ALIANÇA DO BEM PNZ REALIZA AÇÃO ITINERANTE NESTA QUARTA-FEIRA (15) EM JUAZEIRO E PETROLINA

A Aliança do Bem PNZ realiza nesta quarta-feira (15), mais um Ação Itinerante. Desta vez o objetivo é distribuir o tradicional Munguzá com cerca de 100 Pessoas em Situação de Rua de Petrolina e Juazeiro. Arraiá da Aliança do Bem PNZ este é o tema da ação para este mês junino.

Fabricio Alex Santos Costa, fundador e presidente da Aliança do Bem PNZ diz que a ação contará com um Momento Musical nos Abrigos do Centro Pop das duas cidades com Ytalo e Maciel, Ivan Greg, Otavio Duarte.

"Levaremos também ração para os pets de rua e distribuição de máscaras. Aos voluntários que forem participar a orientação é levar álcool em gel e o uso da máscara é obrigatório". 

Ponto de Encontro:  Saída as 18H:15 da Rua Honório Ferreira, 59 Caminho do Sol Petrolina-PE.

Roteiro itinerante:

1ª Parada - 18H:20 Estacionamento do INSS em Petrolina-PE.

2ª Parada - 18h:25  - Praça Dom Malan / Praça Maria Auxiliadora / Praça 21 de Setembro / Orla 2.

3ª Parada- 18h:35- Hotel do Grande / Rodoviária de Petrolina. 

4ª Parada- 18h:50- Abrigo Municipal na Rua 14 s/n Jardim São Paulo em Petrolina.

5ª Parada - 19h:50 - Abrigo do Centro Pop em Juazeiro-BA.

6ª Parada- 20:45h - Catedral de Juazeiro.

O detalhe da Aliança do Bem PNZ é que além da distribuição de alimentos acontece o momento cultural.  A suavidade da música através da sanfona e violino e outros instrumentos contribuem para as atividades tenham a grandiosidade proporcionada pela cultura.


"A Aliança do Bem PNZ atua desde 2015 em Petrolina e Juazeiro. São varias ações, exemplo alimentação  para as pessoas em situação de rua e pessoas carentes. Desta vez, a meta é levar o arraiá da Aliança do Bem PNZ em mais um momento de aliviar a dor das irmas e irmãos que vivem em situação de rua ", avalia Fabricio Alex Santos Costa, fundador e presidente da Aliança do Bem PNZ.

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QUADRILHA JUNINA LUIZ GONZAGA DE EXU, PERNAMBUCO, PARTICIPA DO CONCURSO EM JUAZEIRO DA BAHIA

A Quadrilha Junina Luiz Gonzaga, da terra do Rei do Bahia, Exu, Pernambuco,  fez uma brilhante apresentação no Concurso de Danças de Quadrilhas realizado em Juazeiro Bahia.

Cores, passos sincronizados, alegria, tradição. Após dois anos sem apresentações, quadrilheiros de toda a região participaram do belíssimo espetáculo que foi o Concurso de Quadrilhas Juninas no pátio da Orla II de Juazeiro, na noite de Santo Antônio.

A Quadrilha Junina Luiz Gonzaga foi um dos destaques do concurso realizado nas margens do Rio São Francisco.

Nove quadrilhas participaram do importante evento que mantém viva a cultura popular do Nordeste. Entre temas como o pluralismo religioso, histórias de amor, o Sertão, as lavadeiras de Itapuã, aves da Caatinga, grupos de Petrolina, Casa Nova, Sobradinho e Exu, além de Juazeiro, encantaram o público que foi prestigiar a festa, que durou até o início da madrugada.

Na terra onde nasceu Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, o ano de 2022 iniciou literalmente e musicalmente com a efervescência da diversidade cultural através da dança.  A arte na terra onde nasceu Luiz Gonzaga a palavra tem poder que transforma. Wiharley Januario (Lalá Dance) cearense de Juazeiro do Norte, mora em Exu, Pernambuco desde os 05 anos de idade é o coordenador da Quadrilha Junina.

São quase 30 anos trabalhando com arte. Tem experiência em danças de rua e danças populares, é competidor e júri de battles de breaking, festivais de dança e eventos em todo Nordeste e Brasil, faz trabalhos ministrando workshops, oficinas e cursos de danças Populares e breaking. 

Lalá Dance Januário. É assim que é conhecido na região. Ele é Professor da modalidade Dança Fitness-aulas exclusivas para mulheres, foi dançarino de Flávio Leandro e banda Cabas de Gonzaga. É Diretor e b.boy do grupo Sertão breaking, Coordenador do projeto sociocultural de Hip Hop Geração Mulekes, diretor ator, cantor, dançarino e coreografo da Cia de Espetáculos Luiz Gonzaga e Quadrilha Junina Luiz Gonzaga, produtor cultural é idealizador do EDACRA – Encontro de Dança , artes e Cultura da Região do Araripe - Festival Multicultural, Batalha dos Mulekes, Exu Junino – Festival de Quadrilhas e Cultura Junina eventos esses todos realizados na cidade de Exu.


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ONALDO QUEIROGA: AUTENTICIDADES E GRATIDÕES

Juiz e Escritor Onaldo Queiroga
Tenho visto muitos artistas nordestinos  buscar em programas televisivos, de cunho nacional, a participação com o intuito de levar sua musicalidade e, assim, alcançar um espaço nacionalmente falando, ou seja, se tornar um artista conhecido em todo o país. Cantando o forró, o xote, o baião e outros ritmos nordestino, alguns conseguiram chegar as finais dos aludidos programas e até mesmo se tornarem figuras artísticas visíveis Brasil a fora.

Porém, o que nos deixa triste é constatar o que vem acontecendo com alguns desses artistas, que após andar sob o som dos ritmos nordestinos e, agora, sob os holofotes da fama, passaram a se afastar das suas origens. Não é que devem ficar presos ao mundo musical nordestino, pois sabemos que eles são dotados de capacidade de compor e de interpretação musical que possibilita o surgimento de trabalhos culturais em outras áreas. Mas a história tem demonstrado que é preciso ser autêntico.

É preciso trilhar pelas veredas dos sons que foram matrizes do nosso caminhar. Luiz Gonzaga fez sua história sem se afastar de suas raízes. É bem verdade que ele compôs e cantou chorinhos, valsas, tangos, frevos, guarânias e muitos outros ritmos, mas, nunca deixou sua estrada maior, a música nordestina. Ele sempre será lembrado como cancioneiro do nordeste e, sua atuação nesses outros ritmos serão apenas detalhes enriquecedores da sua biografia.

Será ingratidão se projetar nacionalmente tomando por base uma história musical e, logo após subir degraus da fama colocar essa memória musical em segundo plano? Faz tempo que aprendi que devemos ser autênticos na vida. Devemos ser real, nos comportar sem deixar dúvidas de onde viemos, jamais negar as origens, ou, nos afastar delas, pois assim, corremos riscos de nos perder no caminho. Mas a vida é assim, muitas vezes é preciso se perder para darmos valor a autenticidade.  (Texto: Juiz, Pesquisador e Escritor-Onaldo Queiroga)

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I FEIRA NORDESTINA DA AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA SERÁ REALIZADA EM NATAL, RIO GRANDE DO NORTE

O Rio Grande do Norte sediará a I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes). O evento, que acontece entre os dias 15 e 19 de junho no Centro de Convenções em Natal, terá como mote central “A grande festa da colheita”. 

O ex-presidente Lula se reunirá com os governadores e visitará stands dos agricultores na feira nesta quinta-feira, 16. Com o objetivo de fortalecer iniciativas de integração de políticas públicas em torno do Programa de Alimentos Saudáveis do Nordeste  (PAS/NE), principal bandeira dos estados que fazem o Consórcio Nordeste, o governo do RN investiu R$ 640 mil para a promoção da feira.

A iniciativa da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste é coordenada pela Governadora Fátima Bezerra, por meio das secretarias de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sedraf), Emater-RN e Fundação José Augusto (FJA).

“É um orgulho para o Rio Grande do Norte sediar a Feira e prestigiar as centenas de cooperativas, associações e expositores de todo o Nordeste que estarão mostrando seus resultados e potencialidades. A agricultura familiar e a economia solidária são pilares fundamentais da melhoria da vida no campo, além de garantia de alimento saudável e do fortalecimento de alternativas agroecológicas”, destaca Fátima.

O presidente do Consórcio Nordeste e governador de Pernambuco (PE), Paulo Câmara, ressalta a importância do fortalecimento da cooperação e da união dos nove estados nordestinos, que visam impulsionar potenciais econômicos em comum como as boas práticas de gestão e planejamento.

A 1ª Edição da Feira Nordestina de Agricultura Familiar e Economia Solidária pretende fortalecer iniciativas que busquem promover, divulgar e comercializar os produtos advindos da produção familiar.

Conforme os organizadores, a feira também será um espaço estratégico para reafirmação da nossa identidade cultural, de valorização dos saberes e sabores que marcam e caracterizam o povo nordestino.

A estrutura do evento será realizada por meio da locação do Centro de Convenções de Natal-RN, que vai disponibilizar estandes,  quiosques, palco, pavilhão dos estados e apresentações culturais.

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CURAÇÁ: ENTIDADES COMEMORAM REINTRODUÇÃO DA ARARINHA AZUL E DESTACAM RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

Emoção, sensação de dever cumprido, olhos brilhando e muita alegria. Foi esse o misto de sentimentos que cientistas, parceiros e comunidade dividiram neste sábado (11), com a soltura do primeiro grupo de 8 ararinhas-azuis nos céus de Curaçá, no norte da Bahia, seu habitat natural.

20 anos após serem consideradas extintas, um Acordo de Cooperação entre o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e a Ong alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP) foi possível realizar o feito, considerado por muitos como impossível.

Após a soltura, que ocorreu no início da manhã de ontem, com público restrito, para garantir a segurança  das aves, a equipe participou de uma coletiva de imprensa, que contou também com a presença da comunidade no Teatro Raul Coelho, na sede de Curaçá.

Com o espaço lotado, a tarde foi iniciada pelo artista Fernandinho e a Galeota das Artes, que recepcionaram os presentes com autênticos forrós e também uma música em homenagem à Ararinha-azul. Logo depois, o vídeo oficial do momento emocionante da soltura foi exibido, arrancando aplausos, sorrisos e lágrimas de todos.

De forma tímida, as pequenas araras foram saindo do viveiro e descobrindo um mundo além de onde viviam.

De acordo com o diretor da ACTP, Cromwell Purchase, o momento era de celebração. "Depois de anos dando tudo por este projeto, nós finalmente demos o pontapé inicial para que possamos ouvir o canto das ararinhas-azuis ecoando novamente na Caatinga".

Sentimento dividido com o Presidente do ICMBio, Marcos Simanovic, que, além de destacar o trabalho árduo dos últimos anos para a reintrodução das ararinhas-azuis, também falou sobre a responsabilidade de todos na fiscalização das ararinhas-azuis em seu habitat. "Tenho certeza que todos nós que estamos aqui hoje vamos ser fiscais para que ninguém mal intencionado queira pegar as ararinhas-azuis novamente. Além disso, todas as aves são monitoradas e possuem chips para que possamos seguir com elas em nosso radar", explicou.

O diretor da Blue Sky Global, Hagen Kahmann, também comentou sobre o trabalho árduo até o dia de hoje se tornar realidade. "Após um caminho árduo, estamos aqui hoje fazendo o que ninguém imaginava ser possível. O projeto vai além da soltura das ararinhas-azuis, mas também dar suporte às comunidades da caatinga, ajudando na manutenção da biodiversidade local", diz.

Após as respostas à imprensa, outro momento simbólico marcou a data. O Diretor da Blue Sky Global, Hagen Kahmann, o presidente do ICMBio, Marco Simanovic e a gerente do Banco do Nordeste de Juazeiro, Marizângela Dias, assinaram uma Carta de Intenções para garantir a segurança hídrica, energética e ambiental da região onde as ararinhas-azuis residem e o seu entorno.

O dia foi finalizado com apresentações culturais de Curaçá, além da participação da comunidade indígena Tumbalalá. (FONTE: Texto: Ascom BlueSky)

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ARARINHAS AZUIS VOAM NA LIBERDADE DOS CÉUS DOS SERTÕES DE CURAÇÁ, BAHIA

Oito ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) ganharam vida livre neste sábado (11), em Curaçá, no sertão baiano. A cidade que fica no norte do estado é o habitat natural da espécie, que foi considerada extinta da natureza há 22 anos.

A soltura é uma das etapas do Plano de ação Ararinha-Azul, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), e parceria com a ONG ACTP e instituições privadas que apoiaram o projeto.

A ação de soltura foi restrita a pesquisadores envolvidos no projeto e representantes do Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e da Prefeitura de Curaçá.

As ararinhas soltas neste sábado são cinco fêmeas e três machos que nasceram e foram criadas em um viveiro mantido pela ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), especializada em cuidar de papagaios ameaçados.

Com elas, foram soltas oito araras maracanãs, que também ocorrem caatinga baiana, e que tiveram a missão de “treinar” as ararinhas-azuis dentro do viveiro para ensiná-las como sobreviver em vida livre. A interação entre as aves das duas espécies animou os pesquisadores.

“As maracanãs ensinaram às ararinhas como faz a apreensão dos alimentos e essa interação do ambiente que elas estão ao redor. Por exemplo, as maracanãs de fora começaram a habitar o recinto onde as ararinhas estavam em grupo e isso ajudou bastante na readaptação delas. Inclusive, a se adaptar com os itens alimentares que elas vão encontrar aqui na caatinga”, explicou Camile Lugarine, analista ambiental e coordenadora executiva do Plano de Ação Nacional Para a Conservação da Ararinha-Azul.

Os pesquisadores vão acompanhar a adaptação das ararinhas em vida livre por meio de um rádio colar que foi instalado em todas que foram soltas. Além disso, vai ser feito o monitoramento constante área em que elas devem circular, que tem muitas árvores caraibeiras, as preferidas das ararinhas-azuis para dormir.

Uma outra soltura está programada para dezembro desse ano, quando outras 12 ararinhas-azuis que vivem na Unidade de Conservação em Curaçá devem ganhar vida livre. Até lá, os pesquisadores esperam já ter bons resultados da soltura experimental, feita neste sábado.

O projeto prevê que ararinhas sejam soltas na natureza em Curaçá nos próximos 20 anos. Para isso, elas vão continuar a reprodução em viveiros na Alemanha e no Brasil, e espera-se que logo estejam se reproduzindo no habitat natural.

Endêmica de Curaçá, a última ararinha-azul foi vista na zona rural da cidade há mais de 20 anos, na companhia de uma fêmea de outra espécie, a arara Maracanã, e depois sumiu.

Até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu com a última ararinha-azul vista em Curaçá, no sertão baiano, único lugar de ocorrência da espécie em vida livre.

Os pesquisadores atribuem a extinção da espécie principalmente ao tráfico de animais e à destruição de parte do bioma da Caatinga.

Ambientalistas e pesquisadores trabalham juntos desde 2009 no projeto de reintrodução das ararinhas na natureza. Em 2012, foi criado o Plano de Ação para Conservação da Ararinha-Azul (PAN), que inclui a reintrodução dessa rara ave brasileira no território de origem.

“É um ato simbólico que representa muita coisa. Representa um progresso muito grande de conservação, que a gente acredita que a gente pode recuperar as espécies em extinção e a ararinha-azul ela representa isso. Esse projeto representa o que a gente biólogo e os amantes da natureza fazem em prol da conservação, que a gente faz isso com paixão, isso é o mais gratificante”, disse Eduardo Araújo Barbosa, coordenador do PAN Ararinha-Azul (ICMBio).

O trabalho do plano de ação começou com o rastreamento das últimas ararinhas-azuis que existiam no mundo, todas em cativeiros. A maior parte dela, segundo os pesquisadores, foi encontrada no Catar.

Mais de 100 foram resgatadas e levadas para o viveiro da ONG alemã ACTP, no país europeu. Na instituição, as ararinhas passaram por um processo de reprodução natural e também reprodução artificial, para então alguns exemplares serem trazidos para o Brasil. Hoje, existem pouco mais de 200 ararinhas-azuis no mundo, a maior parte delas na Alemanha.

“Foi desafiadora a questão genética. Pelo baixo número de indivíduos, normalmente, eles são parentes, e a população precisa de variabilidade genética, e os casais, às vezes, não têm afinidade. Então, a gente precisou lançar muito de um recurso que é a inseminação artificial, que permitiu para a gente parear animais, do ponto de vista artificialmente falando, para reprodução. E foi o que permitiu prosperar essa população em cativeiro”, explicou Eduardo Araújo.

Depois de um acordo de Cooperação Técnica entre ICMBio, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e a ONG alemã ACTP, mais de 50 ararinhas-azuis foram repatriadas e trazidas para o Brasil em 2020.

Elas foram levadas direto para um centro de reprodução foi construído em uma área isolada na zona rural de Curaçá para receber as ararinhas. No recinto, nasceram filhotes da espécie em março do ano passado.

O acesso ao local é restrito a pesquisadores da ONG alemã ACTP e do ICMBio. No entorno, foi criada a uma Área de Proteção Ambiental (APA) de 90 mil hectares e um Refúgio de Vida Silvestre da ararinha-azul, com 30 mil hectares.

Antes da soltura, uma força-tarefa na região preparou o perímetro que deve ser ocupado pelas ararinhas. Árvores com possíveis riscos de predadores receberam marcações, outras foram escolhidas para receber alimentadores que vão ser abastecidos pelos pesquisadores para garantir a nutrição das ararinhas fora do viveiro.

A soltura deste sábado foi feita no esquema soft release ou soltura branda. As portas do recinto aonde as ararinhas estavam foram abertas e elas podem voltar e sair novamente quando quiserem.

Os pesquisadores e ambientalistas também instalaram alimentadores na área em que as ararinhas devem ficar inicialmente, que vão ser abastecidos diariamente nessa primeira etapa de soltura.

“Os alimentadores ficam bem perto da onde elas vão ser soltas porque a nossa intenção é que elas ocupem aquele sítio porque é mais fácil de monitorá-las, e, além disso, a independência delas do ser humano ela vai ser gradual. Quanto mais longe elas for, mais fácil de ser predada ou pega por alguém. Então, quanto mais perto do recinto de soltura ela ficar, melhor”, detalhou Camile Lugarine.

Como sempre viveram em cativeiro, a adaptação delas ao habitat natural deve durar de 6 meses a um ano, elas vão se tornar independentes da ajuda humana aos poucos.

Por isso que a gente está usando a maracanã, que é uma espécie que já conhecem o ambiente e a gente vai suplementar com o alimento ao longo dos anos, pra que elas aos poucos se acostumem com aquele ambiente e possam sair daqui propriamente, que elas não saiam de vez e não consigam se adaptar. É uma adaptação longa mesmo”, explicou Cromwell Purchase, diretor da ONG alemã ACTP.

A torcida é para que ararinhas se reproduzam naturalmente ao longo dos anos. “Que as gerações futuras elas possam vir já mais independentes dos ser humano, mas essa geração, essa eu a gente tá soltando a gente quer que fique perto, porque é mais fácil da gente monitorar, é mais seguro pra elas e mais seguro contra predadores também”, afirmou Camille.

As ararinhas-azuis são símbolo da caatinga baiana e trazem e, além de fazerem parte do rico bioma, também geram renda para a população através do turismo, pesquisa e artesanato. Por isso, o trabalho de conscientização da população para a importância da reintrodução da espécie e preservação delas também foi reforçado.

“A volta da ararinha-azul ao céu do sertão baiano é um sinal de esperança e recomeço para os pesquisadores e toda a comunidade da região, pois a conservação da espécie ajuda a proteger a fauna e flora da caatinga, além de todos os outros serviços ambientais associados”, afirmou Ugo Vercilo, biólogo que participou das etapas do projeto de reintrodução e, hoje, diretor-técnico da BlueSky Caatinga, empresa parceria da ação.

Os moradores da região estão animados para ver a beleza das ararinhas no céu do sertão. Uma delas é a brigadista Damilys Oliveira. "Toda essa história da ararinha eu cresci vendo meu avô contar, ele acompanhou tudo: desde quando tinha bastante ararinha até quando ficou um exemplar e a espécie sumiu. Ele sempre foi um defensor da natureza e ensinou aos filhos e netos a preservarem a natureza”, contou.

Antes do avô morrer doou parte do terreno da família da fazenda para um projeto voltado para trabalhos de preservação das aves da região. O sonho de Damilys, agora, é ver as ararinhas livres.

“Brevemente eu vou tá em casa e vou ver o céu mais azul do que já é, com as ararinhas-azuis novamente livres na natureza”, disse, emocionada.

Emoção também para Marcos Freitas, zoólogo e fiscal do ICMBio que fez o lendário registro do último macho da ararinha-azul voando livre no sertão de Curaçá.

“Hoje é um dia histórico para conservação mundial das espécies ameaçadas de extinção e das extintas. Quando a espécie é extinta da natureza, ela deixa de fazer parte do ecossistema, deixa de contribuir com o equilíbrio ecológico. Hoje eu volto aqui, 23 anos depois, ao Riacho da melancia, onde eu trabalhei num estágio de férias com o último macho da ararinha-azul que era pareado com uma maracanã. Era um desespero, uma espécie que estava beirando a extinção, como chegou a ocorrer”, disse Marcos, em vídeo enviado ao g1.

Ele atua no país inteiro, mas, neste sábado conferiu a soltura de aves da espécie, na Bahia, em uma área próxima ao recinto.

“Vinte e três anos depois, mesmo não podendo ver o momento da soltura, eu posso me emocionar um pouco. Eu consegui ver alguns indivíduos que estão marcados com rádio telemetria, que são alguns indivíduos da maracanã que estavam colocados juntos com a ararinha”.

CURIOSIDADES: A Ararinha-Azul é a menor das araras (em comparação com a Arara-Azul grande e a Arara-Azul-de-Lear), tem apenas 55 cm e pesa, em média, 350g;

O nome científico Spixi dá uma pista da cor das penas dessa ave, que tem um azul mais claro, quase acinzentado; As ararinhas-azuis podem viver por 30 anos. Elas entram em fase de reprodução aos 4 e só param aos 24; As ararinhas são bastante barulhentas, principalmente quando ficam assustadas. As que foram soltas em Curaçá, como estavam em um cativeiro, não são muito "amigas" do homem;

Elas gostam de viver em grupo, principalmente fora do período de reprodução.

As ararinhas costumam se alimentar no início da manhã e no final da tarde;

Elas têm 14 itens alimentares, gostam muito de sementes, principalmente do pinhão e fruto de favela;

Os predadores das ararinhas são os saruês, morcegos, abelhas europeias, africanizadas, serpentes e aves de rapina, como o gavião;

As ararinhas acasalam no período reprodutivo, produzem os ovos. Em seguida, tem a incubação, que ocorre em média durante 26 dias. Os filhotes levam aproximadamente 90 dias para sair do ninho;

O período reprodutivo das ararinhas-azuis acontece normalmente entre novembro e maio, quando Curaçá registra chuva;

As ararinhas-azuis tem um comportamento afetuoso e de proteção com os filhotes, enquanto eles estão nos ovos. A fêmea incuba os ovos durante a maior parte do tempo e o macho fica próximo ao ninho, de olho na família;

Os filhotes são incentivados pelos pais a caçar o próprio alimento. Com a chegada da maturidade, se tornam ainda mais independentes. As ararinhas querem que os filhos aprendam logo a deixar o ninho, porque enquanto estão no local, é o momento que eles mais sofrem riscos de predações;

As ararinhas-azuis podem viver por 30 anos. Elas entram em fase de reprodução aos 4 e só param aos 24;

As ararinhas são bastante barulhentas, principalmente quando ficam assustadas. As que foram soltas em Curaçá, como estavam em um cativeiro, não são muito "amigas" do homem;

Elas gostam de viver em grupo, principalmente fora do período de reprodução.

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CANTOR DEL FELIZ RECEBERÁ COMENDA 2 DE JULHO NESTA SEGUNDA-FEIRA (13)

As homenagens a Santo Antônio abrem as comemorações da maior festa popular do Nordeste, o São João. Após dois anos sem os tradicionais festejos, por conta da Covid 19, artistas, profissionais da cultura, comerciantes, famílias e turistas compartilham o clima de alegria e expectativas. 

Em Salvador, o dia 13 de junho começará com uma homenagem ao cantor, compositor e cordelista Del Feliz, considerado popularmente como embaixador do forró. Às 9h30, o músico receberá a Comenda 2 de Julho, no Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

A honraria é uma proposição da deputada Neusa Cadore (PT) ao artista que, ao longo de 22 anos de carreira, tem contribuído para a valorização do São João da Bahia, para a afirmação da cultura nordestina e para a internacionalização do mais nordestino dos ritmos, o forró.

“Del é a síntese do povo do Nordeste, que luta, que espalha esperança, que resiste e que celebra suas raízes com muito orgulho. Homenagear a sua trajetória, é reconhecer uma vida dedicada à divulgação, valorização da música e das expressões da cultura popular nordestina. Estamos muito felizes de celebrar esse grandioso artista que toca a nossa alma com canções que exaltam as tradições, os territórios, a diversidade da nossa agricultura e os saberes da nossa gente”, destaca a deputada Neusa Cadore.

TRAJETÓRIA: Nascido no distrito de Barreiros, em Riachão do Jacuípe, Del Feliz possui uma longa história de superação e amor à cultura. Herdou de sua mãe, Dona Nicinha, o gosto pelo reisado, samba e cordel, elementos que caracterizam seu trabalho como artista e que o ajudaram a construir uma carreira sólida e de sucesso no âmbito do forró.

Seu trabalho se caracteriza pelo destaque aos elementos da cultura e identidade nordestina. Del, padrinho nacional da campanha que tornou o forró Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil, segue empenhado na busca do reconhecimento do ritmo como patrimônio da humanidade. É de sua autoria o “Hino do São João da Bahia”, música gravada com a participação de cerca de 40 cantores, principais representantes nos festejos juninos da Bahia, e divulgada em três diferentes idiomas: espanhol, francês e inglês. A canção foi aprovada pela ALBA como Hino Oficial do São João da Bahia.

Além de temáticas tradicionais do forró, o artista produz músicas que abordam temas como cultura, diversidade, ecologia, vacinação e incentivo à leitura. Ao longo da sua trajetória, Del construiu parcerias importantes com artistas como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Adelmário Coelho, Michel Teló, Santanna, Carlinhos Brown, dentre outros.

Possui 22 CDs e 3 DVDs, gravados de forma independente, realizou uma turnê nacional com destaque para o São João e tem passagens por diversos países, como França, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Japão, sempre divulgando as expressões da cultura nordestina.

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