ASSIS ANGELO UM PARAIBANO RADICADO EM SÃO PAULO QUE TRANSFORMOU OS LUSÍADAS EM SEXTILHAS PARA O CANTO E CORDEL

Paraibano rememora a amizade com Luiz Gonzaga, o ‘Rei do Baião’ Além dos discos do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989) que integram o acervo do Instituto Memória.

A princípio do que era de se esperar, o jornalista, pesquisador, radialista e escritor paraibano Assis Ângelo, que está radicado há 45 anos em São Paulo, ficou abalado quando, em 2013, perdeu totalmente a visão, em decorrência do descolamento da retina.

“Entrei numa encruzilhada quando perdi a luz dos meus olhos. Vou fazer o que agora? Fico vivo ou me mato. Morrer é natural, mas procurar a morte não é natural. Entrei num parafuso, algumas pessoas à minha volta me deixaram e fiquei só”, confessou. Mas houve a reação. “A cegueira não é o fim.

Na arte, na literatura e na filosofia, reencontrei a vontade de viver sem chiar, como dizemos no Nordeste. Jamais lamentarei qualquer coisa na vida, que é uma graça e é uma dádiva.Tinha que ocupar o tempo e aí passei a ler muito e a ouvir”. E assim o fez. Por conta do problema visão, passou a prestar por telefone informações aos interessados em saber sobre o acervo que tem no Instituto Memória Brasil, que criou em 2001, e no final do ano passado, concluiu o projeto de adaptar para ópera popular de cordel a obra épica Os Lusíadas, de Camões (1524-1580).

“Transformei Os Lusíadas em sextilhas, que tem mais de mil versos. O título é A Fabulosa Viagem de Vasco da Gama no Mar - Adaptação Livre d’Os Lusíadas para Canto e Cordel. É uma ópera popular que tem  apresentação de Oliveira de Panelas e pretendo levar ao público, no teatro, em 2022, quando se completarão os 450 anos da publicação da obra, ocorrida em 1572. Camões morreu oito anos depois pobre, mas deixou uma obra riquíssima. É a primeira adap tação de livro que fiz em minha vida. Acredito ser, no mundo inteiro, a primeira adaptação desse livro, em versos de sextilhas, feita por um cego”.

Quanto ao Instituto Memória Brasil, que funciona em seu próprio apartamento de 127 metros quadrados, Assis Ângelo também possui projeto para o acervo de cultura popular, que reúne mais de 150 mil itens, entre discos, livros, partituras, jornais e fotografias.
“Não é um espaço apropriado. Quero que seja transformado num museu e vá para um lugar próprio, onde possa ser visitado por pesquisadores, estudantes e outras pessoas”.

Desde a cegueira, Assis não recebe mais visitas monitoradas, mas fornece informações por telefone aos interessados. “Lamento profundamente não poder mais atender, pois não tenho como puxar um disco, por exemplo, para orientar alguém”, observou o pesquisador, que conta com a ajuda de dois universitários para escrever os seus textos.

Assis Ângelo deixou João Pessoa em agosto de 1976. A sua última visita ao Estado aconteceu em 2016, a convite do reitor Rangel Júnior, para participar como palestrante sobre cultura popular nas comemorações dos 50 anos de fundação da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). “A saudade é grande. Tenho muita vontade de voltar à Paraíba e estou aberto a convites de quaisquer instituições, pois estou louco para passar um pouco do que aprendi”, confessou ele, que também foi colunista em A União nos anos 1970.

Assis Ângelo possui muita admiração pelo ‘Rei do Baião’. “Foi o cara que botou o Nordeste no mapa brasileiro”.
O jornalista e pesquisador paraibano lançou três livros sobre o Gonzagão, além de tê-lo entrevistado algumas vezes e ser considerado um dos maiores conhecedores da trajetória do artista. 

“É uma trilogia de livros que se completam e estão esgotados. O primeiro quE publiquei foi Eu Vou Contar Pra Vocês, que é uma biografia sobre Luiz Gonzaga. O segundo foi Dicionário Gonzaguiano de A a Z, no qual reuni todas as suas 627 músicas, das
quais 53 só com o nome dele, mais instrumentais, dos primeiros discos.

E o terceiro foi Lua Estrela Baião -A História de um Rei, um romance infanto juvenil sobre a trajetória artística de Gonzaga contada por uma avó, chamada Mariquinha, aos seus netos, quando diz que conheceu uma pessoa muito importante e passa a relatar isso para eles”, lembrou Assis Ângelo.

O paraibano recordou que fez pela primeira vez uma entrevista com Luiz Gonzaga em 1978. “Eu era repórter da Folha de S.Paulo quando soube que ele estava na cidade. Consegui ligar para ele e fiz a entrevista, publicada pelo jornal.

A última vez que o entrevistei foi para a Rádio Jovem Pan, em 1989, uns três meses antes de ele morrer. Telefonei para ele no momento em que estava deixando sua casa, na cidade de Exu, para ir pagar uma promessa na cidade de Canindé, no Ceará. Ele parou para atender ao telefone e fiz a entrevista. Curioso é QUE ele gravou a música ‘Estrada de Canindé’, que compôs com Humberto Teixeira (1915-1979) e é muito bonita”, disse Ângelo. (Fonte: Jornal A União-texto Guilherme Cabral)
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NOVENA DA IGREJA SÃO JOÃO BATISTA DO ARARIPE ACONTECE ENTRE OS DIAS 14 A 23 DE JUNHO AO VIVO PELO FACEBOOK

Foto: jornalista Ney Vital
Este ano de 2020, o novenário da Igreja São João do Araripe, localizada no Povoado da Fazenda Araripe, distante 18 km de Exu, Pernambuco, de forma inédita será transmitida entre os dias 14 a 23 de junho, ao vivo  pelo Facebook. Horário 18hs.

Devido a pandemia não  vai ter a presença de público na Igreja de São João Batista. Todos os devotos vão acompanhar pelo face #ficaremcasa.

A história de fé da Igreja de São João do Araripe, no município de Exú, no Sertão pernambucano, é contada pela primeira vez no livro “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco, Sesquicentenário (1868/2018)”, da professora e escritora Thereza Oldam de Alencar. 

A obra foi lançada na própria igreja no dia 23 de junho de 2018, véspera de São João, ao final da nona noite do novenário, remonta a trajetória do Barão de Exú, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Também traça a história da família Alencar, importante na política da região. Aos 89 anos, Thereza escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.

“Fui juntando peças e ouvindo a voz da tradição. Entrevistei octogenários que guardavam importantes informações e fui vendo se formar, diante de mim, uma linda história de amor e fé. Foram quatro anos de pesquisa e peleja, andando, trabalhando e trabalhando. E, também, me baseei em o que minha mãe – nora do Coronel João Carlos, criado pelo Barão – escreveu”, conta Thereza.

A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exú, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, Ceará, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868. Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.

Os 152 anos do Araripe também se entrelaçam com a vida de outro conhecido morador de Exu: Luiz Gonzaga. A bisavó do Rei do Baião se abrigou na Fazenda Caiçara, também do Barão, durante a peste de cólera. Foi na igreja que os pais de Gonzagão, Januário e Santana, se casaram. Gonzaga eternizou os 100 anos da igreja na canção “Meu Araripe”. Foi Thereza, a autora do livro, quem escreveu, inclusive, a apresentação do disco “São João do Araripe”, em 1968.

“Meu sonho é que a história dessa igreja seja disseminada por todos. Pelos devotos, pela nossa família, por Exu, por Pernambuco, pelo Brasil. É uma história simples e verdadeira e não pode ser esquecida. É um santuário de fé, patrimônio histórico e cultural do povo de Exu. Não é só um prédio bonito. Sua argamassa é feita de amor e fé”, conclui a autora.

Dividido em 12 capítulos, “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)” faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.

O livro tem prefácio escrito pelo advogado Dario Peixoto, filho de Thereza, e orelha da capa escrita pelo ator e humorista piauiense João Claudio Moreno. A contracapa tem autoria do marido da autora, Francisco Givaldo Peixoto de Carvalho, também escritor. E a orelha da contracapa, com perfil biográfico da autora, foi escrito pelo poeta e escritor cearense José Peixoto Júnior.
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8º WORKSHOP “DIÁLOGOS ENTRE CONHECIMENTO TRADICIONAL E CIENTÍFICO” SERÁ REALIZADO ENTRE OS DIAS 15 A 19 DE JUNHO

Será realizado nos dias 15, 17 e 19 de junho, às 15 horas, na plataforma Google Meet,  o 8º Workshop Potencial Biotecnológico da Caatinga. O evento é uma realização do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em 2020 o Seminário trará para discussão o tema “Diálogos entre conhecimento tradicional e científico”.

O 8º Workshop “Potencial Biotecnológico da Caatinga” representa um marco na consolidação do Núcleo de Bioprospecção para promover a conservação da Caatinga, criado pelo Insa, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e diversas outras instituições de pesquisa articuladas conforme suas especialidades.

 Nesta edição do evento serão discutidos os temas:  1º Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES), Capim Grosso (BA); 2º Comunidade Tradicional do Entorno do Parque Nacional do Catimbau, Buique (PE), e 3º Associação dos Agricultores Familiares da Serra dos Paus Doias (AGRODOIA), Exú (PE), conforme calendário previsto na programação.

O objetivo do evento consiste em promover a discussão sobre a biodiversidade e caracterização da Caatinga e de seu potencial biotecnológico, assim como sobre o marco regulatório da legislação que controla a exploração desta área. O público-alvo consiste em estudantes de graduação e pós-graduação; ambientalistas; gestores públicos; representantes de órgãos de fomento; pesquisadores e representantes de Organizações da Sociedade Civil.

Participam do 8º Workshop “Diálogos entre conhecimento tradicional e científico”, representantes da UFPE, do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Prefeitura de Buíque (PE), COOPES LICURI do Sertão (Bahia) e AGRODIA.

Os trabalhos do Núcleo se encontram voltados à busca de moléculas bioativas de plantas da Caatinga que têm despertado o interesse de pesquisadores em função de suas potenciais atividades biológicas, tais como: antimicrobiana, tóxica e citotóxica, antitumoral, mitogênica, anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica e anti-veneno, o que resultará em uma nova concepção de conservação e uso sustentável para toda a Caatinga, em contraponto à forte supressão vegetal a qual tem sido submetido o bioma, com quase 50% de perda da sua área no Semiárido brasileiro.

Outro aspecto importante refere-se ao potencial de participação e de retorno social que o Núcleo pretende empreender junto aos agricultores, cujas parcelas do bioma estarão sendo pesquisadas, possibilitando à comunidade campesina tornar-se sujeito da pesquisa.

Demonstrar a importância e aplicação terapêutica dos produtos naturais da Caatinga poderá, de alguma forma, despertar a sociedade brasileira para a importância de preservar e de utilizar os recursos vegetais biodiversos do bioma, de forma sustentável.

Dúvidas entrar em contato com o e-mail: nbiocaat@gmail.com
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PROFESSORA AFIRMA QUE O PROJETO DO GOVERNO BOLSONARO CONTINUA SENDO O DE CONTROLE DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

O presidente Jair Bolsonaro revogou a medida provisória que modificava a forma de escolha de reitores de universidades e institutos federais, durante a pandemia do novo coronavírus, após a repercussão negativa. A decisão foi tomada após o Congresso Nacional ter devolvido, na última quinta, a MP a Bolsonaro, o que, na prática, cancelava os efeitos do texto editado na terça e publicado na quarta-feira. Manobra amplamente criticada, a MP não é vista por especialistas como uma ação isolada por parte do governo federal, que não possui boa relação com as instituições de ensino superior, em especial as federais. 

Tanto Bolsonaro quanto o atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, veem as instituições como locais tomados por visões “esquerdistas”. O mesmo serve para o ensino básico, com a insistência do governo em reforçar o movimento “Escola sem Partido”, por exemplo. Assim que assumiu, em abril do ano passado, Weintraub falou que iria cortar recursos de universidades que não apresentassem bom desempenho e que estivessem promovendo “balbúrdia”. A declaração gerou uma intensa reação.

 Depois, ele defendeu a presença da polícia dentro dos espaços universitários, afirmando que autonomia das instituições não significava soberania. Em novembro do ano passado, ele disse que existem “plantações extensivas de maconha” nas universidades no Brasil.

Esses e outros pontos do histórico do ministro à frente da pasta sinalizaram, para especialistas da área, que a MP não é uma medida isolada. “O envio da MP não é um raio em céu azul, não é algo inesperado. Ao contrário: desde o início do governo Bolsonaro, a universidade tem sido objeto de vários ataques”, disse o presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), João Carlos Salles. 

Para ele, a MP se associa a outros gestos do governo de “acusação ou de crivo ideológico lançado pelo MEC” acerca das práticas científicas dentro das instituições. “Uma tentativa de condenar costumes das universidades, esquecendo que ela não é só um espaço de produção de conhecimento, é também de convívio, de formação cidadã. Há uma visão estreita do sentido da universidade e um ataque persistente”, afirmou.

Salles pontuou, ainda, que a ação lembra outra, a Medida Provisória 914, de dezembro do ano passado, que também tentava interferir na escolha dos dirigentes. Ela mudava as regras da nomeação do reitor, permitindo que o presidente escolhesse qualquer nome da lista tríplice enviada pela instituição, e não o mais votado. Na verdade, isso já é prerrogativa do chefe do Executivo, mas era convencional que o presidente nomeasse o mais votado da lista. Esta MP perdeu a validade no começo do mês após não ter sido apreciada pelo Congresso.

Professor de Direito da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) e cientista político, Michael Mohallem afirma que o pano de fundo da MP é justamente o histórico problemático entre o governo e as universidades federais. “Desde quando o presidente assumiu, o discurso no governo é de que universidades são espaços de esquerda, que os professores são de esquerda. Uma visão muito simplificada e maniqueísta.”

Mohallem ressalta que as universidades são espaços cuja autonomia é protegida pela Constituição Federal  — e aqui é englobado não só a autonomia financeira e de nomeações, mas também a pedagógica, desde que dentro dos limites da lei e das determinações do MEC. Além disso, os professores gozam da chamada “liberdade de cátedra”, princípio que garante aos docentes o direito ensinar, transmitir ideias, opiniões, sem represália ou pressão.

Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Catarina de Almeida Santos afirma que o projeto do governo continua sendo o de controle das universidades. “É um governo contrário à ciência, que nega a pandemia. E quem constrói ciência e promove debate são as universidades, e, não por um acaso, as públicas. Desenvolvem pesquisa e pesquisam tudo que o governo quer negar.” (Fonte: Correio Braziliense-Sarah Teófilo)
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PARA ESPECIALISTAS, PANDEMIA VAI MUDAR HÁBITOS DOS BRASILEIROS PARA SEMPRE

Tirar os sapatos antes de entrar em casa, usar máscaras de proteção nas ruas e aumentar os cuidados com higiene pessoal são algumas das mudanças que aconteceram na rotina das pessoas, após o surgimento da pandemia do novo coronavírus. Para se proteger, foram necessárias adaptações nos hábitos de trabalho, estudo, lazer e convívio social, o avanço de serviços como o delivery, estabelecendo um novo estado de normalidade. Na casa da designer Isabela Viana, 26 anos, por exemplo, antes de entrar, os sapatos ficam dentro de um cesto, do lado de fora.

Atenção especial para as roupas que usou na rua: ela não deixa encostar em nada. Antes de fazer qualquer outra coisa, é preciso tomar banho.

Entre todos os hábitos reforçados por médicos, a lavagem de mãos continua sendo a mais importante, como esclarece a infectologista do hospital Sírio-Libanês Valéria Paes. “Enquanto sociedade, a gente não tinha isso como algo firme, e agora foi muito reforçada. Também aprendemos que resfriado não é bobagem, e percebemos que não é adequado que uma pessoa com infecção respiratória esteja trabalhando.”

Para a médica, com certeza as coisas não voltarão ao que eram. “A gente fazia tudo sem saber do risco, sem parar para pensar, e isso é complicado. Hoje as pessoas estão motivadas pelo medo, mas elas devem ser motivadas pelo conhecimento. Esse é o desafio do momento.” Valéria destaca ainda a importância do governo fazer campanhas para educar a população. “Estimular e estabelecer medidas que fortaleçam essas práticas de higiene é um papel fundamental para que as pessoas aprendam a lidar com essa nova situação.”

Desde os primeiros casos, o Governo do Distrito Federal tomou ações para evitar a rápida propagação do vírus, como a suspensão de aulas, eventos e atividades comerciais. Além disso, foi criado o projeto Sanear, uma parceria entre a Secretaria Executiva de Cidades, e a diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, que atua na desinfecção de espaços públicos, e orientação da população. Agentes do órgão também estão fazendo campanhas educativas durante as ações de testagem itinerante para coronavírus, com distribuições de máscaras de proteção.

Em meio ao novo estado de normalidade, alguns aproveitam para refletir sobre as escolhas de vida. 

Alguns aspectos provavelmente deverão permanecer. “Formas de expressão artística que permitem maior alcance, como as lives, continuarão. Existe, também, uma revolução nas formas de ensino e aprendizagem, com o uso de plataformas que provavelmente irão se manter”, avalia. “Além disso, canais de denúncia que atuam como forma de divulgação de violações e estratégias de enfrentamento. No âmbito de trabalho, novos cargos, novas ocupações, e novas formas de contratação estarão fortalecidas.”

Especialistas orientam quanto aos cuidados fundamentais durante a pandemia:— Lave as mãos com frequência
Se não houver água e sabão à disposição, utiliza álcool em gel a 70%
Ao chegar em casa, deixe os sapatos que usou na rua, do lado de fora
A limpeza dos ambientes, especialmente aqueles de grande circulação, deve ser reforçada. (Fonte: Correio Braziliense)
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FGTS: CALENDÁRIO DO SAQUE EMERGENCIAL VAI DE JUNHO ATÉ NOVEMBRO

O pagamento do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) começará no fim de junho e irá até o meio de novembro. As datas serão organizadas de acordo com o mês de nascimento dos beneficiados. De acordo com a estimativa da Caixa, 60 milhões de pessoas receberão, cada uma, R$ 1.045 em todo o país.

O cronograma foi anunciado em entrevista coletiva virtual concedida pelo presidente do banco, Pedro Guimarães. O anúncio havia sido feito em abril pele equipe econômica do governo federal.

O processo envolverá dois calendários: um de crédito em conta e outro de saque. O primeiro procedimento será realizado semanalmente, às segundas-feiras, começando no dia 29 de junho e indo até 21 de setembro. A exceção será o dia 7 de setembro, terça-feira, em função do feriado da independência.

O crédito será encaminhado a contas da Caixa que serão abertas para pessoas e podem ser acessadas pelo app CaixaTem. Com essa ferramenta, a pessoa não poderá sacar imediatamente ou fazer transferência, podendo pagar contas, realizar compras pela internet e efetuar pagamentos em até 9 milhões de estabelecimentos utilizando a tecnologia de QR Code.

Já os saques serão liberados aos sábados a partir do dia 25 de julho. A partir de 17 de outubro, eles serão autorizados de 15 em 15 dias. Nos dois casos, as datas avançam conforme o mês de nascimento do beneficiário. O calendário detalhado será publicado no site da Caixa.

Os saques poderão ser feitos em postos de autoatendimento da Caixa e em lotéricas. Também será possível a partir desta data realizar transferências para outras contas da Caixa ou de outros bancos. Guimarães argumentou que o impedimento da transferência logo quando do envio do crédito visou evitar aglomerações de pessoa que repassavam o dinheiro para outras contas e iam retirá-lo. (Fonte: Agencia Brasil)
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PREFEITURA DE PETROLINA MANTÉM BARES E RESTAURANTES FECHADOS

O prefeito Miguel Coelho fez um pronunciamento, neste sábado (13), pelas redes sociais, informando sobre a renovação por mais uma semana da fase 1 da reabertura econômica de Petrolina. Com isso, todos os setores que estavam permitidos para funcionar seguem liberados. A decisão ainda não autorizará a abertura de outros segmentos como bares e restaurantes. Uma nova reavaliação do quadro epidemiológico será feita na próxima sexta-feira (19) para decidir se a cidade sertaneja avançará para a fase 2 do plano de reabertura econômica.

No pronunciamento, o prefeito detalhou os números de casos, óbitos, letalidade e internações nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) públicas. Miguel ponderou que, apesar de a cidade seguir em estabilidade no quadro geral de ocorrências e transmissão do coronavírus, o mais seguro é, por ora, não abrir novos segmentos que possam aglomerar pessoas e aumentar os riscos de propagação do vírus.

"Sei que existia muita expectativa principalmente dos proprietários de bares e restaurantes para uma nova flexibilização, mas, hoje, o Comitê de Enfrentamento do Coronavírus nos orienta a não avançar a uma nova etapa. Portanto, continua tudo como está, com comércio e serviços funcionando a 50% e bares e restaurantes com esquema de delivery", argumentou o prefeito que teve uma reunião nesta sexta (12), com representantes do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus.

Assim, Petrolina seguirá com a fase 1 do plano de reabertura gradual da economia. Continuam autorizadas diversas atividades e serviços com 50% da capacidade. Estão nesse grupo, o comércio, shopping, serviços públicos, parques e templos religiosos. O transporte coletivo por ônibus segue liberado em 75% de ocupação. Já a agricultura, indústria, mototáxis, táxis, transporte por aplicativo e serviços essenciais podem funcionar na totalidade de capacidade. As demais atividades seguem sem autorização.

A fase 2 prevê abertura de bares e restaurantes em 50%. A capacidade do comércio, shopping, serviços públicos, e templos religiosos poderá ser estendida a 75% a partir desse momento. Na etapa 3, poderão funcionar academias, cinemas, museus, bibliotecas, teatros, clubes sociais, ilhas e centros de artesanato com metade da ocupação. 

Petrolina foi a primeira cidade pernambucana a promover a reabertura responsável e gradual da economia. Até este sábado (13), o município registrou 405 casos e 11 óbitos. Petrolina tem uma taxa de letalidade baixa (2,7%) em comparação a cidades do mesmo porte em Pernambuco e bem menor que as da  Região Metropolitana do Recife. O município sertanejo se destaca ainda no nível de testagem, com uma média de 2.550 por 100 mil habitantes, enquanto o estado de Pernambuco contabiliza 852 testes por 100 mil habitantes. (Fonte: Ascom Junior Vilela)
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