DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES 2021 SERÁ CELEBRADO NESTE DOMINGO NA DIOCESE DE JUAZEIRO

Neste Domingo (16) a Diocese de Juazeiro irá comemorar o *55º Dia Mundial das Comunicações Sociais*. A data foi instituída pelo Concílio Vaticano II através do decreto "Inter Mirifica", em 1963, e acontece todos os anos no Domingo da Assensão do Senhor (o domingo anterior à Festa de Pentecostes). 

Neste ano, como de costume, será realizada na Catedral, às 9h, uma Missa com os Comunicadores, com a presença de representantes da Pascom (Pastoral da Comunicação) de diversas paróquias e de comunicadores dos meios de comunicação da região convidados para o momento. A Eucaristia será presidida pelo nosso Bispo diocesano Dom Beto Breis e transmitida pelo Youtube da Diocese.

Às 11h, os membros da Pascom das diversas paróquias da nossa Diocese irão se reunir de forma virtual para celebrar o DMCS. À noite cada Paróquia também é convidada a fazer a sua própria celebração, com as equipes paroquiais da Pascom.

É um dia para agradecer a Deus e celebrar a missão de tantos que se dedicam à comunicação na Igreja e na sociedade, com o objetivo de construir um mundo mais humano e fraterno, segundo a vontade de Deus.

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BANDA DE PÍFANO É DESTAQUE EM LIVE NESTA TERÇA (17)

A tradição das bandas de pífano, e toda a cultura sertaneja que elas carregam, será tema de bate papo no YouTube da Secult-PE (youtube.com/secultpe) na próxima terça-feira (17), às 19h. Recentemente, essa manifestação foi mapeada em Pernambuco por um projeto da produtora cultural Página 21. Assim, os convidados são o produtor cultural Amaro Filho, que conduziu todo estudo dos pífanos, pela Página 21, e o tocador, professor, luthier Marcos do Pífano, que também prestou informações valiosas para o inventário dos pífanos. A mediação será feita por Marcelo Renan, coordenador de Patrimônio Imaterial da Fundarpe.

Neste período, projetos lançados pela produtora - livros, CDs, apresentações, atividades de formação, circulação de artistas e um site - constituíram num acervo documental sobre a cultura dos pífanos que embasou um pedido para seu reconhecimento como Patrimônio Imaterial de Pernambuco  e também Patrimônio Cultural do Brasil. 

 No primeiro caso, a solicitação foi acatada em março deste ano, pela Fundarpe. A expectativa é que, no início do segundo semestre, a Fundarpe encaminhe para o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio, o pedido para que as bandas de pífano sejam tituladas Patrimônio Imaterial de Pernambuco. 

 Na última semana, a comunidade pifeira de Pernambuco comemorou também a abertura do processo de registro em nível federal. A candidatura dos pífanos pela Página 21, que contou com o apoio da Fundarpe e do Iphan Pernambuco, foi aceita na 27ª reunião da Câmara Técnica do Patrimônio Imaterial do Iphan. 

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LOJA NETO TINTAS JUAZEIRO COMEMORA 15 ANOS DE SERVIÇOS E EXCELÊNCIA EM ATENDIMENTO

 

A LOJA NETO TINTAS, localizada em Juazeiro, Bahia, amanheceu em festa neste sábado (15). O motivo é que a Loja em Juazeiro completa 15 anos de serviços prestados no norte da Bahia. Lojas Neto Tintas é sinônimo de excelência em tintas, com revenda autorizada da Sherwin-Williams. 

O empresário Abílio Lino de Souza comemorou promovendo um café da manhã com a equipe. Abilio lembrou o empenho do fundador das Lojas Neto Tintas, o seu pai, o saudoso Anésio Lino, que partiu em outubro de 2017. "Meu pai, NETO TINTAS é um exemplo de empreendedor que acreditou no desenvolvimento da região de Petrolina e Juazeiro e através do trabalho sempre buscou adquirir amigos e a satisfação dos que trabalham no setor das tintas automotivas", disse Abilio

A loja Neto Tintas ainda oferece uma grande variedade de produtos tintas automotivas em geral, como solventes, rolos, pincéis, luvas, lixas d'água, lixas secas, massa corrida, primer, massa poliéster, pistolas de pintura, ceras, massa de polir, boinas e para polimento e muito mais, mantendo sempre a qualidade, atendimento e o melhor preço da região do Vale do São Francisco e norte da Bahia. 

Para que essa excelência se transforme em atendimento de qualidade, as Lojas NETO TINTAS possui profissionais altamente capacitados, que passam por diferentes etapas de treinamento intensivo, o que garante confiança e satisfação dos produtos aos clientes.

"Nossa filosofia de trabalho é que nós acreditamos em prover produtos e serviços que irão aumentar a produtividade e lucratividade de nossos clientes,”, aponta o empresário Abílio Lino.,

A loja conta com diversas bandeiras de cartões e faz parcelamentos.

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RIO SÃO FRANCISCO SERÁ UM DOS MAIORES PREJUDICADOS COM POSSÍVEL PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS

O Rio São Francisco será um dos maiores prejudicados nas alterações feitas no relatório preliminar da Medida Provisória (MP) 1031 que autoriza a privatização da Eletrobras e está tramitando no Congresso Nacional. Na proposta original, estava previsto um aporte de R$ 9 bilhões na revitalização do Rio São Francisco. 

Agora, são R$ 3,5 bilhões em ações de revitalização do Velho Chico por 10 anos dentro de um total de R$ 8,75 bilhões, que serão divididos também com iniciativas na área de recursos hídricos nas bacias hidrográficas de Furnas (no Sudeste), no Norte do País e até do Rio Parnaíba, localizado entre as divisas do Piauí e do Maranhão.

Rio mais importante do Nordeste, o São Francisco passa por vários problemas ambientais. E também é o mais importante para dar acesso à água potável numa parte do Nordeste – chamada setentrional -, que inclui áreas semiáridas de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A Eletrobras é a dona da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), uma das empresas que mais se destacam dentro da holding.

Nos bastidores do Congresso, se comenta que os recursos de revitalização do São Francisco foram divididos para aumentar o apoio político na futura votação do relatório da MP, que deve ocorrer na próxima semana no Congresso Nacional. O que se desconfia é que esses recursos serão usados para ações que reforcem a força de feudos políticos regionais. O relatório definitivo da MP 1031 deve ficar pronto até este final de semana.

Voltando ao relatório, o São Francisco não perdeu só recursos que poderiam ser importantes para a sua revitalização. O relatório também propõe que os recursos destinados às ações de revitalização dos rios São Francisco, Parnaíba e aos reservatórios de Furnas sejam gerenciados pela diretoria executiva da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União por 29 pregões – para contratação de pavimentação – por suspeitas de irregularidades, entre outras coisas.

No projeto anterior, os recursos seriam geridos por entidades independentes. O Rio São Francisco tem um comitê gestor ativo com participantes da sociedade e a estatal que mais tem dados sobre o Velho Chico é a Chesf que faz o monitoramento das chuvas e outras informações relativas ao rio por mais de seis décadas. 

“É inconcebível passar esses recursos para uma empresa que tem frequentado as páginas dos jornais como um instrumento de cooptação política do governo federal“, diz o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral, se referindo a Codevasf. Ele também é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf e argumenta que “as medidas compensatórias, como a dos recursos destinados às ações ambientais, têm a duração de 10 anos, enquanto a futura concessão será de 30 anos“.

Vendas: A atual comercialização das ações da Eletrobras segue os moldes definidos no projeto que tramitou no Congresso desde 2017, elaborado no governo do presidente Michel Temer (MDB). Com a venda das ações, o governo federal deixaria de ser o grande acionista do sistema Eletrobras.

 “Ninguém está dizendo qual o impacto que essa privatização vai ter na conta de todos os brasileiros. No projeto anterior, a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez um estudo dizendo que a privatização provocaria um aumento de 16% na conta de todos os brasileiros“, comenta. E acrescenta: “Da outra vez, a discussão era em cima de um projeto de lei. Agora, é num relatório de uma MP num debate feito sem respostas fundamentais. O custo dessas hidrelétricas vai aumentar quando for feita a descotização“.

Esse termo se refere ao fato de que grande parte das usinas hidrelétricas da Eletrobras são antigas e trabalham atualmente no sistema de cotas, recebendo um pagamento somente para a manutenção e operação dessas unidades, como são quase todas as hidrelétricas da Chesf, com exceção de Sobradinho. Isso ocorre porque o investimento estatal realizado para implantar esses empreendimentos já foi pago por todos os brasileiros na conta de energia durante muitos anos. O que alguns técnicos e parlamentares suspeitam é que o valor a ser cobrado por esta energia, quando a empresa tiver acionistas privados – vai ficar mais alto do que o atual.

A expectativa é de que o relatório da MP seja aprovado pelo Câmara dos Deputados, já que os aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) devem ter maioria na votação. Em 2018, os parlamentares da oposição conseguiram postergar a votação na Câmara dos Deputados e o projeto acabou sendo retirado da pauta.

A atual MP tem que ser votada até o dia 22 de junho, quando acaba a sua vigência. A reportagem do JC entrou em contato com a assessoria de imprensa do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, mas ele estava “focado na CPI”, e também procurou o relator do relatório da MP 1.031, deputado federal Elmar Nascimento (DEM), que não pode atender o JC e informou que o relatório ainda é preliminar. (Fonte: JC Online)

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JOQUINHA GONZAGA REALIZA LIVE NESTE DOMINGO (16)

Sem shows presenciais, o cantor e compositor Joquinha Gonzaga, realiza uma live no próximo domingo (16).  Joquinha gravou um video comentando as dificuldades que a classe artistica vem sofrendo com as medidas de restrição contra a Covid-19. 

O sanfoneiro disse que vai cantar para os amigos e também vai usar a sanfona e a voz como arte para chamar a atenção da população e dos gestores para a situação que todos os profissionais da cultura se encontram. 

Durante a live transmitida no canal de youTube Joquinha Gonzaga oficial, O cantor dispõe a conta, nome de batismo João Januário Maciel,  conta Banco do Brasil PIX 87999955829 para que os amigos, fãs e que possa contribuir deposite qualquer quantia.

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GILMAR DE CARVALHO TORNOU VISÍVEL O SABER TRADICIONAL

“Generosidade” era uma das principais características de Francisco Gilmar Cavalcante de Carvalho, segundo seus colegas. O pesquisador, professor, jornalista, escritor e curador é lembrado não só como um estimado amigo, mas também como uma referência da cultura do Ceará, sobretudo na área dos estudos de manifestações artísticas e culturais. 

Por isso, o seminário Gilmar de Carvalho: Devoção e Pesquisa, que o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP promoverá no dia 18, às 14 horas, será dedicado à vasta contribuição do pesquisador, que morreu no dia 17 de abril passado, aos 71 anos, vítima de covid-19. O evento será transmitido ao vivo através da página do IEB no Facebook. 

Natural de Sobral (CE), Gilmar de Carvalho era bacharel em Direito e em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo e doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Lecionava no Departamento de Comunicação Social da UFC e era integrante do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da mesma universidade.

Além da formação acadêmica, o repertório de Gilmar de Carvalho inclui o conhecimento da chamada “cultura popular”. “Ele fez um levantamento de várias áreas da arte popular, das xilogravuras ao cordel, das rabecas ao artesanato de couro e potes, de ceramistas a pintores”, conta o escritor João Silvério Trevisan, que participará do seminário Gilmar de Carvalho: Devoção e Pesquisa. “Financiou suas próprias viagens para registros em áudio e vídeo, com o fotógrafo Francisco Sousa. Assim também, do próprio bolso, financiou suas várias obras publicadas sobre artesanato popular.”

Entre as 50 obras jornalísticas, teatrais e literárias de Carvalho, Trevisan destaca Parabélum, uma releitura da arte popular nordestina e do mito de Virgulino Lampião, com um viés relacionado à indústria cultural. Segundo o escritor, esse romance “pós-moderno” – como ele classifica – oferece elementos de “extraordinária originalidade” até hoje.

Outro aspecto relevante da trajetória do pesquisador são seus trabalhos sobre o cordelista e poeta cearense Patativa do Assaré (1909-2002), autor de uma obra que versa sobre vários temas, desde a vida do sertanejo até a reforma agrária. Carvalho escreveu artigos, deu entrevistas e publicou livros dedicados ao artista, entre eles Patativa do Assaré (2000) e Patativa Poeta Pássaro do Assaré (2002). 

Para a professora do IEB Flávia Camargo Toni – que também estará no seminário -, a reedição da obra de Patativa por Gilmar de Carvalho apontou aspectos da cultura popular que estavam esmaecidos, como o entrosamento de diferentes artes no repente e no cordel, manifestações que reúnem a música, a poesia e as artes plásticas.

Por meio da pesquisa de campo, Gilmar de Carvalho registrou narrativas orais que deram visibilidade às narrativas dos detentores de saberes tradicionais e abriram novas perspectivas nesse campo de estudo, afirma outra participante do seminário, a doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Milla Pizzignacco. 

Mestre em Culturas e Identidades Brasileiras pelo IEB, Milla ressalta que a trajetória do pesquisador evidencia a importância da universidade na formação de um espaço de memória da literatura e da gravura de cordel. Segundo ela, as pesquisas de Carvalho viabilizaram projetos de fomento das culturas populares e políticas públicas que favoreceram os bens imateriais nacionais. 

Milla destaca as pesquisas de Carvalho sobre xilogravura, principalmente em Juazeiro do Norte (CE). O pesquisador colocou em cena práticas de socialização das artes gráficas em locais considerados periféricos e, com isso, deu grande contribuição para a formação de artistas xilógrafos no Ceará, acrescenta a doutoranda. 

“Em busca das memórias que sedimentaram o padre Cícero como um ícone do imaginário nordestino, Gilmar de Carvalho recolheu folhetos de cordel, matrizes e impressões de gravuras, formando um enorme acervo de saberes e fazeres regionais que hoje integram o acervo do IEB”, informa Milla. Autor do ensaio Desenho Gráfico Popular: Catálogo de Matrizes Xilográficas de Juazeiro do Norte – Ceará, publicado nos Cadernos do IEB, o pesquisador doou para o instituto da USP mais de mil títulos de folhetos de cordel. 

Gilmar de Carvalho também apoiou a criação do Acervo do Escrito Cearense (AEC), hoje um reconhecido espaço de memória instalado na Universidade Federal do Ceará, como aponta Neuma Barreto Cavalcante, professora de Literatura Brasileira da UFC e curadora do AEC, que também estará no seminário. “Espero que as instituições culturais brasileiras saibam respeitar e preservar o legado que ele nos deixou”, comenta a curadora.

“Além do legado intelectual, que registrou uma quantidade imensa de manifestações culturais tradicionais populares, muitas delas em extinção, Gilmar de Carvalho deixou uma grande quantidade de alunos que aprenderam a trabalhar com respeito, paciência, profundidade e, principalmente, com um olhar que, ao registrar a tradição, compreende o presente e se abre para o futuro”, avalia a cantora lírica e pesquisadora Anna Maria Kieffer, também com presença confirmada no seminário. Ela ressalta que o pesquisador ultrapassou a sala de aula: através de textos e vídeos disponibilizados em redes sociais, ele democratizou o acesso aos seus estudos sobre as culturas tradicionais. 

“Gilmar de Carvalho foi um dos grandes pesquisadores do nosso tempo, uma referência nos estudos da cultura brasileira em suas mais diversas linguagens. Comprometido com a dimensão coletiva e social da sua pesquisa, ele deu uma contribuição inestimável para os estudos da cultura brasileira”, afirma a pesquisadora Mariana do Nascimento Ananias, que estuda cultura popular no IEB e falará no seminário.

Neste ano, Carvalho lançaria o livro Poéticas da Voz – Aboios, Benditos, Cantoria, Cordel, Emboladas, Loas, Saraus, Torém, Trovas. A obra retrata o cordel e os cordelistas cearenses desde o século 19. “É uma verdadeira enciclopédia sobre o assunto que, somada ao conjunto de sua obra, eleva Gilmar de Carvalho à altura de um Mário de Andrade, de um Câmara Cascudo”, descreve Anna Maria Kieffer.

O seminário Gilmar de Carvalho: Devoção e Pesquisa, promovido pelo Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, será realizado no dia 18, às 14 horas, com transmissão ao vivo através da página do IEB no Facebook. O evento é gratuito, sem necessidade de inscrição. (Fonte: Jornal da USP)
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DEFENDE RIO SÃO FRANCISCO E INGRESSA AÇÃO CONTRA IMPLANTAÇÃO DA USINA NUCLEAR DE FORMOSO

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública contra as empresas Formoso Energia e Quebec Engenharia, para que impedir a realização de atividades de campo na área de impacto do projeto da Usina Hidrelétrica de Formoso, com construção prevista no leito do Rio São Francisco, em Pirapora (MG), na região do Alto São Francisco. 

Nessa região, vivem os indígenas Tuxá, as comunidades quilombolas João Martins e Tira Barro, além de pescadores artesanais, ribeirinhos, vazanteiros, barranqueiros e remeiros, que são povos tradicionais mineiros que ocupam território nas margens do Velho Chico.

De acordo com o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Helder Magno da Silva, responsável pela ação civil pública, as atividades de campo realizadas pelos empreendedores podem resultar na contaminação das comunidades tradicionais, acarretando um colapso entre eles, bem como a sobrecarga da rede assistencial de saúde pública, com possível insuficiência dos leitos clínicos e de terapia intensiva atualmente existentes.

 “Os povos tradicionais são vulneráveis ao novo vírus e temos que protegê-los. A Lei 14.021, de 7 de julho de 2020, criou medidas de vigilância sanitária e epidemiológica para prevenção do contágio e da disseminação do Covid-19 nos territórios indígenas e estipulou medidas de apoio às comunidades quilombolas, aos pescadores artesanais e aos demais povos e comunidades tradicionais. Além disso, estabeleceu a restrição de acesso de pessoas estranhas às comunidades, como forma de impedir a disseminação e circulação do vírus entre eles”, disse.

Os indígenas Tuxá estão há 65 anos na região de Pirapora, próximo à confluência do rio Paracatu com o Rio São Francisco, região que será inundada pela construção da UHE Formoso.

A cacique Anália Tuxá, da aldeia de Buritizeiro, e seu povo, são contra a construção do empreendimento na região. “Temos fé que a UHE Formoso não será construída na região de Pirapora, afetando o nosso território. Nossa aldeia se encontra fechada para visitantes por causa da pandemia e mesmo que as empresas queiram não vão entrar para realizar trabalho de campo”, disse.

O pescador de Pirapora Josemar também é contra a UHE Formoso. “Esse povo não para! Mesmo com a pandemia, continuam realizando atividades de campo aqui na região. Nós que somos contra paramos os trabalhos de mobilização contra a UHE Formoso de forma presencial e estamos fazendo contato por telefone, com pessoas conhecidas. É uma vergonha! Existe a falsa ideia de que a UHE Formoso trará desenvolvimento para a região, por meio da geração de empregos e de incremento na economia. Isso é mentira e estamos esclarecendo isso para a população local”, expôs.

A quilombola Sandra Maria da Silva Andrade, representante das comunidades tradicionais no CBHSF, afirma que o empreendimento preocupa os ribeirinhos e a sociedade civil em geral, pela falta de transparência e pelos seus incontáveis impactos. 

“A usina coloca em risco a sobrevivência de inúmeras comunidades tradicionais que vivem não só na região, mas em toda a bacia, como povos indígenas, comunidades quilombolas, pescadoras, vazanteiras e pequenos agricultores. Estamos mobilizando toda a sociedade para lutar contra este projeto que, mesmo com a pandemia não parou por um segundo sequer”. (Fonte: chbsf)

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