AMIGOS DE JUAZEIRO E PETROLINA LAMENTAM A MORTE DO CANTOR GENIVAL LACERDA

O odontólogo e atual vereador César Durando, o radialista Francisco Fernandes eram dois dos amigos do cantor Genival Lacerda mais próximos, em Petrolina. Sempre que podia era comum Genival Lacerda vir para o sertão e ligar para os dois amigos.

O lugar preferido sempre as feiras para saborear a gastronomia sertaneja. Genival vai permanecer como um dos nossos maiores patrimônios da cultura", diz Cesar Durando.


Francisco Fernandes é citado nas gravações de algumas músicas de Genival Lacerda, conferido a amizade e carinho que o cantor tinha pelo radialista.

"É um momento de dor. Perdemos um amigo que amava Petrolina e o Rio São Francisco", diz Francisco Fernandes.

Recentemente o cantor Genival Lacerda resolveu apostar em uma canção "cheia de modernidades". O cantor gravou o clipe de Me dê seu wifi. Genival contracena com quatro mulheres que representam as redes sociais: Twitter, Instagram, WhatsApp e Facebook.

"Genival Lacerda aos 89 anos era um homem antenado com o futuro e vivia o presente", finaliza Cesar Durando.

O cantor, sanfoneiro e  compositor Flávio Baião disse que Genival Lacerda representava uma das poucas fontes vivas da música brasileira. "Ele conviveu com Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Sivuca e Dominguinhos. Era uma fonte rara de riqueza cultural', finalizou Flávio Baião.

O poeta, cantor e compositor Luiz do Humaytá, em Curaçá,  também lamentou a "partida" de Genival Lacerda. "Hoje morreu Genival Lacerda, uma perda insubstituível. Tocamos muita música dele nos nossos shows, na época com a Banda Avulso, em Salvador, aliás sinto que uma parte do Forró Avulso se foi junto com ele. Gravamos várias músicas de Genival Lacerda no primeiro CD", declarou Luiz do Humaytá.

No ano de 2017, a TV Caatinga, WebTV da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), para a estreia do programa “Sou Forró”, exibiu em parceria com o Canal Futura, O programa Eu sou o forró.

Gravado na Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro (BA), o programa “Sou Forró” foi apresentado pelo cantor e compositor Targino Gondim. Cada episódio abordou assuntos relacionados ao tema principal, como as danças, a cadeia produtiva gerada pelo forró e a obra de Luiz Gonzaga. 

O programa teve a presença de artistas consagrados do gênero. Genival Lacerda, considerado, na época, o único cantor da geração de Luiz  Gonzaga ainda vivo, foi um dos convidados, assim como Maciel Melo, Flávio Leandro, Pinto do Acordeon (este também já falecido), além do pesquisador da cultura popular brasileira Assis Ângelo. 

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MÚSICOS BAIANOS FECHAM BR-367 EM PROTESTO CONTRA MEDIDA QUE PROÍBE SHOWS COM MAIS DE 200 PESSOAS

 Músicos baianos fecham BR-367 em protesto contra medida que proíbe shows com mais de 200 pessoas por causa da Covid-19

Um grupo de músicos da cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, interditou os dois sentidos da BR-367 na manhã desta quinta-feira (7). A categoria protesta contra a prorrogação do decreto estadual que proíbe shows com público acima de 200 pessoas, como medida preventiva do coronavírus.

Com cartazes pedindo para voltarem ao trabalho, os músicos queimaram pneus e impediram a passagem dos motoristas. O protesto durou cerca de uma hora e gerou um congestionamento de cerca de 2 km de extensão.

Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação do Estado da Bahia (Secom-BA), informou que o apoio aos profissionais da cultura foi assegurado pela Lei Aldir Blanc, com um auxílio aprovado pelo governo federal, determinando o pagamento de cinco parcelas de R$ 600.

Até as 12h21 desta quinta-feira, a cidade de Porto Seguro registrava 4.504 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia, conforme informações divulgadas pela Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do estado.

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CANTOR GENIVAL LACERDA MORRE AOS 89 ANOS NO RECIFE

O cantor Genival Lacerda, um ícone da música nordestina e brasileira, faleceu nesta quinta-feira (7), após complicações causadas pela Covid-19. Aos 89 anos, ele deu entrada no Hospital Unimed I, no Recife, no começo de dezembro de 2020, precisando de oxigênio. No dia 4 de janeiro, Lacerda apresentou uma piora no quadro de saúde. Na última quarta-feira (6), a família começou uma campanha de doação de sangue para o cantor. Em 2019, o paraibano já havia sido internado no Hospital de Ávila, na Zona Norte do Recife, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC).

Genival Lacerda Cavalcante nasceu em 5 de abril de 1931. Iniciou sua carreira aos 18 anos de idade. Como muita gente de sua época, ainda na era de ouro do rádio, começou num programa de calouros de Campina Grande (PB), a sua terra natal. Com ajuda de amigos que colecionou na Rádio Borborema, conseguiu compor o casting oficial dessa emissora a partir de 1953.

Ele veio morar no Recife quando participou do aniversário Rádio Tamandaré, em 1955. A sua apresentação impressionou tanto que o fez ser contratado pela emissora, que era do mesmo grupo do Diario de Pernambuco tinha uma programação voltada para entretenimento. Foi quando qanhou o título de "dono do rojão." Foi através da influência da capital pernambucana que ele expandiu sua popularidade por toda a região Nordeste.

"É um cantor que não fica parado junto ao microfone, quando está cantando. Tem jogo de corpo, gesticulação e muita malícia, o que agrada inteiramente aos que assistem”. Essa foi a descrição que o Diario de Pernambuco, em 24 de abril de 1955, usou para explicar quem era um paraibano chamado Genival Lacerda pela primeira vez. Características que seguiram com músico até o final da vida, mesmo quando idoso, na casa dos 80.

Somavam-se as roupas coloridas, chapeuzinho e a mão na barriga enquanto cantava e dançava, mania que incorporou ainda na Paraíba. A irreverência e o talento ficam na memória do público. Para a música, o “Rei da Munganga” deixou um legado para o forró, baião, xote e rojão. Lacerda lançou cerca 30 discos lançados, colecionou parcerias com nomes de expressão na cultura nordestina, como Dominguinhos e Marinês.

Em 1956, gravou o seu primeiro compacto, Coco de 56, através da Fábrica Mocambo. Na década de 1960, seguindo os passos de tantos nordestinos, foi morar no Rio de Janeiro, onde ganhou menção honra num concurso de música popular do Correio da Manhã e e passou a cantar na Rádio Mauá. 

Gravou LPs nas gravadoras Caravelle, Continental, Polydor, entre outras. Sua popularidade só cresceu com passagens por estúdios de TV, rádio e salões de concertos. O título de "dono do rojão" evoluiu para "Senador do rojão”. Todo ano ele juntava músicos e partia para uma jornada de shows em todo o Nordeste, tendo Pernambuco como "quartel-general".

O sucesso nacional foi consagrado mais tarde, em 1975, com Severina Xique-Xique (composição de João Gonçalves), uma faixa do disco Aqui tem catimberê que fez Lacerda vender mais de 160 mil discos. O sucesso ficou marcado por forró malicioso, de duplo sentido, e porque não safado - uma característica que não é restrita à “nova geração” do forró eletrônico/estilizado. Nessa época ficou conhecido como o Rei da Muganga.

Em 1987 gravou com grande sucesso o LP A fubica dela, pela RCA, com arranjos e regência de Sivuca, além da participação desde músico com Dominguinhos no acordeom e Coronel, integrante do Trio Nordestino na zabumba. Em 1999, participou do disco Marinês e sua gente - 50 anos de forró, cantando ao lado de Marinês, e o Forró do beliscão, de Ary Monteiro, João do Vale e Leôncio.

Em 2000, lançou, pela gravadora CID, o CD Genival Lacerda ao vivo, contando com as participações especiais de Dominguinhos e de Oswaldinho do Acordeon. Em 2004, por ocasião da comemoração de seus 50 anos de carreira, Genival foi homenageado juntamente com a cantora Clemilda, durante o IV Fórum de Forró de Aracaju, no Teatro Atheneu.

No final de 2017 recebeu no Palácio do Planalto a medalha da Ordem do Mérito Cultural (OMC). Na cerimônia, Genival tirou seu chapéu estampado de bolinhas ao passar diante do então presidente Michel Temer.

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ESTUDANTE DESENVOLVE PROJETO PARA REDUZIR A POLUIÇÃO EM RIOS E LAGOS

O estudante de geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) Lucas Magalhães, de 24 anos, desenvolveu uma alternativa orgânica para a limpeza de rios, lagos e tanques de criação de peixes. São pequenas bolas de lactobacilos e leveduras que, depois de prontas, são introduzidas em ambientes aquáticos. A proposta é renovar os nutrientes e estimular a alimentação dos animais nativos.

O projeto foi desenvolvido em novembro do ano passado. Lucas se inspirou em uma técnica asiática para elaborar o método, que foi usado durante o seu estágio obrigatório no Parque do Cocó. Japão, Malásia e Filipinas fazem parte do grupo de países que elaboraram esse trabalho anteriormente.

O processo de fabricação das bolinhas compreende várias etapas. Primeiro é feita a colheita dos microrganismos. “A gente inicia usando o arroz como uma isca para a captura dos microrganismos locais, que são adaptados da nossa região. Depois cozinha o arroz, de maneira que fique durinho, e leva para a natureza nativa. Procuramos pela serapilheira, que tem fungos visíveis, e deixamos uma caixinha de arroz mal cozido em locais diversos. Com três dias, a gente volta e colhe esses microrganismos”, explica Lucas.

Depois, os lactobacilos e leveduras são postos em estado de dormência, com açúcar para exercer pressão osmótica e retirar a água. A partir disso, é feito um procedimento chamado bokashi, com uma espécie de farelo que será fermentado.

 “Pegamos nossa coleção e diluímos em outras soluções, como água do mar ou vinagre. A gente hidrata o farelo até um certo ponto e põe ele em um lugar fechado para que fermente sem a presença de oxigênio. Cerca de dez dias depois o farelo já vai estar fermentado”, conta o estudante. Uma mistura com farelo fermentado e argila é feita e separada em partes iguais. A argila serve para formar as bolinhas em uma estrutura sólida.

Quando a pequena bola é colocada no fundo da água, a transformação começa pela limpeza do excesso de matéria orgânica presente.

“Cada bolinha vem com uma diversidade e com um grande número de microrganismos. E quando eles são inoculados em um ecossistema, começam a expandir e crescer. Eles usam diversas coisas que existem nesse ecossistema como alimento, como a lama do fundo de qualquer corpo d’água. E vão fermentando”, detalha Lucas.

A alimentação dos microrganismos transforma o excesso de matéria orgânica em alimento para fitoplâncton e zooplâncton, que acabam se diversificando e servindo de alimento para peixes e camarões. A cadeia alimentar é reconstituída e o equilíbrio do ecossistema é devolvido. As bolinhas têm validade de seis meses.

De acordo com o estudante, é possível reestruturar qualquer ambiente aquático, independentemente da extensão, basta calcular a quantidade exata de bolinhas a serem introduzidas.

O trabalho, que exige extrema dedicação braçal e manual já rendeu cerca de 50 bolinhas, que foram aplicadas primeiramente na Lagoa das Ninfeias, no Parque do Cocó. Segundo Lucas, a presença desses organismos já indica que o ambiente não está saudável.

Nesta terça-feira (5), um tanque de criação de peixes no Parque Adahil Barreto recebeu as bolinhas. O local registrou uma mortandade de peixes inesperadamente. A gestora desse trecho do parque, Viviane Carneiro, esclarece que a aplicação da técnica em ambientes menores permite uma melhor observação dos resultados.

APOIO: Como o projeto não conta com apoio financeiro, os funcionários do Parque do Cocó precisam de doações de alguns itens para dar continuidade. “E, claro, a própria força de trabalho das pessoas que quiserem ajudar”, destaca Lucas. Os interessados podem deixar a contribuição na administração do parque ou entrar em contato com o estudante pelo Instagram.

Com o apoio, os participantes do projeto esperam atender o Rio Cocó futuramente. “A nossa intenção é levar esse trabalho para uma grande escala. A ideia principal é que a gente possa replicar isso para outros par

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EMANUEL ANDRADE: MESTRE JAIME E O SORRISO DE OURO NA ETERNIDADE DA FOLIA

O artista plástico, alfaiate e seresteiro Jaime Alves Concerva,  desde jovem foi um agitador cultural, antes mesmo da expressão ser adotada no meio social. Foi autodidata em quase tudo que se propôs a fazer em pleno Sertão Central, mais precisamente em Salgueiro, a 518 quilômetros  do Recife.

Desenhou, fez os cortes e costurou ternos para festas bailes e serestas. Há mais de meio século, passou a idealizar e dar cores vibrantes às fantasias carnavalescas que confeccionava para amigos foliões que integravam troças e blocos da cidade. Desde então, passou a abraçar a festa de Momo como a apoteose para  uma vida inteira.   

Mestre Jaime tornou-se a mais perfeita tradução do carnaval de rua no interior de Pernambuco. Ganhou fama do litoral ao Sertão. Ao longo de 70 anos extrapolou todas as barreiras que, por algum acaso,  tentaram tirar seu bloco de cena. Aliás, sob sol escaldante ou chuva,  sempre botou literalmente seu bloco - A Bicharada - na rua, desde o fim da década de 1940, quando o ponto de partida foi uma  troça chamada  Calça Frouxa.

Ali começou a dar vida à sua fauna imaginária. Com papelão, papel  jornal, tinta e cola feita de goma (chamada grude), o artista deu forma a cabeças de vaca, cabra, porco, zebra, galo, entre outros animais e aves, incluindo bichos com formas exóticas indecifráveis. Os integrantes cobriam a cabeça com as máscaras e vestiam macacões florados para cair na folia até o sol se pôr.   

Quando se aproximava o carnaval, Mestre Jaime corria contra tempo e se jogava diariamente na confecção das suas fantasias. Por décadas, no sábado ele mesmo encarnou a figura do Zé Pereira. De domingo à terça,  a Bicharada dava o tom e invadia, com irreverência,  ruas e avenidas arrastando  foliões de todas as idades. 

Por determinação do criador, a orquestra era um mero carro de som com suas cornetas, tocando as marchinhas e frevos carnavalescos do repertório afetivo que o mestre selecionava em fitas cassetes, e mais recentemente em CD.

Raras vezes, uma orquestra de frevo guiava sua turma. Trio elétrico? Nem pensar. "Nunca gostei desse caminhões cheios de microfonia e sons de guitarra. Aquilo só estressa e atrapalha, faz baderna e tira a beleza da troça e da música carnavalesca de verdade", costumava dizer.  Só que em 2010 quando o governo de Pernambuco (gestão Eduardo Campos) o homenageou em todo Estado, o incansável folião não fez cara feia quando soube que iria desfilar na imensidão do Galo da Madrugada em cima de um trio. Foi lá e fez bonito. Deu seus passinhos ao lado do cantor Alceu Valença que cantava no mesmo carro. Visivelmente emocionado e encharcado de suor, soltou beijos com os dentes de ouro e  foi festejado pelo público.    

Nas últimas três décadas, as máscaras de animais foram saindo do roteiro, dando vez aos bonecos gigantes semelhantes aos de Olinda, todos eles arquitetados pelo folião. Fiel a si mesmo, o mestre encomendou a um artista do Recife um boneco com suas feições e se deu por realizado. Para ele, foi uma forma de eternizar sua figura cultural. Nessa fase, o pai da Bicharada chegou a  se apresentar em cidades como Petrolina e Belém do São Francisco. Já na casa dos 90, jamais se entregou aos limites da idade.

Às véspera de um carnaval passado quebrou o pé, mas não se entregou. Juntou os integrantes do bloco e desfilou em um carro alegórico feito pelo filho, o professor e também artista plástico Jaime Concerva Filho que dirige o Centro de Artes Popular Mestre Jaime. "Carnaval é só uma vez por ano. É uma festa do povo que vale pelos doze meses", argumentava. Para ele, carnaval sem fantasia, sem máscara e sem palhaço, não tinha graça, era melhor nem sair. Até seu sorriso largo com dentes de ouro irradiava o ambiente onde ele dava seus passos. 

Na última segunda(4), aos 98 anos, Mestre Jaime saiu de cena por falência múltipla dos órgãos e complicações na saúde provocada pela Covid-19, segundo boletim médico do hospital onde foi internado. Anos atrás chegou a compartilhar com os filhos a sugestão para quando morresse: misturar seresta com orquestra de frevo na rota  do velório até o sepultamento.  Como a pandemia impediu a aglomeração, apenas um carro de som com  suas marchinhas prediletas conduziu o corpo até o cemitério, com direito a uma pequena carreata.

Com a morte do carnavalesco, fica um vácuo na cultura popular deixado por um homem apaixonado pela vida e  pela festa de Momo. Um personagem que será a eterna fantasia do lúdico na vida real. Um artista plural que lembra o Velho Guerreiro Chacrinha. O lado comunicador do mestre sempre esteve em todos os aspectos de seu comportamento.

E por falar em comunicação,  o carnavalesco já esteve no comando de um programa na rádio Talismã, em Salgueiro, focado em seresta, outra   paixão em vida. Há dez anos, produzi um documentário artesanal "O Homem da Bicharada", sobre a trajetória do carnavalesco, seresteiro e alfaiate. A cada tomada de entrevistas Mestre Jaime se mostrou um jovem de espírito esportivo. O carnaval nunca será o mesmo sem a presença dele, mas com certeza  o homem carnavalesco será sempre lembrado por sua arte. Sem a vivacidade de seu sorriso dourado, agora na eternidade.  Segue em paz, Mestre!

*Emanuel Andrade é jornalista e professor  universitário.

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ZÉ PRAXEDES: GUARDIÃO DA CULTURA GONZAGUEANA EM EXU, PERNAMBUCO, COMPLETA 89 ANOS

A professora Thereza Oldam de Alencar, autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018), relata que a Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. 

José Praxedes dos Santos e a Banda de Pífanos são bons exemplos. Nesta terça-feira, 5 de janeiro de 2021, "Seu Praxedes" completa 89 anos de nascimento.

"Zé Praxedes é um homem presente em todos os momentos do seu mundo. Seu universo é o Araripe de São João Batista, o Ubatuba e Monte Belo, a Caiçara, a Igreja de São João, o Parque Aza Branca...Está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é sua pátria", conta Thereza Oldam, ressaltando ser Zé Praxedes é dançarino número 1, disputado afinal o forró gonzagueano lhe beija os pés.

Zé Praxedes nasceu em 1932. Tem a vida marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Foi vaqueiro e durante décadas trabalhou prestando serviços a "Seu Januário", pai de Luiz Gonzaga.

Atualmente Zé Praxedes devido a pandemia da Covid19, busca seguir as regras de distanciamento social. Todavia o desejo é "ir todos os dias para o Parque Aza Branca". Seu Praxedes é um dos poucos que conviveu o dia a dia de boa parte do legado de Luiz Gonzaga prestando serviços ao Rei do Baião e por isto escutou boa parte da história de Luiz Gonzaga e suas andanças e amor por Exu.

Quanto a Banda de Pífe, durantes os festejos da Igreja São João Batistas, no seus 150 anos (2018), o grupo de músicos esteve presente. Seu Louro Pifeiro (Lourival Neves de Souza), Mundola (Raimundo Pedro de Souza) e Francisco Bezerra de Alencar participaram ativamente das novenas na Igreja".

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LIVE GONZAGUEAR ACONTECE NA QUINTA (7) E FAZ HOMENAGEM AOS 100 ANOS DE NASCIMENTO DE ZÉ GONZAGA

O pesquisador e escritor Rafael Lima, autor do livro, “O Rei do Baião e a Princesa do cariri”, onde relata sobre os momentos mais marcantes vividos por Luiz Gonzaga na cidade do Crato, Ceará inicia uma série de Lives neste ano de 2021.

A primeira Live Gonzaguear deste ano acontece na próxima quinta-feira (7), às 19hs, no canal instagram @rafaelllima45100, com a participação do cantor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga, sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário. 

A live terá como tema os 100 anos, o centenário do irmão de Luiz Gonzaga, o cantor e compositor Zé Gonzaga.

Na oportunidade Joquinha Gonzaga irá mostrar diversas curiosidades sobre a vida e obra de Zé Gonzaga, exímio tocador de sanfona e que também teve momento de grande sucessos, ao participar de Programas de Rádio e de shows, inclusive na Europa. Durante entrevistas Zé Gonzaga dizia que da família "era ele o tocador que se garantia tocando sanfona de 8 Baixos".

"O Nordeste é o lugar de melodia mas bonita do mundo", dizia Zé Gonzaga.

Zé Gonzaga nasceu no dia 15 de janeiro de 1921 em Exu, Pernambuco.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte musical de Luiz Gonzaga.  Ele é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga e de Zé Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos últimos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade".

Joquinha Gonzaga reside atualmente em Exu, Pernambuco, no pé da serra do Araripe, como ele costuma dizer ao receber os amigos. Nesse contexto, a Live Gonzaguear vai proporcionar além de um encontro com os amigos, admiradores, pesquisadores da cultura mais brasileira, a oportunidade de ouvir o puxado do fole e a voz de Joquinha, com o seu canto, histórias e causos. 

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