CAMARÃO DE ÁGUA DOCE É SUSTENTO DE COMUNIDADES DA FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO

O camarão é o sustento da comunidade ribeirinha Retiro, situada às margens do rio Piauí, afluente do rio São Francisco, no município de Piaçabuçu (AL). Os pescadores e extrativistas utilizam o meio mais comum na região para obter o camarão, que é o covo – uma armadilha onde se colocam as iscas e que tem um acesso para retirar os peixes ou demais capturas, neste caso o camarão.

O crustáceo é nativo das lagoas da várzea da Marituba e segundo o tecnólogo químico, especialista em Desenvolvimento Sustentável do semiárido e agroecologia e morador da região, Jorge Izidro o local “é um berçário ecológico de espécies para o Velho Chico. Muitas delas também acabam vindo do oceano. Digo que a região da Foz do rio São Francisco é muito importante para o ambiente natural, bem como a Área de Proteção Ambiental (APA) da base da Marituba. A conservação da fauna e flora são imprescindíveis e colaboram com a manutenção do sustento das comunidades ribeirinhas”, disse.

A várzea da Marituba é um exuberante recanto do litoral de Alagoas, localizado próximo à Penedo e Piaçabuçu, às margens do Velho Chico. Também conhecida como o pantanal alagoano, o lugar é formado de rios, restingas, estuários e lagoas, formando uma extensão de 18.600 hectares de água e terra.

Considerando a importância do local, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), através da Agência Peixe Vivo, vai implementar em julho deste ano o projeto de Educação Ambiental e Reflorestamento Bosque Berçário das Águas projeto que visa proporcionar para as comunidades da foz áreas de reflorestamento, com implementação dos sistemas agroflorestais, que vão possibilitar geração de renda para essas comunidades. “Será construído um viveiro de mudas nativas na sede da associação. A ordem de serviço já foi assinada pela Agência”, explica Izidro. A iniciativa é financiada com recursos oriundos da cobrança pelo uso da água bruta na calha do São Francisco.

Cinco áreas serão contempladas com o projeto na região: o terreno da Associação Aroeira, o terreno da Coopaiba, uma área administrada por Erick Tenório, o assentamento Fazenda Paraíso e o povoado Resina que fica na comunidade de Brejo Grande (SE).

Para o presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, esse investimento vai melhorar a qualidade das águas do rio São Francisco e seus afluentes, como é o caso do rio Piauí. “Para manter e preservar o rio e afluentes é importante educar as pessoas, estimular a comunidade no sentido de criar alternativas para cuidar do local onde vivem, gerar renda de forma sustentável, combatendo assoreamento e outros males à natureza”.

Eliene Santos é mãe de seis filhos e moradora da comunidade Retiro. Ela vende os camarões que extrai rio Piauí, na feira da cidade. “Faço parte da Associação Aroeira, que me ajudou muito na capacitação e no sustento da casa. Sou extrativista e pescadora. É através do rio que consigo levar comida para casa, então eu viro carranca para defender o Velho Chico”, diz.

Givanildo Rufino também pesca e extrai do rio Piauí o camarão. Ele afirma que a preservação é fundamental para que se obtenha um quantitativo bom de camarão e peixes na região. “Saímos logo cedo e colocamos os covos em toda margem do rio e sempre extraímos uma quantidade considerável de camarão nativo e peixes, o que nos dá muita satisfação, pois nos beneficiamos do que a natureza tem de bom. Essa maneira de trabalhar sem agredir a natureza nos ajuda e colabora para sua preservação”, contou.

O professor doutor do curso de Engenharia de Pesca pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Petrônio Alves, explicou que a pesca do camarão de água doce cujo nome científico é Macrobrachium acanthurus, é uma das principais atividades econômicas das comunidades tradicionais ribeirinhas, de onde várias famílias retiram seu sustento. 

“Sua captura é realizada através da utilização de armadilhas passivas cilíndricas denominadas covo. Na prática, é colocada uma isca no interior da armadilha, pela qual o camarão é atraído e o faz entrar por uma abertura em forma de funil de onde não consegue mais sair. Os covos são colocados pelo pescador no rio ao entardecer e retirados geralmente na manhã seguinte. Adicionalmente, os pescadores retiram diariamente o camarão dos covos e juntam em um covo maior com o intuito de retirar a produção semanalmente que será vendida diretamente nas feiras livres ou para atravessadores, fresco ou torrado”.

Petrônio explica que, embora seja uma atividade econômica que ajuda no sustento da família, se faz necessário adotar práticas sustentáveis para a pesca do camarão, evitando a captura de exemplares imaturos e em período de reprodução. “Esse processo passa pela necessidade de assessorar os pescadores e do contínuo monitoramento dos camarões, determinando os parâmetros populacionais e de captura. Cada bacia possui características ecológicas e sociais próprias, e apenas pelo monitoramento em cada bacia é possível contribuir para um manejo sustentável da pesca, garantindo a continuidade desse importante recurso para as comunidades ribeirinhas”, finalizou. FONTE: CBHSF Texto: Deisy Nascimento. Fotos: Edson Oliveira

Nenhum comentário

PROJETO AGROECOLÓGICO REALIZA DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO PARTICIPATIVO EM COMUNIDADES RURAIS

Obter dados socioeconômicos e culturais das comunidades é o objetivo do Diagnóstico Comunitário Participativo, uma das etapas do Ater Agroecologia, que está sendo realizada em 24 comunidades que integram o projeto nos municípios de Uauá, Curaçá, Casa Nova, Pilão Arcado, Juazeiro e Remanso, acompanhadas pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa). 

Com o diagnóstico é possível obter informações para identificar as potencialidades e os desafios que precisam ser superados pela comunidade junto ao projeto Ater Agroecologia.

Os agricultores e agricultoras tiveram papel fundamental neste processo, pois foram instigados a refletir sobre sua história, problemas e as possibilidades para solucioná-los, através das quatro ferramentas aplicadas. Foram elas: Linha do tempo e Mapa da  comunidade, Diagrama de Venn e Matriz FOFA.

A construção da linha do tempo possibilita um resgate da história, a partir dos acontecimentos marcantes da comunidade, o que se faz de extrema importância para pensar ações futuras para a localidade. Sobre este momento, a agricultora, Evanice Souza Reis, da comunidade Salina do Amaro, em Casa Nova-BA, destaca a importância do resgate histórico da localidade. 

"O resgate da memória da comunidade foi muito interessante, porque eu tive conhecimento de coisas que eu nem sabia, mesmo sendo daqui, então foi um momento muito bom e muito proveitoso".

A jovem agricultora, Clesiane Alves Moura, da comunidade Lagoa dos Cavalos, em Remanso-BA, afirma que para ela, o momento mais importante do diagnóstico comunitário foi também a linha do tempo. "Para mim foi uma informação excelente porque eu não sabia como tinha surgido realmente a nossa comunidade (...) eu nunca tive a oportunidade de alguém me contar toda a história e foi relatado aqui", expõe Clesiane.

Também foi produzido o mapa da comunidade, um desenho feito pelos agricultores e agricultoras considerando todos os elementos físicos existentes: plantações, prédios comunitários, relevos, tecnologias de água, dentre outros.

"A gente nunca tinha feito o mapa da comunidade, foi uma coisa muito gratificante, porque a gente foi vendo pontos que muitas vezes a gente só passava, e hoje a gente tava vendo detalhes. Uma experiência muito boa. É uma memória que a gente vai passar adiante, pros filhos da gente, e para os filhos deles", diz a agricultora, Rosangela Miranda Costa, da comunidade Sítio Pé do Morro, em Casa Nova-BA. 

Sobre esses momentos, a colaboradora do Irpaa, Maria de Fátima destaca que "O pessoal conseguiu trazer muitas questões. Na parte na linha do tempo fizeram o resgate histórico, foi muito bom, todo mundo participou. No mapa da comunidade, o pessoal também se entusiasmou muito de tá ali, colocando na sua propriedade a representação produtiva do que tem". 

Já o diagrama de Venn identificou e caracterizou as relações da comunidade com instituições e grupos existentes, destacando a importância das interações. Além disso, foi trabalhada nas comunidades a Matriz FOFA, onde os agricultores e agricultoras auto avaliaram suas fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças, possibilitando entendimento dos fatores internos e externos da comunidade. Nesse sentido, a agricultora, Nilcélia da Costa Santos, mais conhecida como Bibi, da comunidade Lagoa dos Cavalos em Remanso, frisou que o momento mais marcante para ela foi a Matriz FOFA, quando foi possível observar os pontos que tornam a comunidade forte. 

"A fortaleza da comunidade e como o povo viu o tanto que a gente é forte, o tanto que a gente é importante e único".

É importante destacar a participação efetiva das comunidades no diagnóstico comunitário, como aponta a colaboradora do Irpaa, Eleide Brito "Se inteiraram bastante com atividade, ainda não conheciam o diagnóstico participativo, mas mesmo assim a gente instigou e a comunidade participou bastante dentro de todas as ferramentas aplicadas".

Durante a realização do diagnóstico comunitário também é interessante ressaltar a maior participação das mulheres e dos jovens das comunidades, como aponta o colaborador do Irpaa, Darlei Rodrigues. "A comunidade foi bastante participativa, principalmente as mulheres e jovens que são cadastradas no projeto. Tiveram uma participação belíssima, discutindo e problematizando várias ações na comunidade (...). A gente vai trabalhar pensando nessas medidas e o que a gente pode levar para melhorar o desenvolvimento da comunidade".

Com as informações adquiridas através do diagnóstico comunitário participativo é possível nortear as ações do Ater Agroecologia em cada comunidade, pois elas possuem particularidades que devem ser consideradas para que as atividades seguintes estejam de acordo com cada realidade. 

Como aponta o colaborador do Irpaa, Alessandro Santana, "O diagnóstico comunitário participativo, é um espelho da realidade atual da comunidade. Então é como a gente vai observar a partir da escuta, por isso participativo, para nos ajudar a partir da escuta, como é a realidade, as relações existentes na comunidade, como eles se relacionam internamente e com os parceiros, e a partir disso ter uma visão de como avançar, de como seguir, como fazer assessoria. Então, na verdade, é um marco central que vai nos direcionar a continuar dando os próximos passos da assessoria, por isso a importância deste momento".

O projeto Ater Agroecologia, financiado pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) iniciou em setembro de 2020 e segue até setembro de 2023. (FONTE: Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação)

Nenhum comentário

NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO NA RÁDIO CIDADE

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e líder. Na rádio Cidade AM 870, em breve também na frequencia 95.7 FM, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos. O programa é transmitido todos os domingos,  a partir das 8hs da manhã, www.radiocidadeam870.com.br.

O Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania, ecologia e informação. "É o roteiro usado para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus amigos, poetas, compositores", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, na rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate". 

O programa é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas. O programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora da música a partir de Luiz Gonzaga. 

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio do povo brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia Ney Vital que recebeu o titulo Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru, e Troféu Luiz Gonzaga 2014 Exu e no finaal de 2020 o Título de Cidadão de Exu Pernambuco, além do Troféu Viva Dominguinhos Amizade Sincera em Garanhuns, Pernambuco.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas filiadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco.

Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas. 

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza e acessa o programa.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento. O programa Flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

"O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação e novas tecnologias permitem ficarmos cada vez mais próximo das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio", finalizou Ney Vital.

Nenhum comentário

ESPETÁCULO INFANTIL PROCURANDO LUIZ, INSPIRADO NO UNIVERSO POÉTICO DE LUIZ GONZAGA, ESTREIA DIA 03 DE JULHO

O espetáculo infantil “Procurando Luiz”, visto e aplaudido por quase 23 mil espectadores desde a sua estreia em 2014 e com o reconhecimento da crítica especializada, será apresentado ao público no mês de julho em um novo formato: on-line, respeitando os protocolos de segurança devido à pandemia de Covid-19. As sessões integram o ProAC ICMS – Programa de Ação Cultural do governo do estado de São Paulo.

A peça inspirada na obra de Luiz Gonzaga (1912-1989) será encenada no Teatro da Cia de Revista em São Paulo e transmitida de forma gratuita, ao vivo, diretamente no Canal do YouTube do espetáculo, entre os dias 03 e 25 de julho (sábados às 11h e 15h e domingo às 11h). Vale ressaltar que, no dia 31 de julho, às 19h, haverá ainda um encontro do elenco com Joquinha Gonzaga, sobrinho do Rei do Baião, nascido na mesma cidade natal do tio, Exu (PE), que debaterão sobre a trajetória deste ícone da cultura brasileira.

Procurando Luiz é uma montagem do Grupo Cena Teatral, com concepção de Roberto Haathner, direção de Gustavo Kurlat e dramaturgia de Paulo Rogério Lopes. Com elenco formado pelos atores Roberto Haathner, Bruno Perillo e Iris Yasbek, o espetáculo reúne causos, brincadeiras populares e referências ao Nordeste brasileiro, ressaltadas pelos cenários, figurinos e adereços de Marco Lima e pelo projeto de luz de Kleber Montanheiro. De forma lúdica, esses elementos são capazes de entreter não só o público infantil como espectadores de todas as idades, despertando em cada um a nostalgia, o respeito e a saudade deste grande ícone.

A montagem recebeu indicações em cinco categorias do prêmio FEMSA 2014, principal premiação de para o teatro para crianças e jovens de São Paulo: Espetáculo Jovem, Figurino, Iluminação, Trilha Sonora Adaptada e Atriz Coadjuvante.

“Encenar Procurando Luiz no formato on-line abre uma nova possibilidade de levarmos o espetáculo para a casa das pessoas não só aqui de nossa cidade, mas sim para outros estados brasileiros e até mesmo países de língua portuguesa”, avalia o ator e idealizador do espetáculo, Roberto Haathner.

Concepção – A montagem do Grupo Cena Teatral traz como temas principais a amizade e a superação, fazendo alusão à obra de Luiz Gonzaga como o voo da Asa Branca, passagens pelo sertão do Cariri e o Riacho da Brígida, além da presença constante da Lua. De maneira poética, lúdica e bem-humorada, o espetáculo mergulha no imaginário popular com canções – parte interpretada ao vivo – e referências ao Nordeste brasileiro. “A principal mensagem para o público, principalmente o infantil, é a superação do medo, a coragem, a perseverança e a amizade que norteiam toda a dramaturgia”, explica Gustavo Kurlat.

Sinopse - Luiz e João são amigos inseparáveis, que moram no sertão e vivenciam uma amizade verdadeiramente infantil, sacramentada em um pacto: independente da distância ou do tempo passado, se um dia tivessem que se separar, se reencontrariam no riacho da Brígida, no sertão do Araripe. Um dia Luiz conta a seu amigo que terá que se mudar para outro lugar em busca de melhores oportunidades de vida, pois a seca castigava tudo e todos: seguiria com sua família o rumo da Asa Branca.

O tempo passa. João recebe a triste notícia que seu amigo deixou de viver neste mundo, e decide fazer valer o pacto. Como nunca havia deixado o povoado, decide inventar uma história e diz à filha, Das Dores, que está ficando cego e só poderá se curar se ficar uma noite inteira olhando para a lua cheia. Os dois partem e no percurso ganham companhia: um moço que também diz estar em busca de algo especial e que tem uma missão a cumprir.

Cangaceiros, dragões, desafios e surpresas – como uma flor milagrosa de Acácia Amarela, que pode curar os males do corpo e da alma – surgirão nesta jornada em que medos, sonhos e superação caminham juntos. Uma jornada misteriosa e, principalmente, divertida.

SERVIÇO: PROCURANDO LUIZ ON-LINE

Temporada: de 03 a 25 de julho - sábados às 11h e 15h e domingos às 11h

Transmissão: Canal do YouTube do espetáculo

Classificação Etária: A partir de 06 anos

Duração: 55 minutos

Bate-papo com elenco e Joquinha Gonzaga: Dia 31 de julho, sábado, às 19h, pelo Canal do YouTube do espetáculo

Nenhum comentário

MÚSICAS DE ANTONIO BARROS E CECEU SÃO RECONHECIDAS PATRIMONIO CULTURAL IMATERIAL

A obra de dois grandes ícones da Música Popular Brasileira (MPB): Antônio Barros e Cecéu, está oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado da Paraíba. A Lei 11.900, de autoria da deputada Estela Bezerra, foi sancionada pelo governador João Azevêdo na última quinta-feira (24) – Dia de São João – e publicada na edição desta terça-feira (29/06) no Diário oficial do Estado (DOE).

Antônio Barros e Cecéu são casados na música e na vida e se apresentam desde 1971, compondo e interpretando mais de 700 obras gravadas por diversos artistas brasileiros, a exemplo de Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Dominguinhos, Gilberto Gil, Alcione, Ivete Sangalo, Fagner, Gal Costa; além dos saudosos Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Genival Lacerda e Marinês.

De acordo com a deputada Estela Bezerra, Antônio Barros e Cecéu representam não só a musicalidade e a cultura do nosso estado. “Eles são a própria essência do povo nordestino. Suas composições atravessam as gerações como a melhor expressão da nossa gente, da nossa terra e do nosso espírito paraibano”, afirmou.

Natural do município de Queimadas, Paraíba, Antônio Barros começou a compor na década de 1950. Após se mudar para Campina Grande, 20 anos depois, ele conhece Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu, sua companheira de vida, e obra. O casal se mudou para o Rio de Janeiro, onde a parceria gerou canções como “Homem com H”, gravada por Ney Matogrosso; “Bate Coração”, clássico imortalizado por voz de Elba Ramalho; que fazem parte da nossa cultura musical e popular nordestina.

A lei considera “Patrimônio Cultural” todos os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, em conformidade com o art. 216 da Constituição Federal.

Além de “Homem com H” e Bate Coração”, também se destacam entre as canções mais famosas do casal os clássicos “Por Debaixo dos Panos”, “Procurando Tu”, “Forró do Poeirão”, “Forró do Xenhenhém” e “Óia Eu Aqui de Novo”.
Nenhum comentário

SÓ A PRESERVAÇÃO PODE ASSEGURAR TRADIÇÃO MILENAR DA PESCA NO RIO SÃO FRANCISCO

A pesca é uma prática de subsistência antiga que vem garantindo o sustento de gerações e gerações durante milênios. Como atividade comercial, é praticada com muita força ao longo de todo o litoral brasileiro, que se estende por mais de 8.500 km de Costa, representando elevada importância social e econômica para uma grande parcela de trabalhadores.

Com definições claras, existem além da pesca de subsistência, a pesca artesanal, praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime de economia familiar. Já a industrial é feita por pessoa física ou jurídica envolvendo pescadores profissionais. Há também a científica, com a finalidade de pesquisa científica e a pesca amadora, praticada com a finalidade de lazer ou esporte.

O problema é que a atividade está sob forte ameaça, isso porque sem a preservação das bacias hidrográficas, a vida aquática é a principal afetada. Na Bacia do rio São Francisco, um relatório elaborado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) após expedição realizada no Rio São Francisco em 2019, com o apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), revelou a falta de diversidade de peixes e contaminação de espécies por metais. O estudo indicava que apenas seis tipos diferentes de peixes representavam cerca de 80% das capturas feitas no rio e, em 15 espécies avaliadas foi encontrada uma concentração alta de metais, porém dentro dos limites de tolerância para o consumo humano.

Pescadores creditam tantos problemas à ausência de ações efetivas do poder público, além de outros fatores que se somam a esse cenário alarmante, entre os quais a poluição, despejo de esgoto, construção de barramentos – usinas hidrelétricas, entre outros. “Pesco desde quando tinha oito anos de idade e até hoje a pesca sustenta minha família. Mas ao longo dos anos, a gente, que vive das águas, percebe como os problemas avançam e se tornam ainda maiores. Acho que se todos se esforçassem e se conseguíssemos diminuir a poluição do rio e dos seus afluentes, a realidade seria outra”, revela o pescador Arnaldo Alves da Silva.

De acordo com mapeamento realizado em 2020, verificou-se que, há uma década, o Brasil não faz a coleta e sistematização de dados estatísticos sobre a pesca nacional. O último boletim foi publicado em 2011. Isto significa que não existem informações precisas sobre quanto se pesca no Brasil. A Auditoria da Pesca no Brasil 2020, documento elaborado pela primeira vez pela Organização Não Governamental Oceana, mapeou os 118 principais estoques pesqueiros do país e verificou que apenas sete dispunham de avaliações atualizadas, representando 6% do total explorado comercialmente.

Mesmo sem precisão, devido à ausência de estudos na área, estima-se que a produção da pesca extrativista marinha do Brasil seja algo em torno de 500 mil toneladas anuais. Porém, já é possível afirmar que há um declínio populacional evidente nas espécies exploradas comercialmente. Entre 2010 e 2014, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) conduziu a avaliação do risco de extinção da fauna brasileira.

Os resultados dessa avaliação apontam para 1.173 espécies da fauna ameaçadas, e o grupo dos peixes continentais é o que contém maior número de espécies sob alguma categoria de ameaça (310 espécies). A lista de fauna ameaçada em 2004 (IN MMA 05/2004) revelava um total de 17 espécies de interesse comercial para pesca. Em 2014, 10 anos depois, na lista mais recente de espécies ameaçadas (Portaria MMA 445/2014), esse número saltou para 64, sendo que entre elas permaneceram as 17 previamente listadas. (Fonte-CHBSF-Juciana Cavalcante)

Nenhum comentário

PROJETO VAI BENEFICIAR COMUNIDADES CARENTES COM REUTILIZAÇÃO DE ÓLEO DE COZINHA

A Polícia Militar da Bahia, através da 75ª Companhia Independente (75ªCIPM), em parceria com o Conselho Comunitário de Segurança Pública (CONSEG/Leste) e 9º Grupamento de Bombeiros Militar de Juazeiro-BA (9GBM), está desenvolvendo o projeto 'Eco-Circular', que vai beneficiar comunidades carentes com a reutilização de óleo de cozinha.

O projeto de preservação ambiental, segundo o presidente do CONSEG/ Leste, Germano Oliveira, tem como base os conceitos da própria Economia, ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços.

"Todo consumo deve estar pautado na redução, reutilização, reúso, economia e reciclagem; de onde vem a idéia de reutilização do óleo comestível já queimado, o popular óleo de cozinha, portanto, altamente nocivo ao meio ambiente, transformando-o em sabão líquido biodegradável, para ser distribuído a comunidades carentes", ressaltou.

De acordo com o comandante da 75ªCIPM, major José Roberto Sampaio de Sousa, toda comunidade juazeirense deve participar do projeto'Eco-Circular', principalmente as donas de casa. "Façam as doações do óleo já utilizado nas sedes das Unidades Policias de Juazeiro, que apoiam essa importante iniciativa: CPRN, 73, 74, 76CIPM, 3BPM, 9GBM, bem como na 75ªCIPM, em horário comercial".

O comandante da 75ªCIPM, destacou ainda o patrocínio da Agrovale, Sindilojas Juazeiro e Projeto Mandacaru -01. "O projeto 'Eco-Circular' cumpre a função social sob dois aspectos:  a medida em que colabora com o meio ambiente, ajuda a pessoas menos favorecidas a se protegerem contra a Covid-19; justamente num momento sensível, pelo aumento na demanda e preço do produto", concluiu. (Class Comunicação e Marketing)

Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial