PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL QUE PRETENDE LIBERAR CONSTRUÇÃO DE USINA NUCLEARES EM PERNAMBUCO FOI TEMA DE DEBATE ON LINE

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, participou de um debate on-line no último sábado (04), para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pretende liberar a construção de usinas nucleares em Pernambuco. O debate foi promovido pela Xô Nuclear, nas plataformas Facebook e Youtube.

O debate, cujo tema foi Rodas Antinucleares pela Vida contou com a participação do deputado estadual João Paulo Lima e Silva (PCdoB) e com a mediação de Alzení Tomáz (coordenadora da Nova Cartografia Social de Povos e Comunidades Tradicionais da Bacia do São Francisco e membro da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana), Célio Bermann (professor de pós-graduação em energia da USP/SP), José Karajá (geógrafo e assessor do CIMI/NE) e Renato Cunha (coordenador do GAMBA – Grupo Ambientalista da Bahia).

A PEC nº 09/2019, de autoria do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC – PE), modifica o artigo 216 da Constituição de Pernambuco, que permite a instalação de usinas nucleares no Estado. Tal projeto tem sido visto como uma ameaça à vida, pois violenta os direitos de populações tradicionais, como quilombolas e indígenas que vivem às margens do rio São Francisco, onde se instalaria a usina.

Segundo o deputado estadual João Paulo Lima e Silva (PCdoB/PE), a constituição estadual de Pernambuco proíbe a instalação de usinas nucleares no Estado. “Essa proibição só pode ser alterada por uma PEC, ou seja, uma emenda que possa alterar a constituição estadual. Sou relator dessa emenda e me posicionarei contra essa PEC. Informo que por enquanto ela não será votada dada outras demandas ligadas à Covid-19, porém é importante deixar a população ciente dessa discussão e levantar o assunto em relação aos impactos econômicos e ambientais para o rio São Francisco e para todo Brasil”.

De acordo com Anivaldo Miranda, o CBHSF já se posicionou sobre o assunto há quase dez anos, quando essa questão veio à tona e havia vários pontos de localizações possíveis para essa planta nuclear, com seis reatores. “Pensaram na região de Cabrobó (PE), Itacuruba (PE), Belo Monte (AL) e em Propriá (SE). Na ocasião, toda essa situação ameaçou desencadear uma corrida e uma briga porque os gestores dos estados queriam instalar em seus territórios as usinas nucleares. Mas, é importante esclarecer a população sobre isso porque muitos dos nossos gestores ainda estão com a mentalidade do início do século 20. Porém, no atual século o essencial é fazer gestão pública de qualidade. Mas, a mentalidade dos fazedores de obra e daqueles que acham que a questão do emprego se resolverá somente com o investimento em obras, continua relevando os impactos ambientais, estruturais, econômicos. Essa questão da usina de vez em quando vem à tona e tem muitas implicações. Na época em que esse assunto surgiu, perguntava-se muito que tipo de tecnologia seria utilizada naquela e a tendência de replicar tecnologias obsoletas. A energia nuclear é inadequada em nosso país”, disse.

Miranda acrescentou que, enquanto Comitê, não tem nenhum preconceito e nem demoniza qualquer forma de energia, nem hidrelétrica, nem eólica, nem atômica ou nuclear, mas é importante frisar que há vantagens e desvantagens no uso dela. No caso da energia nuclear, há aspectos positivos como o fato de ocupar pouco espaço e não emitir gazes, por exemplo, o que causa o efeito estufa. Entretanto, tem duas questões fundamentais na abordagem da energia nuclear: a primeira é a geração do lixo nuclear que até hoje ninguém sabe o que fazer com ele, e o segundo aspecto é o caso de acontecer um acidente. “Nós não temos como bancar ou lidar com um possível acidente nuclear no semiárido do nosso país ou em qualquer região brasileira. Costumo dizer o seguinte: que o rio São Francisco não tem plano B e essa usina nuclear não é a única ameaça potencial que o rio pode enfrentar, já que no quadrilátero da região de Minas Gerais temos pelo menos dez barragens de rejeitos de minério. Por exemplo, qualquer acidente no rio Paracatu (MG) atingirá o rio São Francisco diretamente e milhares de pessoas serão prejudicadas, já que o rio São Francisco representa pelo menos 70% de disponibilidade hídrica da região nordeste e parte do semiárido”.

O presidente do CBHSF falou do potencial da energia solar no Brasil. “É uma energia que pode ser usada sem a necessidade de construção de grandes linhas de transmissão. Há também a energia eólica, da qual duvidavam muito, mas estão percebendo seus benefícios”.

O deputado estadual João Paulo Lima e Silva pontuou alguns encaminhamentos acerca da pauta sobre energia nuclear. “Em princípio sou contra a instalação da usina nuclear. Ressalto aqui que a iniciativa do abaixo-assinado ‘Chaleiras Atômicas Não’ foi muito importante. Ele vai abrir para as pessoas a possibilidade do início de um diálogo. Se o Comitê tomar uma decisão contra a instalação da usina nuclear já será um avanço, politicamente. Mas, precisamos ter cuidado, já que na Assembleia Legislativa de Pernambuco estão ocorrendo algumas conversas com o intuito de convencer as pessoas da instalação da usina nuclear. Por isso, a necessidade de conscientização e politização das pessoas. A articulação com a igreja católica tem sido importante e me comprometo em fazer um trabalho de sondagem para em um próximo encontro que tivermos”.

Anivaldo Miranda ressaltou que o Comitê já se posicionou acerca da possível instalação de uma usina nuclear e considera que essa pauta não é prioridade e nem é recomendável para a bacia do rio São Francisco. “Atualmente como essa questão voltou à tona nós fomos demandados inclusive pelos nossos colegas da comunidade indígena Pankará, já que temos uma relação muito boa com eles e há representantes com assento no Comitê. Até fazendo um paralelo, o Comitê investiu R$ 5 milhões na construção de uma captação de água através de uma obra que hoje é referência em toda região, e com os nossos recursos reduzidos fizemos justiça para o povo Pankará, de Itacuruba (PE). Aquilo é uma prova de como o investimento, levado à comunidade que havia sido desrespeitada, mudou a realidade deles”.

“O Comitê voltou a tratar desse assunto junto aos ministérios que têm implicação direta nessa questão. Agora é aguardar o retorno deles. Estamos estudando o assunto e temos trabalhado com alguns especialistas porque o Comitê precisa obter informações concretas. Neste caso, iremos conhecer melhor do assunto para poder deliberar algumas ações. Vamos discutir e acompanhar tudo para em breve trazer novidades”, finalizou. 

Fonte: Assessoria de Comunicação CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento

Nenhum comentário

FUNDARPE CONVOCA GESTORES E TRABALHADORES DA CULTURA PARA WEBCONFERÊNCIA SOBRE LEI ALDIR

Pernambuco receberá, do Governo Federal, em torno de R$ 150 milhões para aplicar em ações emergenciais para a cultura. O valor será repartido, meio a meio, entre Governo e municípios. Os recursos fazem parte de um montante total estimado em R$ 3 bilhões, que serão destinados a todos os municípios e estados brasileiros. 

O benefício é uma conquista da recém-sancionada Lei Aldir Blanc, fruto de uma ação coletiva de parlamentares, gestores públicos e sociedade civil que conseguiu a liberação dos recursos do Fundo Nacional de Cultura para o auxílio de toda cadeia criativa da cultura.

 Para uniformizar um conjunto de informações já existentes sobre a Lei - por exemplo, a distribuição dos recursos e o papel de cada ente (estado e municípios) na divisão das competências - a Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe, em parceria com os conselhos estaduais de Cultura, farão uma nova webconferência na quinta (9), às 19h.

Diálogo e integração deverão dar o tom do encontro, que tem como propósito esclarecer, tirar dúvidas e atualizar a sociedade sobre os encaminhamentos da Lei. Também está na pauta da reunião a criação de uma nova agenda de webconferências específicas para todas as macrorregiões do Estado. Além de artistas, produtores e conselheiros de Cultura, é esperada a participação de representantes dos órgãos de cultura dos municípios.

O encontro será aberto ao público, com limite de inscrição na sala virtual, que tem capacidade para até 250 pessoas. Para se inscrever, é preciso acessar no link abaixo e preencher os dados solicitados:

https://docs.google.com/forms/d/1G-fuWmz7-TNEpqMxx2DFjkdv4k1JDLp_lrEoBOdzzdo/viewform?edit_requested=true

O limite de participantes não impedirá que os demais interessados acompanhem as discussões. Quem não conseguir ter acesso à sala na plataforma Google Meet, poderá ver e ouvir a reunião pelo canal da Secult-PE/Fundarpe no YouTube (www.youtube.com/secultpe).

CONSTRUÇÃO - Para tratar especificamente da Lei Aldir Blanc, a equipe da Secult/Fundarpe já participou de quase uma centena de reuniões e encontros, sejam entre Grupos de Trabalho da própria instituição, de abrangência estadual, GTs do Fórum Nacional de Dirigentes de Cultura, videoconferências, lives e grupos de discussão com gestores e coletivos culturais. O objetivo deste amplo diálogo é fazer com que a Lei seja executada de forma plena e atinja seu maior objetivo: chegar aos que mais necessitam, sejam artistas, técnicos, produtores, equipamentos culturais e todo tipo de profissional cuja renda, oriunda de atividade artística, tenha sido prejudicada pela pandemia do Covid-19.

Ainda na fase de aprovação da Lei, a Secult-PE/Fundarpe realizaram uma webconferência, em parceria com o Conselho Estadual de Política Cultural, que abriu um canal de diálogo com deputados, gestores estaduais e municipais, Amupe e sociedade civil. Participaram, ainda, da articulação com os parlamentares pernambucanos durante a votação no Congresso Nacional e, desde então, ao lado do Conselho de Política Cultural, vêm promovendo encontros virtuais para discussão da lei.

Na mais recente, ocorrida na última quinta-feira (2), o secretário Gilberto Freyre Neto, o presidente da Fundarpe Marcelo Canuto e a secretária executiva Silvana Meireles, entre diversos outros gestores estaduais, dialogaram por mais de cinco horas com membros dos três conselhos estaduais de Cultura de Pernambuco e dezenas de artistas, produtores e demais trabalhadores e trabalhadoras da cultura no Estado. Entraram na pauta os desafios para a execução da lei no Estado, na expectativa de contar com a fundamental participação de toda a sociedade. Com uma média de 120 pessoas presentes na sala virtual, o pico de audiência alcançou 151 participantes.

Os participantes também tiveram acesso a um estudo preliminar, produzido com a participação da Secult-PE, que trata dos impactos da pandemia no setor cultural e que faz uma projeção do número de pessoas físicas e jurídicas que podem ter acesso ao benefício em Pernambuco.

Nenhum comentário

UNEB EM SENHOR DO BONFIM DIVULGA NOVA DATA DA II SEMANA DE PEDAGOGIA

O Departamento de Educação (DEDC), Campus VII da UNEB realiza a II Semana de Pedagogia e o II Encontro Departamental de Estágio entre os dias 17 e 19 de novembro. Os eventos que contam com conferências, palestras, minicursos e grupos temáticos (GTs) acontecerão de forma virtual.

Os eventos previstos para acontecer no mês de abril foram adiados devido ao distanciamento social, como medida de prevenção ao novo coronavírus. Diante o cenário que se caminha para um "novo normal", a coordenação dos eventos optou por realizá-los, este ano, de forma virtual, utilizando a mediação tecnológica para socializar temáticas emergentes no campo da Educação, estabelecendo intersecções com as diversas áreas do conhecimento, e dialogar sobre como será as atividades de ensino, pesquisa e extensão no pós-pandemia.

Com o tema "A práxis pedagógica saberes e fazeres na contemporaneidade", a II Semana de Pedagogia e o II Encontro Departamental de Estágio visão fomentar o debate nas formas de enfrentamento às exclusões e injustiças sociais; suscitar o debate em torno das questões de gênero, racial, étnico, geracional, saúde, emprego, tecnologia, artes e meio ambiente com a finalidade de problematizar as práticas de ensino e pesquisa no contexto do Semiárido.

Os eventos são gratuitos. A submissão de trabalhos pode ser feita até o dia 16 de outubro.

A programação será divulgada em breve. Acesse o site: https://2semanapedagogiaca.wixsite.com/uneb
Fonte:  (NAC-DEDC/UNEB)
Nenhum comentário

JOQUINHA GONZAGA, NETO DE JANUÁRIO E SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA FAZ LIVE SOLIDÁRIA E PUXA A SANFONA DOS 8 AOS 120 BAIXOS

O sanfoneiro e cantor Joquinha Gonzaga vai apresentar uma Live Solidária na "Varanda do Rei", no domingo 12 de julho, às 16hs. Para acompanhar a live é preciso estar inscrito no canal YouTube Joquinha Gonzaga Oficial. A apresentação da Live será de Sara Gonzaga, filha e produtora do cantor.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte musical de Luiz Gonzaga.  Ele é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos últimos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade".

Joquinha Gonzaga caminha para os 70 anos e reside atualmente em Exu, Pernambuco, no pé da serra do Araripe, como ele costuma dizer ao receber os amigos. Nesse contexto, a Live Solidária na Varanda do Rei vai proporcionar além de um encontro com os amigos, admiradores, pesquisadores da cultura mais brasileira, a oportunidade de ouvir o puxado do fole e a voz de Joquinha, com o seu canto, histórias e causos. 

No início deste ano a Câmara de Vereadores de Exu, encaminhou um projeto de apoio e solicitação do registro do cantor, compositor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga, para ter o reconhecimento de Patrimônio Vivo da Cultura de Pernambuco.

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (afamado tocador de 8 Baixos) e ainda tem como tios os Mestres da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

A justificativa para Joquinha ser reconhecido Patrimônio Vivo de Pernambuco é o valor do seu legado para as futuras gerações e a contribuição e tem o objetivo de que mantenham os saberes e fazeres da cultura da sanfona. 

Detalhe: Joquinha Gonzaga também é tocador de sanfona de 8 baixos, um instrumento quase em extinção no cenário cultural brasileiro e também por isto um dos aspectos que faz Joquinha merecedor da aprovação para assim poder se dedicar mais a aulas, oficinas e palestras sobre o tema sanfona de 8 Baixos.

Ao ser inserido oficialmente no programa Patrimônio Vivo na Política Cultural do Estado, Joquinha Gonzaga dará continuidade nas realizações de oficinas de transmissão de saberes, exposições, apresentações culturais, palestras, entre outras ações, que significam a apropriação simbólica e o uso sustentável dos recursos patrimoniais direcionados à preservação e ao desenvolvimento econômico, social e cultural brasileiro, do Estado e garantir a visibilidade de Exu, onde Luiz Gonzaga deixou um patrimônio do Parque Asa Branca, onde está o Museu Gonzagão.

Este ano, no mês de janeiro 2020, Joquinha Gonzaga participou do primeiro Festival Nacional de Música 'Canta Gonzagão’, em Exu, onde ministrou para as crianças e adolescentes do Projeto Asa Branca, uma oficina de Sanfona. Em Ouricuri, Pernambuco, também em Janeiro fez apresentação no Forró do Poeirão onde mostrou a arte de tocar sanfona de 8 Baixos, a famosa Pé de Bode.

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: WhatsApp (87) 999955829 e (87)996770618.

Nenhum comentário

COM SUSPENSÃO DE SHOWS E FESTAS ECAD DEIXOU DE ARRECADAR CERCA DE R$ 200 MILHÕES

Com a suspensão de shows e das festas em todo o país, consequência da pandemia do coronavírus, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais voltados para a música (Ecad) deixou de arrecadar cerca de R$ 200 milhões para distribuir com os artistas, de março até o final de junho. O valor tende a aumentar até que seja decretado o fim completo do isolamento social.

A informação é da superintende-executiva do Ecad, Isabel Amorim, revelada durante live deste blog, há pouco, pelo Instagram. De acordo com ela, o mercado digital, cada vez mais diversificado com o streaming e as várias plataformas, enfrenta hoje um grande desafio com as lives dos artistas, que passaram a ser intensificadas por conta da pandemia. Trata-se do desafio da arrecadação dos direitos autorais das músicas executadas nestas lives.

Para se ter ideia, Isabel contou que o escritório arrecadou no ano passado em direitos autorais dos músicos e artistas do País algo em torno de R$ 1,1 bilhão, montante que nem de longe será arrecadado em 2020 devido ao atípico ano da paralisação das atividades culturais decorrente do agravamento do quadro da saúde pública.

Isabel, entretanto, negou que exista uma “caixa preta” nas contas da entidade, conforme criticam e afirmam vários músicos, que reclamam de receberem menos em direitos autorais do que teriam direito. Segundo ela, o Ecad hoje divulga relatórios constantes com a arrecadação realizada e durante as programações de shows dos artistas tem pedido aos produtores para identificarem quais as músicas que tocarão, discriminadas por cada show, justamente para avaliar a arrecadação a ser cobrada a partir de cada Estado.

De acordo com a executiva, normalmente são licenciados mais de 6,6 mil shows por mês no País, o que deixou de acontecer por conta da pandemia. Isabel contou que assim que começaram a ser observados os aumentos de lives no Brasil entrou em contato com entidades internacionais para buscar padrões e se familiarizar. Ela disse que, em todo o mundo, sabe-se que apesar das grandes audiências destas apresentações pela internet, nem todas geram boa arrecadação para os autores.

“O fato de algumas terem mais audiência não significa que vão levar a grandes receitas, porque o processo envolve patrocinadores e outras questões. E muitos artistas têm se sentido prejudicados”, ressaltou.

O Ecad, em função disso, reduziu os valores referentes à arrecadação de direitos autorais por conta de apresentações em lives neste momento de pandemia, como forma de conseguir melhor retorno.

“É obvio que como tudo o que é novo a arrecadação de direitos autorais pelas lives gera muitos questionamentos, mas são cobranças que já existiam, embora em menor quantidade. Temos de encontrar a melhor maneira de distribuir esses recursos. Se não pudermos cobrar do produtor e do patrocinador, o compositor não receberá nada”, destacou.

A executiva ainda citou exemplos de vários artistas que vivem hoje da arrecadação de suas músicas. Sem dar nomes, Isabel revelou que um deles, muito famoso nacionalmente e na casa dos 90 anos, se mantém economicamente apenas da arrecadação que consegue ter no início de cada ano, com a execução de músicas de carnaval.

“Já estamos preocupados porque esse artista provavelmente não terá arrecadação suficiente para o próximo ano”, frisou. Ressaltou que há, também, casos de compositores brasileiros que vivem de direitos autorais de uma única música de sucesso.

"O digital demora para se consolidar e causa certo burburinho no começo, mas também resulta em arrecadação. Mas os compositores também precisam entender que o que está sendo arrecadado neste momento não representa nem um pequeno pedaço da arrecadação de músicas executadas em outros tempos”, explicou.

Ao rebater reclamações feitas contra o órgão, afirmou que o Ecad é uma empresa privada sem fins lucrativos e que artistas que antes criticavam o escritório e mudaram de opinião posteriormente – como a produtora Paula Lavigne, esposa e empresária do cantor Caetano Veloso – “talvez tivessem dúvidas de como o processo todo funciona que agora não tenham mais”.

De acordo com ela, foi instalada em sua gestão o procedimento de relatórios que permite maior transparência sobre a arrecadação e o volume arrecadado para os artistas.

Ela também falou sobre uma crítica contumaz que é a cobrança de direitos autorais de músicas executadas nos hotéis, inclusive nos quartos destes estabelecimentos. Defendeu tal cobrança e disse que o quarto de hotel é considerado um lugar público que precisa ser objeto de cobrança de direito autoral das músicas executadas nas rádios e TVs desses espaços.

“Precisamos ver sempre os dois lados. Empresários e hóspedes podem reclamar, mas do outro lado há os compositores, que querem receber pelas músicas feitas por eles. “O Ecad defende o direito de 500 mil titulares. Temos a obrigação de brigar pelos direitos deles”, complementou. (Fonte: blog Magno Martins)
Nenhum comentário

BOLSONARO TEM SINTOMAS DE COVID-19 E FAZ NOVO EXAME PARA DETECTAR DOENÇA

O presidente Jair Bolsonaro foi submetido a um novo exame de covid-19 nesta segunda-feira (6/7), após apresentar sintomas da doença provocada pelo novo coronavírus. O próprio presidente confirmou que há suspeita de ele estar com a doença.

O resultado deve ficar pronto nesta terça-feira (7), ao mieo-dia. Bolsonaro apresentou febre de 38ºC e cancelou compromissos por causa da suspeita. Ele foi atendido no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, onde, além de fazer o teste de covid-19, fez exames de pulmão.

Ele disse à imprensa que o resultado da avaliação do pulmão mostrou bom funcionamento do órgão. Ele disse ainda que já está tomando hidroxicloroquina de maneira preventiva, embora esta não seja a recomendação médica recomendada.

O presidente pode ser considerado como integrante do grupo de pessoas que apresentam risco maior de desenvolver forma grave da doença, por já ter 65 anos. Vários integrantes de sua equipe já apresentaram a doença desde o início da pandemia, mas, até agora, os testes do presidente resultaram negativo.

Bolsonaro tem resistido em manter o distanciamento social e costuma aparecer em público, seja aparecendo em manifestações públicas em seu apoio, seja passeando por Brasília nos fins de semana.
Nenhum comentário

ANTÔNIO CONSELHEIRO SERÁ TEMA DE DEBATA NA QUARTA EDIÇÃO DA SÉRIE GRANDES PERSONALIDADES DA HISTÓRIA DO NORDESTE

Antônio Vicente Mendes Maciel (1830–1897), o Antônio Conselheiro, será tema de debate na quarta edição da série “Grandes Personalidades da História do Nordeste".

A etapa do projeto da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), marcado para a próxima quinta-feira (9), vai contar  com o historiador José Nivaldo Junior, na palestra “Antônio Conselheiro: o revolucionário conservador”, cuja mediação ficará a cargo do jornalista Marcelo Abreu. A transmissão acontece no canal oficial da instituição pernambucana no YouTube, às 17h.

Para Nivaldo Junior, o Conselheiro desafiou a ordem estabelecida inspirado pelo comunismo do Cristianismo dos primeiros tempos. “Seu discurso, aparentemente retrógrado, não era mais retrógrado do que a realidade social da região no final do século 19”.  

“Ele não foi de jeito nenhum maluco ou fanático. É difícil rotular uma pessoa que era ao mesmo tempo ponto de convergência e irradiação dos grandes contrastes da sua época e do seu lugar”, completa.

Autor do best-seller internacional Maquiavel, o Poder: história e marketing (2012), José Nivaldo Junior destaca que tanto o filósofo europeu, quanto o personagem nordestino foram intérpretes das contradições do seu tempo e lugar.

“As semelhanças param aí. Maquiavel mostrou o universo da política como ela é. Não pretendia mudar o mundo e sim explicar. O Conselheiro usava a política para mudar a vida, oferecer opção e esperança para as pessoas

Serviço: Grandes Personalidades da História do Nordeste — edição IV
Palestra: Antônio Conselheiro: o revolucionário conservador
Quinta-feira, (9), 17h, no canal da Fundaj no YouTube
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial