A SANFONA DE 8 BAIXOS NA PESQUISA DE LÉO RUGERO

O primeiro instrumento tocado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, aquele que seu pai, Januário tocava e era famoso por consertar e afinar, aquele de músicos clássicos no Sertão como Geraldo Correia, Abdias, Pedro Sertanejo, Negrão dos 8 Baixos, Zé do X, a sanfona de 8 Baixos está se tornando rara cada vez mais rara.

O músico e pesquisador Leo Rugero, que lançou no ano de 2012, ano do Centenário de Luiz Gonzaga, no Exu, Pernambuco, o livro e filme homônimos, “Com respeito aos 8 Baixos” resolveu tocar “nessa ferida”, como ele mesmo diz. 

“Eu percebi que esse instrumento era muito querido, ocupava um rol de significância e isso foi se perdendo, a partir da década de 1980 essa tradição foi se esvaindo”, conta. Carioca e pianista, Leo conheceu o tocador de 8 baixos paraibano, Zé Calixto e se apaixonou pelo instrumento. 

“Ele toca músicas impossíveis de serem tocadas numa sanfona de 8 Baixos. Fiquei estarrecido com o virtuosismo, com o repertório, que incluía choro, frevo, um repertório todo instrumental”, conta do encontro musical que começou quando ele ouviu um disco de Zé e se aprofundou ainda mais quando eles, de fato se encontraram. “O que eu achei que seria apenas mais uma entrevista se transformou num deslumbramento com o instrumento e no início de uma grande amizade”, conta.

Rugero resolveu inserir o tema na academia, escrevendo pela primeira vez um artigo sobre o instrumento: “A sanfona de 8 Baixos e a música instrumental”. Ele conta que não só Zé Calixto foi morar no Rio de Janeiro, como vários outros músicos nordestinos fizeram o mesmo percurso ativando uma cena da sanfona de 8 Baixos na cidade maravilhosa, na década de 1970. Com seu trabalho, o carioca espera  “mais do que preservar, difundir e ampliar, revalorizar a sanfona de 8 Baixos”.  

“Eu já tinha experiência com a música nordestina, com a música armorial, com Hermeto Pascal, com o trabalho de Guerra Peixe sobre o folclore daqui. Mas a sanfona de 8 Baixos me colocou em contato com a alma, com o cerne dessa experiência musical. E foi um desafio porque não era o meu mundo. Hoje eu me sinto integrado, como se de alguma forma eu tivesse fazendo parte dele”, finaliza.

A sanfona de 8 baixos é um instrumento muito presente na prática musical nordestina, sobretudo entre comunidades da zona rural e periferia urbana. Amplamente difundido nesta região, este tipo de acordeom de botões está intrinsecamente relacionado à música praticada nos bailes rurais, através de um repertório predominantemente instrumental, onde se estabelece o desafio e a rivalidade entre os praticantes. 

A consolidação de um segmento fonográfico voltado para a música nordestina na década de 1950 insere novos aspectos a esta prática musical. Nesta passagem, deflagram-se conflitos entre oralidade e assinatura, a tradição que tende ao anonimato e a arte centrada na assinatura individual. Este trabalho parte de uma perspectiva etnográfica, desenvolvendo-se como fruto do aprendizado do pesquisador em seu convívio com Zé Calixto, um dos expoentes da sanfona de 8 baixos no âmbito fonográfico e radiofônico. 

Traduz reflexões em torno da rede de sustentação desta prática musical, através de uma leitura crítica de algumas das principais questões suscitadas durante a aproximação com o objeto de pesquisa. Mediante a escassez de documentos escritos sobre o tema, é um trabalho eminentemente etnográfico, no qual a pesquisa de campo e o acervo fonográfico são as principais ferramentas do pesquisador.

Este é um dos resultados da pesquisa desenvolvida por Leonardo Rugero Peres (Léo Rugero), mestre em etnomusicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ, sob orientação do professor José Alberto Salgado. Seu trabalho pioneiro sobre a sanfona de oito baixos no Brasil foi contemplada, em 2012, com os prêmios “Centenário de Luiz Gonzaga 2012” e “Produção Critica em Música”, ambos pela FUNARTE, para realização de um filme documentário e um livro sobre a tradição nordestina da sanfona de oito baixos. Como o autor resume em sua dissertação,

Leonardo Rugero Peres (Léo Rugero) nasceu em Santo André, São Paulo, em dezembro de 1971. Chegou ao Rio de Janeiro com a família em 1974, quando ainda não contava quatro anos de idade.

A música guiou seus passos desde cedo e na infância seus primeiros instrumentos foram o violão e o orgão elétrico.

Sua carreira artística tem sido identificada pela pesquisa musicológica associada à criação, o que se reflete em sua atividade profissional como etnomusicólogo, compositor, arranjador, educador, produtor cinematográfico e multiinstrumentista (violino, viola clássica, acordeon, sanfona de oito baixos, violão, piano, viola caipira e percussão).

Ao longo de sua carreira artística, tem participado como instrumentista e arranjador em produções fonográficas. Como compositor, tem sido responsável por trilhas sonoras originais para teatro, televisão e filmes documentários.
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CULTURA: POETAS DE CORDEL CRIAM ASSOCIAÇÃO PARA FORTALECER CATEGORIA

As métricas, rimas e sextilhas da literatura de cordel em Pernambuco permanecem em movimento, e agora com: “ (...) força e engajamento
Vem mostrar o envolvimento
Dos poetas cordelistas
Que lutam para incluir
Valorizar os artistas
Na defesa do cordel
Surge assim a Acordel
Como uma grande conquista”.

Assim disse a cordelista Susana Morais em um dos trechos de uma literatura popular, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e que passa a contar no Estado com a Associação pelo Cordel em Pernambuco (Acordel-PE), recém-criada por mais de 70 poetas durante reunião virtual realizada com o intuito de fomentar a arte e viabilizar projetos para o setor, agora institucionalizado.

“A Acordel-PE surge como somatório de forças em prol do cordel e um desejo incessante por reorganizarmos a categoria. Engana-se quem pensa que o cordel está morto. Em Pernambuco, ele é forte e vigoroso e está sempre atento às modificações do mundo moderno, como exemplo do uso da tecnologia para nos reaproximarmos”, conta o poeta Felipe Junior, nomeado em assembleia (virtual) presidente da Associação. Além dele, os cordelistas Ângela Paiva (vice-presidenta), Josué Limeira (diretor administrativo), Susana Morais (diretora financeira) e Shirley Izabela (diretora executiva) completam a chapa “União Pelo Cordel”, eleita para o biênio 2020/2022. 

A discussão para formação da Acordel começou em março, em meio à pandemia que passou a assolar o mundo, obstando setores da cultura a seguirem em frente. O futuro (e o presente) da poesia, portanto, passou a ser mote para encontros marcados via WhastApp.

 “Sempre acreditei que a composição formal de uma associação é fundamento para debate, produção, formação e organização. São muitas cabeças pensantes, muitos desejos com um só objetivo: valorizar o cordel. É extremamente necessária essa reorganização, pois é através da força dela que entramos no debate por políticas públicas voltadas para a cultura. Nossa proposta é incomodar, mostrando a riqueza presente na cultura popular através da Literatura de Cordel”, complementa Felipe, em conversa com a Folha de Pernambuco.

Ainda de acordo com ele, a Acordel - que abrigará, além de poetas, pesquisadores, autores e participantes da cadeia produtiva da literatura de cordel - surgiu "a pedido dos próprios cordelistas”, que mantiveram esforços de não se perderem, de compartilharem poemas e pensamentos para os dias vindouros de um setor que anteriormente já havia contado com a União dos Cordelistas de Pernambuco (Unicordel), criada em 2005 mas que não seguiu adiante. 

“A Unicordel resgatou a Literatura de Cordel no Recife, foram muitos os projetos executados e as conquistas, mas a associação se perdeu no tempo”, explica José Felipe Nazário Junior, paraibano, tataraneto de Agostinho Nunes da Costa, “precursor da cantoria de viola e da literatura de cordel no Brasil” como ele mesmo expôs.

Admirador dos cordéis de São José do Egito, no Pajeú pernambucano, Felipe é também professor e pesquisador da poesia popular e, entre outras coisas, assina mais de 60 livretos e romances de feira. “O futuro do cordel independe do término da pandemia. A própria vida precisou de reorganização e a pandemia é uma resposta da vida. A gestão já está trabalhando na elaboração de projetos e no mapeamento dos cordelistas no Estado”, conclui ele, não sem antes, é claro, entregar mais rimas, métricas e poesias.


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RÁDIO CLUBE DE PERNAMBUCO: 18 HORAS. HORA EMOCIONANTE ENTRE O DIA QUE MORRE E A NOITE QUE SURGE...AVE MARIA SANTA RADIOSA DO CÉU

O III Congresso Eucarístico Nacional foi realizado entre 3 e 7 de setembro de 1939, no Recife, na capital pernambucana. Considerado um momento onde cristãos professam a fé católica publicamente, dão testemunhos públicos e tratam a Eucaristia, o Congresso daquele ano teve tratamento e cuidado especiais da equipe da Rádio Clube, a PRA-8 pioneira, que havia sido fundada em 1919 e todo ano se empenhava em mostrar ineditismos. 

Josué Uchôa, que havia entrado para a rádio em 1934 após sair de um seminário, teve a função de fazer a transmissão do evento. Para ele, o tema era algo familiar. Com a habilidade para tratar de assuntos religiosos, fez sucesso e logo, segundo conta Renato Phaelante. 

Uchôa se tornou referência e conquistou o posto de comandante de toda a programação religiosa da Rádio Clube de Pernambuco. Ele passou 30 anos exercendo este trabalho e, na sua trajetória, assumiu responsabilidades importantes, como a bênção do papa Pio XII durante o Congresso Eucarístico Internacional, transmitidos para todo o Brasil por meio da sintonia da Rádio Vaticano com a Rádio Clube de Pernambuco. 

A emissora, mais uma vez, ganhava o destaque - assim como aconteceu com a fundação em 1919 e quando fez a primeira transmissão de uma partida de futebol (1931). 

Desde esta época, a Rádio Clube iniciou a tradição da Ave Maria, ouvida sempre às 18h. E vem do mesmo período a polêmica sobre os versos da “célebre Ave Maria”. O locutor Abílio de Castro deixou registros testemunhais garantindo que a Ave Maria da Rádio Clube surgiu durante o Congresso: “O cardeal D. Sebastião Leme veio presidir o Congresso Eucarístico e Oscar Pinto solicitou então aos intelectuais da terra que escrevessem uma Ave Maria que se transformaria na característica religiosa da Rádio Clube”. 

A oração teria sido lida pela primeira vez por Sebastião Stanislau em 8 de setembro de 1939. 

Até hoje, a Ave Maria é interpretada pela voz do radialista Adelmo Cunha com versos que dizem assim:

"Seis horas, esta é a hora do ângelus Hora da anunciação. A humanidade esquece por um momento a sua luta inglória, deixa de lado os pensamentos pecaminosos, a perseguição desenfreada dos homens contra os próprios homens e contempla a paz da natureza, uma sombra pálida do olhar de Maria.


Nos templos, nas ruas e nos campos, as preces brotam espontâneas de todos os lares. Esta é a hora do ângelus. A hora da anunciação! Nós vos suplicamos Maria que olheis por nós, vossos filhos ingratos.


Dai-nos a graça do arrependimento e a vossa benção materna, porém, mais do que nós, Maria, outros necessitam do vosso apoio, nessa hora. Os que morrem de necessidade. Os que blasfemam. Os que não crêem. Iluminai-os Virgem Santíssima Vós que fizestes os homens semelhantes a Deus por que foste Mãe de Jesus.

Olhai para os que perderam a fé Protegei-os, vislumbrai-os como um relâmpago aos olhos de Paulo
Lembrai-vos deles nessa hora, Maria e sede, para todo o sempre, louvada e bendita!

Ave Maria Cheia de Graças

O senhor é convosco
Bendita sois vós entre as mulheres
Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus". (Fonte: Diário de Pernambuco)
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TALVEZ SEJA INEVITÁVEL ADIAR ELEIÇÕES MUNICIPAIS, DIZ NOVO PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, assume o cargo nesta segunda-feira (25) num momento recheado de incertezas, no qual é impossível dizer até mesmo a data em que o país terá eleições municipais. 

“Quem vai bater o martelo são os sanitaristas”, diz ele, prevendo a decisão a esse respeito para o fim da primeira quinzena de junho, em conjunto com o Congresso. Da sua parte, Barroso resiste a adiar as eleições e não coloca a prorrogação de mandatos no radar. “A prorrogação de mandato é antidemocrática em si, porque os prefeitos e vereadores que lá estão, foram eleitos por um período de quatro anos. Faz parte do rito da democracia a realização de eleições periódicas e o eleitor ter a possibilidade de reconduzir ou não seus candidatos”, diz. 

Ocupante de uma das 11 cadeiras o Supremo Tribunal Federal (STF), Barroso é um magistrado de opiniões fortes e popular entre seus pares, juristas e na sociedade em geral. Ele explica que eventual prorrogação de mandatos, caso as eleições sejam adiadas para além deste ano, não encontra respaldo na Constituição. Mas que poderia ser autorizada, em caráter excepcional, por emenda aprovada pelo Congresso. (Fonte: Correio Braziliense)


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MINISTRO DIZ QUE PANDEMIA DO COVID 19 É OPORTUNIDADE DE MUDAR LEIS AMBIENTAIS

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a epidemia do novo coronavírus representa uma oportunidade para mudar pontos da legislação no país sem chamar a atenção e facilitar a exploração de terras hoje restritas pelas leis ambientais.

No vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, liberado para divulgação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello nesta sexta-feira, Salles diz que era preciso aproveitar "momento de tranquilidade", com a atenção da imprensa concentrada na Covid-19, para "ir passando a boiada".

"Então para isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", disse o ministro.

Salles citou mudanças de legislação relacionadas ao Patrimônio Histórico, dos ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e outros. "Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação", acrescentou, pedindo que a Advocacia-Geral da União fique preparada para responder a possíveis ações judiciais.

Salles citou como exemplo uma mudança que fez na legislação que permitiu o uso do Código Florestal para compensação de desmatamentos, em vez da Lei da Mata Atlântica, de 1993. A mudança permitiria que desmatamentos feito até 2008 sejam anistiados e que áreas desmatadas até esse ano sejam consideradas como consolidadas, quando a legislação anterior usou o ano de sua publicação, 1993, como limite para o desmatamento e consolidação.

"Essa semana mesmo nós assinamos uma medida a pedido do ministério da Agricultura, que foi a simplificação da lei da Mata Atlântica, pra usar o Código Florestal. Hoje já está nos jornais dizendo que vão entrar com ações judiciais e ação civil pública no Brasil inteiro contra a medida. Então para isso nós temos que estar com a artilharia da AGU preparada pra cada linha que a gente avança", defendeu Salles.

O ministro completa dizendo que não tem como fazer mudanças que precisam do Congresso em meio ao "fuzuê que está aí", mas é possível fazer outras mudanças.

"Agora tem um monte de coisa que é só parecer, caneta, parecer, caneta. Sem parecer também não tem caneta, porque dar uma canetada sem parecer é cana. Então... isso aí vale muito a pena. A gente tem um espaço enorme pra fazer", avaliou.

O Ministério do Meio Ambiente tem de fato feito alterações na legislação, incluindo a publicação de mudanças na estrutura do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, que reduziu as gerências regionais e retirou funcionários de carreira dos postos de chefia.

A porta-voz de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, Luiza Lima, disse em nota que a fala de Salles deixa claro o projeto do governo Bolsonaro de desmantelamento das condições de proteção ambiental do país.

"Salles acredita que as pessoas morrendo na fila dos hospitais seja uma boa oportunidade de avançar em seu projeto antiambiental. Acredita que a ausência dos holofotes da mídia, devidamente direcionados para a pandemia, seria o suficiente para fazer o que bem entende. Mas não há espaço para ele "passar sua boiada", disse.

O Ministério do Meio Ambiente se recusou a comentar a declaração do ministro.
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PROTESTO EM PETROLINA PEDE REABERTURA DO COMÉRCIO

Teve início em Petrolina um protesto nesta sexta-feira (22) para pedir a reabertura do comércio local. A carreata reúne dezenas de carros e neste momento, segue para a prefeitura de Petrolina.

Um dos participantes disse "que é necessário o protesto que vai seguir pelas ruas de Petrolina e concluir na frente da prefeitura onde vão tentar uma reunião com o prefeito. O protesto é pacífico só vamos solicitar o direito de abrir o comércio". 

A mobilização, de acordo com informações obtidas pela redação do BLOG NEY VITAL, foi marcada e divulgada em grupos de whatsapp e tem o objetivo de solicitar a flexibilização do isolamento social e o retorno gradual das atividades comerciais.

A Prefeitura de Petrolina recebeu no final da tarde de ontem quinta-feira (21) uma nota técnica dos ministérios públicos de Pernambuco, do Trabalho e Federal. O documento trata sobre manifestações programadas em Petrolina que incentivam o descumprimento do decreto do Governo do Estado para fechamento do comércio em todos os municípios pernambucanos.

A nota orienta a prefeitura a fazer cumprir todas as normas determinadas pelo governador Paulo Câmara para evitar aglomerações na cidade, bem como, sobre funcionamento de várias atividades econômicas.

A prefeitura já havia sido notificada no mês passado pelo Ministério Público de Pernambuco sobre a obrigatoriedade de Petrolina seguir os decretos estaduais. Dessa vez, o posicionamento agrega o órgão federal e o Ministério do Trabalho, reforçando a necessidade de evitar aglomerações e funcionamento ilegal de serviços não essenciais. De acordo com o procurador do Município, Diniz Eduardo, o documento conjunto deixa expressa a necessidade da prefeitura e autoridades policiais intervirem para conter aglomerações decorrentes do protesto.

"Essa é uma recomendação que reforça outras orientações. Em Pernambuco, está claro que não pode haver aglomerações ou descumprimento dos decretos assinados pelo governador por conta da propagação do coronavírus. Vimos no Recife esse tipo de manifestação ser impedida pela Polícia Militar e não queremos que algo similar aconteça em Petrolina. Por isso, pedimos bom senso aos organizadores da manifestação. Estamos num duro momento, que exige o respeito à coletividade e a prevenção de vidas. Assim, o melhor é que todos evitem maiores transtornos e não façam manifestos que gerem concentração de público nas ruas e risco à saúde pública", orienta o procurador. 

Além da prefeitura, o documento foi enviado para os comandantes do Batalhão de Polícia Militar e do Biesp. O texto cita a intervenção das forças policiais se necessário para conter as aglomerações em Petrolina, como já está previsto no decreto assinado pelo governador Paulo Câmara.

Desde 20 de março, comércio e diversas outras atividades econômicas estão proibidas pelo Governo do Estado em todos os municípios pernambucanos. A medida foi tomada para conter o avanço da Covid-19, e pode resultar até em detenção a quem descumprir a norma estadual. Pernambuco já soma quase 2 mil mortes pelo coronavírus, já Petrolina contabiliza 179 casos e 6 óbitos.
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MARÍLIA PARENTE FARÁ LIVE SOLIDÁRIA COM CHICO CÉSAR NA TERÇA 02 DE JUNHO

A cantora pernambucana Marília Parente se apresenta, no dia 2 de junho, ` as 21h, em uma live com o artista Chico César. A apresentação será transmitida no Instagram da artista. Ao invés de cobrar ingresso, como em um show tradicional, os artistas estarão arrecadando doações para os moradores da Comunidade Caranguejo Tabaiares, no Bongi, Zona Oeste do Recife. 


"Trata-se uma população em extrema vulnerabilidade social, que está arrecadando recursos para se manter durante a pandemia, já que muitos estão sem poder trabalhar", diz o comunicado publicado no Instagram de Marília. A doação pode ser feita através de depósito em conta bancária. Após contribuir, é pedido que enviem os comprovantes para o perfil @caranguejotabaiaresresiste, também no Instagram.

CLUBE DE IDOSOS UNIDOS VENCEREMOS
BANCO DO BRASIL
Ag: 1833-3
Conta poupança: 24.332-9
Variação: 51
CNPJ: 05. 699.639/0001-20

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