QUARTO ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA COMEÇA NESTA SEXTA 17 EM EXU E SEGUE ATÉ O DIA 26

O IV ENCONTRO SABERES DA CAATINGA, Tem início nesta sexta-feira (17) e segue até dia 26, em Exu, no Sertão do Araripe. O IV Encontro de Saberes da Caatinga, que tem como objetivo promover a troca de saberes entre Raizeiros/as, Benzedeiros/as e Parteiras da região da Chapada do Araripe. 

A proposta do encontro é contribuir para o fortalecimento da sabedoria tradicional nos processos de cuidado e cura. O encontro é uma realização da Rede de Agricultores e Agricultoras Experimentadores do Araripe.

"É uma atividade promovida com amor por diferentes instituições governamentais e não governamentais, movimentos sociais e voluntários para propagação dos saberes. Com muito amor e unidos buscamos contribui para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional nos processos de cuidado e cura. ", diz a bióloga Ana Vartan.

O IV Encontro de Saberes da Caatinga, será realizado nos dias 17 a 26 de Janeiro de 2020 na Chácara Paraíso da Serra em Exu, Pernambuco.

Ano passado a Revista Globo Rural destacou Os saberes das mulheres da Caatinga onde mostrou as histórias das curandeiras do sertão: mulheres que preservam as práticas de orações, cantos, raízes e garrafadas.
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MORRE O PERNAMBUCANO LUIZ VIEIRA, O PRÍNCIPE DO BAIÃO, COMPOSITOR DA MÚSICA MENINO DE BRAÇANA QUE FOI GRAVADA POR LUIZ GONZAGA

O cantor, compositor e radialista Luiz Vieira morreu nesta quinta-feira, aos 91 anos. Ele estava internado na Casa de Saúde José, na Zona Sul do Rio, para onde foi levado após passar mal, em casa.

Eurídice Pereira, casada há 30 anos com Vieira, conta que ele já vinha apresentando a saúde fragilizada. Depois de passar a noite internado, ele teve uma parada cardíaca e morreu nesta quinta-feira. 


Autor de sucessos como, Forró do Tio Augusto, Guarania da Saudade,  "Prelúdio para ninar gente grande (Menino passarinho)", "Paz do meu amor", Menino de Braçana, Na Asa do Vento, em parceria com João do Vale, Maria Filó  e "A voz do povo", Luiz Vieira nasceu em Caruaru (PE), mas se mudou para o Rio de Janeiro ainda criança. Foi criado pelo avô em Alcântara, no município de São Gonçalo, e na década de 1940 começou a se apresentar como crooner em bares da Lapa. 


Luiz Vieira tem longa carreira no rádio, na TV e na música. Começou na Rádio Clube do Brasil no “Programa Zé do Norte”, passando depois para a Tamoio e em seguida para a Tupi.  Nesse período, primeira metade dos anos 1950, recebeu de Luiz Gonzaga o título de “Príncipe do baião”. Tornou-se "príncipe do baião" durante sua passagem pela Rádio Tamoio, quando se apresentou ao lado de Luiz Gonzaga no programa "Salve o baião".

Como compositor Vieira tem mais de 500 músicas gravadas por diversos artistas, entre os quais Caetano Veloso, Taiguara, Pery Ribeiro, Nara Leão, Moacyr Franco, Hebe Camargo, Augusto Calheiros, Gilberto Alves, Agnaldo Rayol, Elba Ramalho, Luiz Gonzaga, Cascatinha e Inhana, Sérgio Reis, Rita Lee, Marcelo Costa, João do Vale e Maria Bethânia.


Em outubro de 2018, foi realizado um show em São Paulo como tributo aos 90 anos do artista. A homenagem contou com a presença de nomes como Daniel, Renato Teixeira, Zeca Baleiro, Sérgio Reis, Claudette Soares, Edy Star, Maria Alcina, As Galvão, Verônica Ferriani e Ayrton Montarroyos. Em maio do ano passado, a apresentação virou disco.

Na Asa do Vento, um clássico imperdível de Luiz Vieira

Luiz Vieira é dos gigantes, ultimamente pouco relembrado. Esse seu “Na Asa do vento” , parceria com João do Vale é um clássico, que acabou servindo de modelo para toda uma brilhante geração de compositores brasileiros, de Alceu Valença a Geraldo Azevedo.


Deu meia noite/ a lua faz um claro

eu assubo nos aro/vou brincar no vento leste
aranha tece puxando o fio da teia/
a ciençia da abelha, da aranha e a minha/
Muita gente desconhece
Muita gente desconhece ô lará viu
Muita gente desconhece

Se a lua é clara/ o sol tem rastro vermeio

é o mar o grande espeio onde os dois vão se mirar/
rosa amarela quando murcha perde o cheiro/ o amor é bandoleiro/
pode inté custar dinheiro/ é fulô que não tem cheiro e tod mundo quer cheirar…

Todo mundo quer cheirar ô lará viu

Todo mundo quer cheirar
Todo mundo quer cheirar ô lará tá
Todo mundo quer cheirar
 (Fonte: O Globo)

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AS MÃOS DE DOMINGUINHOS ERAM ABENÇOADAS E VÃO ALÉM DA MÚSICA

As mãos de Dominguinhos eram e são abençoadas e vão além da música. Sempre prontas para o abraço, na sanfona, no povo, nos amigos, nos que o procuravam. Os sonhos e a busca de cada um sanfoneirinho descem e nele se encontram. É a confluência para o modelo. 

Dominguinhos é o arquétipo, nosso melhor desenhado acabamento. Assim como um livro na estante, a sanfona assentada em um canto não passa de um instrumento. No colo de Nenén é outra coisa. É Baco louco farto de vinho, é Comadre Fulozinha em desabalada carreira meio aos elementais, é Jesus açoitando os vendilhões do templo, é Buda iluminado e sóbrio, é um touro solto na imensidão da caatinga, uma sereia arrebatando marinheiros, uma morena fogosa solta na buraqueira do frevo, Sorriso sambando na Sapucaí, o Santíssimo Sacramento no Domingo da Ressurreição, um magote de cigano ao redor da mais antiga fogueira. 

Dominguinhos é nossa bússola, autorizada pelo Rei. E nós setimos saudade...Dominguinhos Vive! Viva Nenén!!!

Fonte: Aderaldo Luciano professor doutor em Ciência da Literatura
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FESTIVAL VIVA DOMINGUINHOS 2020 ACONTECE DIA 30 DE ABRIL A 2 DE MAIO EM GARANHUNS, PERNAMBUCO

Está aberta a partir desta quarta-feira (15) a convocatória para o "Viva Dominguinhos 2020" em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Os detalhes da seleção das propostas que poderão compor a grade de programação do evento foram publicados no edital.

As inscrições seguem abertas até o dia 7 de fevereiro, presencialmente ou via Correios. O "Festival Viva Dominguinhos 2020" será realizado no período de 30 de abril a 2 de maio.

Para a inscrição, os interessados devem se dirigir, de segunda à sexta-feira, no horário das 8h30 às 14h, até a sede da Secretaria de Cultura de Garanhuns, no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, na avenida Afonso Pena, sem número, bairro Santo Antônio. Para envio por Correios, basta encaminhar a documentação para este mesmo endereço, com postagem até às 17h do dia 7 de fevereiro.

Após o período de inscrição, as propostas serão submetidas à avaliação por uma comissão. Outras informações, podem ser obtidas na Secretaria de Cultura, pelo contato (87) 3762.7077. (Ascom Prefeitura de Garanhuns PE)

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FLUXO DE ÁGUA NA NASCENTE DO RIO SÃO FRANCISCO AUMENTA APÓS CHUVAS EM MINAS GERAIS

O volume de água da nascente do Rio São Francisco, que fica dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas, tem apresentado um aumento. Segundo a coordenação do local, o fluxo chamou atenção e o motivo é a chuva na região desde o inicio desta ano 2020.

A consequência disso foi registrada pela Agência Nacional de Águas (ANA) em Abaeté, onde o rio apresentou um índice recorde no nível da água neste período, se comparado a anos anteriores. O monitoramento é feito na estação Porto das Andorinhas.

A situação é contrária à mostrada em 2014, quando funcionários do parque registraram uma seca na nascente devido à estiagem na região.

Segundo o chefe do parque, Fernando Augusto Tambelini, a cheia provocou episódios que chamaram a atenção. "Nesses primeiros dias do ano, tivemos registros em que a água da nascente subiu até atingir a estrada e passou por cima de uma das pontes, um volume muito significativo” disse.

Conforme dados registrados pela estação em Abaeté, na região, o Rio São Francisco está com um volume de 3,56 metros- são 16 centímetros acima da média para o período, que é de 3,40m.

A nascente é a principal de toda a extensão do rio, que tem 2.700 km. O São Francisco é o maior rio totalmente brasileiro, e sua bacia hidrográfica abrange 504 municípios de sete unidades da federação – Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e Distrito Federal. Ele nasce na Serra da Canastra, em Minas, e desemboca no Oceano Atlântico na divisa entre Alagoas e Sergipe.

ATENÇÃO: Contudo, a cheia também demanda mais atenção dos banhistas. O chefe do parque nacional alerta aos frequentadores que, nesta época no ano, estejam atentos à previsão do tempo e consultem moradores locais antes de se banharem em rios e cachoeiras.

“A gente pede cuidado redobrado, principalmente se o nível do rio tiver alto e, em especial, quanto à chuva nas cabeceiras. A tromba d’agua, que é o aumento repentino do nível da água, é um fenômeno comum nesses casos e como já houve fatalidades recentes a gente espera que não volte a acontecer”, alerta.
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HIDRELÉTRICA DE XINGÓ TEM AUMENTO DA VAZÃO PARA MELHORAR CONDIÇÕES DAS ÁGUAS DO BAIXO RIO SÃO FRANCISCO

O reservatório de Xingó (AL/SE), no rio São Francisco, passou a liberar uma vazão no patamar de 800 metros cúbicos por segundo, desde sábado, 11 de janeiro, em vez dos 700m³/s que vinha sendo praticados desde o fim do ano passado. A medida busca garantir mais água para atendimento dos usos múltiplos do recurso no Baixo São Francisco e melhorar as condições da água no baixo São Francisco.

Pela proposta, este novo patamar de operação de Xingó, a ser praticado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), será mantido se as projeções para o reservatório de Sobradinho (BA) continuarem apontando um volume útil superior a 55% no fim de maio deste ano. Caso contrário, as defluências de Xingó poderão ser revistas. 

Esta nova forma de operação pela CHESF atende à Resolução nº 90/2018, da Agência Nacional de Águas (ANA), publicada no Diário Oficial da União de 28 de novembro. O documento autoriza a liberação mínima de uma média diária de 550m³/s de água pelos reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó, além de uma defluência instantânea mínima de 523m³/s. 

A bacia do São Francisco passa por seca desde 2012, maior período contínuo do fenômeno já registrado na região. Por isso, desde abril de 2013, os reservatórios de Sobradinho e Xingó vêm operando com uma defluência mínima abaixo de 1300m³/s, utilizada em situação de normalidade, devido às chuvas e afluências abaixo da média na bacia do Velho Chico. 

Atualmente o Reservatório Equivalente da Bacia do Rio São Francisco – formado pelos reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA) e Itaparica (BA/PE) – estava com 41,43% de seu volume útil em 6 de janeiro, sendo que um ano antes o total acumulado era de 13,68%. Sobradinho acumula 30,02% de seu volume útil. 

(Fonte: Agencia Nacional das Aguas)

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PROLIFERAÇÃO DE BARONESAS CONTINUA AMEAÇANDO A VIDA DO RIO SÃO FRANCISCO EM PETROLINA E PAULO AFONSO

A grande quantidade de baronesas às margens do Rio São Francisco está diretamente relacionada a qualidade das águas do Velho Chico. A proliferação de macrófitas, as chamadas baronesas além de Petrolina, Pernambuco, atinge a região de Paulo Afonso e Glória, municípios baianos. Ano passado a promotora do Ministério Público da Bahia (MPE/BA), Luciana Khoury, relatou sua preocupação com o problema, cujos impactos são sentidos na saúde pública e abastecimento humano.

Este ano de 2020, combater a proliferação das baronesas continua sendo um dos desafios dos órgãos públicos.  Segundo estudiosos Um dos motivos para a proliferação da baronesa está no lançamento de esgotos sem tratamento no rio.

A repórter Raíssa França realizou uma reportagem para a BBC News Brasil e denunciou o aumento da presença de plantas no rio que é fundamental para o Nordeste está surpreendendo e preocupando ambientalistas e pesquisadores da região. Isso porque elas têm dificultado a navegação, a pesca e o abastecimento de água. Recentemente o estado de Alagoas teve o abastecimento de água interrompido devido as plantas. A invasão das plantas aquáticas no Baixo São Francisco danificaram um equipamento da Companhia de Saneamento do Estado de Alagoas (Casal).

Além da proliferação de macrófitas, as chamadas baronesas, existe uma grande quantidade de espécies, em especial elódeas e aguapés (respectivamente dos gêneros elodea e eichhornia), ocorre basicamente por conta do despejo de esgoto e produtos químicos no rio.

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmaram que não é possível saber exatamente quando essas plantas surgiram no rio, mas que elas se alastraram de forma surpreendente por conta da contaminação e da diminuição da vazão.

"Essas plantas já estão há bastante tempo no São Francisco, mas agora estão descontroladas", alerta o coordenador da Expedição do São Francisco e vice-coordenador do Comitê Científico de Bacias Hidrográficas do Nordeste, Emerson Soares.

Segundo ele, esse aumento é resultado do acúmulo de poluentes, fertilizantes, agrotóxicos e esgoto doméstico.

"Quando o ambiente está equilibrado, elas (as plantas) ocorrem em menor proporção e não causam problemas ao ecossistema. Inclusive elas são importantes na filtragem de nutrientes, servindo de alimento para várias espécies, atuando na fotossíntese e servindo também de abrigo para desova de espécies de peixes e crustáceos", explica.

"Mas em excesso elas trazem problemas para a água que será utilizada para abastecimento e matar a sede de animais, tornando-a imprópria para consumo", acrescenta.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, disse à BBC News Brasil que o órgão está tomando medidas para atenuar o problema.

Ele afirma que uma solução definitiva só será alcançada com a construção de redes de coleta e tratamento de esgoto das cidades ribeirinhas, além da recomposição das matas ciliares. Hoje, a maioria das cidades na beira do rio joga seus esgotos no rio sem tratamento.

O rio São Francisco é considerado fundamental para o Nordeste. Sem ele, milhões de pessoas ficariam sem fonte de abastecimento hídrico.

O Velho Chico, como é chamado, corta 507 municípios, de Minas Gerais a Alagoas. A área afetada pela proliferação das plantas é a região conhecida como baixo São Francisco, que vai de Paulo Afonso (BA) até a foz, em Alagoas, com um total 214 km de extensão.

Fonte: Raíssa França BBC News Brasil
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