanfonas, que contará com participação da Orquestra Sanfônica de Exu. 

O evento terá mediação dos professores Marcos Eugênio Gomes e professora Mayra Carmeli Maia Sales

EXU 110 ANOS Luiz Gonzaga; Em sua terceira edição, a Caminhada das Sanfonas vai acontecer no sabado, dia 10 de dezembro em Exu (PE), Sertão do Araripe e terá um significado especial neste ano. O evento, que foi criado para manter viva a memória do eterno Rei do Baião Luiz Gonzaga, vai celebrar os 110 anos do músico e homenageará desta vez o saudoso artesão Luizinho dos Couros. Além disso, também servirá para o lançamento de livros do pesquisador Paulo Vanderley.

Luizinho foi nada menos que o primeiro artesão de Gonzagão. O jornalista Leonardo Saraiva, neto de Luizinho, relata que em um domingo de 1954, Luiz Gonzaga, que estava de passagem, viu o vaqueiro Chico Ventura pelas ruas de Exu e notou, admirado, um gibão elegante de detalhes floridos. Mesmo sem conhecer o homem, o chamou: “Ei vaqueiro, venha cá. Quem foi que fez esse gibão seu?”, perguntou o Rei do Baião. “Foi um primo meu”, respondeu Chico. Gonzaga perguntou onde morava o artesão e logo pediu também para que ele levasse um fardo de couro que já tinha comprado, e foi logo se apresentando: “Aqui é Luiz Gonzaga, Rei do Baião!”.

“Chico cumpriu o pedido e entregou o fardo de couro para Luizinho, seu primo, vaqueiro e artesão de couro que aprendera o ofício com seu pai desde muito novo. Chico lhe contou a história toda. Luizinho ficou surpreso e aflito com tamanho pedido. Dias depois de Luizinho matutar sobre como faria, Gonzaga voltou a Exu e ambos trataram de tirar as suas medidas e confeccionar aquele que seria o primeiro terno de couro do rei do baião. E como todo rei, tem a sua coroa, colocada no grande chapéu de couro, um pedido de Luiz Gonzaga, que junto do gibão de vaqueiro vestia Luiz Gonzaga como rei, e Luizinho então passou a ser conhecido como Seu Luizinho dos Couros“, conta Leonardo.

Por isso a criadora do Projeto Caminhada das Sanfonas, a produtora cultural Marlla Teixeira, propõe mais uma vez aos sanfoneiros a oportunidade de mostrar o trabalho deles e, consequentemente, prestar diversas homenagens ao ‘Mestre Lua’ (como Gonzagão também era carinhosamente conhecido).

De acordo com Marlla, esta terceira edição mais uma vez destaca o setor cultural e de economia criativa de Exu. “A Caminhada das Sanfonas foi criada no ano de 2019, com o objetivo de valorizar os sanfoneiros das regiões sertanejas, promovendo a cultura gonzagueana e suas vertentes“, conta a produtora, ressaltando que é um evento gratuito.

A primeira edição reuniu mais de 100 sanfoneiros de todos os gêneros e faixas etárias, com a participação do Projeto Asa Branca – Escola de Sanfona de Exu. “Na programação de 2019, contamos com a apresentações do Grupo da Associação de Mulheres As Karolinas, desfile de Vaqueiros encourados e um lanche com comidas típicas para os participantes. Este ano 110 anos a expectativa é de mais um grande caminhada pelas ruas de Exu“, lembra Marlla.

A Caminhada das Sanfonas faz parte do primeiro evento-modelo de Feira de Economia Criativa, com exposição de artesanato, declamação de poesia, dança, apresentação cultural e artes de profissionais de Exu, com foco no trabalho manual feito nas associações, e que tenham como fonte de renda primária.

O empresário Ítalo Lino, que todos os anos participa dos festejos de aniversário de Luiz Gonzaga, define que Exu, terra de Luiz Gonzaga, é uma riqueza, um dos maiores patrimônios culturais do Brasil, que tem na sanfona infinitas formas de criações artísticas. “A sanfona é um dos instrumentos mais populares do Brasil. Este encontro é importante porque possibilita aos cidadãos um tipo de entretenimento que, ao mesmo tempo, promove e valoriza nossa cultura gonzagueana, e a homenagem a seu Luizinho dos Couros mostra o quanto a economia da região possui uma marca forte“, avalia. 

Nenhum comentário

PROJETO DE REPENTE NA ESTRADA ACONTECE NO DIA 02 DE DEZEMBRO

A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) realiza na próxima sexta-feira (2), às 20h, mais uma edição do projeto ‘De Repente na Estrada’, desta vez no município de Itabaiana, no Agreste do estado. O show gratuito acontecerá na Praça Epitácio Pessoa e traz a dupla de repentistas paraibanos Erasmo Ferreira e João Lourenço. A apresentação fica por conta de Iponax Vila Nova, coordenador do projeto.

João Lourenço nasceu em Pilar (PB), nas terras do Engenho Corredor, mesma propriedade rural onde nasceu o romancista José Lins do Rego. Começou a cantar em 1977. Dedicou-se por sete anos ao coco e depois adotou a viola. Mudou-se para Pernambuco em 1984, quando começou a atuar em dupla com Rogério Menezes. Começou a carreira de repentista na Zona Rural e depois veio para a cidade com a intenção de se profissionalizar. Atualmente, João Lourenço reside em Caruaru (PE). É considerado, pelos amantes da cantoria, como um dos melhores poetas cantadores do Nordeste.

Erasmo Ferreira nasceu um Aroeiras (PB) e desde pequeno sinalizava a afinidade com a arte do repente e da cantoria. Percebendo o talento do filho, sua mãe logo o presenteou com o primeiro violão, instrumento comprado de um cigano que passava pela cidade. Assim, aos 15 anos, ele começou a participar de apresentações e, desde então, passou a se destacar em encontros e festivais de violeiros pela região Nordeste e por todo o país.

No começo dos anos 90, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde deu continuidade à cantoria. Tem uma constante preocupação em promover a cultura nordestina, atuando em Aroeiras, Serra Branca, São Jose do Cordeiros, entre outros municípios. Já conquistou vários prêmios em festivais de violeiros e gravou três CDs, acumulando também algumas participações em álbuns de festivais com parceiros de poesia. Atualmente, Erasmo Ferreira reside em Campina Grande, onde assumiu, em janeiro do ano passado, o cargo de presidente da Associação de Repentistas e Poetas Nordestinos (ARPN), com sede naquela cidade.

O projeto ‘De Repente na Estrada’ vem sendo realizado no formato presencial desde janeiro de 2022. O objetivo da ação itinerante é visitar uma cidade paraibana a cada mês, levando a cultura popular ao interior da Paraíba e, para isso, conta com a participação de 30 repentistas de seis estados do Nordeste: Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão.

Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial