A REALIDADE BRASILEIRA

Viver, curar-se, é a normalidade. Anormal é morrer. Anormal é morrerem quase 6 mil pessoas em menos de dois meses. O jornalismo questiona e relata a anormalidade. Pede soluções para a anormalidade. Nesta tempestade, mostra o que é, de fato, dolorosamente anormal: caixões empilhados, covas e enterro sem despedida. A preço de hoje, difícil imaginar que é aproveitar a tragédia para vender (até porque, ninguém está vendendo nada), como acusam alguns fanáticos da conspiração da mídia.
É para lembrar, alertar para muita gente irresponsável, que não é normal essa situação. Para lembrar que não é normal escolher quem vai morrer ou viver, como têm feito muitos médicos no país. E é isso que deve ser relatado, denunciado. Não vamos ver, em nenhum país do mundo e em nenhuma época, o jornalismo priorizando “o elevador funcionando”, porque ele foi feito para funcionar. Mas o jornalismo vai questionar e mostrar que o elevador quebrou, matou, feriu ou assustou alguém. As curas, as boas histórias, estão na TV e nos sites. É fácil encontrar em qualquer busca.
Jornalistas choram com boas histórias. E como é bom vê-las. Realidade que alivia. Mas também choram e sentem muito em ter que relatar as mortes, as desigualdades e distorções. Relatar milhões de pessoas embaixo de chuva e sol, arriscando-se para conseguir um auxílio de 600 reais. Ali tem desespero, tem falha do poder público, tem que ter jornalismo. Não foi a mídia que criou a pandemia, a falta de respiradores, a falta de equipamentos de proteção individual, as centenas de mortes por dia. O tratamento dado a esses temas tem que ser real, com todas as dores.
A realidade, que machuca, ganha destaque porque é usada para cobrar solução, porque a sociedade precisa estar em unidade, porque a politicagem vai matar mais gente, porque o poder público, colchão protetor, não pode lavar as mãos; porque a tarefa da imprensa é questionar. Fora isso, é assessoria. Pânico? Pode ser um efeito colateral. Mas, quando a onda vem sobre as nossas cabeças, soa como um aviso. Daqueles que exigimos nos terremotos, desabamentos de terra e estouros de barragens. 
Um alerta para a sensatez, para a solidariedade: proteger-se e proteger o outro. Esse é o alarme que avisa: “corra, cuide dos seus, cuide do outro, vamos diminuir a dor, vamos diminuir sofrimento, vamos para um lugar seguro”.
O recorte do jornalismo, o enquadramento, claro, precisa destacar isso. É que, para cobrar a normalidade, é necessário mostrar o anormal, com a subjetividade de qualquer ser social. Há quem vá se sensibilizar com as imagens, há também quem vá entender que o excesso pode nos tornar mais insensíveis. A questão é que, para a maioria, os números, infelizmente, só deixarão de ser números que causam pânico (e não um alerta) quando o enterro sem despedida, uma espécie de apagão, for de alguém próximo.
Fonte: *Laerte Cerqueira é jornalista, professor universitário, doutor em Comunicação (UFPE) e autor do livro A função pedagógica do telejornalismo.
Nenhum comentário

EMBAIXADA FLA-JUAZEIRO LANÇA CAMPANHA SOCIAL: JUNTOS COM ELAS

A Embaixada FLA-Juazeiro, em parceria com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher/CMDDM e União Brasileira de Mulheres/UBM – Seção Juazeiro/BA lança a campanha social "Juntos com Elas", que tem como objetivo arrecadar alimentos, materiais de limpeza e de higiene pessoal para o público feminino em vulnerabilidade social e vítima de violência doméstica.

Tendo em vista a alarmante situação socioeconômica dessas mulheres, ainda mais agravada com a pandemia da Covid-19, cuja segurança alimentar e higiênica também dependem os filhos e outros familiares, a FLA-Juazeiro faz valer um dos pilares do projeto Embaixadas e Consulados da Nação Rubro-Negra, que é a responsabilidade social.

A campanha ocorrerá entre os dias 05 e 18 de maio mediante doações dos sócios e sócias da embaixada flamenguista, demais torcedores, empresas parceiras e qualquer outra pessoa física ou jurídica que deseje contribuir para amenizar a situação de mulheres socialmente vulneráveis identificadas pela assistência social e estrutura de atendimento à mulher do município, as quais receberão as cestas básicas e os kits de higiene em suas residências.

Pela vida, por um mundo fraterno e solidário, com mais respeito, empatia, igualdade e paz, estamos Juntos com Elas. #NãoéSóFutebol

Embaixada FLA-Juazeiro/BA: Paixão e Responsabilidade Social - O Flamengo em  Nossa Cidade desde 2008. (Fonte: Ascom/EFJ
Nenhum comentário

RIO SÃO FRANCISCO: BARRAGEM DE SOBRADINHO VAI ATINGIR MARCA HISTÓRICA

O Reservatório de Sobradinho, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), vai atingir, na próxima quarta-feira, 13 de maio, a marca de 95% de seu volume útil, nível alcançado pela primeira desde 2009, quando Sobradinho chegou a 100% de sua capacidade. A vazão defluente (água que sai) de Sobradinho está em 1.400 m³/s. Já a afluência (água que entra) está em 2.700 m³/s.

O cenário se dá por conta das chuvas, principalmente as ocorridas no estado de Minas Gerais, a partir da segunda quinzena de janeiro deste ano, que possibilitaram um aumento significativo do nível do reservatório, após oito anos de escassez hídrica.

A Chesf informa que não previsão de vertimento no reservatório. A Companhia tem adotado, em todos seus reservatórios, os procedimentos definidos para operação durante o período chuvoso, conforme a elevação dos níveis.

A situação é de normalidade e bastante favorável com relação ao armazenamento de água em Sobradinho, que possibilitará o atendimento aos usos múltiplos, durante o próximo período seco, motivo de comemoração por parte de todos os usuários do Velho Chico.
Nenhum comentário

SENADORES QUEREM FISCALIZAR REPASSES FINANCEIROS PARA OS ESTADOS E MUNICÍPIOS

Senadores de diversos partidos querem a aprovação de um projeto que garanta uma fiscalização específica dos recursos repassados para estados e municípios usarem no combate ao coronavírus. 

Uma proposta aprovada pelo Senado no sábado (PLP 39/2020) prevê uma transferência de R$ 60 bilhões a governos estaduais e municipais e a suspensão do pagamento de R$ 65 bilhões em dívidas desses entes federativos com a União. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) destacou a necessidade de transparência desses gastos. 

Já Josué Pellegrini, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, acredita que a equipe econômica terá que renegociar as dívidas dos estados, que serão aumentadas com a moratória dos R$ 65 bi e com a queda na arrecadação. As informações são da repórter Hérica Christian, da Rádio Senado. (Fonte: Agência Senado)
Nenhum comentário

BLOQUEIO TOTAL NA GRANDE SÃO LUÍS COMEÇA NESTA TERÇA 5, ESTE É O PRIMEIRO CASO DE LOCKDOWN NO BRASIL

O lockdown (bloqueio total) dos serviços não essenciais na Região Metropolitana de São Luís para conter a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, entrou em vigor nesta terça-feira (5).

Este o primeiro caso de bloqueio total no país em meio à pandemia. Medidas semelhantes já são avaliadas pelo governo de estados como Rio de Janeiro, Pernambuco e Pará e também cogitada pelos prefeitos das capitais paraense, pernambucana e do município paraibano Santa Rita.

O bloqueio total no Maranhão, decretado pelo governador Flávio Dino após determinação judicial da última quinta-feira (30), vale por dez dias na capital, São Luís, e nos municípios Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. A população deve seguir as medidas de restrição, sob pena de multa.

A Justiça determinou o lockdown na Grande São Luís após um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontar que o Maranhão é o estado com maior ritmo de crescimento no número de mortos por Covid-19 no país. Até a noite desta segunda-feira (4), o Maranhão havia registrado 4.530 pessoas infectadas e 271 mortes, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O que prevê o lockdown no Maranhão:

Suspensão das atividades não essenciais, com exceção de serviços de alimentação, farmácias, portos e indústrias que trabalham em turnos de 24 horas.
Bancos e lotéricas abrem apenas para o pagamento do auxílio emergencial, salários e benefícios sem lotação máxima nesses ambientes, com organização de filas.
Proibição da entrada e saída de veículos por dez dias, com exceção para caminhões, ambulâncias, veículos transportando pessoas para atendimento de saúde e atividades de segurança.
Suspensão da circulação de veículos particulares, sendo autorizados somente a saída para compra de alimentos ou medicamentos, para transporte de pessoas e atendimento de saúde, serviços de segurança ou considerados essenciais.
Limitação da circulação de pessoas em espaços públicos.
Proibição de qualquer aglomeração de pessoas em local público ou privado, para realização de eventos como shows, congressos, torneios, jogos, festas e similares
É obrigatório o uso de máscara em todos os locais públicos e de uso coletivo, ainda que privados.

Quem não cumprir as regras do lockdown estará sujeito a advertência, multa ou interdição parcial ou total do estabelecimento, no caso de empresas.

Em entrevista à GloboNews, o governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou: "Pelo que tenho percebido, nós temos uma boa aceitação das medidas, e esse é o nosso principal trunfo. Mas teremos também o aparato coercitivo, legítimo, que são as forças policiais, tudo isso com a autoridade do poder judiciário, que foi o autor da decisão".
Nenhum comentário

CULTURA É UM DOS SETORES MAIS AFETADOS PELA PANDEMIA

Com as medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus no Brasil, shows, sessões de teatro e cinema, exposições e outras atividades culturais foram suspensas. Ainda não há data para a retomada das atividades. São milhões de artistas e técnicos que agora lutam para sobreviver e dependem de doações.

De acordo com pesquisa da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, mais da metade da programação deste ano foi cancelada, com perdas estimadas em R$ 90 bilhões. Segundo o presidente da Cooperativa Paulista de Dança, Sandro Borelli, projetos de arte independente eram financiados por leis de incentivo e políticas de fomento, também paralisadas. Só no estado de São Paulo, quase 1,5 milhão de pessoas vivem da cultura.

“A gente está num momento terrível”, disse Borelli ao repórter André Gianocari, para o Seu Jornal, da TVT. Os trabalhadores da dança, junto com a Cooperativa Paulista de Teatro, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), têm distribuído alimentos e materiais de higiene para os artistas da periferia da capital paulista.

Por pressão dos parlamentares de partidos de esquerda, os trabalhadores das artes e da cultura foram incluídos entre as categorias que deverão receber o auxílio-emergencial. O projeto foi aprovado nesta quarta-feira (23) no Senado e aguarda sanção presidencial.

Segundo o professor de Economia da UFRGS Leandro Valiati, o mercado cultural, no Brasil e no mundo, foi um dos setores mais atingidos pela crise. Ele também aposta que este setor terá protagonismo econômico durante a retomada pós-pandemia. Mas, para isso, é necessário reforçar os fundos públicos que financiam as atividades culturais. “Acredito que os setores de cultura e da indústria criativa vão ser muito ativos, em escala mundial, nessa retomada.” (Rede Brasil Atual)

Nenhum comentário

LÚ VAQUEIRA FAZ LIVE BENEFICENTE PARA CONTRIBUIR COM SANFONEIROS IDOSOS QUE ESTÃO SEM TRABALHO DEVIDO O CORONAVÍRUS

A cantora e apresentadora do Programa de Rádio, A Hora do Vaqueiro, na Grande Rio Am, Lucimar Freitas, conhecida no meio artístico como Lú Vaqueira, fará uma transmissão Live, no dia 17 de maio, às 17hs,  através facebook e instagran @luvaqueiraoficial. O objetivo da Live é conseguir doações para ser distribuída com sanfoneiros idosos, que estão sem trabalho devido os decretos de prevenção ao contágio do Coronavírus e consequentemente a paralisação de trabalho para os sanfoneiros.

As doações podem ser feitas  pelo fone 87 988291662. A classe musical foi uma das primeiras atingidas e os sanfoneiros da região estão sem trabalho há mais de 40 dias.

Criado por Lu, A Hora do Vaqueiro, representa mais uma "porteira aberta" na região destinada à cultura sertaneja. Uma porteira aberta e voz em especial aos nossos homens e mulheres fortes do nosso amado e querido sertão brasileiro que tem como símbolo a figura do vaqueiro e sanfoneiros. Neste momento o pensamento é contribuir com os sanfoneiros idosos que estão sem trabalho", disse Lucimar Freitas.

Lucimar Freitas cresceu vendo o gado berrar no curral e o vaqueiro correndo na caatinga a procura do gado perdido ou simplesmente vendo a pega de boi no mato e corrida de mourão, por isto vive de corpo e alma o personagem dos resistentes vaqueiros nordestinos.

Em razão dos constantes pedidos dos mais diversos ouvintes a Rádio Grande Rio tem o pioneirismo de uma mulher apresentando um programa com a cara do Sertão e a autenticidade do homem do campo.
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial