RODA DE DIÁLOGOS: CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO, A AGROECOLOGIA E A EXPERIÊNCIA DO SERTA

O Sextou no Cariri vai conhecer e discutir as tecnologias de convivência com o Semiárido desenvolvidas pelo SERTA - Serviço de Tecnologia Alternativa..

O SERTA, se tornou em mais de 30 anos de atuação no Nordeste Brasileiro uma das principais referências em desenvolvimento das tecnologias de convivência com o Semiárido.

No encontro a Educação Contextualizada, libertadora; Tecnologias Sociais de Convivência e Agroecologia no Semiárido em debate.

Serviço: Sexta-feira dia 07 às 16 horas.
Convidamos todas e todos à participarem desse encontro para refletirmos sobre nosso semiárido em tempos de Pandemia.
Acesso pelo google meet: meet.google.com/dti-edjz-mbu

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ADONIRAM BARBOSA 110 ANOS, A HISTÓRIA DO SAMBA QUE IDENTIFICA OS BAIRROS DE SÃO PAULO

Como não ter uma baita de uma reiva de ir em um samba quando não encontremo ninguém? Ainda mais se esperava tomar uma frechada do olhar da pessoa amada. Um coração que vira uma taubua de tiro ao álvaro, que não tem mais onde frechar. Não adianta. Tem que ir embora, o último trem é agora às 11 horas. Em ritmo de diversão e nostalgia, os versos e os batuques ternos de Adoniran Barbosa (nome artístico de João Rubinato), que nasceu em 6 de agosto de 1910 (há 110 anos, em Valinhos-SP), ousavam.

Ele criou um tipo de samba paulistano que enaltecia a memória e o cotidiano de imigrantes pobres e seus descendentes. Gente de sotaque misturado e italianado, com as dificuldades dos operários que ajudavam a construir a maior cidade do Brasil. Canções que traziam temática social, como a falta de habitação, a saudade e as dores da maloca. 

A música que fez o país identificar bairros como Brás, Mooca, Bixiga, Jaçanã e Casa Verde, por exemplo, é reconhecida como marco na história do samba, legado de um artista que brincava com os plurais e se consagrou como singular.  Para quem estudou o sambista, tem outras coisa, vortemo ao acervo e ao tempo. Ói nois aqui traveiz, como cantava. Adoniran morreu em 1982.

Para o cineasta Pedro Serrano, que dirigiu o filme Adoniran – Meu nome é João Rubinato, ainda hoje visitar e ouvir a obra do músico é reconhecer uma identidade nacional. "É muito importante que pessoas que não tiveram contato (como os mais jovens) possam saber mais sobre quem foi o artista", disse em entrevista à Agência Brasil. Serrano afirma que se aproximou da história de Adoniran desde a infância. Inicialmente, realizou o curta metragem de ficção Dá licença de contar, baseado em personagens da música Saudosa Maloca.

O documentarista, de 33 anos de idade, revela que tem um projeto no forno para transformar esse curta em um longa, para explorar mais personagens e a riqueza da obra do sambista. "Tem que saber falar errado" “Eu sempre gostei de samba. Ninguém queria nada com as minhas letras. Tem que saber falar errado”, dizia o artista. O sucesso na música veio na década de 1950 quando o grupo Demônios da Garoa cantou Saudosa Maloca. Em 1964, Trem das Onze levou o grupo ao auge. Em 1980, a consagrada cantora Elis Regina emprestou nova interpretação para Tiro ao álvaro.

“Eu faço samba dos meus bairros”. O programa Na trilha da história, da Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação, traz trechos do acervo que destacam a irreverência e o pensamento do artista. No mesmo programa, veiculado em fevereiro deste ano, o cineasta Pedro Serrano, diretor do documentário sobre Adoniran, explica as invenções como em Samba do Arnesto (1953). “Ernesto existiu mesmo, mas a história não foi como está na música”. Ernesto jura que nunca falhou com o compromisso com Adoniran. A história foi criada pelo sambista.

Serrano conta que Adoniran foi rejeitado inicialmente como cantor. “Ele entra na rádio como locutor de carnaval. Fazia de uma forma bem humorada e assim ele se destaca, se torna depois uma grande estrela como radioator cômico”. O cineasta detalhou também a importância da parceria com o grupo Demônios da Garoa, que ecoou as canções. “Eles fizeram com que Saudosa Maloca (música de 1951) ficasse conhecida. Inicialmente, a música não fez sucesso algum. A interpretação diferente, que era gaiata, se tornou um sucesso”.  A música, que conta a história de um despejo, ganhou novo tom. O diretor reconhece que Elis Regina (que morreu também em 1982) trouxe um olhar sensível e até melancólico para a música de Adoniran.

A obra de Adoniran também foi visitada pelo programete História Hoje, da Rádio Nacional. Na edição, um dos destaques é que, em São Paulo, o músico participou de programas de calouros no rádio, quando escolheu o nome artístico em homenagem ao seu melhor amigo e ao cantor Luis Barbosa, ídolo do sambista. O caminho do sucesso começou em 1934 com a música Dona Boa. Ele conquistou o primeiro lugar no concurso carnavalesco promovido pela cidade de São Paulo. Em seguida, trabalhou por mais de 30 anos na Rádio Record como ator cômico, discotecário e locutor.

A TV Brasil também destacou que Adoniran cantou a cidade de São Paulo como ninguém. “Prefiro falar peguemo do que pegamos. Prefiro falar fumo do que fomos”, apontou o sambista. A reportagem mostra as homenagens que o artista recebeu no bairro do Bixiga, onde há, inclusive, um busto de Adoniran. 

Por falar em história e nostalgia, outra reportagem da TV Brasil destacou o que seria o “trem das 11”, imortalizado na canção de Adoniran. A estrada de ferro, que passa pelo bairro da Jaçanã, tinha um percurso do centro de São Paulo até Guarulhos, na região metropolitana. O trajeto funcionou por mais de 50 anos. “Mas o trem das 11 não existia. O acerto que Adoniran fez foi para a música”, diz Sylvio Bittencourt, que mantinha um museu no Jaçanã com a história do lugar.

Em 2018, Adoniran recebeu homenagem póstuma como Cidadão Paulistano. O compositor, que homenageou a cidade com letras trocadas e batuques em ritmo irreverente, inventava histórias e palavras. A ficção era a construção artística para falar “errado” e do que passava à sua volta. Manuel Bandeira, na década de 20, também enalteceu a linguagem das ruas: "A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo, na língua errada do povo. Língua certa do povo". Confira mais no acervo da EBC, a melancolia e a graça din-din donde nóis passemo dias feliz de nossa vida, como é a arte imortal de Adoniran. (Fonte: Agencia Brasil)
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COOPERCUC: PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR DO SEMIÁRIDO BAIANO CONQUISTAM MERCADO EUROPEU


As frutas nativas do semiárido baiano estão conquistando o mercado internacional. Países como Alemanha e França já se renderam ao sabor das iguarias produzidas pela Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), situada no município de Uauá, que beneficia frutas como o umbu e o maracujá da Caatinga.

A cooperativa produz 25 produtos orgânicos, com Selo da Agricultura Familiar, entre eles os doces em barrinhas, doces cremosos, compotas de umbu, polpas das frutas, além das cervejas de umbu e de maracujá da Caatinga. São 270 cooperados, sendo 70% de mulheres e 20% de jovens, que tem o trabalho voltado para o beneficiamento das frutas nativas do semiárido.

O primeiro embarque para Alemanha foi de 1,5 mil potes de doces de maracujá com banana. Uma parceria com o grupo de sites de vendas Toda Vida – Food for Life, que além da oportunidade para acessar um novo mercado e ampliar a renda da cooperativa, vai resultar no reembolso de R$ 1 para cada pote vendido, para que a Coopercuc desenvolva ações de recaatingamento e preservação ambiental, com plantas nativas da Caatinga, a exemplo do umbuzeiro.

Outro país europeu que também se rendeu aos sabores da agricultura familiar foi a França, que realizou a compra de 180 produtos, incluindo barrinhas e doce cremoso de umbu, geleia de umbu e de maracujá. A empresa já sinalizou para a cooperativa o interesse em adquirir mais produtos. Além disso, a Coopercuc está em negociação com novos clientes dos Estados Unidos, Polônia e Espanha.

A presidente da Coopercuc, Denise Cardoso, destaca que o mercado externo tem uma representatividade muito importante para a cooperativa. “Além de ser uma oportunidade de colocar os produtos do semiárido brasileiro e baiano na casa de consumidores europeus, aumentar o portfólio de clientes e a receita, os nossos produtos levam histórias de agricultores e agricultoras, que lutam a cada dia para valorizar esse bioma tão importante para o Brasil, a Caatinga”.

A Coopercuc é apoiada pelo Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, executado pela Companhia de Desenvolvimento Rural (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial. O investimento de R$1,8 milhão foi direcionado para o acesso ao mercado e investido na aquisição de novos equipamentos, mudança de rótulos para o mercado europeu e certificações, como a de produtos veganos.

De acordo com o gestor comercial da Coopercuc, Dailson Andrade, o apoio do Governo do Estado foi essencial para a venda de produtos da cooperativa ao mercado externo. “Isso só foi possível graças à estratégia de mercado adotada. A partir dos investimentos que estão sendo feitos, toda a operação internacional e a estratégia de marketing da cooperativa foi redesenhada para que alcançássemos a exportação dos nossos produtos”, afirma. 

A cooperativa ainda recebe apoio por meio do Pró-Semiárido, projeto também executado pela SDR/CAR. Foram investidos, nos últimos cinco anos, quase R$ 4 milhões na construção da unidade agroindustrial polivalente, para o beneficiamento de frutas da agricultura familiar na região semiárida baiana. Com a implantação da agroindústria, a produção, que era de 200 toneladas ao ano, teve a capacidade ampliada para 800 toneladas por ano. (Fonte: Ascom/SDR)
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EM EDIÇÃO VIRTUAL, PROCISSÃO DAS SANFONAS DE TERESINA HOMENAGEIA LUIZ GONZAGA

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A tradicional Procissão das Sanfonas, anualmente realizada em Teresina, no último domingo (2), pela primeira vez, uma edição virtual. O evento, promovido nesse formato devido à pandemia do novo coronavírus, foi divulgado nas mídias sociais da Colônia Gonzaguiana do Piauí, organizadora do evento.

Realizado há 12 anos, o cortejo cultural exalta o legado de Luiz Gonzaga. O evento acontece sempre no dia 2 agosto – data da morte do Rei do Baião. Tradicionalmente, a festividade leva nesse dia, a música nordestina para as ruas do Centro de Teresina-PI.

Este ano, a edição mobilizou músicos, cantores e fãs de Luiz Gonzaga para homenagear também Maria da Inglaterra e Sivuca. Maria é um ícone da cultura popular. A artista piauiense faleceu, aos 81 anos, em maio deste ano. Nessa edição, foi celebrado ainda o legado do poeta do som: Sivuca (1930 – 2006). O artista paraibano completaria 90 anos em 2020.

"Sempre buscamos fazer algo especial para os nossos eventos. A cada edição, a Procissão cresce. Devido à pandemia, celebramos a tradição, com a ajuda da tecnologia. Criamos uma videoarte com a participação de diversos gonzaguianos que sempre estão presentes nos eventos que realizamos. Os artistas Vagner Ribeiro e Zé Roraima compuseram a música 'Maria Passa na Frente' – uma canção alegre que também traz a mensagem de esperança para o tempo que vivemos. O povo gonzaguiano mostrou, mais uma vez, a força e importância da procissão", explica o idealizador do evento, Wilson Seraine.

A Colônia Gonzaguiana do Piauí é um grupo formado por fãs do Rei do Baião, músicos e pesquisadores. As manifestações realizadas pela Colônia já integram o calendário de atividades culturais do Piauí. (Fonte: Piauí Hoje)
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O PIRÁ, PEIXE SÍMBOLO DA BACIA DO RIO SÃO SÃO FRANCISCO, REAPARECE APÓS QUASE CINCO DÉCADAS DE SUMIÇÕ

De nome científico Conorhynchos conirostris, o Pirá é uma espécie de peixe endêmica considerado símbolo da bacia hidrográfica do rio São Francisco. Por ser uma espécie que realiza a reprodução no período da piracema, o Pirá necessita realizar grandes migrações como estímulo natural à ovulação. Porém, devido aos barramentos ao longo do rio São Francisco, essas migrações não eram mais realizadas. Isso fez com que a espécie desaparecesse da região do Baixo São Francisco.

O peixe, incluído na lista das espécies em extinção, reapareceu no município de Pão de Açúcar (AL), após quase 50 anos sumido.

O engenheiro de pesca e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Emerson Soares, explica que o Pirá é uma espécie comum no Alto e no Médio São Francisco, porém na região mais próxima da foz já não havia mais sinal do peixe. Segundo ele, “o Pirá foi amplamente pescado e aqui no Baixo acabou extinto. As hidrelétricas também podem ter ocasionado odesaparecimento do animal, impedindo que o peixe migrasse para se reproduzir”. Ainda de acordo com o professor, “apesar da espécie estar incluída nas ameaçadas de extinção, com sua captura proibida, existe em abundância nos freezers dos atravessadores na região do Alto do Rio São Francisco”.

“Outra possível razão para o retorno do Pirá foi a realização de peixamentos realizados pela CODEVASF, entre 2017 e 2018. Os peixes foram reproduzidos em cativeiro e colocados no rio na região de Porto Real do Colégio (AL). Também há a possibilidade de alguns terem vindo pelas turbinas das hidrelétricas, entretanto esta é uma hipótese mais remota”, pontua o professor.

Emerson Soares ressaltou a importância de se realizar um trabalho intenso de educação ambiental para evitar a captura de animais jovens. “O aumento e a manutenção do Pirá no Baixo São Francisco vai depender muito do tipo de pesca, seja por malhadeira ou outros apetrechos utilizados na atividade. O cuidado terá que ser redobrado para que não haja o extermínio dos indivíduos jovens, antes de se reproduzirem”, afirma.

Segundo o pesquisador, será realizado um trabalho de acompanhamentoda reprodução e do desenvolvimento dos peixes na região.“Vamos avaliar como será o desempenho nos próximos meses. O período de chuvas é importante para a reprodução dos indivíduos, já que irá aumentar a quantidade de sedimentos e a condição de volume de água. Este ano está bem atípico. O maior regime de chuvas vai favorecer o Rio São Francisco e as espécies de peixes. A expedição de 2020 será muito importante para avaliarmos tudo isso”, finalizou.

O Pirá se destaca por sua cor azul brilhante, focinho cônico que lembra o do Tamanduá. Pode alcançar um metro de comprimento e total de 13 quilos de peso corporal. Sua carne branca e sem espinhos é muito apreciada. (Fonte: CHBSF)

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PESQUISADOR PAULO VANDERLEY CELEBRA 31 ANOS SAUDADE DE LUIZ GONZAGA EM PROGRAMAÇÃO ONLINE

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Luiz Gonzaga cantou o Nordeste para o Brasil e o mundo em suas interpretações. O último domingo (2) marcou 31 anos desde a morte do músico. Em celebração ao legado de cantor, o Centro Cultural Cais do Sertão, localizado em Recife, preparou uma série de atividades para todos os públicos. 

A partir desta terça-feira (4), o espaço compartilha em suas redes uma série bate-papos, entrevistas e playlists serão dedicadas ao Rei. As transmissões serão feitas no perfil do Instagram @caisdosertao e no canal do Youtube do Cais.
 
"Luiz Gonzaga, Rei do Baião, é o nosso cânone quando pensamos em cultura pernambucana. Artistas de diferentes segmentos tomaram como base as suas narrativas para as próprias criações. Gonzaga se faz presente na arte e na resiliência do povo sertanejo", comenta Rodrigo Novaes, secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco.
 
A primeira live de agosto do quadro Papo de Museu faz parte das homenagens. Na terça (4), às 17h, o público participa de um bate-papo com Paulo Wanderley, consultor de investimentos do Banco do Brasil e pesquisador da vida e obra de Gonzaga. Sob o tema "O menino que filmou a despedida de Luiz Gonzaga", a conversa será mediada por Maria Rosa Maia, gestora do Cais, e terá como foco o dia da despedida do artista em Exu, Pernambuco.
 
Já na quinta-feira (6), a partir das 17h, o Conexão Cais recebe o jornalista José Mário Austregésilo, que também é escritor, doutor em Serviço Social pela UFPE e diretor de rádio, TV e cinema. Mediada por Sandro Santo, educador do museu, a conversa tem como foco analisar a linguagem popular presente nas canções de Gonzaga e os símbolos que norteiam até hoje a cultura nordestina. "Luiz Gonzaga: o homem, sua terra, sua luta", livro de Autregésilo, também é tema do encontro online, que esmiúça ainda a inserção de ritmos nordestinos à música popular brasileira.
 
Especialmente para a data, o perfil do Spotify do Cais do Sertão contará com playlists temáticas. Em memória ao Rei do Baião, estão disponíveis para audição as seleções O Sertão cantado por Luiz Gonzaga, com mais de 40 clássicos, entre eles A Morte do Vaqueiro, Numa Sala de Reboco e Asa Branca. Diogo do Monte, músico-educador do museu, seleciona sequência de canções do xaxado, interpretadas pela rainha do ritmo, Marinês.
 
Nesta quinta-feira (5), a partir das 16h, o canal do YouTube do Cais do Sertão transmite, também, o lançamento do livro Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco, coordenado por Mário Ribeiro, doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco e professor da Universidade de Pernambuco. 

A publicação tem como objetivo reconhecer as singularidades do patrimônio cultural encontradas nas manifestações de fé e nas festividades juninas. O livro mapeia as atividades do grupo Acorda Povo e das Bandeiras dos Santos Juninos. As mestras em História e Musicologia pela UFPE, Ester Monteiro, Déborah Callender e Alice Alves, e ainda Paulo Maia, fotógrafo e mestre em Antropologia pela UFPE, e Raquel Araújo, assistente de pesquisa, completam a mesa.
 
Programação completa:
Papo de Museu com Paulo Wanderley
Quando: Terça-feira (4) às 17h
Onde: @caisdosertao
Lançamento do Livro Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco
Quando: Quarta-feira (5) às 16h
Onde: YouTube do Cais.
Conexão Cais com José Mário Austregésilo 
Quando: Quinta-feira (6) às 17h
Onde: @caisdosertao
 
Serviço
Especial Luiz Gonzaga
Quando: De terça-feira (4) até quinta-feira (6)
Onde: Perfil @caisdosertao no Instagram e canal do Youtube
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COVID-19: MINISTÉRIO DA SAÚDE TERÁ R$ 1,9 BILHÃO PARA COMPRA DE VACINAS

Com 2.750.318 de infecções e 94.665 mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus e ainda distante de uma possível queda sustentada da curva da doença, o país agiliza os planos para garantir doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford, considerada a mais promissora imunização na corrida contra o vírus. Para isso, o Ministério da Saúde prepara uma medida provisória de crédito orçamentário extraordinário no valor de R$ 1,9 bilhão para viabilizar 100 milhões de doses do imunizante.

O anúncio foi feito pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, durante coletiva de imprensa, ontem. Segundo ele, a medida provisória se encontra em estudo no Ministério da Economia e o acordo entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica britânica AstraZeneca deve ser assinado até 14 de agosto. “É uma previsão dada pela própria Fiocruz”, indicou.

Segundo o ministério, o acordo prevê o início da produção da vacina no Brasil a partir de dezembro deste ano e garante total domínio tecnológico para que a Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, tenha condições de produzir a vacina de forma independente. De acordo com a pasta, o valor será gasto da seguinte forma: R$ 1,3 bilhão para despesas correntes referentes a pagamentos à AstraZeneca; R$ 522,1 milhões, em despesas correntes necessárias ao processamento final da vacina por Bio-Manguinhos/Fiocruz; e R$ 95,6 milhões, em investimentos necessários para absorção da tecnologia de produção pela Fiocruz.

Questionado sobre quem receberá a vacina em um primeiro momento, Angotti indicou que idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, professores, profissionais de segurança, indígenas, motoristas de transporte público e pessoas privadas de liberdade serão contempladas, mas que isso ainda pode mudar. “Serão acompanhadas as melhores evidências científicas disponíveis e serão feitas diversas análises epidemiológicas para ter o melhor plano de distribuição da vacina possível conforme os dados se atualizem”, declarou.

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