ALFREDO SIRKIS: UMA VIDA EM DEFESA DA VIDA

A imagem cristalizou desde que soube do seu carro estraçalhado num poste: Alfredo Sirkis de pé sobre a mesa da redação da Veja na sucursal do Rio fazendo um comício acalorado para os colegas. Ele contestava as regras de funcionamento da revista e resolveu reagir no momento em que deixava o emprego. Eram os anos 80, ele voltava de um exílio de oito anos e muitos comícios. Contava como escapou do golpe no Chile, no trabalho de estivador na Suécia, da sobrevivência pelo jornalismo na França e em Portugal onde deixou saudades como “Marcelo Dias”, um dos pseudônimos adotados lá fora.

As outras conversas eram sempre sobre política e ele tinha histórias. Fazia política desde os tempos de movimento estudantil no Colégio de Aplicação. No golpe de 1964 tinha 14 anos mas frequentou passeatas como a dos 100 mil em junho de 1968 e, aos 17 anos, resolveu entrar para a luta armada.

Estava longe de ser um terrorista sanguinário como pintava o regime. Sirkis era engraçado, pândego mesmo, tão humano que participou dos sequestros do embaixador alemão, Ludwig von Holleben, e do suíço Giovanni Bucher, seguro de que não conseguiria executar com sua krupskaia [apelido inspirado na companheira de Lenin da metralhadora soviética que utilizava] nenhum dos dois caso o governo não soltasse os presos em troca. Foram 40 no caso do alemão, 70 pelo suíço a quem se afeiçoou tanto que deu de presente um disco de Joan Baez.

Ele pertencia ao movimento da Vanguarda Popular Revolucionária e conversou com o líder do movimento sobre sua decisão de abandonar tudo e deixar o país, Carlos Lamarca o apoiou.

Quando integrou a redação da revista Veja na sucursal carioca, Sirkis tinha acabado de lançar Os Carbonários, que levou o Jabuti de 1981. Ali, avaliava os erros da luta armada por estar desconectada da base popular e os acertos utópicos da nossa geração. Sempre reafirmando sua vocação pacifista. Era um colega e tanto. “Não me orgulho, nem me envergonho”, escreveu na 14ª edição do livro Os Carbonários, um best-seller.

Entre tantos que morreram na tortura ou sob o rótulo de “desaparecidos”, e foram executados na volta do exílio, Sirkis retornou em 1979 com a lei da Anistia e juntou-se aos sobreviventes como Cid e César Benjamin ou Daniel Aarão Reis, todos atuando por um Brasil melhor até hoje. Lamarca não teve o mesmo final, executado junto com a companheira, Iara Iavelberg, na Bahia no ano em que Sirkis deixou o país em 1971.

Foi em busca da democracia e de um Brasil mais humano que ele dedicou o resto da vida à defesa do Meio Ambiente, mordido, como ele dizia ter sido, depois de assistir uma palestra de uma líder esquimó sobre o derretimento do gelo. Se até lá existe essa preocupação, por que não no Brasil? O ambientalismo não era um problema da humanidade. Era “o” problema.

Foi um dos fundadores do Partido Verde, que presidiu mas abandonou ao dizer que tinha sido transformado em “puteiro pelos parasitas”. Participou de várias convenções sobre mudanças climáticas, de Bali a Durban, elaborou leis como a lei Sirkis que viabilizou o Fórum Global na Rio 92. Foi Secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima e diretor executivo do Centro Brasil no Clima.

Foi o vereador mais votado quatro vezes no Rio, secretário municipal de meio ambiente entre 1993 e 1996, deputado federal de 2011 a 2015. Resolveu não se recandidatar em 2014. Estava famoso pelas campanhas que fez enterrado na areia da praia até a cabeça, sufocado pela poluição, tomando banho para alegar que no Rio só existem dois tipos de água – a poluída e a que falta, entrando num dos buracos de esgoto da cidade, correndo da polícia ou acendendo um fósforo contra o desmatamento da Amazonia.

Suas aparições públicas eram um show e chamavam atenção para a causa ambiental. Quando defendeu um transporte menos poluente, sua obsessão, inventou uma viagem de catmarã da Praça XV à Barra, no qual todos os convidados importantes passaram mal, incluindo Gilberto Gil que foi presidente da Fundação Onda Azul enquanto ele era vice, de 1997 a 2001.

Este era o Sirkis, que numa conversa com Bolsonaro, muito antes de se tornar presidente, questionou o capitão que apontava a superpopulação como o mal maior do Brasil. E Sirkis, “Olha só, Jair, você acabou de dar um excelente argumento a favor do casamento gay”. Dizia que Bolsonaro odiava o meio ambiente, os ecologistas, e se identificava com os grileiros e o garimpo ilegal. “Ele tem alma de Bandeirante, naqueles que entram na mata para procurar pedra preciosa e matar índio”.

Carluxo aproveitou para fazer uma gozação no twitter no dia da sua morte, ridicularizando o ambientalista na série “ódio do bem”.

Não foi à toa que no último dos 10 livros que Sirkis deixou, Descarbonários, ele faz um duro ataque a Bolsonaro e ao regime. E relata, junto com o descalabro ambiental, que se não nos cuidarmos a natureza seguirá em frente e quem vai estar em extinção no futuro próximo é a raça humana. “Quem está seriamente ameaçado é homo sapiens, habitante do planeta”. Nossa sina seria similar a dos dinossauros.

Sirkis sai da vida aos 69 anos de pé, sobre a mesa, como a imagem que cristalizei.

Texto publicado originalmente no site da ABI.

*Norma Couri é jornalista.
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FEMINICÍDIO: 61% DAS VÍTIMAS SÃO MULHERES NEGRAS

Um relatório produzido pela Rede de Observatórios da Segurança, grupo de estudos sobre violência nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Pernambuco, reuniu dados que demonstram como a população negra é a principal vítima da violência no país. Os negros (pretos e pardos) são 75% dos mortos pela polícia.

Entre as vítimas de feminicídio, 61% são mulheres negras. Enquanto a taxa geral de homicídios no Brasil é de 28 pessoas a cada 100 mil habitantes, entre os homens negros de 19 a 24 anos esse número sobe para mais de 200.

Segundo o relatório, as operações policiais violentas em áreas onde predominam populações negras e as abordagens ao “elemento suspeito cor padrão” são difundidas e interpretadas por parte da sociedade como ações de combate ao crime e não como política pública altamente racializada.
Para repercutir a violência contra a população negra, Jota Batista conversa nesta segunda-feira (20), às 10h40, no Espaço Aberto, com a advogada especialista em Direitos Humanos e ativista do Movimento das Mulheres Negras, Vera Baroni, Yabassé do Terreiro de Mãe Amara.
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NOTA: AGROVALE INFORMA QUE INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES ATINGIU ÁREA DE 75 HECTARES ESTE SÁBADO 18

A Agrovale informa que na manhã deste sábado (18), por volta das 12h20, um incêndio de grandes proporções devastou uma área de 75,22 hectares de cana-de-açúcar provocando um prejuízo ainda incalculável para a empresa.

A causa do incêndio, que foi debelado pelo Corpo de Bombeiros de Juazeiro, ainda não foi identificada, mas os policiais que ajudaram a encerrar o sinistro informaram que possivelmente o fogo começou de uma combustão natural na vegetação nativa, à margem da estrada, e adentrou o canavial.

O fogo se alastrou rapidamente em função do clima, temperatura e a baixa umidade relativa do ar, queimando um campo que seria colhido no próximo dia 04 de setembro através do sistema de colheita mecanizada, sem queima.

O Corpo de Bombeiros de Juazeiro informou também que outros focos de incêndio foram detectados neste sábado a exemplo de um sinistro debelado na região do Salitre.

A Agrovale adiantou ainda que já foram tomadas todas as providências e que será criado, na próxima segunda-feira (20), um grupo de trabalho multidisciplinar para prevenção e controle de sinistros na empresa e nas margens das estradas de acesso aos canaviais. (Fonte: CLAS Comunicação & Marketing)
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ESCRITORA E PROFESSORA CLARISSA LOUREIRO APRESENTA LIVE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS NA QUARENTENA NA QUARTA (22)

Literatura e Erotismo. Este é o tema da live da escritora e professora do curso de Letras da Universidade de Pernambuco (UPE) do campus de Petrolina, Clarissa Loureiro , na quarta-feira (22), às 20h. A transmissão será ao vivo pelo instagram @loureiroclarissa

Muitos dos grandes autores brasileiros, como Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade, exploraram a temática. Especialistas como a professora da Universidade de São Paulo (USP) Eliane Robert Moraes, destaca e cita a grande quantidade e qualidade dos textos eróticos da literatura nacional.

“A Casa dos Budas Ditosos”, de João Ubaldo Ribeirofoi originalmente publicado na série “Pleno Pecados”, em 1999, ainda é um dos livros mais citados, tendo a luxuria como o seu tema central. A trama é narrada por uma mulher de 68 anos, nascida na Bahia. Ela descreve acontecimentos da própria vida e mostra em detalhes como viveu todos os prazeres que podia, dentro das infinitas possibilidades do sexo. O autor afirma que o livro foi baseado em depoimentos de uma mulher real, enviados a ele em um pacote. Além do teor sexual, críticas sociais, políticas e à igreja fizeram com que o livro escandalizasse alguns setores mais conservadores da sociedade.

Clarissa Loureiro nasceu em Campina Grande, Paraíba. A autora possui mestrado e doutorado em teoria da literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente atua como professora de Literatura na UPE em Petrolina, dedicando-se aos estudos de memória, identidade, gênero e Semiótica associada à literatura comparada. É autora dos livros Invertidos, Mau hábito e Laurus.

Tema recorrente na literatura contemporânea, o erotismo desperta, no entanto, curiosidade e se mostra um rico ingrediente nas narrativas de ficção desde que o homem descobriu a capacidade de contar histórias. Alguns estudiosos consideram o erotismo o tema mais antigo da literatura, que surgiu da necessidade de verbalizar o sexo. A representação dele, na literatura, portanto, é bastante ampla. É certo que, em alguns períodos, tal verbalização era algo considerado pecaminoso. Então, cabia ao autor explorar o tema nas entrelinhas e o tratamento do assunto ganhou novas formas em diferentes épocas, seja em narrativas eruditas ou seja, de massa.


Se em Senhora, clássico romântico de José de Alencar, há, em alguns trechos, a sugestão da consumação do amor por meio do ato sexual, ao leitor cabe a tarefa de imaginar. O romance não apresenta cenas eróticas picantes e, durante todo o desenrolar da história, os personagens Aurélia e Fernando não se envolvem sexualmente. É somente após ambos acertarem suas diferenças e, depois de Aurélia ter a certeza do amor espiritual de Fernando que ela se entrega aos prazeres da carne (características típicas do Romantismo).

No entanto, não há nada explícito e nem descrição dessa suposta entrega. Há somente uma sugestão nas últimas duas linhas do romance, que se dá pela seguinte passagem: “As cortinas cerraram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantavam ainda o hino misterioso do amor conjugal.”
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JOÃO SERENO FAZ LIVE NO SÁBADO (25)

Assim, eu fico quando você aparece..." Esse é o convite que o músico, poeta e compositor João Sereno faz no próximo sábado (25) durante a live 'Um bom som pra você'.
A transmissão, pelo canalYouTube / sincroniafilmes e de joaosereno começa a partir das 20h e promete momentos incríveis da trajetória desse artista juazeirense, que é parceiro e tem músicas gravadas com nomes como Dominguinhos, Maciel Melo e Flávio Leandro.
Na live, onde terá o acompanhamento luxuoso da sanfona de Ivan Greg, da bateria de Celso Rodrigues e do baixo de Luiz Maia, João Sereno vai cantar músicas conhecidas do público a exemplo de Mania do tempo, Coitado de eu, Tempo Menino, Aurora e o Sol e Sapateiro.
Para resgatar os festejos juninos, da mais autêntica tradição nordestina, João Sereno também vai fazer um momento todo especial reverenciando São João e São Pedro com muita alegria e forró no pé. A live é uma realização da Sincronia Filmes com direção de Alexandre Justino e apoio da Clas Comunicação e Marketing. Durante o evento o público pode participar fazendo doações ao artista através de pick pay. (Fonte: Class Comunicação e Marketing)
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PLANTIO DE ÁRVORES NÃO PODE SER PANACEIA PARA A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS AMBIENTAIS, DIZ PESQUISADOR

O plantio de árvores tem sido promovido globalmente como panaceia para solução de problemas ambientais complexos como mudanças climáticas e extinção de espécies. Em artigo publicado na revista Science, o professor Pedro H. S. Brancalion, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, adverte que “é preciso planejar estratégias de controle e degradação florestal, equilibrando objetivos sociais, ecológicos  e econômicos, além de promover a articulação entre governo, empresas e comunidade científica para se obter resultados positivos”. 

O texto Tree planting is not a simple solution, publicado na Science, tem como autores Brancalion e  a pesquisadora Karen Holl, da Universidade da Califórnia (EUA). Trata-se de um artigo de perspectiva ou artigo opinativo, que geralmente é escrito por especialistas renomados da área de pesquisa em questão e que apresenta uma síntese do conhecimento existente sobre o tema, identifica lacunas de conhecimento e aponta caminhos futuros para a pesquisa.

Embora não desmereça as iniciativas de plantios de árvores, as quais considera bem-vindas e podem ajudar a gerar benefícios para a natureza e sociedade, o engenheiro agrônomo aponta que “não se pode ter uma visão romanceada da questão e achar que somente plantando árvores irá se resolver questões complexas”, afirma Brancalion ao Jornal da USP.

O artigo faz ressalva também às organizações e aos fóruns mundiais que apregoam o reflorestamento como ação isolada, sem considerar peculiaridades e necessidades regionais. Cita como exemplo o plano anunciado pelo Fórum Econômico Mundial de 2020, realizado em janeiro em Davos, na Suíça, que teve como uma de suas propostas o plantio e proteção de um trilhão de árvores pelo planeta. O encontro, que reuniu lideranças de vários países, deu relevância às mudanças climáticas e políticas ambientais. Um dos discursos marcantes foi o da jovem ativista Greta Thunberg, que tratou dos riscos advindos da poluição e da atenção aos alertas da ciência sobre esse assunto.

Segundo o pesquisador, é preciso envolvimento social e integração de ocupação e outros usos do solo. No Brasil, existem diversos exemplos em que mudas de árvores foram plantadas e não foram para frente, porque estavam em áreas tradicionalmente usadas para pastagens e foram reocupadas pelo gado pouco tempo após o plantio.

Como contraponto, e exemplo positivo, o professor cita o trabalho que vem sendo desenvolvido há alguns anos na Mata Atlântica do Brasil. As ações do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica (PRMA), criado em 2009, buscam dialogar com  os diversos atores da sociedade,  a fim de obter bons resultados e benefícios sociais e econômicos para todos por meio da recuperação florestal. O Pacto tem sido um modelo de sucesso copiado em todo o mundo, diz o engenheiro que  é também vice-coordenador do PRMA.

Brancalion rebate inclusive que o simples plantio de novas árvores impacte as mudanças climáticas.  “O reflorestamento pode compensar, no melhor dos cenários, apenas em um terço das emissões de gases de efeito estufa”, diz o professor ao Jornal da USP.  Em sua opinião, é preciso ações interligadas de áreas diferentes e a intensificação da fiscalização ambiental para proteção das florestas já existentes, o que poderia ser mais efetivo em alguns contextos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Sobre o aspecto da biodiversidade, o pesquisador diz que o assunto exige parcimônia, porque dependendo de onde forem plantadas, as novas árvores poderão provocar, inclusive, danos ao meio ambiente, como é o caso dos campos e dos cerrados. “Quando árvores são inseridas nesses ecossistemas, o sombreamento poderá levar à morte de várias espécies de ervas nativas, algumas inclusive ameaçadas de extinção”, explica.

Sobre a região amazônica, Brancalion diz que é uma área de muitas complexidades, exigindo, assim, planejamento igualmente complexo. São inúmeros os interesses sociais, econômicos e ecológicos envolvidos de uso do solo e da mata, e que de alguma forma estes vieses precisam ser colocados à mesa para discussão e definição de ações, para não agravar ainda mais os conflitos ali existentes. São as demarcações de terras indígenas, regularização fundiária de grandes áreas de produtores rurais (de soja, por exemplo), pastagens, invasão de terras por grileiros e exploração de madeireiros e garimpeiros.

Para a região amazônica, o pesquisador entende que seja preciso reconstruir as políticas de conservação ambiental brasileiras para coibir o desmatamento e a degradação ambiental, leis que, na visão do engenheiro, sofreram duros golpes na atual gestão federal. Como exemplos, cita o afrouxamento de leis de redução de multas por crimes ambientais e o sucateamento de órgãos de preservação e fiscalização ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

O artigo Tree planting is not a simple solution pode ser lido no site da Science.

Mais informações: e-mail pedrob@usp.br,com Pedro Brancalion

Fonte: Jornal USP Por: Ivanir Ferreira)
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CELEBRAÇÃO DOS 31 ANOS DE MORTE DE LUIZ GONZAGA TERÁ LIVE DEDICADA AO PARQUE ASA BRANCA

No próximo dia 02 de agosto, o cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, completa 31 anos de falecimento. Este ano, devido o decreto de distanciamento social não terá aglomeração no Parque Asa Branca, localizado em Exu, Pernambuco, terra onde nasceu o Rei do Baião.

Todos os anos é celebrada a 'Festa da Saudade do Gonzagão. As homenagens ao músico acontecem no Parque Aza Branca, local onde estão o acervo, o museu e o mausoléu do artista. De acordo com o presidente da organização não governamental (ONG) que administra o parque, Francisco Parente Júnior, as celebrações "este ano serão diferentes para podermos preservar vidas".

De acordo com Junior Parente, o Rei do Baião Luiz Gonzaga vai ser celebrado em agosto pelos forrozeiros da banda Fulô de Mandacaru. O trio, além de prestar homenagem ao "Velho Lua", que em agosto completa 31 anos de partida, vai cantar também para conseguir doações e ajudar o memorial erguido na cidade e que se encontra com problemas estruturais.

Administrado pela ONG Aza Branca, o espaço recebe mais de 60 mil visitantes anualmente e segue sem faturamento há algum tempo, sem recursos para sua manutenção. O imóvel está, por exemplo, com o quarto do Rei do Baião interditado.

As principais fontes de receita do espaço são as vendas dos ingressos para o museu, que custam R$ 4, além da comercialização de artigos de couro como chapéus e sandálias.

Entretanto, em decorrência da pandemia, o espaço foi fechado e sem visitantes, zerou o faturamento do local, cujo valor para se manter aberto é em média de R$ 15 mil por mês. Os recursos arrecadados com o show virtual da Fulô de Mandacaru vão ser destinados para o espaço. 

A live da Fulô de Mandacaru acontece no sábado (01).

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