ZÉ GONZAGA, COMPLETARIA 100 ANOS SE VIVO FOSSE NESTA SEXTA (15)

José Januário dos Santos, conhecido artisticamente como Zé Gonzaga, nasceu em Exu, Pernambuco em 15/01/1921 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 12/04/2002, aos 81 anos de idade. Era o mais novo dos quatro homens, dos filhos de Januário, pai de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião

Zé Gonzaga tinha um enorme talento musical e sem dúvida foi um dos maiores músicos de sanfona deste País, de todos os tempos. Também foi compositor. Luiz Gonzaga considerava-o  o melhor músico da família que, ao todo, tinha sete artistas entre pai, irmãos e irmãs.

A história conta que Zé Gonzaga deixou Exu, fugindo da seca do sertão pernambucano, Zé Gonzaga, em 1939 saiu em direção ao sul do País em busca de ajuda dos seus irmãos. Na época Severino morada em São Paulo. Zé Gonzaga era um obstinado. Saiu de Exu, no sertão do Araripe pernambucano, a pé. Levou vinte dias para chegar em Petrolina, onde pegou um pau-de-arara com destino ao Rio de Janeiro. 

Em contato com a reportagem do BLOG NEY VITAL, Joquinha Gonzaga revela que, Zé Gonzaga era um "excelente tocador de sanfona de oito baixos". Gostava de uma boa cachaça e era sempre bem humorado.

Joquinha Gonzaga gravou, O Ronco do Oito Baixos. Na música ele cita Zé Gonzaga e sua sanfona de 8 Baixos. "Tudo começou com vovô Januário e essa sanfona que estou tocando foi meu tio Zé Gonzaga que me deu".

"Na verdade a cada ano sinto mais falta de meus tios, Zé Gonzaga, Luiz Gonzaga, Chiquinha e Severino. Todos partiram e deixaram marcas na música brasileira", avalia Joquinha.

Zé Gonzaga usufruiu também um bom pedaço do reinado do irmão, Luiz Gonzaga. Fez apresentação em programas de Rádio. Viajou para a Europa. Cantou e dançou vestido de cangaceiro. Uma das músicas mais executadas até hoje na voz de Zé Gonzaga é o Baile da Tartaruga ( composição de Jaime Florence / Osmar Safety / Augusto Mesquita) e Viva o Rei (José Amancio e Zé Gonzaga). A música, “Viva o Rei”, comemorava a vida de Luís após um acidente nos nos 50.

Zé Gonzaga deixou um legado de inúmeros discos de 78 rotações e 12 LPs gravados. Uma das músicas mais citadas é Roseira do Norte, composta por Zé Gonzaga e Pedro Sertanejo, pai de Oswaldinho.

Zé Gonzaga gravou o frevo Vassourinhas. A música Severina Xique Xique, composta por João Gonçalves também ganhou voz com Zé Gonzaga.

O disco “Alma de Sertanejo”, de Zé Gonzaga, é um dos destaques, lançado pela gravadora Copacabana no ano de 1963, o disco reúne músicas de Zé Gonzaga com parceiros, além de sucessos do irmão dele, Luiz Gonzaga.

Atualizado para o CD traz músicas como “Estrada da Vida”, “Intenção de Mariquinha”, “Barra da Madrugada” e a famosa “Januário é o Maior”. Zé Gonzaga era conhecido como Rei da Alegria, como lembrava o cantor e compositor Dominguinhos, que o considerava um dos melhores sanfoneiros da família.   

Em agosto de 1952 Zé Gonzaga participou da famosa excursão de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, à Paris para se apresentar no castelo de Coberville, fato que lhe rendeu outra briga com o irmão, na época Rei do Baião, porque Zé foi em seu lugar, pois Luiz havia brigado com Chateaubriand. Na França fez tanto sucesso que por lá permaneceu até o final de 1952, tendo feito show até no elegante cassino de Deauville.

Zé Gonzaga morreu ressentido pelo fato de ter sido esquecido, de não ter sido, há vários anos, procurado por gravadora e nem por promotores de eventos culturais. Também levou o coração magoado pelo não reconhecimento da crítica ao seu trabalho como músico e compositor. 

"E eu vou seguindo a estrada da vida. Contando o pouco que sei dos meus tios e avô", finaliza Joquinha Gonzaga.

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LUIZ GONZAGA: 13 DE DEZEMBRO DE 2021, 109 ANOS DE NASCIMENTO

O Nordeste continuaria existindo caso Luiz Gonzaga não tivesse aterrissado por lá há cem anos. Teria a mesma paisagem, os mesmos problemas. Seria o mesmo complexo de gentes e regiões. Comportaria os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões.

Mas faltaria muito para adornar-lhe a alma. Sem Gonzaga quase seríamos sonâmbulos. Ele, mais que ninguém, brindou-nos com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. A isso resolveu chamar de BAIÃO.

Luiz Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

O seu peito abrigava o canto dolente e retorno dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali buscando eternidade. Viva Luiz Gonzaga do Nascimento! (Fonte: Professor Aderaldo Luciano - doutor em Ciência da Literatura)

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DIA 02 DE AGOSTO DE 2021, O BRASIL VAI CELEBRAR 32 ANOS DE SAUDADES DE LUIZ GONZAGA

O Brasil vai celebrar neste ano de 2021, no dia 02 de agosto, os 32 anos da morte do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o rei do baião. Lua, como também era conhecido, foi essencialmente um telúrico. Ele soube como ninguém cantar o Nordeste e seus problemas. Pernambucano, nordestino ou simplesmente brasileiro, Luiz Gonzaga encantou o Brasil com sua música, tornando-se um daqueles que melhor souberam interpretar sua alma.

Nascido em Exu, no alto sertão de Pernambuco, na chapada do Araripe, ele ganhou o Brasil e o mundo, mas nunca se esqueceu de sua origem. Sua música, precursora da música popular brasileira, é algo que, embora não possa ser classificada como "de protesto", ou engajada, é, contudo, politicamente comprometida com a busca de solução para a questão regional nordestina, com o desafio de um desenvolvimento nacional mais homogêneo, mais orgânico e menos injusto, portanto.

Telúrico sem ser provinciano, Gonzaga sabia manter-se preso às circunstâncias regionais sem perder de vista o universal. Sua sensibilidade para com os problemas sociais, sobretudo nas músicas em parceria com Zé Dantas, era evidente: prenhe de inconformismo, denúncia do abandono a que ainda hoje está sujeito pelo menos um terço da população brasileira, mormente a que vive no chamado semi-árido.

Não estaria exagerando se dissesse que Gonzaga, embora não tivesse exercido atividade política ou partidária, foi um político na acepção ampla do termo. Política, bem o sabemos, é a realização de objetivos coletivos e não se efetua apenas por meio do exercício de cargos públicos, que ele nunca teve. Política é sobretudo ação a serviço da comunidade. Como afirma Alceu Amoroso Lima, é saber, virtude e arte do bem comum.

Além de nunca ter omitido suas opiniões, Gonzaga também nunca se esquivou de participar ativamente quando necessário. Em um momento particularmente difícil vivido por sua terra, Exu, e tendo em vista as muitas mortes decorrentes da rivalidade das famílias Alencar e Sampaio, ele ergueu corajosamente sua voz. Na ocasião, era governador de Pernambuco e pude receber dele ajuda fundamental na tarefa que, com êxito, empreendi no sentido de pacificar a cidade e restabelecer a concórdia naquela importante região do sertão.

Outro aspecto político da presença de Luiz Gonzaga foi no resgate da música popular brasileira. O vigor de suas toadas e cantorias tonificou a nossa música, retirando-a do empobrecimento cultural em que se encontrava. Sua música teve um viés nacionalista, ou melhor, brasileiríssimo, que impediu que lavrasse um processo de perda de nossa identidade cultural. 

Não foi uma música apenas nordestina, mas genuinamente nacional, posto que de defesa de nossas tradições e evocação de nossos valores.

Luiz Gonzaga interpretou o sofrimento e também as poucas alegrias de sua gente em quase 200 canções, em ritmos até então desconhecidos, como o baião, o forró, o xaxado, as marchinhas juninas e tantos outros. Mas foi por meio de "Asa Branca" que Lua elevou à condição de epopéia a questão nordestina. Certa feita, Gilberto Freyre afirmou que o frevo "Vassourinhas" era nossa marselhesa. Poderíamos dizer, parafraseando Gilberto Freyre, que "Asa Branca" é o hino do Nordeste: o Nordeste na sua visão mais significativamente dramática, o Nordeste na aguda crise da seca.

Gilberto Amado disse a propósito da morte de sua mãe: "Apagou-se aquela luz no meio de todos nós". Para o Nordeste, e tenho certeza para todo o país, a morte de Luiz Gonzaga foi o apagar de um grande clarão. Mas com seu desaparecimento não cessou de florescer a mensagem que deixou, por meio da poesia, da música e da divulgação da cultura do Nordeste.

Em sua obra ele está vivo e vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente".

Fonte: Site Senadorr Marco Maciel foi vice-presidente da República. Foi governador do Estado de Pernambuco (1979-82), senador pelo PFL-PE (1982-94) e ministro da Educação (governo Sarney).

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PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA-VIVA LUIZ GONZAGA E SEUS AMIGOS TODOS OS DOMINGOS 9HS


A audiência de rádio durante a pandemia de COVID-19 no Brasil vem crescendo desde o início da crise sanitária, segundo dados do Kantar IBOPE Media. O número de pessoas que ouvem rádio e mantêm o hábito com o distanciamento social aumentou para 74%.

Mesmo com mudanças na rotina, o tempo médio de audiência segue estável, apontou o levantamento. Se comparado com o mesmo período do ano passado, há registro significativo de crescimento.

A integração entre o rádio e as plataformas digitais é uma realidade que vem ganhando corpo nos últimos anos no Brasil. Se no início da ascensão digital se falava em ouvir rádio pelo site das emissoras, hoje muitas delas já contam com aplicativos e uma série de conteúdos e promoções exclusivas para os meios digitais. Para se ter uma ideia, segundo estudo recente do Kantar Ibope Media, 89% das pessoas escutam Rádio via mobile, pelo computador, enquanto 56% seguem nos receptores convencionais, em casa ou no carro.

A audiência ainda está ligada ao aparelho receptor comum, mas o ouvite também está no computador e, principalmente, no celular.

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e líder. A rádio Cidade AM 870, Petrolina/Juazeiro, Bahia, neste ano de 2021, fará a migração para a FM, na emissora, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Amigos. O programa é transmitido todos os domingos,  a partir das 9hs da manhã, www.radiocidadeam870.com.br, também no instagram, YouTube.

A direção da emissora apostou na reinvenção, no projeto especial e aposta no conteúdo cultural e os resultados aparecem. 

O Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA e SEUS AMIGOS segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É o roteiro usado para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus amigos, poetas e seguidores", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate". 

O programa é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com a arte e cultural, a não ser na lembrança. Ao contrário, o programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora dos que fazem arte no Brasil. 

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio cultural brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia Ney Vital que recebeu o titulo Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru, e Troféu Luiz Gonzaga 2014 Exu,  recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca, foi um dos agraciados com o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas filiadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco, além de dezenas de reportagens pautadas no meio ambiente do semiárido e ecologia.

Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas. 

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento.O programa Flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

"O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio", finalizou Ney Vital.

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CAIS DO SERTÃO RECEBE EXPOSIÇÃO PLANTAS MÁGICAS E LANÇAMENTO DE LIVRO SOBRE A VIDA E OBRA DE CLARICE LISPECTOR

O Centro Cultural Cais do Sertão, neste mês de janeiro, volta a receber exposições e debates culturais abertos ao público. Para este novo ciclo de retomada gradual das atividades, o museu recebe o primeiro lançamento do ano da Cepe, livro de dez ensaios sobre a obra da escritora Clarice Lispector, "O que eu escrevo continua – Dez ensaios no centenário de Clarice Lispector". A obra foi organizada pelo poeta e cronista José Mário Rodrigues e será lançada nesta quinta (14), às 16h, no auditório do Cais.

Além de evento dedicado a Clarice Lispector, o museu sedia a exposição "As Plantas Mágicas de Pernambuco", assinada pelas designers e artistas visuais Maria Eduarda Belém e Sofia Lobo. A partir de um longo processo de pesquisa, elas desenvolveram 12 padrões de estampas originais. O trabalho, que reúne arte, design, botânica e sabedoria popular, poderá ser visto nesta quinta-feira, às 18h, na Sala Moxotó. Os visitantes poderão conferir o acervo da exposição até o dia 23 de fevereiro.

O projeto é patrocinado pelo Funcultura - Fundo de Incentivo à Cultura do Governo de Pernambuco, gerido pela Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), contando ainda com o apoio do Museu Cais do Sertão.

O Cais do Sertão, museu localizado no coração do Recife, está sob a gestão da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco e Empetur e opera nos seguintes horários: quintas e sextas-feiras, das 10h às 16h; e sábados e domingos, 11h às 17h. Os ingressos custam R $10 (inteira) e R $5 (meia).

 

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PROPRIETÁRIOS DE CRIAÇÃO DE OVELHAS E BODES RECLAMAM DE ATAQUES DE CÃES


Ataques de cães estão causando prejuízo para criadores de ovelhas e bodes em Juazeiro. A reportagem do BLOG NEY VITAL, obteve informações e videos de cachorros atacando os animais nas chacaras próximas ao Juazeiro VIII. Dezenas de ovelhas e bodes foram mortas e outras feridas nas Chacaras após o ataque de cachorros.

Segundo criadores prejuízos numa só noite foi de cerca de 15 mil reais. Nos últimos dois dias foram 11 animais mortos atacados por cães. Algumad das ovelhas apresentaam marcas de mordidas e feridas ao tentar fugir dos predadores.   

O ataque é atribuído a matinhas que rondam a propriedade.

Maria Candida solicita as autoridades uma solução para o problema. Ela classifica de dois problemas: a morte das ovelhas e bodes e mais o abandono dos cães na localidade que vem provocando "fome nos cães". Maria Candida já foi membro da Rede de Proteção dos Animais.

Na fauna brasileira é possível identificar animais como onças, raposas e gaviões entre os principais predadores (animais que atacam com objetivo de se alimentar) de caprinos e ovinos, porém ataques de cães "é quase um absurdo no reino animal".

"Por instinto de caça os cães estão atacando os rebanhos. Este tipo de ataque de cães para matar não deveria ser frequente. Existe algo de errado e é importante conscientizar os possiveis donos dos animais para evitar este tipo de morte. Muitas vezes é possível criar os cães em outras áreas da propriedade, evitando o contato com os rebanhos”, analisa Maria Candida.

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SOBRADINHO REDUZ VAZÃO PARA 900 METROS CÚBICOS POR SEGUNDO; PESCADORES E MESTRES MAQUINISTAS RECLAMAM

“A lei diz que a água deve ser compartilhada pelos múltiplos usos, mas percebemos que a produção de energia tem prioridade. Mas em situação de escassez, a lei diz que a prioridade é do abastecimento humano e animal. A Sociedade deve ser ouvida pelo governo federal nas decisões sobre redução da vazão do rio São Francisco".

A opinião acima é de 2004, do então coordenador-geral do Fórum Sergipano de Comitês de Bacias Hidrográficas, Luiz Carlos Souza, também manifestando preocupação com a vazão do Rio São Francisco.

Nesta quinta-feira em razão da necessidade de manter o volume de espera da Usina de Luiz Gonzaga, e diante do fato de que a Usina de Xingó está com vazão de 1.000 m³/s, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) começou a praticar vazão de 900 m³/s na Usina Hidrelétrica de Sobradinho. A defluência (água que sai) será reduzida, de 1.100 m3/s para 900 m³/s.

A Chesf justifica que a redução de defluência no Reservatório de Sobradinho corresponde a uma diminuição de 40 MW na sua geração de energia, valor compensado pela geração nas demais usinas da Cascata do São Francisco, não impactando no valor global de geração da Chesf, que atualmente se encontra no patamar de 3.200 MW.

Em novembro a vazão do Rio São Francisco, a partir do Reservatório de Sobradinho (Bahia), foi maior dos últimos sete anos. A barragem chegou a iberar 2.900 metros cúbicos por segundo (m³/s). 

A reportagem da REDEGN ouviu pescadores e mestre maquinistas. O presidente da Associação das Barquinhas, Luis Raimundo Pereira, a situação das barquinhas que fazem a travessia entre as cidades de Petrolina e Juazeiro vão se adaptando ao período "de cheia e seca" do Rio São Francisco. Mas ele prefere o rio cheio. "Com mais água o sentimento é de mais alegria, segurança".

O maquinista Edgar José Fernandes, navega nas águas do rio São Francisco desde os anos 60. "Prefiro o rio São Francisco cheio. Já vivi a experiência de navegar de Juazeiro, Bahia a Pirapora, Minas Gerais. Amo o rio cheio", afirma Edgar.

José Tiburtino de Freire, é mestre carpinteiro, artesão, construtor de barcos na orla do Bairro Angari. Conhecido por José de Piranha. "O rio São Francisco cheio representa fartura para os pescadores, gera trabalho e renda. Ele seco provoca uma lamentação. O ser humano pensa que manda no rio mas é um grande engano. Prefiro ele, o rio na grandeza da cheia", finalizou 


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