ICMBio ESTABELECE CENSURA PRÉVIA PARA A PRODUÇÃO ACADÊMICA DE SERVIDORES

Uma nova portaria do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) obriga a pesquisadores do órgão a submeter sua produção científica para aprovação de uma diretoria antes de ser publicada. A medida, publicada nesta semana, entra em vigor em 1º de abril.

A portaria 151 delega ao diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio) do ICMBIO "a competência para autorizar previamente a publicação de manuscritos, textos e compilados científicos produzidos no âmbito e para este Instituto em periódicos, edições especializadas, anais de eventos e afins".

"As solicitações deverão ser dirigidas à Dibio para autorização prévia do diretor e devem ser acompanhadas de declaração de responsabilidade, conforme modelo constante no anexo da presente portaria", afirma a medida.

Assim como outras diretorias do ICMBio sob a gestão do ministro Ricardo Salles (Ambiente), a Dibio é chefiada por um oficial da PM de São Paulo, o tenente-coronel da reserva Marcos Aurélio Venancio. Em seu currículo no site do órgão, consta que ele tem "formação jurídica e na área da gestão pública", trabalhou como professor universitário e possui apenas uma especialização.

A portaria impactará dezenas de servidores que realizam pesquisas científicas em paralelo ao trabalho no ICMBio, incluindo os que cursam pós-graduação.

"É uma tentativa de controlar não só a produção acadêmica como também a opinião dos servidores", afirma Denis Rivas, presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema). A entidade está estudando medidas contra a portaria.

"Nós estranhamos que a Embrapa, um órgão de pesquisa por excelência, não tenha um filtro de produção imposto aos servidores", afirma Rivas. "Uma das missões do ICMBio é a produção científica."

"Qualquer tipo de censura deve ser combatido, principalmente a censura acadêmica e científica. A produção científica deveria ser neutra. Se os funcionários do ICMBio estão produzindo coisas que estão revelando problemas e caminhos para soluções, o órgão deveria acatar isso. Ter esse tipo de censura é muito questionável", diz a diretora de Ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Ane Alencar.

"Outro ponto importante é que, se tiver de ter algum tipo de autorização, tem de ter alguém com capacidade técnica de avaliar se esse estudo está bem feito ou não. Se passou em uma revista científica, é porque foi avaliado pelos pares. Esse tipo de censura inibe a produção científica."

Procurado, o ministro Salles não se pronunciou até conclusão deste texto.

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COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS NO COTIDIANO DO BIBLIOTÉCARIO

O Dia do Bibliotecário é comemorado no dia 12 de março, data de nascimento de Manuel Bastos Tigre, escritor e poeta, que formado em Engenharia, resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. 

Esse encontro foi decisivo na vida de Bastos Tigre, porque, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com a biblioteconomia. A data foi instituída pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980 com efeitos em todo o território nacional.

Na Universidade Estadual da Bahia, UNEB, todo dia é dia dos bibliotecários, pois a identidade da instituição não depende somente do acervo existente no setor, mas do trabalho dedicado e que exige, além de muita paixão, executar a aquisição de material bibliográfico, controlar o seu recebimento, manter atualizados os respectivos controles, executar análise temática, representação descritiva e classificação dos materiais do acervo, organizar e manter atualizados os catálogos e cadastros da biblioteca, catalogação e indexação de obras, manutenção de sistemas informáticos dentre outras funções.

O bibliotecário do Campus III, em Juazeiro-BA, e mestre em Ciência da Informação, pela UFBA, Regivaldo Silva (Régis), explica que o profissional formado em biblioteconomia é aquele que trabalha para o progresso social, cultural e intelectual tanto da comunidade unebiana, quanto da comunidade em geral do Vale do São Francisco.

Desde 18 de março de 2020, assim como demais servidores da UNEB, Régis vem trabalhando no sistema Home Office. No chamado “Novo normal”, o profissional vem participando ativamente das reuniões semanais, das comissões das quais faz parte; validação de fichas catalográficas de todos os cursos; alimentação do Sistema Pergamum, entre inúmeras outras demandas de professores e coordenadores de cursos.

Uma pessoa ao se tornar bibliotecário, faz um juramento onde diz as seguintes palavras: “Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana.”, finaliza Regis Silva. 


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FAZENDA HUMAYTÁ: MANDACARU QUANDO FLORA É SINAL DE CHUVA NOS SERTÕES

 

De acordo com a definição do Dicionário Caldas Aulete, mandacaru significa “cacto (Cereus jamacaru) nativo do Brasil, de porte arbóreo, ramificado, com flores grandes que se abrem à noite, típico da caatinga, onde serve de alimento ao gado, e também cultivado como ornamental e por propriedades terapêuticas”.

Na Fazenda Humaytá, localizada em Curaçá, Bahia, o cantor e compositor Luiz do Humaytá, dedilha o violão no ritmo harmonia e define que o mandacaru florando é poesia dos sertões.

“Mandacaru, quando flora lá na seca é o sinal que a chuva chega no sertão toda menina que enjoa da boneca é sinal que o amor já chegou no coração"...assim começa uma das composições de Zé Dantas, Xote das Meninas. Aqui neste pedaço de terra a natureza está nos presenteando com este espetáculo", diz Luiz.

Luiz Gonzaga interpreta o Xote das Meninas que traz na letra a flor do mandacaru o prenuncio da chegada das chuvas no sertão. Essa é a crença dos sertanejos. As flores do mandacaru são exuberantes e possuem a cor branca que se destaca principalmente durante à noite.

Devido a sua resistência à seca nordestina, esta planta se tornou um símbolo de força. Usada em projetos paisagísticos. O fruto, vermelho, se destaca entre o verde dos ramos e amadurece entre os meses de março a abril. Comestível, é muito apreciado pelo sabor adocicado. De novembro a janeiro apresenta flores brancas, com uma peculiaridade: elas florescem à noite e, logo pela manhã, murcham. Por isso, também é conhecida como flor-da-noite.

“O sinal do mandacaru florado nos traz muitas esperanças e nos alegra. Veja as nuvens como estão cheias. Vamos ter mais chuva. Mandacaru florou e escutamos no rádio que está chovendo no sertão e com a chuva o sertanejo alivia muitas amarguras e comemora uma boa colheita. Como bem disse Patativa do Assaré, “Pra gente aqui sê poeta basta vê um poema em cada galho e um verso em cada flor””, finaliza Luiz do Humaytá.

Em geral, a flora da Caatinga tem características peculiares, apresentando uma estrutura adaptada às condições áridas, por isso são chamadas xerófitas, o que as permite resistir ao clima quente e à pouca quantidade de água. 

São características como: folhas miúdas, cascas grossas, espinhos, raízes e troncos que acumulam água, que são estratégias tanto para evitar a evapotranspiração intensa quanto para possibilitar o armazenamento de água. As espécies conseguem, assim, lidar com os meses de seca, rebrotando completamente após as primeiras chuvas. Por isso, a vegetação da Caatinga tem aspectos bem diferentes durante o período seco e o chuvoso.

Há cerca de 1.000 espécies vegetais no bioma, dentre as quais 318 são endêmicas, e onde se destacam plantas como cactos (mandacaru, xique-xique e facheiro), bromélias e leguminosas (catingueiras, juremas e anjicos). Árvores que armazenam água, como a barriguda e o umbuzeiro, também fazem parte dessa rica flora.


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FELIZ ANIVERSÁRIO ANTONIO BARROS, AMO VOCÊ, CECEU E MAYRA. VIVA A MÚSICA BRASILEIRA

Há dois anos (2019) tive a suprema alegria/emoção de compartilhar por algumas horas da presença de Antonio Barros, Ceceu e Mayra, a filha do casal. Antonio Barros que eu não conhecia pessoalmente, mas que foi responsável e isto falei para ele, responsável, pelo cidadão, pesquisador, jornalista que sou atualmente. Imaginei o menino lá da Paraiba que ouvia o ídolo no pé do Rádio.

Vivi 50 anos e o destino me proporcionou este encontro em Petrolina e Juazeiro, nas margens do Rio São Francisco.  Na maioria do tempo o ouvi. O brilho das palavras e lembranças faladas cantadas de um Toinho que conviveu e deu vida a centenas de músicas interpretadas por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Trio Mossoró, Dominguinhos, Ney Matogrosso e quase todas as estrelas da música brasileira.

As músicas de Antonio Barros embalou meu tempo menino adolescente através das ondas do Rádio. Adulto me fez pensar sobre o Nordeste e a importância de sua história. Eu ouvi certa vez um locutor dizendo que a música era  autoria de Antonio Barros. Logo fiquei a imaginar de onde viria tamanha grandeza humana para falar dos mistérios mais escondidos do ser humano, das paixões, desencontros, esperanças de uma chuva que está para chegar.

Hoje compreendi com a trajetória do tempo. Antonio Barros é um sopro de Deus, Poder Superior feito de Luz que deu de presente a este pedaço de terra, um Poeta. Poeta cidadão do mundo Antonio Barros.

Lembro que meu amigo Aderaldo Luciano numa carta endereçada ao cantador Beto Brito, relatou a certeza e vai colocar isso em um livro, "que Deus era um tocador de pife e foi soprando nele, num pife feito de taboca, que deu vida ao Homem com seu sopro fiel".

É por isto que todo dia às 18horas digo em prece: Antonio és um Sopro de Deus...Agradeço por tua existência e a cada letra, ritmo, melodia, harmonia que você alimentou por este Brasil afora. És alegria das Noites de São João, São Pedro e Santo Antonio. És luz. Antonio Barros fogueira luz acesa da grandeza da música que encanta almas e alimentas os seres humanos de Paz.

*Ao olhar essa fotografia veio-me uma saudade e uma emoção desmedida. Lembrei-me de toda minha infância e adolescência, quando ainda respirávamos um pouco de inocência diante da vida. Minha geração e todos do meu ciclo vivemos norteados musicalmente pelos lançamentos das músicas de Antonio Barros e Cecéu. A primeira vez que ouvi É Lá, É Cá, É No Balanço Do Mar fiquei balançado. 

Os dois plantaram em mim o gosto pela música, apontaram-me o caminho da constância, a busca pela disciplina, o caminhar para a frente. Nesses tempos novos de tão pouca criatividade e de tão extensas caricaturas, o casal 1000 permanece intacto em sua excelência. Plantaram no Brasil os doces bordões: lembrem-se de Ney Matogrosso cantando Homem Com H. E foi assim a cada ano, a cada São João, a cada "assustado". 

Devemos muito aos dois e como agradeço ter vivido sob seu som, sob sua genialidade. Na fotografia estão abraçados e abraçando a seguidora, filha e ótima cantora Mayra Barros que gentilmente cedeu-me a oportunidade de escrever minha pequena homenagem. Serei eternamente grato. (*Fonte: Professor doutor em Literatura Aderaldo Luciano)

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ASTOR PIAZZOLA: 100 ANOS DO BANDONEÓN QUE REVOLUCIONOU O TANGO

O bandoneón é um instrumento aerófono livre com aparência similar à sanfona. Muito popular na Argentina e no Uruguai, é considerado o principal instrumento do tango e, nas mãos do gênio Astor Piazzolla, atravessou fronteiras e revolucionou o ritmo tradicional portenho.

Astor Piazzolla completaria 100 anos nesta quinta-feira (11). Nascido em Mar del Plata, na Argentina, no dia 11 de março de 1921, foi, junto com a família, para os Estados Unidos aos 4 anos de idade. Com 8 anos, ganhou o seu primeiro bandoneón. Com 14, teve a honra de conhecer Carlos Gardel e se tornou amigo do mais famoso cantor de tango da história.

A amizade e o talento de Piazzolla renderam dois convites por parte de Gardel. O primeiro, para participar como figurante do filme El Dia Que Me Quieras, foi aceito. O segundo foi para integrar a equipe de Gardel durante uma turnê, em 1935. Como Piazzolla era menor de idade, os pais dele não permitiram que o filho viajasse. A negativa, ironicamente, pode ter salvo a vida do jovem. Naquele ano, Gardel e membros de sua banda morreram em um acidente aéreo em Medellín, na Colômbia, cidade que estava na agenda de apresentações.

Piazzolla, junto com a família, voltou a Mar del Plata em 1936. A partir daí, ele começou a tocar em conjuntos e mergulhou no mundo do tango. No ano seguinte, mudou-se para Buenos Aires. Depois de integrar a orquestra de Aníbal Troilo (outro grande bandeonista da história) por alguns anos, passou, no final dos anos 1940, a seguir seu próprio caminho e a inserir elementos do jazz no tango, como na canção El Desbande.

Violoncelista britânico radicado no Brasil, David Chew destacou, em depoimento concedido à Rádio MEC, a inovação como um marco na obra de Piazzolla: “Como compositor de tango e bandeonista, ele revolucionou o tango tradicional, transformando-o em um novo estilo de tango, incorporando o jazz e o jazz latino-americano”, conta.

Naquele período, Piazzolla também começava a trilhar o caminho da música clássica. Estudou piano com o compositor Alberto Ginastera e, em 1954, conseguiu uma bolsa de estudos para estudar na França com a professora Nadia Boulanger. “Ele estudou um ano na França com o sonho de ser músico clássico. E, à noite, tocava tango para viver”, diz o neto Daniel Piazzolla.

Daniel conta que foi Nadia Boulanger que ajudou o avô a se libertar ainda mais e seguir como compositor de tango. “Um dia Nádia disse a ele: ‘Piazzolla, você pode tocar algo seu? Eu sei que você tem algo seu aí’. Meu avô se recusou. Nadia insistiu e meu avô disse ‘Ok, está bem então’. Ele começou a tocar, Nádia agarrou suas mãos e disse isso: ‘Isto é seu. Isso é Piazzolla. Não abandone isso nunca’ E aí ele começou a tocar. Foi a decisão final”. Naquele mesmo ano, ele gravou com Lalo Schifrin Two Argentinians in Paris.

Ao misturar o tango com a música erudita e o jazz, Piazzolla criou algo novo, que passou a chamar de “música contemporânea de Buenos Aires”. Entre idas e voltas para a Argentina, Astor Piazzolla morou nos Estados Unidos, Itália e realizou trabalhos em diversos países, inclusive o Brasil. Um de seus parceiros de composição foi o poeta brasileiro Geraldo Carneiro.

Carneiro relata, em depoimento à Rádio MEC, que teve o primeiro contato com Piazzolla em 1972, mas que não teve coragem de se apresentar ao bandeonista. “Tive o privilégio de ser parceiro de Astor, que conheci em 1972. Aliás, não conheci. Fui ver o show dele no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, levado por meu parceiro Egberto Gismonti. Ficamos fascinados, tão fascinados, que não fomos sequer cumprimentá-lo depois do show. Aquela música nos pareceu de uma divindade”, conta.

Apenas no ano seguinte que o convite chegou por parte do próprio Astor Piazzolla. “Para minha surpresa, no ano seguinte Nana Caymmi me telefonou dizendo que Astor Piazzolla estava no Brasil, tinha ouvido o disco de Egberto Gismonti que tinha letras minhas - chamava-se Água e Vinho esse disco -, e queria fazer música comigo. Eu fui imediatamente encontrá-lo no Hotel Glória e fizemos uma canção. Levei uma letra para ele. Chamava-se As Ilhas. Foi nossa primeira canção”, relata.

Em 1974, Piazzolla (que estava morando na Itália) gravou essa música. Ela acabou sendo cantada por Ney Matogrosso em seu primeiro disco solo, após a saída do Secos e Molhados. A parceria entre Piazzolla e Carneiro rendeu 12 composições nos anos seguinte. Algumas delas foram gravadas no Brasil (pelo grupo as Frenéticas e por Olívia Byington) e na Argentina.

Astor Piazzolla se manteve ativo, com apresentações em diversos países, até sofrer um AVC em 1990. Ele morreu dois anos depois, em 4 de julho de 1992. O bandeonista deixou 3 mil composições (sendo que cerca de 500 gravadas) e um legado que influenciou músicos na Argentina e em outros países.

O baterista argentino Roberto Rutigliano está realizando um trabalho em homenagem a Astor Piazzolla, em que mistura diversos ritmos. E sua inspiração é o estilo vanguardista do bandeonista: “Eu sou amante do tango e também da mistura que ele faz do tango com a música clássica, com elementos inovadores. Ao mesmo tempo em que ele é uma pessoa que tem a plena tradição do tango por tocar bandoneón, ele é também uma pessoa que tem um diálogo com outros tipos de estilos. Eu também me identifico com esse tipo de estética”, diz.

Nascida em Buenos Aires e radicada no Brasil, a pianista Estela Caldi compõe, junto com os filhos (brasileiros), o grupo Libertango - nome de um dos sucessos de Piazzolla. Em 25 anos de carreira, o grupo tem cinco CDs, dois deles dedicados exclusivamente à obra de Piazzolla.

Estela destaca que o caráter disruptivo de Piazzolla é fonte de inspiração. “Levo o tango tradicional dentro de mim, ouço desde criança. Piazzolla rompe com esse padrão, revoluciona e representa no meu imaginário auditivo a ‘oitava superior’ desse gênero tão apreciado pela maioria. Piazzolla virou um fenômeno mundial, um exemplo de inspiração e uma fonte de profundas emoções”, diz.

A violonista venezuelana radicada no Brasil Carla Rincon coloca Astor Piazzolla no patamar de outro gênio da música do continente: Heitor Villa-Lobos. “Piazzolla, assim como Villa-Lobos, foi um revolucionário em seu país e no mundo. De coração, digo: entre Piazzolla e Villa-Lobos, temos muito que nos orgulhar dessa música latino-americana".

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CANTOR E COMPOSITOR GERALDO AZEVEDO É VACINADO CONTRA A COVID-19 E FESTEJA: VIVA O SUS

O jornalista, atual colunista do jornal O Globo, Rio de Janeiro, traz uma ótima notícia para o povo brasileiro e renovo as esperanças. Ancelmo Gois informa que o petrolinense, cidadão do mundo cantor e compositor Geraldo Azevendo foi vacinado contra a Covid-19. 

Confira:

Geraldo Azevedo, 76 anos, o grande artista brasileiro, foi à Uerj para tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O pernambucano de Petrolina celebrou, claro, o fato de estar imunizado: "Agora tenha sensação de estar mais protegido, mas espero pela segunda dose em breve! Parabéns pelo atendimento da equipe. Viva o nosso SUS, viva a saúde pública brasileira!". Os registros, aliás, foram feitos pela querida Gabriela Azevedo, filha do artista. Maravilha!

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HISTÓRIA DO CANGAÇO É TEMA DE DEBATE NO SEMINÁRIO SERTÃO, BEATOS E CANGACEIROS

Especialistas vão discutir diferentes aspectos do cangaço: religiosidade, papéis das mulheres, espaços geográficos e literatura, na perspectiva das ciências sociais. Evento online será transmitido no Canal do You Tube do grupo Cabras de Lampião nos próximos dias 19, 20, 21

A Fundação Cabras de Lampião realiza nos próximos dias 19, 20, 21, em Serra Talhada, no sertão pernambucano, o seminário Sertão, Beatos e Cangaceiros. Neste ano, o evento que está na sua quarta edição, ocorrerá de forma online, devido à pandemia. O propósito é divulgar os vários aspectos da história do cangaço, envolvendo o sincretismo religioso do sertão e o coronelismo, tendo como eixo a vida de Lampião. Toda a programação vai ser transmitida pelo canal do Youtube do grupo Cabras de Lampião, sempre a partir das 20h.

O Seminário será iniciado na sexta-feira (19/03) com uma discussão sobre "O que dizem os livros que abordam Lampião e Maria Bonita: Fatos e Mentiras". Participam da mesa de diálogo, a neta de Lampião e Maria Bonita, jornalista e escritora, Vera Ferreira e o pesquisador, escritor do cangaço e produtor cultural Anildomá Willians de Souza. "Essa é uma ação para entendermos os diversos aspectos do cangaço, e como os cangaceiros ajudaram a compor a base de nossa identidade cultural", declarou Anildomá.

No sábado (20/03), o tema da palestra será "Religiosidade no Sertão: Sincretismo religioso", conduzido pelo historiador, sociólogo, pesquisador, escritor e professor José Ferreira Júnior, e pela historiadora, socióloga, pesquisadora e professora Janaína Freire dos Santos Ferreira.

A programação, no domingo (21/03), conta com uma discussão sobre "Maria Bonita – Nascimento, Vida e Morte da Rainha do Cangaço", e quem vai falar sobre o assunto é a jornalista e pesquisadora do cangaço Wanessa Campos.

De acordo com a presidente da Fundação Cabras de Lampião e mediadora do evento, Cleonice Maria, debater a história, os mitos e a influência do Cangaço na formação da identidade cultural do Sertão contribui para fortalecer a autoestima de cada cidadão e cada cidadã do Sertão. A iniciativa conta com o apoio cultural da Lei Aldir Blanc, da Prefeitura Municipal de Serra Talhada, Governo Federal e Governo de Pernambuco.

PROGRAMAÇÃO:completa em www.cabrasdelampiao.com.br

Endereço no youtube do Grupo Cabras de Lampião: https://www.youtube.com/channel/UCtxtdKSP4PdZKupF1W5mxYw

DIA 19/03 – SEXTA FEIRA 20h - Mesa de Diálogos: "O que dizem os livros sobre Lampião e Maria Bonita: Fatos e Mentiras", com Vera Ferreira (jornalista e escritora, neta de Lampião e Maria Bonita) e Anildomá Willans de Souza (Pesquisador do Cangaço e Produtor Cultural). Mediação de Cleonice Maria.

DIA 20/03 – SÁBADO 20h - Mesa de Diálogos: "Religiosidade no sertão: Sincretismo religioso", com José Ferreira Júnior (Historiador, sociólogo, pesquisador, escritor e professor) e Janaina Freire dos Santos Ferreira (Historiadora, socióloga, pesquisadora e professora). Mediação de Cleonice Maria.

DIA 21/03 – DOMINGO 20h– Mesa de Diálogos: "Maria Bonita – Nascimento, Vida e Morte da Rainha do Cangaço", com Wanessa Campos (jornalista e pesquisadora do cangaço). Mediação de Cleonice Maria.

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