FESTIVAL DE FORRÓ DA CHAPADA-MUCUGÊ, BAHIA, ACONTECE ENTRE OS DIAS 12 A 15 DE OUTUBRO

Entre os dias 12 e 15 de outubro, será realizado o Festival de Forró da Chapada, na cidade baiana de Mucugê. Segundo os organizadores, o evento acontece para comemorar o aniversário do sanfoneiro Targino Gondim, que estará presente no festival.

A programação musical contará com nomes mais conhecidos do ritmo da cultura gonzagueana e brasileira com novos talentos do forró. As apresentações, cujas atrações ainda não foram divulgadas, serão abertas ao público.

O Festival de Forró da Chapada pretende estimular a produção e valorização musical dentro do forró. A ideia dos realizadores é manter o compromisso com as raízes culturais, promovendo intercâmbio musical entre todas as gerações participantes.

"A sanfona é o principal instrumento das festas espalhadas pelo mundo. Fascina pela sua sonoridade, pela diversidade de modelos e gêneros, mas seu encanto transcende o poder da música, porque desperta um afeto misterioso. Talvez pelo fato de ficar junto ao coração do sanfoneiro, ou, quem sabe, por ser um instrumento que é abraçado ao se tocar. Ou ainda, por ser um instrumento que respira. O fato é que a sanfona une as pessoas e é amada por todos os povos".

O festival reúne pessoas de todas as regiões do Brasil. A professora Luana Carvalho e a bióloga Ana Vartan já confirmaram presença. Em todos os eventos elas viajam até o município de Mucugê, na Chapada Diamantina, Bahia, por compreenderem que a sanfona é o maior simbolo cultural presente na obra de Luiz Gonzaga. Ana Vartan é de Exu, terra de Luiz Gonzaga,  Pernambuco distante mais de 850 km de Mucugê. Luana Carvalho viaja de Sento Sé, Bahia.

"Além do forró todos os que vão para o festival retornam pois a cidade de Mucugê é encantadora com a sua arquitetura e riquezas culturais", afirma Luana Carvalho.

Nenhum comentário

MÚSICO LUCAS CAMPELO É UMA DAS ATRAÇÕES DA FEIRA ESTADUAL DA REFORMA AGRÁRIA, REALIZADA EM ARACAJU, SERGIPE

De 30 de agosto a 02 de setembro, Aracaju irá receber a 7ª Feira Estadual da Reforma Agrária promovida pelo  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A feira será realizada na Praça Dom José Thomaz, Bairro Siqueira Campos e terá entrada gratuita. Na ocasião, cerca de cem famílias assentadas e acampadas das cinco grandes regiões do estado irão trazer em torno de 80 toneladas de alimentos, entre frutas, verduras e seus derivados.

A programação ainda conta com apresentação de artistas sergipanos, o músico, sanfoneiro e cantor Lucas Campelo, Samba do Arnesto, Lari Lima, Casaca de couro, Os Faranis, Décio Nunes, Branquinho do Acordeon e o Grupo Cultural Raízes Nordestinas, do município de Poço Redondo.

O evento tem o objetivo de fazer circular a produção agrícola dessas famílias, e também de conscientizar a população sobre os cuidados com a alimentação e o consumo de alimentos orgânicos, incentivando a produção local. Além disso, há também a produção de derivados da macaxeira e batata doce, como bolos e doces, mel, queijos variados, oriundos das associações e cooperativas familiares ligadas ao Movimento.

José Roberto, da Coordenação do MST em SE, ressaltou que a feira traz para a sociedade a importância da reforma agrária na produção de alimentos saudáveis para a população sergipana, e mostra que a reforma agrária acaba com a fome,  com a miséria e gera emprego no campo. 

“A nossa feira tem a intenção de aproximar o agricultor, o produtor, com o consumidor. É neste sentido que a gente está nesse momento tão especial para reafirmar o compromisso com a sociedade sergipana da importância de produzirmos alimentos saudáveis, para entregar e retribuir todo o apoio que a sociedade tem dado às nossas lutas, às nossas caminhadas e às nossas ocupações contra o latifúndio e pela desapropriação desses latifúndios”, destacou José Roberto.

A feira terá início todos os dias às 8h e encerramento às 22h.

Nenhum comentário

BAIÃO VIRAMUNDO, LUIZ GONZAGA COMO FILÓSOFO DO SERTÃO NORDESTINO É TEMA DE PALESTRA DIA 08 DE SETEMBRO

Nos dias 8 e 9 de setembro será realizado o VI Sertão Filosófico no campus Petrolina da Universidade de Pernambuco (UPE). O encontro do grupo de pesquisa Sertão Filosófico (CNPq) tem como objetivo fomentar o intercâmbio e ampliar a troca de experiências entre professores e estudantes do IFSertãoPE e UPE, bem como entre outras instituições de ensino e a comunidade.

Os interessados em participar como ouvinte do evento podem se inscrever pelo link. A programação envolve minicursos virtuais e comunicações virtuais e também presenciais.

O Grupo de Pesquisa Sertão Filosófico é cadastrado no CNPQ. Este ano, completa seis anos de existência, período em que vem desenvolvendo pesquisas, realizando eventos científicos itinerantes, publicações e atividades de ensino.

Programação-Dia 8 de setembro

14h Minicursos Virtuais:

Paulo Jorge Barreira Leandro: Cartografias Selvagens – ensinar e aprender a partir do encontro entre Filosofia da Diferença e a cosmologia Huni Kuin

16h Comunicações Presenciais

Mediação: Cristiano Dias da Silva

Francisco Veríssimo de Souza Melo – Por uma filosofia do sertão

Cristiano Dias da Silva – Aspectos comparativos da lava-jato com a inquisição: uma revisitação a obra O nome da rosa

Ivanildo Alves de Almeida – “Baião de Viramundo” – Luiz Gonzaga como filósofo popstar do Sertão nordestino e doutros sertaneses

Luiz Henrique Pereira de Castro – A Corporeidade da existência: o “Dasein” na pedagogia engajada

19h Mesa de Abertura: Educação Política

Prof. Dr. Rafael Lucas de Lima (UPE) – Política e educação: Uma relação necessária

Prof. Dr. André Ricardos Dias Santos (IFSertãoPE) – Identidades

Prof. Dr. Gabriel Kafure da Rocha (IFSertãoPE) – A filosofia política no ensino médio: experiências de ensino

Dia 9 de setembro

14 h – Minicursos Virtuais

Isabela Castro – Exu nas escolas: saberes ancestrais, identidades e memórias

15 h Comunicações Virtuais

Sala 1: Mediação: José Aldo Camurça de Araújo Neto

Victor Fabiam Gomes Xavier – Experiência e Ensino de Filosofia à luz de Gabriel Marcel

Nilton Guimarães da Silva – A experiência primeira como fonte de conhecimento em sala de aula

Breno Augusto da Costa – História da Filosofia Brasileira: experiência isebiana e realidade atual

Pedro Wilson Nogueira Porto – Historia e Filosofia da História (um debate entre a reflexão e a ação)


Sala 2: Mediação: André Ricardo Dias dos Santos

Francisco Santana de Lima – A dignidade da pessoa humana e o dever de cuidar em Foucault

Márcio Santos de Santana – A categoria Estado no Pensamento Político de João Arruda e Miguel Reale

Cristiano Bonneau – Scholem e Benjamin- alegoria de uma amizade

Sala 3:Mediação: Gabriel Kafure da Rocha

Vinícius Gomes Alves – A estética entre a tragédia grega e o Sertão brasileiro

Paulo Jorge Barreira Leandro – O problema da expressão em Henri Bergson

Valdomiro Alves Pereira – Sensibilização e Representatividade: A cultura pop na sala de aula

Bruno Gonçalves da Paixão – Ideologia, política e alienação numa peça musical de Elomar Figueira Mello

Silvio Takeshi Tamura – "Eu sou a mosca que pousou em sua sopa": Música, arte e filosofia social em Raul Seixas.

17h Mesa de Encerramento (Virtual): Democracia

José Aldo Camurça de Araújo Neto (IFSertãoPE) – A crise da democracia: o olhar crítico da filosofia política contemporânea

Thais Santos Moya (UPE) – Apontamentos sobre a ofensiva reacionária no Brasil recente

Debora Maria dos Santos (UFPE/UESPI) – Democracia na sociedade em rede

Nenhum comentário

FAMÍLIAS AGRICULTORAS DO TERRITÓRIO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO SERÃO CERTIFICADAS COMO PRODUTORAS ORGÂNICAS

Na próxima sexta-feira (2), 111 famílias agricultoras que produzem frutas e hortaliças nos municípios de Juazeiro, Sobradinho, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Sento Sé e Uauá receberão o certificado de conformidade orgânica. O evento de entrega dos certificados acontecerá a partir das 16h30 no espaço da Feira de Orgânicos do Armazém da Caatinga, localizado na Vila Bossa Nova (Orla II), em Juazeiro.

O processo de certificação foi realizado através do Sistema Participativo de Garantia (SPG), isto é, aconteceu de forma coletiva, na qual um núcleo de agricultores/as organizados/as avalia e certifica a produção de outros/as agricultores/as. Este método é mais simplificado e mais barato do que a contratação de auditoria e é igualmente reconhecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Com essa autenticação, as/os agricultoras/es poderão acessar mercados mais especializados e gerar mais confiança para seus clientes. É o que destaca a coordenadora do pré-núcleo Sertão do São Francisco, e também uma das agricultoras que receberá a certificação, Carmem de Oliveira. 

"A gente vendendo nas feiras, a gente vende só com a relação de confiança mesmo. Com o selo, a gente vem agregar valor ao nosso produto e vai ampliar uma relação de confiança diante dos nossos clientes. E outras portas se abrirão, outras fontes de comercialização se abrirão com a certificação. Então, pra nós, enquanto agricultores e agricultoras, é um grande passo".

O agricultor agroecológico Ancelmo Cordeiro, da unidade produtiva Flores da Vargem em Juazeiro, também celebra esse momento de reconhecimento. "Dizendo só de boca que somos orgânicos e agroecológicos, mesmo praticando, muitas vezes as pessoas não acreditam. Esse selo com certeza vai ser uma ferramenta a mais para comercializarmos o nosso produto". O agricultor enfatiza que, além do certificado, tem toda uma consciência ambiental e solidária na prática agroecológica.

"Tem que ter essa visão de que todos tenham acesso ao produto limpo e saudável, temos que pensar nos nossos irmãos. A gente tem que pensar não apenas no certificado, mas numa agricultura ecológica e em uma economia solidária", conclui.

Durante o processo de certificação, os/as agricultores/as participaram ativamente de reuniões para trocas de experiências e para garantirem a qualidade orgânica dos alimentos, bem como fazer o monitoramento mútuo da produção, pois caso ocorra alguma irregularidade todos são penalizados. 

"Destaco a importância da participação dentro do processo, através das reuniões de grupos, de núcleos, as visitas de pares, o olhar externo e da participação das reuniões e do circuito de comercialização junto com toda a Rede de Agroecologia Povos da Mata. Esperamos que seja uma semente que foi plantada e que novos grupos de agricultores [de orgânicos] surjam nesse território", afirma o coordenador do projeto de certificação, Cláudio Lyrio.

Lyrio destaca ainda que a certificação, nesse molde participativo, deve continuar e se expandir a outras áreas produtivas. "É um marco para toda essa região, vamos ter um número de agricultores certificados dentro do escopo vegetal primário. Futuramente vamos trabalhar com os escopos agroindústria e animal".

A ação foi executada pela Associação Povos da Mata, organização contratada pelo Estado da Bahia por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). A iniciativa conta com co-financiamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e apoio do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa); Coopervida e Central da Caatinga. (Texto e foto: Assessoria de imprensa do evento Certificação Orgânica Participativa)

Nenhum comentário

PROFESSOR DOUTOR ALUÍSIO GOMES LANÇA LIVRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE NO BRASIL NESTA SEGUNDA (29)

O  publicitário e professor Aluísio Gomes lança nesta segunda-feira (29), o livro “Educação ambiental e sustentabilidade no Brasil”, às 19h, no Nobile Suítes Del Rio, situado na Avenida Cardoso de Sá, n° 215, na Orla II de Petrolina. O evento será aberto ao público.

Aluísio Gomes participou este ano da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 3 e 12 de dezembro do ano passado.

Na oportunidade, o publicitário e professor doutor Aluísio Gomes. lançou o livro Educação Ambiental e Sustentabilidade no Brasil-entre o discurso político e as práticas educativas no ensino superior.

De acordo com Aluisio Gomes o livro tem como objetivo fazer conhecer através de representa ações sociais, os eixos relacionados com a Educação Ambiental em professores, alunos, dirigentes de instituições do ensino superior e representantes políticos, bem como as possíveis lacunas entre os respectivos discursos e práticas educacionais. 

Aluisio Gomes é Professor Doutor em Educação, nasceu no sítio Buenos Aires, Fazenda Cacimba das Garças, na divisa dos municípios de Ouricuri e Petrolina, hoje Santa Cruz da Venerada, Pernambuco.

Desde os 16 anos Aluísio Gomes mora em Petrolina. É licenciado em Letras pela Universidade de Pernambuco, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Educação Ambiental, mestrando em Educação na Universidade Europeia Del Atlântico da Espanha, professor na Faculdades de Ciências Sociais e Aplicadas de Petrolina, defendeu sua tese de doutorado em Educação Ambiental e Sustentabilidade na Uncuyo – Universidade Nacional de Cuyo, Mendoza Argentina, Tese da qual gerou este livro.

"Com este livro espero contribuir para a compreensão da relação do ser humano para com a natureza, que o leve à Educação Ambiental com uma abordagem transdisciplinar. O ser humano desde sua origem mais remota é parte da natureza, independentemente do que interpretamos a partir das nossas visões, como o caso do antropocentrismo que considera ohomem como o centro do universo e da natureza como seu objeto", diz Aluisio.

Aluisio cita texto Rosacruz intitulado Ecologia Espiritual: "lembremo-nos de que o planeta Terra é nossa casa comum, o habitat da vida como nós a conhecemos e que ela não nos pertence, mas sim,a toda as espécies que nela tiveram origem e habitam, a grande maioria delas, muito antes que os seres humanos surgissem”.


Nenhum comentário

NADADORA ALICE ROCHA DESTACA AÇÃO ECOLÓGICA EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO

Uma ação chamou a atenção das pessoas que passeavam na orla de Juazeiro e Ilha do Fogo neste final de semana. Trata-se de um sábado e domingo, de limpeza nas orlas de Juazeiro e Ilha do Fogo. 

O Rio São Francisco vem sofrendo. Por dia, mais de 15 milhões de litros de esgoto são despejados no leito, sem tratamento. Isso sem contar com os resíduos sólidos. 

A nadadora Alice Rocha, em contato com o BLOG NEY VITAL, revela que dezenas de voluntários e parceiros se uniram para preservar o rio, que é essencial para a vida, e por isto a ação para desperta a consciência ecológica.

A atividade fez parte da programação do projeto "Menos Lixo, Mais Vida", promovida pela nadadora Alice Rocha e pela Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaurb). 

A ação teve a colaboração de pescadores e nadadores e empresas parceiras, como a Compare e Codevasf. Diversas crianças participaram ativamente da soltura dos peixinhos. 

LIXO: O ser humano precisa urgentemente rever os seus conceitos. É assustador a quantidade de lixo recolhida de dentro do Rio São Francisco. Muito plástico e garrafas, pneus, um tonel e celulares, que levam metais pesados em componentes e baterias.

Segundo a idealizadora do projeto "Menos Lixo, Mais Vida", a ideia surgiu da necessidade de despertar a colaboração da sociedade. 

"Nós que nadamos todos os dias percebemos que hoje encontramos mais lixo que peixes dentro do rio. Então, com essa iniciativa o principal objetivo é que a gente conscientize o máximo de pessoas possíveis, crianças, adultos, atletas e frequentadores da Orla inteira, para colaborar e não espalhar lixo nas margens do rio", ressaltou a nadadora Alice Rocha.

A ação ecológica também celebrou o Dia Mundial da Limpeza Pública.

Nenhum comentário

SEBASTIÃO BIANO, MORRE AOS 103 ANOS, MEMBRO DA FORMAÇÃO ORIGINAL DA BANDA DE PÍFANOS DE CARUARU

Morreu na tarde deste sábado (27), aos 103 anos, Sebastião Biano, membro da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru. O eterno "Beatle de Caruaru" estava internado no Hospital São Lucas, em Ribeirão Pires, no estado de São Paulo, há cerca de 10 dias.

Único membro que estava vivo da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru, o músico influenciou movimentos como a Tropicália e o Manguebeat. 'A música veio pronta para mim', afirmava o mestre.

Ainda chamada de Bandinha de Pífano Zabumba Caruaru, o grupo gravou o primeiro disco em 1972. "Música nativa, pura, cristalinamente brasileira, nascida dentro de canudos de mamão ou de bambu, com ritmo batido em couro de cobra. É som de Nordeste, som de Brasil", diz texto assinado por Luiz Queiroga na contra capa do álbum.

Os cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil reconheceram em vários depoimentos a importância da Banda de Pífanos para o surgimento da Tropicália. Foi em Caruaru que Gilberto Gil percebeu que era possível unir o arcaico e o ultramoderno para produzir uma música brasileira de vanguarda.

Conta a história que Gilberto Gil andava muito impressionado com o então recém-lançado single dos Beatles, Strawberry Fields Forever, em 1967, quando foi fazer uma temporada de shows em Pernambuco, em maio daquele ano. 

A sintonia divina com a música, fez com que ele escutasse a banda de pífanos tocar na rádio, por ocasião da transmissão da posse de Miguel Arraes em 1962, e quando soube que Carlos Fernando, um de seus cicerones locais, era caruaruense, pediu que o levasse a Caruaru para conhecer o grupo. Ao assistir à apresentação, Gilberto Gil teve um insight: o timbre dos pífanos se assemelhava às dissonâncias do mellotron, instrumento então de última geração utilizado na introdução do single dos Beatles".

Numa das suas composições, Forrozear, Gilberto Gil cita Sebastião Biano e a harmonia da Bande de Pife.. Uma das canções que impressionou Gilberto Gil naquela visita a Caruaru foi "Pipoca Moderna". A música instrumental de Sebastião Biano abre o disco Expresso 2222, lançado em 1972 e o primeiro após o exílio em Londres.

A contribuição para a música brasileira rendeu prêmios nacionais e internacionais. A Banda de Pífanos de Caruaru venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Grupo Regional de Raiz, com o disco Banda de Pífanos de Caruaru: No Século XXI, em 2004. Um ano depois, com o mesmo álbum, levou o Prêmio TIM de Música de Melhor Grupo na categoria regional.

Filho de uma família retirante da seca, nasceu em Mata Grande, no Sertão de Alagoas, e atravessou o século XX tocando pífano. Nos anos 1970, já com a banda conhecida em todo o país, estabeleceu-se em São Paulo, onde reside atualmente.

O sobrinho de Sebastião Biano, João Biano, informou que o tio estava com dificuldade para respirar e se alimentar. Foi quando a família decidiu levado até uma unidade de saúde. "Entrou água no pulmão e ele foi piorando até o dia de hoje, infelizmente", lamentou.

De acordo com João, o horário do sepultamento não foi definido, mas será na cidade de Suzano, também em São Paulo, no domingo (28). "A banda vai se apresentar e cantar 'Sebastião Biano, Banda de Pífano Agreste Azul...' Foi-se Sebastião Biano, mas ficou Caruaru", ressaltou o sobrinho do "Beatle de Caruaru".

Por meio de nota, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, disse que recebeu, "com profunda tristeza, a notícia do falecimento do mestre pífano, Sebastião Biano, grande homem que tanto representou Carauru e nossa cultura. [...] Toda a equipe da Prefeitura de Caruaru, lamenta, profundamente, a partida deste grande nome da cultura popular. Aos amigos, familiares e colegas, nossos sinceros sentimentos".

OS 100 ANOS: Sebastião Biano, um dos maiores nomes da música brasileira, chegou aos 100 anos em 23 de junho de 2019, véspera de São João. O retorno a Caruaru, cidade no Agreste de Pernambuco onde passou grande parte da vida, aconteceu três anos após receber o título de Cidadão Caruaruense.

Naquele ano, ele foi um dos homenageados do São João 2019 do município e também se apresentou nos festejos juninos. Filho de uma família retirante da seca, nasceu em Mata Grande, no Sertão de Alagoas, e atravessou o século XX tocando pífano. Nos anos 1970, já com a banda conhecida em todo o país, estabeleceu-se em São Paulo.

Sebastião Biano aprendeu a tocar pífano aos cinco anos de idade. Ainda na infância se apresentou para o cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião, cena que não sai da memória do artista.

"Ele chegou com um chapéu de couro na cabeça, armado, com dois 'bisacos' de bala e cartucheiras no 'bucho'. Ele saiu pesado de dentro do mato com os cangaceiros, eles pareciam uns bichos. Lampião mandou tocar o toque dele. Foi o que ele pediu e nós tocamos", relembrou Biano em entrevista à TV Asa Branca em 2015.

Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial