ESTÁTUA DO PADRE CÍCERO É RECONHECIDA COMO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
A Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei de nº 628/19, que considera a estátua do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, um Patrimônio Histórico e Cultural do Ceará. Porém, na prática, isso não garante diretamente nenhuma política de preservação ao monumento, se tratando apenas de um reconhecimento da Casa.
Na justificativa, o deputado estadual Fernando Santana (PT), autor do projeto, definiu que a estátua é “muito mais que um simples cartão postal de Juazeiro do Norte, a estátua é o símbolo maior da religiosidade do nordestino, templo sagrado do romeiro”, destacou.
O projeto foi enviado à Casa no dia 7 de novembro de 2019. Depois disso, foi analisado e aprovado pelas comissões de Constituição, Justiça e Redação, e de Cultura e Esportes, antes de ter votação favorável no plenário.
“Após a sua construção, o monumento fez crescer o fluxo de turistas e romeiros de todas as partes do Brasil, além de estudiosos nacionais e estrangeiros, interessados em pesquisar a religiosidade regional e seus aspectos históricos, sociais e culturais, que transformou Juazeiro do Norte no maior fenômeno da religiosidade popular deste País”, reforçou Santana no projeto.
Apesar de efetivamente não ter um impacto sobre sua manutenção, Santana enviou um ofício ao Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural do Estado do Ceará (Coepa) e à Secretaria de Cultura do Estado (Secult) para que o registro da estátua como um bem cultural avance. “Isso fortalece o registro junto a Secult”, completa.
O secretário de Turismo e Romaria de Juazeiro do Norte, Júnior Feitosa, se disse feliz com a notícia, apesar de "não entender o impacto" que ela poderá trazer na preservação desde patrimônio. “Acredito que isso impacta na divulgação da cidade através do seu principal ponto turístico”, especulou.
A estátua foi inaugurada no dia 1º de novembro de 1969. Com 27 metros de altura, é o terceiro maior monumento religioso do Ceará — já foi o segundo do Brasil. O ponto turístico recebe, em média, 2,5 milhões de visitantes por ano. A obra foi idealizada pelo artista plástico pernambucano Armando Lacerda. De forma artesanal, a imagem do fundador de Juazeiro do Norte foi construída em dois anos.
JACKSON DO PANDEIRO COMPLETARIA 101 ANOS DE NASCIMENTO NESTA SEGUNDA (31) DE AGOSTO
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Jackson do Pandeiro faria aniversário na próxima segunda (31). Nascido em Alagoa Grande, Paraíba, ele ganhou o Brasil e ficou conhecido como Rei do Ritmo. O Rei do Ritmo nasceu em Alagoa Grande, no dia 31 de agosto de 1919 e faleceu em 10 de julho de 1982, deixando um importante legado à cultura do Brasil. A data esta sendo festejada através de um evento especial “Jackson do Pandeiro – 101 anos”.O cantor e compositor Gilberto Gil é um dos mais mais entusiasmados ao citar Jackson do Pandeiro como um dos alicerces da música brasileira.
Jackson do Pandeiro paticipou com ritmistas de discos gravados por Raul Seixas, Zé Ramalho, Elba Ramalho. Artistas como Herbert Vianna, Lenine, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Silvério Pessoa, Jarbas Mariz, Chico César, Paulo Rafael, Xangai, Pepeu Gomes, Zeca Baleiro, Marcus Vilar (cineasta) e Érico Sátiro (pesquisador) gravaram depoimentos sobre a importância de Jackson do Pandeiro na construção do cenário musical brasileiro.
O projeto Live in Lona foi idealizado e desenvolvido pelos produtores culturais Ely de Oliveira, Ives Macena, Carla Patrícia e Ives Pierini, em parceria com a Lona Cultural Elza Osborne, situada em Campo Grande (RJ). A proposta é a de transmitir semanalmente vídeo ao vivo, pelo canal do Youtube Lona Cultural Campo Grande, com apresentação musical de dois artistas em cena, sempre às quintas feiras, no horário das 20h.
O projeto tem como objetivo valorizar a arte e a cultura musical de Jackson do Pandeiro, e ao mesmo tempo criar condições mínimas de apresentação e divulgação do trabalho dos artistas durante a pandemia do novo coronavírus. Os recursos para a realização do projeto são obtidos por meio de doações espontâneas dos expectadores, em uma conta bancária disponibilizada na tela.
Detalhe: Jackson do Pandeiro foi casada com uma baiana. No dia 29 de maio de 1967. Foi nessa data que a vida da baiana Neuza Flores dos Anjos mudou radicalmente. Nascida em 11 de agosto de 1942 na pequena Itororó, cidade localizada no sul da Bahia, de onde não tem lembranças, Neuza mudou-se ainda pequena com sua família para o interior de São Paulo, onde seus pais, Seu Laurindo e Dona Adélia, tentariam uma vida melhor.
Sexta de um total de sete filhos (quatro mulheres e três homens), ela se recorda das dificuldades enfrentadas pela família àquela época: “Era duro, eu era de uma família muito humilde. Meu pai foi trabalhar na lavoura em troca, praticamente, de comida para a gente. Era uma época muito difícil.” Após um tempo, uma de suas irmãs foi trabalhar em São Paulo (capital) e aos poucos foi levando, um a um, os irmãos e os pais. Na capital, todos começaram a trabalhar para ajudar no sustento da família.
“Até eu, com 14 anos, comecei a trabalhar em uma firma. Somente minha mãe ficava em casa cuidando das coisas. A vida deu uma melhorada”, conta Neuza. E assim ela foi se virando, trabalhando em vários empregos, até o dia 29 de maio de 1967, quando ela foi embora para o Rio de Janeiro para viver ao lado de Jackson do Pandeiro, seu marido até 1982, quando o Rei do Ritmo faleceu.
AGROVALE RENOVA SELO EMPRESA AMIGA DA CRIANÇA
Destaque com a produção de açúcar, etanol, bioeletricidade e na geração de empregos, em Juazeiro da Bahia, a Agrovale, renovou esta semana, pelo 20º ano consecutivo, o ‘Selo Empresa Amiga da Criança’ da Fundação Abrinq.
Atuando em projetos que ajudam a transformar positivamente a vida de jovens e crianças e na prevenção e combate do trabalho infantil, a Agrovale, recebeu a versão 2020 do selo em reconhecimento pelo trabalho socialmente responsável e disseminador da cultura da cidadania.
De acordo com o representante da Área Programática da Fundação Abrinq, Djair Costa da Silva, a renovação do selo reitera o compromisso da Agrovale com projetos e práticas positivas em parceria com a sociedade. "Durante a análise técnica ficamos muito felizes com o nível de engajamento social e compromisso da Agrovale com a causa da infância e adolescência", ressaltou.
Considerada a principal organização social do gênero no Brasil, a Abrinq, atua desde 1995 para ajudar na luta dos Direitos da Criança. O objetivo é eliminar a exploração de trabalho infantil e incentivar ações que promovam a educação de crianças e adolescentes.
Conheça mais sobre o programa: https://www.fadc.org.br/o-que-fazemos/programa-empresa-amiga-da-criança. (Fonte: Class Comunicação e Marketing)
BARTÔ GALENO UMA VOZ REFERÊNCIA DA MÚSICA BRASILEIRA ROMÂNTICA, DO BREGA AO FORRÓ
Precisamos valorizar mais nossos artistas. Bartô Galeno é paraibano, cantor e compositor brasileiro do estilo romântico, considerado brega. Detalhe: Bartô Galeno gravou num dos melhores estúdios de produção de discos do Rio de Janeiro lançado em 1978, No toca-fita do meu carro, música que tornou Bartô Galeno um astro da música. Bartô Galeno tem ritmo, melodia e ótimos arranjos capaz de impressionar qualquer admirador dos bons acordes musicais. Detalhe: muitas de suas músicas inclusive traz uma sanfona na harmonia.
Com 10 anos de idade, saiu de Souza e mudou-se para Mossoró, Rio Grande do Norte, na época do surgimento do movimento da jovem guarda. Bartô Galeno, como era chamado, passou a cantar na Rádio Rural e a participar de vários programas de calouros, nos quais frequentemente ficava em primeiro lugar, chegando a ser considerado “a mais bela voz do Rio Grande do Norte”.
Coloco Barto Galeno como um dos mais talentosos artistas da música brasileira, sem exageros. Basta você se despir do preconceito musical e ouvir os CDs, músicas ou mesmo os discos vinil, Essa cidade é uma selva sem Você, Máquinas Humanas, Só Lembranças, Meu Lamento, Lembrança do Rei. Detalhe: antes de criticar lembre Caetano Veloso gravou Peninha e Fernando Mendes, também icones da música romântica brega.
Aliás o talento de Bartô Galeno também construiu o Forró gravado pelo Trio Nordestino, “Toque Toque” que revela o valor de dançar com a mulher amada e o cheiro do perfume dela. Bartô Galeno é também parceiro de Carlos André ou Oseas Lopes que foi produtor de vários CDS/Discos de Luiz Gonzaga. A música Toque Toque foi regravada pelo cantor Petrucio Amorim.
Barto Galeno gravou com Vicente Nery e Agnaldo Timoteo. Recentemente numa entrevista o cantor e compositor Chico Cesar citou Barto Galeno, Elino Julião e outros cantores que ele ouvia na rádio Emissora Rural de Caicó, e que até hoje provoca bons sentimentos no espaço e no tempo.
O jornalista e historiador Paulo César é o autor da biografia “proibida” do “Rei” Roberto Carlos – leitura obrigatória para quem conseguir encontrar algum exemplar do livro censurado. Paulo pesquisou durante sete anos a história da chamada música brega entre 1968 e 1978 – os anos de chumbo da ditadura militar no Brasil.
O livro mostra que os cantores Odair José, Benito Di Paula, Diana Pequeno, Barto Galeno, Evaldo Braga, Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo foram ignorados por estudos e pesquisas sobre o período e marginalizados na história cultural do país. É preciso saber: os cantores (chamados) bregas, embalavam as massas, foram quase tão vitimados pela censura quanto Chico Buarque, Caetano Veloso. Foram massacrados pela industria cultural. No livro Eu Não Sou Cachorro, Não, título extraído de um grande sucesso de Waldick Soriano, o historiador tenta fazer justiça a esses ídolos populares.
Odair José, por exemplo, teve música proibida por ter sido lançada quando o governo fazia programas de incentivo ao controle de natalidade entre as populações pobres, apesar da posição católica contrária ao uso de anticoncepcionais. Para os censores, a canção de Odair José representava uma conclamação à desobediência civil e uma referência explícita à sexualidade.
A maioria dos trabalhos sobre música brasileira trata da tradição, como o folclore nordestino, e da modernidade, como o tropicalismo', diz o escritor. 'O brega não é nem uma coisa, nem outra. Caiu no limbo. 'A ideia é mostrar que os bregas também tiveram importância na história de nossa cultura'.
Então tenho dito: Viva Barto Galeno. Viva a música brasileira!
MINISTÉRIO PÚBLICO COBRA DA AGROVALE QUE CUMPRA AÇÃO JUDICIAL E DEIXE DE QUEIMAR CANA DE AÇUCAR
Após identificar que a liminar deferida em face da empresa Agrovale (Agro Indústrias do Vale do São Francisco SA), localizada em Juazeiro, na Bahia, não estava sendo cumprida, o Ministério Público Público de Pernambuco (MPPE) solicitou à 2ª Vara Cível da Comarca de Petrolina a majoração da multa para o valor de R$ 100 mil por dia de descumprimento.
A Promotoria de Justiça do município ainda requereu que a empresa fosse advertida quanto à possibilidade de incidência em ato atentatório à dignidade da Justiça, consistente no não cumprimento de decisão jurisdicional.
“Embora tenha sido devidamente intimada, a empresa reiteradamente tem se eximido de cumprir os seus termos, sobretudo no que diz respeito à cessação da queima da palha da cana-de-açúcar, ante as notícias públicas e notórias relativas à continuidade da queima, em completa desobediência à tutela de urgência concedida, conforme o Relatório de Fiscalização Ambiental, emitido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA/BA)”, comentou a promotora de Justiça Rosane Moreira Cavalcanti, no documento.
Segundo o relatório, a empresa Agrovale teria realizado procedimento de queima na pré-colheita da cana-de-açúcar todas as noites, entre os dias 12 e 20 de agosto.
“Diante do reiterado descumprimento de decisão judicial e da notória capacidade econômica da ré, o valor da multa diária (inicialmente previsto no importe de R$ 10 mil) mostrou-se insuficiente à caracterização da coerção necessária ao cumprimento da decisão judicial”, explicou a promotora Rosane Cavalcanti.





