IRMÃ E SOBRINHO DO PADRE JOÃO CÂNCIO, CRIADOR DA MISSA DO VAQUEIRO DE SERRITA MORAM EM PETROLINA

A Missa do Vaqueiro, na cidade de Serrita, este ano em sua 52° edição, a festa traz o sagrado e o profano, preservando assim as tradições, a cultura e a fé do povo sertanejo. Este ano completa 33 anos de morte do Padre João Câncio. Ele juntamente com Luiz Gonzaga e o poeta Pedro Bandeira idealizaram e criaram a Missa do Vaqueiro de Serrita, Pernambuco.

Em Petrolina a reportagem do BLOG NEY VITAL, com exclusividade, encontrou parte da história que deve ser contada, e está no sangue (DNA) dos fatos que se tornaram páginas que as novas gerações precisam conhecer. Trata-se da irmã de João Cancio, dona Maria Helena Santos Costa e de Fabricio Alex Santos Costa, sobrinho. 

Eles moram em Petrolina e são testemunhas do tempo vivido por um João, que se tornou, Padre, casou e se tornou quase lenda nos sertões. Padre João Câncio foi o fundador da Pastoral dos Vaqueiros.

Detalhe: na capa do disco LP 1988, Missa do Vaqueiro,  consta Fabricio presente no altar em Serrita durante a última participação de Luiz Gonzaga na missa. Entre os celebrantes estava o bispo emérito de Petrolina, Dom Paulo Cardoso. Uma autêntica e histórica reunião de vaqueiros contada através de canções que homenageiam e retratam a coragem, a força e a fé do homem sertanejo. É assim que pode ser definida a Missa do Vaqueiro. 

Todavia, nascida em 30 de abril de 1946, Maria Helena vai logo afirmando: "História que tem muitas páginas que precisam ainda ser contadas", ri Helena, no vigor da alegria e da memória que guarda os fatos. Na família ela é a única mulher. Além de Maria Helena vivem Daniel, Antonio e Avelino. Luiz já faleceu. "João me chamava de "Neguinha".

"Lembro quando meu irmão resolveu ser Padre e entrar no seminário. Foi uma surpresa. Tenho lembranças da primeira Missa do Vaqueiro de Serrita e das conversas entre Luiz Gonzaga e meu irmão. Eles queriam justiça pela morte do vaqueiro Raimundo Jacó, assassinado. Com o passar do tempo tudo foi se modificando, esquecendo o lado cultural, o protesto e de fé da missa", revela, Maria Helena.

Enquanto foi Padre, João foi da ala progressista ligada a igreja. Atuante na região João Cancio contribui para fortalecer o nome do sertão. "Infelizmente vim tomar conhecimento que escreveram a biografia dele pelas redes sociais, não consultaram a família".

Fabricio faz referência que ao contrário do que ocorre agora durante as homenagens do 30 anos de morte do Padre João, a biografia escrita pelo jornalista Machado Freire, com o título, João Cancio-a saga do Padre Vaqueiro, esta sim, o autor manteve contato com a família. "Uma das ideias do meu tio era que durante a semana da Missa do Vaqueiro fosse realizado seminário, palestras para fortalecer e valorizar cada vez mais o lado cultural e da história", conta Fabricio.

Maria Helena revela que o seu irmão João Cancio exerceu também  a função de diretor do Colégio Dom Bosco de Petrolina e do Colégio Barbara de Alencar, em Exu, Pernambuco.

Os restos mortais do Padre João Cancio encontra-se no Cemitério Campos das Flores, em Petrolina.

A Missa do Vaqueiro, um dos maiores eventos culturais dos Sertões, tem sua origem na história de Raimundo Jacó, um vaqueiro habilidoso que, segundo a história, foi assassinado numa emboscada por um desafeto da profissão. 

A história de coragem se transformou num mito do Sertão e três anos após o trágico fim, sua vida foi definitivamente consagrada pelo canto e voz  de Luiz Gonzaga. 

O Rei do Baião, que era primo de Jacó, transformou a música “A Morte do Vaqueiro” numa das mais conhecidas e emocionantes canções brasileiras. Os versos da música foram feitos em 1957 por Nelson Barbalho durante uma conversa com Luiz Gonzaga, que lhe contou sua vontade de prestar uma homenagem ao primo e a dificuldade por sempre se emocionar quando pensava na história. 

Por volta de 1974, Luiz Gonzaga solicitou ao amigo Janduhy Finizola, em frente a centenas de vaqueiros, que criasse uma música especialmente para a missa. Nem um pouco intimidado, Janduhy declarou que não faria uma, mas sim todas as músicas, todas seguindo a estruturas dos ritos da igreja, tendo sempre como protagonistas o vaqueiro e a religião.

Nos anos 70  todas as composições foram gravadas, com a liberação do Rei do Baião e Janduhy, e então Quinteto Violado, que estava em início de carreira, grava. "Tenho história para contar o ano inteiro", finalizou dona Maria Helena.


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FESTIVAL LITERÁRIO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO BATE RECORDE DE PARTICIPANTES

O terceiro dia do Festival Literário do Sertão do São Francisco, FliSertão, foi um sucesso de público. De acordo com os organizadores, mais de 20 mil pessoas prestigiaram as atividades desenvolvidas na última quinta-feira(21), principalmente, no polo do Centro de Convenções, além da programação no Parque Josepha Coelho e eventos satélites na cidade e zona rural. Unidos pela certeza de que a literatura pode, sim, mudar a vida das pessoas, a Prefeitura de Petrolina, por meio da secretaria de Educação, Cultura e Esportes e Andelivros, pretende através do Festival, incentivar e promover o gosto pela leitura e pela arte de toda a comunidade.

Apresentações culturais, peças teatrais, exposições de Arte Terapia, recitais, lançamento de livros de autores locais, com a presença e conversa entre o público e os escritores, exibição de curtas, oficinas, contação de história e feira de livros, movimentaram o evento em seu terceiro dia de programação.

 A feira foi aberta ao público às 9h e, ao longo do dia, alunos, professores e os petrolinenses curtiram todas as atrações e novidades do festival. Um dos momentos mais esperados do evento foram as palestras com o ambientalista Vitor Flores e do ator e dramaturgo, Rodrigo França, que foram centradas na conscientização ambiental e cultural da sociedade.

 Encerrando a terceira noite de forma mais que especial, Santanna - o Cantador, que reúne uma extensa bagagem na música, mais precisamente no forró, apresentou um grande show, aliando forró à literatura, em uma apresentação que lotou o Centro de Convenções, conquistando o público presente. "É uma grande honra participar de um evento literário como este, principalmente em nosso sertão. Uma grande festa em Petrolina, que está atraindo muitos amantes da leitura e de outras linguagens culturais", destacou Santanna. 

O Flisertão está reunindo mais de 42 estandes de editoras e livrarias, local onde os estudantes e professores da Rede municipal estão trocando seu bônus-livro. Nesta sexta-feira (22), quarto dia do FliSertão, destaca-se na programação as palestras com Dr. Felicidade, às 16h, e com a sexóloga Laura Muller, às 19h, no polo do Centro de Convenções. Já no Parque Josepha Coelho acontecerão, atividades de recreação e culturais para o público infantil.

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TARGINO GONDIM, DOMINGUINHOS, ANSELMO GOMES E A SOMBRA DO JUAZEIRO

Targino Gondim. No último dia 20 de julho, Dia do Amigo. No carro a voz de Dominguinhos e Renato Teixeira cantando a música Amizade Sincera. A amizade com Targino Gondim me presentou, proporcionou conhecer o professor, poeta e advogado Anselmo Gomes. 

Anselmo Gomes, já "partiu", desencarnou, viajou para o sertão da eternidade. É habitante de uma nova morada". Mas a alegria, as boas palavras, ações e pensamentos seguem...

Muitas vezes, lá em Exu, Pernambuco, na Varanda do Rei do Baião, Anselmo dialogava: Targino Gondim possui os segredos e nuances da noite estrelada. Cheio de sabedoria aprendeu com "Seu Targino", Luiz Gonzaga e Dominguinhos e bebeu na fonte dos vaqueiros cantadores de viola e por isto  sabe divisar o Cruzeiro do Sul do Sete Estrelo. Este sentimento poético, revelador encontramos em Zé Marcolino, Humberto Teixeira, Zé Dantas. 

Anselmo foi um dos primeiros parceiros na arte de compor com Targino Gondim, Targino no início da trajetória musical. Então, lembrei das músicas de Targino Gondim que gosto de todas. Principalmente das inéditas, ainda não conhecidas do público. Tenho o privilégio de ser amigo desse sanfoneiro e sei que os próximos anos é mais sucesso, novas músicas. Muita música boa no matulão.

Mas quero aqui confessar que meu sentimento bate mais forte quando escuto Na Sombra do Juazeiro, composição de Anselmo Gomes que Targino Gondim gravou e que Dominguinhos numa tarde ao pôr do sol lá em Exu, terra de Luiz Gonzaga revelou ser bonita demais.

Na Sombra do Juazeiro, é tema de saudade, amores, é expressão de sonho, desejo e angústia. Na canção a natureza é solidária até no sofrimento.

Vejamos:

"No meu pé de serra na sombra do juazeiro eu passo o dia inteiro pra ver ela passar mas ela não vem e eu fico esperando sozinho, lamentando aguardando por meu bem/.

E toda quinta-feira lá tem arrasta pé, Vixe, como tem mulher e tanta brincadeira vai amanhecendo o dia e eu fico esperando sozinho, matutando mas não vem quem eu queria/.

Oh tanta malvadeza faça isso comigo não se tens tanta certeza que é teu meu coração na próxima quinta-feira passe logo bem cedinho estou louco por teus carinhos e pra dançar um forrozão...

É por isto que Na Sombra do Juazeiro é minha preferida pois embala, encanta, vibra o sentimento. É um mistério que emudece. Targino Gondim e Anselmo Gomes foram contagiados aqui no ritmo, melodia e harmonia e fizeram uma música mais brasileira, tipo exportação, materializando o real sentido da palavra cultura.

Na Sombra do Juazeiro é o desenho cósmico da natureza-homem-mulher, expressão no choro solitário de dor na união dos destinos. É o juazeiro simbolo de resistência.

Que Santa Cecília protetora da música, ilumine Targino Gondim e a sua sanfona...

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PAPA DIZ QUE CLIMA EXTREMO É VOZ DE ANGÚSTIA DA TERRA, MÃE NATUREZA

O papa Francisco pediu hoje (21), no Vaticano, aos líderes mundiais que prestem atenção ao "coro de gritos de angústia" da Terra, decorrente das mudanças climáticas, condições climáticas extremas e perda de biodiversidade.

Em uma mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, ele solicitou às nações que enfrentem as mudanças climáticas com a mesma atenção de desafios globais como guerras e crises de saúde, dizendo que o aquecimento global prejudica mais as populações pobres e indígenas.

Francisco afirmou que os países ricos têm uma "dívida ecológica" porque são eles que causaram a maior poluição ambiental nos últimos dois séculos, prejudicando o ritmo da natureza.

"Tragicamente, essa doce canção é acompanhada por um grito de angústia. Ou melhor ainda: um coro de gritos de angústia. Em primeiro lugar, é nossa irmã, mãe Terra, que grita. Vítima de nossos excessos consumistas, ela chora e implora que acabemos com nossos abusos e com a destruição dela", escreveu.

Serviços de emergência têm atuado contra incêndios florestais em partes do sul da Europa em meio a ondas de calor brutais nesta semana, provocando alertas de que a luta contra as mudanças climáticas precisa ser intensificada.

O apelo ocorre alguns dias antes de o papa partir para uma viagem ao Canadá, onde se reunirá com indígenas em Iqaluit, no ártico canadense, que faz parte da região de aquecimento mais rápido da América do Norte.

"Expostos à crise climática, os pobres sentem ainda mais gravemente o impacto da seca, inundações, furacões e ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes", disse o papa.

Ele acrescentou que, "da mesma forma, nossos irmãos e irmãs dos povos indígenas estão clamando. Devido a interesses econômicos predatórios, suas terras ancestrais estão sendo invadidas e devastadas por todos os lados, provocando um grito que sobe aos céus."


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RADIALISTA EDENEVALDO ALVES RECEBE MEDALHA SENADOR NILO COELHO NESTA QUARTA-FEIRA (20)

São 57 anos de vida e destes, 40 , dedicados à comunicação no Vale do São Francisco. Edenevaldo Alves recebe a Medalha Senador Nilo Coelho, nesta quarta-feira (20), como reconhecimento pelo seu trabalho em todos esses anos.

A honraria foi criada através da Lei Municipal 868, de 19 de agosto de 1999. É outorgada pelo Poder Executivo Municipal como gesto de justiça e reconhecimento àqueles que prestaram ou prestam relevantes serviços a Petrolina (PE).

O comunicador José Edenevaldo Alves iniciou sua carreira como radialista em 1982, na Rádio Grande Rio AM e trabalhou nos principais meios de comunicação do Vale, como a Emissora Rural, onde começou o “Programa Edenevaldo Alves”, em 1997. Em 25 anos, o programa continua líder em audiência até os dias atuais, pela Rádio Petrolina FM. No virtual, comanda o blog que leva seu nome e há sete anos leva informação com credibilidade à população.

Edenevaldo é casado com Suzana Borges Medrado Alves e pai de Monalisa, Maria Fernanda e André. Possui graduação em secretariado executivo e é pós graduado em Gestão de Pessoas pela Facape.

“Como filho dessa terra, nascido no hospital Dom Malan e apaixonado por Petrolina, me sinto hoje como se fosse uma criança que ganhasse seu primeiro brinquedo, vocês nem imaginam o orgulho que estou em receber tamanha honraria! Obrigado a todos que fazem o poder público municipal, o prefeito Simão Durando e quero compartilhar essa homenagem com minha família, todos que fazem minha família, meus ouvintes queridos do rádio, leitores do blog e claro meus seguidores do Instagram e em especial minha mulher Suzana, minhas filhas Monalisa e Maria Fernanda e meu filho André. Quero ainda registrar minha gratidão a Deus, porque nada disso seria possível sem a Sua permissão”, agradeceu.

A entrega da medalha Senador Nilo Coelho acontece nesta quarta-feira (20), a partir das 19h, na Câmara de Vereadores de Petrolina.

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EXPOSIÇÃO CELEBRA OS 50 ANOS DO MOVIMENTO ARMORIAL. MOVIMENTO FOI CRIADO POR ARIANO SUASSUNA

Personagem recorrente na obra do dramaturgo, professor, pintor e escritor Ariano Suassuna (1927-2014), a Onça Caetana é quem dará as boas-vindas ao público que visitar a exposição Movimento Armorial 50 Anos a partir desta quarta-feira (20) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB SP), no centro da capital paulista. A exposição, gratuita, segue até o dia 26 de setembro.

Símbolo da morte, a Onça Caetana já foi representada de várias formas pelo próprio escritor. Uma delas foi registrada em uma de suas iluminogravuras, uma técnica que alia a iluminura [decoração de letras capitulares] com os processos de gravação em papel.

 Em uma das pranchas do álbum Dez Sonetos com Mote Alheio, Suassuna desenhou a Onça Caetana de corpo amarelo e bolinhas vermelhas e asas imensas. E é essa forma que acabou sendo escolhida pelos bonequeiros mineiros Agnaldo Pinho, Carla Grossi, Lia Moreira e Pedro Rolim para virar uma imensa e bela escultura, que agora figura no espaço central do térreo do CCBB.

“A Onça Caetana foi desenhada pelo Ariano Suassuna. Vocês vão ver, na exposição, que ele a representou diversas vezes. A onça é uma mitologia do folclore nordestino. E conseguimos um bonequeiro de Belo Horizonte, que nos fez essa onça maravilhosa, que nos recebe logo na entrada”, disse Denise Mattar, curadora da exposição.

A Onça Caetana e as iluminogravuras fazem parte do Movimento Armorial, que foi lançado por Suassuna em 1970, no Recife, com a proposta de produzir uma arte brasileira ligada às raízes da cultura popular, mas ao mesmo tempo erudita e universal. O movimento percorreu diversos caminhos: passou pela pintura, pela música, pelo teatro, pela dança e pela literatura. Dessa forma, reuniu a literatura de cordel, a música de viola, a xilogravura, o maracatu, a cavalhada e o reisado.

“Pensei em reunir um grupo de artistas que atuassem em todas as áreas e que tivessem preocupações semelhantes às minhas para que nós, juntos, procurássemos uma arte brasileira erudita fundamentada nas raízes populares da nossa cultura. E, através dessa arte, a gente lutar contra esse tal processo de descaracterização da cultura brasileira", descreveu Suassuna certa vez sobre o movimento, em uma entrevista.

A exposição, que já passou pelos CCBBs de Belo Horizonte e Rio de Janeiro, apresenta 140 obras, algumas delas que jamais tinham deixado o Recife. Além de Suassuna, há também trabalhos de sua esposa Zélia Suassuna, Francisco Brennand, Gilvan Samico, Aluísio Braga e Lourdes Magalhães. A curadoria é de Denise Mattar e a coordenação geral de Regina Rosa de Godoy.

Diferentemente dos demais espaços por onde já passou, em São Paulo a mostra traz ainda duas novidades. “Temos dois momentos que não estiveram nas outras exposições: no primeiro andar vamos ter um espaço para a xilogravura. As pessoas vão poder visitar a exposição e fazer uma xilogravura. E um segundo momento é uma obra que está no terceiro andar, chamada Bumba meu boi, do Francisco Brennand”, disse Regina Godoy.

EXPOSIÇÃO: Após encontrar a Onça Caetana, o visitante será conduzido ao quarto andar do edifício, onde está o núcleo Ariano Suassuna, Vida e Obra, que apresenta uma cronologia ilustrada, livros e manuscritos do escritor e vídeos de suas famosas aulas-espetáculos. Nesse andar também se encontra o famoso alfabeto sertanejo.

Já no terceiro andar estão os figurinos criados pelo artista pernambucano Francisco Brennand (1927-2019) para o filme A Compadecida (1969), de George Jonas, baseado na peça O Auto da Compadecida, de Suassuna. Além dos desenhos originais, esse núcleo apresenta as roupas dos personagens do filme que foram recriadas para a exposição, com exceção do figurino da personagem da Compadecida, que é original e foi usado pela atriz Regina Duarte para o filme.

O segundo andar, por sua vez, apresenta os dois momentos do Movimento Armorial: a chamada fase experimental e a segunda fase. Na fase experimental, com o início do movimento, há apresentação dos trabalhos de Fernando Lopes da Paz e Miguel dos Santos e uma sala especial dedicada à obra de Gilvan Samico. Aqui também se apresenta um resgaste da Orquestra e do Quinteto Armorial, grupos que criaram uma música erudita com influência popular. Já na segunda fase se encontram as iluminogravuras de Suassuna, a tapeçaria e as cerâmicas feitas por sua esposa Zélia Suassuna e os espetáculos do grupo de dança Grial.

No primeiro andar do edifício do CCBB serão apresentadas as produções de cinema, teatro e TV que adaptaram os livros de Suassuna. Nessa andar também haverá espaço para as oficinas de xilogravura e contações de histórias. “Também criamos um espaço, com uma parede imantada, com elementos das iluminogravuras que as crianças vão poder montar”, disse a curadora.

A exposição termina no subsolo, onde se encontram xilogravuras assinadas pelo mestre J.Borges [que está sendo homenageado, em São Paulo, em uma exposição no Centro Cultural Fiesp], além de referências a folguedos populares como o maracatu, o reisado e o cavalo-marinho, reunindo máscaras, trajes, fotos, estandartes e adereços.

A partir de agosto, o público poderá ter um contato mais próximo com o Movimento Armorial, com uma programação paralela à exposição: haverá uma aula espetaculosa apresentada pelo filho de Suassuna, Manuel Dantas Suassuna, bate-papos e uma série de espetáculos musicais. Além disso, haverá um tour virtual pela exposição, com duas horas de música armorial, por meio do acesso ao QRCode que estará localizado em alguns lugares da mostra. Também está sendo disponibilizada uma playlist no Spotify do Banco do Brasil.

“A exposição fica fixa até setembro e, além dela, temos eventos complementares: cinco encontros para a música e também temos as conversas que vão versar sobre artes plásticas, música, teatro e dança e vai mostrar essa efervescência cultural”, disse a coordenadora geral da mostra, Regina Godoy, em entrevista à Agência Brasil.

“Eu faço parte desse universo nordestino que está aqui. Sou filha desse universo. Minha mãe veio para cá, para São Paulo. Para mim, é uma honra trazer esse sonho para cá, fazendo essa ponte para que essas raízes sejam lembradas e homenageadas. Espero que as pessoas que visitarem a exposição se reconheçam aqui, se reconectem com essa arte que existe dentro delas”, destacou Regina.

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RÁDIO JUAZEIRO: PROGRAMA MENSAGEIRO RURAL COMPLETA 36 ANOS

O programa de Rádio Mensageiro Rural completa, hoje (20), 36 anos no ar. Apresentado pelo professor do curso de Agronomia do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, em Juazeiro, engenheiro agrônomo, extensionista rural e radialista, José Humberto Felix de Souza. É o programa de maior audiência do Vale do São Francisco.

O Mensageiro Rural foi criado em 1986, pelos agrônomos e extensionistas rurais, José Humberto Felix de Souza e Erinaldo Bezerra da Silva, a iniciativa esteve vinculada à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) da Bahia, transformada em Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e hoje Bahiater, até 1997.  

Atualmente o programa é apresentado pelo professor José Humberto e participação do professor Rubens Carvalho.

O vereador Mitu destaca que o programa estabelece diálogo com as comunidades rurais e transmite informações técnicas para os agricultores. "Tenho uma grande participação neste programa e sem sombra de dúvidas ele soma mais ainda na vida dos nossos agricultores. São destacadas informações importantes sobre a área rural. Parabéns e desejo muito sucesso".

Fonte: Ascom Vereador Mitu do Sindicato

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