A INDÚSTRIA DA DESINFORMAÇÃO

Há tempos, estamos nos comunicando e nos educando sobre os mais variados temas por meio das redes sociais. Quando uma mensagem desperta emoção ou identificação, independente da origem, dificilmente guardamos para nós mesmos. O bom é propagar. O mesmo vale para uma publicidade que gostamos, mesmo que nem pareça um anúncio. Inclusive, quanto menos cara de propaganda tiver a mensagem, maior o engajamento. Esse recurso, da espontaneidade, também vale para a publicidade de cunho político e eleitoral. O problema acontece quando o conteúdo é planejado, criado e disparado por grupos políticos de forma deliberada para gerar confusão na população.

O que estamos presenciando no Brasil é um claro exemplo de quão graves são os efeitos da indústria da desinformação, ainda mais sendo capitaneada por membros do governo. Levantar dúvidas sobre a necessidade da vacina, única arma possível contra o Covid-19, é tão irresponsável quanto desencorajar o isolamento social ou o uso de máscaras. Na invasão ao capitólio em Washington, EUA, vimos que teorias da conspiração nascidas no mundo virtual podem ter consequências reais, e bem violentas.

Na maioria das vezes, o tempo que levamos para desmascarar uma fake news é o mesmo de uma pesquisa rápida no Google. Então, porque tanta gente compartilha, mesmo sem saber da veracidade? A justificativa está na crença. Ao que parece, quando se acredita em alguma coisa, não há espaço para questionamentos. É aquela verdade e ponto. Esse tipo de posicionamento, em se tratando de política, ganhou um terreno fértil nas redes sociais, lugar perfeito para se agrupar em torno de anidades e destruir reputações. As pessoas formam grupos por compatibilidade ideológica e passam a consumir apenas informações que alimentam esse mesmo tipo de pensamento, totalmente avessas ao contraditório. Se um fato, mesmo que cientificamente comprovado, não corresponde com o que elas acreditam, torna-se mentira. É o triunfo da opinião sobre a verdade.

Recentemente, o Twitter suspendeu Donald Trump, o astrólogo Olavo de Carvalho e outros usuários ligados à extrema direita por discurso de ódio ou negacionista (a mesma plataforma também colocou alerta de informação enganosa em mensagens de Jair Bolsonaro e outros membros do governo). Apesar de significativa, a iniciativa é tímida. Enquanto governantes e dirigentes das principais redes sociais ainda hesitam, perdidos no debate entre liberdade, responsabilidade e interesses comerciais, a obrigação de combater o exército da desinformação continua sendo de cada um de nós, usuários.

*Carlos Eduardo Queiroz-publicitário eduardo@cordelcomunicacão.com



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PODCAST TESSITURAS NARRATIVAS DISCUTE A PRODUÇÃO LITERÁRIA DE MULHERES PRETAS EM JUAZEIRO, BAHIA E PETROLINA, PERNAMBUCO

Um entrelaço, como fios que se cruzam formando um tecido, entre histórias de vida, poesias e conversas diversas, protagonizadas por escritoras pretas sertanejas. Assim é possível definir o podcast do projeto "Tessituras Narrativas: a produção literária mulheres negras no Sertão do São Francisco", lançado na última sexta-feira (29). 

Em um formato dinâmico, o podcast realiza entrevistas com autoras locais, promovendo bate-papos sobre suas produções e temas como representatividade e literatura. O programa lança novos episódios toda sexta-feira e pode ser ouvido através de plataformas digitais de streaming.

Semanalmente, as integrantes do projeto Raylane Nayara Souza, Priscila Britto, e Ana Luíza Souza, recebem uma escritora convidada para conversar sobre a arte de escrever a partir de uma perspectiva de gênero, raça e ancestralidade. A primeira temporada do podcast conta com cinco episódios e a participação das escritoras e poetas Ioná Pereira, Milena Silva, Luádia Mabel e Ketlen Xavier, moradoras das cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Para escutar os episódios basta acessar os aplicativos de streaming Spotify, Soundcloud e Google Podcasts ou o Youtube, clicar em "buscar" e escrever "Tessituras Narrativas".

O episódio de estreia, já disponível, recebe a cientista social, professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Paula Galrão e discute o impacto social da produção intelectual de mulheres pretas na região, além de promover uma conversa intimista sobre o surgimento do projeto. Durante as próximas edições, os ouvintes acompanharão, ainda, reflexões sobre as obras de autoras populares nacionalmente, como Conceição Evaristo, Lélia Gonzalez e outras, e recitação de poesia. 

Mais informações sobre a iniciativa e as autoras participantes, além de conteúdos didáticos sobre produção de literária de mulheres pretas podem ser encontradas no Instagram do projeto.

A coordenadora geral do projeto Raylane Nayara Souza conta que a iniciativa tem a função de demonstrar a potência das mulheres pretas no Sertão do São Francisco que produzem uma literatura forte e rebelde.

"Ouvir o Tessituras é aprender um pouco sobre a história que é apagada, ouvir as vozes de corpos que são marginalizados, e construir elos, redes", diz. A ação tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. (ASCOM TESSITURAS NARRATIVAS/LAYLA SHASTA)

 

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SENADORA LUIZA ERUNDINA DIZ QUE O CARÁTER GENOCIDA DE BOLSONARO TAMBÉM ESTÁ PRESENTE NO COMANDO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

A deputada Luiza Erundina, candidata do PSOL à presidência da Câmara, discursou, hoje, minutos antes do início da votação, que será secreta.

Erundina criticou o fato de a votação se dar de forma presencial, “o que expõe principalmente os 95 parlamentares que são do grupo de risco”. Isso demonstra, segundo ela, “que o caráter genocida de Bolsonaro também está presente no comando da Câmara dos Deputados”.

“Não baixaremos a cabeça Basta de tanta arbitrariedade. Fora, Bolsonaro, e todos os seus asseclas de plantão”, disse.

Segundo ela, o presidente Rodrigo Maia foi “omisso e conivente” com Bolsonaro ao não pautar sequer um dos mais de sessenta pedidos de impeachment contra o presidente da República protocolados na Câmara. Erundina também equiparou as candidaturas de Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP).

“Há poucas diferenças entre as duas candidaturas. O PSOL é o único partido cuja candidatura polariza com os candidatos dos dois blocos, constituídos predominantemente por partidos de direita, além de alguns partidos do campo progressista que se aliaram ao campo de Baleia Rossi”. (Blog Magno Martins)

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ORQUESTRA JOVEM GONZAGUEANA APRESENTA PRIMEIRA LIVE

No sábado (30), Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga e Barbara de Alencar viveu mais um dia de emoção proporcionada pela música. Foi a primeira apresentação de uma live da Orquestra Sinfônica Jovem de Exu. Com a participação de Zezinho do Exu, Débora Dutra, Lucas Gordim, Valdi Jr, Lara Cavalcante e Flávio Leandro.

O cantor e compositor Flávio Leandro, um dos nomes mais talentosos da música brasileira, declarou a emoção de saber que a essência da música está cada vez mais valiosa, principalmente quando ele assiste os jovens tocando numa orquestra.

A Orquestra Jovem Gonzagueana foi fundada em 2014 no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) com um dos principais objetivos de exaltar a música e o sentido de identidade cultura dos cantores e compositores que ampliam a dimensão do Nordeste, mostrando o valor universal do cancioneiro nordestino.

O diretor da Orquestra Jovem Gonzagueana é Marcos Vinicius. Os ensaios são todas as quinta-feiras, às 18hs, na Igreja Nova Apostólica.

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VALDI GERALDO TEIXEIRA: NESSA ESTRADA DA VIDA, EXU, ALEGRIA E BELEZA DO SERTÃO

Dia 31 janeiro. Hoje é dia do aniversário de Valdi Geraldo Teixeira. 55 anos. Sempre é bom lembrar: o grande balaio musical de Luiz Gonzaga tem um exuense. A cada viagem que fazia pela região Nordeste Luiz Gonzaga "descobria", encontrava um compositor, um poeta, parceiros. 

Em Caruaru: Onildo Almeida. Rio Grande do Norte, o Janduhy Finizola. Paraíba, José Marcolino, Antonio Barros; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti. No Rio de Janeiro encontrou o parceiro Humberto Teixeira, nascido em Iguatu, Ceará. José Clementino, em Varzea Alegre. Zé Dantas, em Pernambuco, para citar alguns destes poetas parceiros que deram Luz ao obra e vida do Rei do Baião, Arcoverde João Silva.

Porém quis o destino, Valdi Geraldo estava ali na curva da Chapada do Araripe, em Exu, na sua terra, o Neguinho do Forró, músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco (LP), Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribui com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. A história conta que ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira. Tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje "Nessa Estrada da Vida" é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonys, fiéis seguidores e discípulos do Rei do Baião.

Detalhe: o disco "Danado de bom" vendeu mais de um Milhão de cópias, contou com a participação de Elba Ramalho na faixa "Sanfoninha choradeira" (João Silva) e Luiz Gonzaga ganha o Disco de Ouro considerado no mundo musical um dos mais belos trabalhos de um artista brasileiro.


Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta do amor e resistência, encontrou o apoio para as conversas em Exu. Discreto, Valdi Geraldo não comenta os detalhes. Porém ele participou de vários encontros e reuniões com Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga nas visitas de Gonzaguinha "aos amigos que Luiz Gonzaga tinha deixado em Exu". 

Gonzaguinha caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca, Museu Gonzagão. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música. É funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a larva criativa do poeta. Valdi Geraldo cultiva a simplicidade, ou seja, sabe tratar o povo, que tanto Luiz Gonzaga pedia para não esquecer, e valorizar o seu pedaço de terra se fazendo universal.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira soube valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de "sanfonizar" as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

Nessa Estrada da Vida segue o poeta compositor Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró.

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SEMPRE SEM LIMITES TARGINO GONDIM REÚNE MÚSICA BRASILEIRA NO BOTECO DO GINÔ

Targino Gondim revela que está em estúdio gravando um CD que se chamará Belo Chico. “É uma homenagem ao Rio São Francisco, feita por mim e meus parceiros Roberto “Gogó” Malvezzi e Nilton Freitas. 

O objetivo é fazer uma viagem pelo Rio São Francisco, mostrando as deficiências, o que ele tem de tão bom em toda a sua história de vida, os ribeirinhos, quais as dificuldades que o rio passa agora, como as questões sociais e ambientais, o seu o habitat... E vamos transformando isso tudo em música.”

Além de canções inéditas ligadas ao Rio São Francisco o projeto prevê alguns clássicos, como Petrolina Juazeiro (Jorge de Altinho), Sobradinho (Sá & Guarabyra), Matança (Jatobá). Nesse caso, por ser um trabalho com caráter também didático, haverá versão tanto digital quanto em CD, voltado para salas de aulas e palestras. A perspectiva é de que esteja pronto até o fim de abril, com lançamento em outubro.

Se boa parte dos bares anda fechada por causa da pandemia de coronavírus, que tal levar a atmosfera botequeira para o seu cantinho? Foi um pouco desse espírito que motivou o sanfoneiro Targino Gondim a lançar um álbum com estilos variados nas plataformas digitais. 

“Sabe aquelas canções que a gente sempre ouve quando vai a uma seresta, um barzinho? Pois, então, assim é Boteco do Ginô. São 18 músicas escolhidas a dedo por mim. Aquelas que sempre tocaram o meu coração e acredito que de outras pessoas também. É só o cara chegar em casa, abrir uma bem gelada, de preferência acompanhada de uma branquinha, preparar um tira-gosto e saborear tudo, ouvindo o meu disco. Ele nem vai se lembrar do boteco”, brinca o músico

Ele conta que o projeto traz canções de compositores como Peninha, Zé Ramalho, Roberto Carlos, Moacyr Franco, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Benito di Paula, entre outros, além de músicas autorais.

“Na verdade, elas foram gravadas durante duas lives que fiz em julho e agosto do ano passado, cujo cenário era um boteco e agora a gravadora ONErpm resolveu lançar o disco. Como foi gravado um número maior de canções durante as apresentações, achei melhor selecionar aquelas que fizeram parte da minha vida e de milhões de pessoas.”

O material está disponível somente em streaming. No ano passado, o forrozeiro foi um dos concorrentes do Grammy Latino pelo Melhor Álbum de Música de Raízes com Targino sem limites, 19 anos depois de vencer o 'Oscar da Música' com a canção Esperando na janela (Targino Gondim & Manuca Almeida & Raimundinho do acordeon).

Gondim ressalta que o boteco do Ginô, na verdade, não existe. “Na realidade, Ginô é um apelido carinhoso que atravessa gerações. É do meu pai, meu e agora do meu filho também”. Dono de uma versatilidade artística e do projeto Targino sem limites, em que interpreta ritmos diferentes do forró, o músico mais uma vez mostra toda a sua versatilidade. As canções se dividem entre Tortura de amor (Waldick Soriano), Gostoso demais (Dominguinhos & Nando Cordel) e Eu só quero um Xodó (Dominguinhos & Anastácia).

Há ainda outros clássicos, como Cabecinha no ombro (Paulo Borges), Ainda ontem chorei de saudade (Moacyr Franco), Esotérico (Gilberto Gil), Leãozinho (Caetano Veloso), Detalhes (Roberto Carlos & Erasmo Carlos), Caminhoneiro (Roberto Carlos) e Charlie Brown e Retalhos de cetim (Benito di Paula). 

“De minha autoria gravei duas inéditas, Amor estranho e Vai chorar por mim. Esse projeto surgiu na pandemia, quando fiz uma seleção para cantar com a minha sanfona e interpretação durante duas lives. São músicas para aqueles que querem passar momentos com os amigos e tomar uma cerveja.”

O artista não produziu o álbum pensando em gravar outros volumes. “Fiz a primeira live, que foi um sucesso danado e por isso resolvi fazer a segunda, já misturando músicas compostas mais para os lados do Rio de Janeiro e São Paulo, como o samba de Benito di Paula, entre outras. Era fundamental também que escolhesse canções que já estava habituado a ouvir e gostar de cantar, não porque fulano quer ou beltrano goste, mas sempre a partir do meu gosto musical, com as composições que mais me tocam nos bares. Aí, resolvi colocá-las nesse trabalho. Por enquanto, não tenho a pretensão de gravar outros botecos não.”

E as versões em streaming, acredita, vieram para ficar. “As gravadoras, todas elas, estão agora com o foco no digital. Por isso não temos essa pretensão de fazer um CD. As gravadoras maiores estão nessa vibe e a tendência é cada vez mais diminuir essa coisa do físico. Até o próprio público não procura mais, ninguém que andar mais com um CD debaixo do braço, pois agora as canções estão na palma da mão, celular, pen drive e bluetooth.” A reportagem é de Augusto Pio, Jornal Estado de Minas.

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CANTOR E COMPOSITOR IVAN FERRAZ PARTICIPA DO PROGRAMA RELEMBRANDO O GONZAGÃO

O forrozeiro, Embaixador do Forró, cantor, compositor Ivan Ferraz, participou neste sábado (30), do Programa Relembrando o Gonzagão, apresentado pelo radialista e pesquisador Edilson Gonzaga, ás 16hs, na Rádio Clima FM, Gravatá, Pernambuco. 

Ivan Ferraz traduz o sentimento de energia e a certeza que o forró, baião criado por Luiz Gonzaga é moderno. Centenas de ouvintes participaram do programa elogiando Ivan Ferraz e a produção do Programa Relembrando o Gonzagão. Ivan Ferraz tem da classe artística o respeito pela dedicação e conhecimento da atualidade da música.

Ivan Ferraz é um dos mais fiés representantes da música brasileira, considerado o maior sinônimo da resistência do autêntico 'forró pé-de-serra'. Sertanejo de Floresta, Pernambuco, nascido em 17 de março de 1946. Ivan destacou a importância do Programa Relembrando o Gonzagão e para que "a juventude conheça cada vez mais a cultura a partir de Luiz Gonzaga, para que nós valorizemos cada vez mais nosso autêntico forró pé de serra”, disse o cantor.

Ivan Ferraz é citado por Dominguinhos: "Ivan Ferraz e o Forró Verso e Violha", na música Riacho do Navio. Dominguinhos homenageia o programa de rádio atualmente apresentado na Rádio Universitária Fm. Ivan Ferras foi um dos primeiros cantores ampliar a divulgação da música através da rede de Televisão e Rádio.

Na opinião dele, o diálogo com os mais fãs novos é imprescindível para que o ritmo continue a viver, sendo perpetuado para além de gerações. “Se a gente faz qualquer movimento sem a presença da juventude é impossível obter sucesso. São os jovens que trazem novas ideias”, analisa Ivan. “A cada dia surge gente boa, de talento. O forró está bem, o povo gosta do forró. Ele só precisa ter mais apoio”, comenta.

Ivan Ferraz além de cantor e compositor tem uma visão empreendedora. Onde o som da sanfona é rei, zabumba e triângulo fazem parte da realeza. Assim é, desde 2012, que Ivan mantem o Espaço Cultural Dominguinhos (Rua Lindolfo Collor, s/n, Engenheiro do Meio - Clube da Sudene), janela permanente do forró pé-de-serra no Recife.

“É um espaço que no momento devido a pandemia está parado, mas ele foi criado para preservar nossa música e projetar os artistas. Onde a gente pode ouvir e cantar o forró puro e autêntico”, descreve Ferraz. “Os artistas precisam se unir para fortalecer o ritmo”, diz.

A produtora técnica do programa, Jaqueline Pontes, se emocionou com as histórias contadas por Ivan Ferraz que gravou nove LPs e 15 CDs. "Sou jovem e tenho através deste trabalho do Relembrando o Gonzagão, a oportunidade de descobrir o valor real da cultura brasileira", destacou Jaqueline. 

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