UNINASSAU ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSOS TÉCNICOS, AS OPORTUNIDADES SÃO PARA ADMINISTRAÇÃO, RECURSOS HUMANOS E SEGURANÇA DO TRABALHO

A Faculdade UNINASSAU Petrolina está com inscrições abertas para cursos técnicos em Administração, Recursos Humanos e Segurança do Trabalho. Os interessados devem se inscrever até o dia 31 de dezembro no site tecnico.uninassau.edu.br.

O público-alvo são concluintes do ensino médio e aqueles que estiverem no 3º ano. O diretor da Instituição, Sérgio Murilo Corrêa, destaca que “nosso diferencial é contar com professores com vasta experiência no mercado, trabalhando fortemente a ideia da trabalhabilidade”, disse.

Os cursos técnicos em Administração e Recursos Humanos têm duração de 18 meses, enquanto a formação técnica em Segurança do Trabalho é de 20 meses. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 74 98872-7268.

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ARTE CIRCENSE GANHA AS RUAS DE JUAZEIRO E PETROLINA

Artistas argentinos de rua ganham os semáforos com muita criatividade. Estrangeiros há tempos desenvolvem trabalhos circenses pelas ruas do mundo. Na cidade podemos encontrar esses artistas nos semáforos de ruas com maior circulação de veículos, como nas avenidas.

Artes que geralmente são vistas nos espetáculos de circos também podem ser encontradas nos semáforos; artistas buscam reinventar o circo e tornar a cultura circense mais acessível nas cidades. Artistas de rua se apresentam nos semáforos de Juazeiro e Petrolina promovendo espetáculos em troca de algumas moedas (dinheiro). Eles aproveitam o aumento do movimento nas ruas e avenidas devido os festejos de Natal e Final de ano e trabalham divulgando sua arte.

A reportagem do Blog Ney Vital conversou com dois destes artistas circenses. Guido Sandobal, 23 anos e Gino Fonseca, 22 anos são argentinos. Eles já percorreram 8 Estados brasileiros além de outras localidades da América Latina. Detalhe:"mas em nenhum deles enfrentamos uma temperatura tão elevada, quase 40 graus e com umidade relativa do ar tão baixa", revelam. Os setores de meteorologia assinalaram a umidade relativa do ar em 11% semana passada.

Guido e Gino mostram a arte de rua entre os carros e é sob o sol forte que os "espetáculos" ocorrem. As apresentações duram menos de 1 minuto. O tempo tem que ser o suficiente para mostrar o trabalho e pedir uma contribuição aos motoristas.

"A arte não deve ter um lugar para ser mostrada e é na rua que o artista se diverte, diverte as outras pessoas e leva a vida que escolheu", diz Guido.

Guido e Gino explicam que a principal diferença entre as apresentações nas ruas é a reação do público "Nos palcos, a galera vai lá para te assistir, já sai de casa com essa intenção. Já nas ruas, de repente o sinal fecha e surge um artista a sua frente, são diversas reações, tem gente que adora, menospreza, valoriza e também xingam... São todas as reações possíveis", afirmam os artistas

Questionados sobre trabalho e o fato de não terem uma segurança trabalhistas, eles destacam a importância da arte, seja nas ruas ou nos palcos. "O mundo da arte circense é um mundo mágico e não podemos jamais deixar essa arte milenar acabar. Tanto um artista de rua quanto um artista de lona passam por grandes dificuldades e resistem para poder levar a arte para todos."
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ZÉ PRAXEDES: GUARDIÃO DA CULTURA GONZAGUEANA EM EXU, PERNAMBUCO

A professora Thereza Oldam de Alencar, autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018), relata que a Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. José Praxedes dos Santos e a Banda de Pífanos são bons exemplos.

"Zé Praxedes é um homem presente em todos os momentos do seu mundo. Seu universo é o Araripe de São João Batista, o Ubatuba e Monte Belo, a Caiçara, a Igreja de São João, o Parque Aza Branca...Está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é sua pátria", conta Thereza Oldam, ressaltando ser Zé Praxedes é dançarino número 1, disputado afinal o forró gonzagueano lhe beija os pés.

Zé Praxedes  nasceu em 1932. Tem a vida marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Vaqueiro.Durante décadas traballhou prestando serviços a "Seu Januário", pai de Luiz Gonzaga.

Atualmente Zé Praxedes "bate todos os dias o ponto", no Parque Aza Branca e dele se escuta parte da história de Luiz Gonzaga e suas andanças e amor por Exu.

"Neste 150 anos (2018), o grupo de pifes esteve presente. Seu Louro Pifeiro (Lourival Neves de Souza), Mundola (Raimundo Pedro de Souza) e Francisco Bezerra de Alencar participaram ativamente das novenas na Igreja".

Fonte: Thereza Oldam de Alencar, autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018), 

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FESTIVAL VIVA GONZAGÃO ACONTECE ENTRE OS DIAS 11 E 15 EM EXU, PERNAMBUCO PARA FESTEJAR OS 107 ANOS DO REI DO BAIÃO

Todo dia 13 de dezembro, o município de Exu se enfeita para celebrar seu filho mais ilustre: o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Sabendo da importância de manter a memória deste artista, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe, em parceria com a Prefeitura do Exu,  PernamBuco promove este ano o Festival Viva Gonzagão, uma celebração que vai durar três dias (de 11 a 13 de dezembro). 

Entre os dias 14 e 15 os festejos acontecem no Parque Asa Branca. Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 

Os artistas convidados – em sua maioria sanfoneiros e tocadores do legítimo forró pé-de-serra – se apresentarão em dois polos: Polo Danado de Bom (Praça Luiz Gonzaga) e Polo Gonzagão do Povo (Praça de Eventos). Além das apresentações, a programação conta ainda com um sarau poético-musical e a 1ª Caminhada das Sanfonas de Exu.

O presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, reforça que o Governo do Estado sempre esteve presente no aniversário de Luiz Gonzaga, em Exu. Este ano, volta a realizar a festa, preparando, junto com a Prefeitura, uma grade artística para dois polos de atrações. A atenção, segundo o gestor, foi no sentido de valorizar o trabalho de artistas que ao longo do ano promovem o forró tradicional, da escola de Luiz Gonzaga.

“O forró de sanfona, seja de 120 ou de oito baixos, é uma das expressões mais ricas da nossa cultura. São centenas de representantes que carregam esse instrumento com muito amor, dedicação e a responsabilidade de repassar seus conhecimentos. Tanto é que muitos jovens passam a se interessar pela música de sanfona sertaneja e levar isso como projeto de vida, contribuindo para que a tradição se renove, mas nunca acabe”, diz Marcelo Canuto.

Segundo o secretário de Cultura do Estado, Gilberto Freyre Neto, a celebração tem grande importância para valorização de um ícone da música, reconhecido mundialmente. “Luiz Gonzaga representa a música não só de Pernambuco, como a música brasileira. É fruto de estudo em diversos países, nas mais diversas línguas. Seu legado é eterno, e isso justifica o investimento que o Governo de Pernambuco está fazendo”, conta.

Para o prefeito de Exu, Raimundo SaraivaSobrinho, o município aguarda com bastante ansiedade para celebrar seu filho mais ilustre. “A Festa de Gonzagão gera grande expectativa para a população de Exu e para Região do Araripe. É um momento de confraternização dos admiradores do Rei do Baião que vem de todas as partes do Brasil, um momento de troca de saberes. Além de aquecer o comércio local, é um palco para revelar talentos culturais. Maior vitrine de revelação e resistência cultural da região. Temos muito orgulho de estar na terra do nobre Luiz Gonzaga”, declara.

O Festival Viva Gonzagão, em Exu, é uma vitrine para os artistas da região. Passarão por lá nomes como Joãozinho do Exu, Serginho Gomes, Cosmo Sanfoneiro, o Projeto Aza Branca, grupo de forró que tem uma escola de sanfona em Exu, Targino Gondim, Fulô de Mandacaru, Waldonys e Daniel Gonzaga (filho de Gonzaguinha e neto de Gonzagão).

“A festa em Exu é um momento de grande visibilidade para os artistas locais, além de movimentar a economia. As pousadas, os restaurantes, todos ficam cheios. A prioridade é fortalecer os artistas da região, e os alunos da escola de sanfona”, comenta Maurílio Sampaio, articulador regional do Governo de Pernambuco, que está colaborando com a organização do evento. No dia 13, além dos shows, haverá a 1ª Caminhada das Sanfonas, reunindo dezenas de sanfoneiros que sairão tocando pelas ruas da cidade. O mestre de cerimônias da festa será o poeta declamador Iponax Vila Nova.

Já estão sendo esperadas caravanas de Petrolina, Paus do Ferro (RN) Recife, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Belo Jardim, São José do Egito, além de municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

LUIZ GONZAGA – Numa casa de barro batido da fazenda Caiçara, localizada no sopé da Serra do Araripe, na madrugada do  dia 13 de dezembro de 1912, nascia o segundo filho de Ana Batista de Jesus Gonzaga, a mãe Santana, e Januário José dos Santos Nascimento. Recebeu o nome por ter nascido no dia da festa de Santa Luzia, virou Luiz. Cresceu ali, no roçado ajudando o pai, que sabia tocar a sanfona de oito baixos. Tocou em feiras e bailes da região, até que deixou a terra natal, entrou pro exército e lançou-se no mundo e na música, para sorte de todo brasileiro, que passou a ter, em Luiz Gonzaga, um símbolo máximo do Nordeste e seus símbolos mais genuínos, traduzidos pela voz, pela sanfona e pela poética de Gonzagão.

PROGRAMAÇÃO:
DIA 11
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, às 19h
Sarau poético musical
Seguidores do Rei

DIA 12
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
Projeto Asa Branca
Carlos Araújo
Zezinho de Exu
Ivonete Ferreira
Quarteto Xoteado

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Diego Alencar
Rafael Moura
Serginho Gomes
Joãozinho do Exu
Waldonys

DIA 13
Sanfoneata (TV Grande Rio) hs
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
1ª Caminhada das Sanfonas de Exu
Cavalgada Viva Gonzagão (saída da estátua de Luiz Gonzaga)
Vald Félix
Tony Monteiro

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Cosmo Sanfoneiro
Danilo Pernambucano
Jorge do Acordeom
Targino Gondim
Fulô de Mandacaru
Apresentação de Iponax Vila Nova. Participação especial de Daniel Gonzaga

Sábado 14 Parque Asa Branca
Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 

Domingo 15: 
11HS Missa Ação de Graças
Flávio Leandro,Joãozinho do Exu, Doutor Ed, Os Bambas do Nordeste, Maria Lafaete,, Jaiminho de Exu, Cosmo Sanfoneiro, Epitácio Pessoa, Dijesus Sanfoneiro,  Zezinho de Exu, Elmo Olliveira Forrozeiros do Gonzagão e Diego Alencar.
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MACIEL MELO: O BRASIL QUE SONHAMOS ESTÁ NA CABEÇA DE PAULO FREIRE, NOS LIVROS DE GUIMARAES ROSA E NAS ORAÇÕES DE DOM HELDER CÂMARA

Brasil, onde estás?

Não vês que o teu povo clama? Não ouves a voz dos que proclamam o direito de ir e vir? A cor púrpura te sangra, te cega, te entontece, te mata e não vês as veias abertas da América, te sugando todo o sangue.

Enquanto isso, a vida se adianta, o país se atrasa, e o povo segue sua sina cigana, tirando as pedras do caminho, sem direito a se deitar em berço esplêndido, nem acordar ao som do mar, à luz de um céu profundo. Segue desafiando em seu peito a própria morte; vendo a fome bater à sua porta, esmolando migalhas de respeito, lealdade e cidadania.

O Brasil que sonhamos não está na gulodice dos meliantes de gravatas que se esbaldam no sarcasmo de sua prepotência. Não está na arrogância dos patrões escravocratas, que continuam discriminando e agindo como se não tivesse havido a abolição. Não está nas vidas severinas afogadas nas águas do açude de Cocorobó, nem no açoite das chibatas dos Capitães do Mato. Não está nas lápides geladas da tortura, no descaso, nas agruras, na falsa cegueira de quem não quer ver.

O Brasil que sonhamos está onde o verde louro de sua flâmula aflora o fruto posto à mesa, e a fauna engorda nos pastos sobre a terra dividida. Está no direito de ir e vir, está nos versos de Joaquim Osório Duque Estrada; está em O Guarani de Antônio Carlos Gomes, nos folhetos de cordel, na sanfona de Luiz Gonzaga, nas violas encantadas dos menestréis, dos cantadores violeiros. Está no sabor do extrato do grão do café torrado no caco e coado de manhã cedinho, alimentando os filhos pretos, de mães pretas, de pais pretos, para irem à labuta do dia a dia.

O Brasil que sonhamos está na cabeça de Paulo Freire, no Auto da Compadecida, está entre Deus e o Diabo Na Terra do Sol, está nos livros de Guimaraes Rosa, nos grandes sertões, nas orações de Dom Helder Câmara. Não está no presente, nem no futuro próximo.

O Brasil que sonhamos está em todos nós, mas, hoje, à mercê dos deuses, que na realidade é apenas um.

Fonte: Maciel Melo*Cantor e compositor
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OS ESTUDOS PARA INSTALAR A USINA NUCLEAR NAS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO TEM INTERESSES ECONÔMICOS E DEIXAM DE LADO AS POLÍTICAS PÚBLICAS, ACUSA SOCIÓLOGA

A comunidade científica fez, hoje, no auditório do Espaço Ciência, as suas considerações sobre a hipótese de construção de uma usina nuclear em Itacuruba, no Sertão de Pernambuco. Promovido pela Academia Pernambucana de Ciências (APC), com o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (SECTI), o evento reuniu especialistas e representantes da sociedade civil para discutir de maneira técnicas os impactos positivos e negativos da possibilidade.

O secretário Aluísio Lessa destacou a importância de trazer a público a opinião dos cientistas. “Não se tem oficialmente uma decisão, apenas a intenção do Governo Federal em investir US$ 30 bilhões em seis plantas, sendo Itacuruba uma delas. Diante disso, precisamos debater com a comunidade científica e a sociedade civil para chegar a um denominador comum e saber se é ou não viável para Pernambuco ter um empreendimento deste tipo”, ressaltou.

Para o conselheiro da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares, Carlos Henrique Mariz, as consequências da instalação de uma usina são amplamente favoráveis. “Estudos criteriosos selecionaram Itacuruba como local provável para a instalação de uma usina nuclear e nós somos a favor disso. O risco de acidente nuclear é mínimo. Estamos na terceira geração dessas usinas, não existe a ameaça eminente de poluição ou de evacuação da população”, comentou.

O professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Heitor Scalambrini enumerou as razões que o fazem ser contrário à hipótese. “Sou contra por vários fatores. É uma energia cara e isso vai incidir na conta do consumidor; todo o processo de construção do combustível nuclear tem emissão de gases do efeito estufa; a sociedade não está sendo consultada neste processo; e como vamos deixar para as gerações futuras o lixo atômico sem saber como armazená-lo de forma definitiva?”, declarou.

Na ótica do ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, o desenvolvimento econômico e social que pode ser gerado para a região precisa ser levado em consideração. "Possivelmente, os profissionais que irão trabalhar na usina nem brasileiros serão. Mas a população de Itacaruba vai ter oportunidades que nunca antes tiveram. Desprezar o investimento de 20 bilhões de reais no Sertão de Pernambuco é um erro histórico", disse.

A professora de sociologia da Universidade de Pernambuco, Vânia Fialho, defendeu o impacto negativo que a usina pode trazer ao povo de Itacuruba.

 "Esse projeto tem como vetor o vazio demográfico da região. As pesquisas de viabilidade estão sendo conduzidas por empresas privadas, que têm seus próprios interesses e deixam de lado as políticas públicas. Além disso, tem que se levar em consideração a estrutura da cidade e condição de vida da população diante deste empreendimento. E todos os segmentos da sociedade precisam ser ouvidos. Em Paulo Afonso, por exemplo, os povos tradicionais vêm sendo impactados desde a implantação da usina da Chesf. Os danos foram graves", salientou.

O presidente da APC, José Aleixo, comemorou o resultado do evento e falou que serão promovidas novas rodadas da iniciativa.

 “Não queremos ser contra ou a favor, apenas trazer o embasamento científico para a discussão. Para se construir uma usina nuclear existem aspectos positivos e negativos, que estão ligados à economia, a sociedade, o meio ambiente, a ciência e tecnologia. Trouxemos à sociedade a visão técnico-científica destes pontos. Este foi o primeiro debate e é possível que façamos outros mais, inclusive na região de Itacuruba, onde a população parte interessada”, concluiu.
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DESCASO PÚBLICO: "LAGOA DE SANGUE E RESTOS DE ANIMAIS, PODRIDÃO E MAU CHEIRO ATORMENTAM MORADORES DE JUAZEIRO

Esgoto a céu aberto, mau cheiro e o risco de doenças, são algumas das reclamações dos moradores do Bairro São Geraldo e Tabuleiro, em Juazeiro, Bahia. Eles denunciam sobre um forte mau cheiro que tem atingido a população e pedem ajuda para descobrir o que está causando o odor. 

Indignados com a situação, os moradores pedem que os órgãos públicos  responsáveis tomem as medidas necessárias para que o "o sofrimento e os riscos de doenças com a podridão e  o mau cheiro constante que atinge a localidade tenha um fim".

Uma das moradoras disse que "causa repulsa a podridão no local". Ela aponta que a podridão "é causada por uma lagoa vizinha a Estação de Tratamento do SAEE  localizada entre o bairro Tabuleiro e São Geraldo. O mais triste é sabermos que pagamos taxa de esgoto e saneamento e caro".

Os moradores da localidade acusam o Matadouro como um dos causadores dos problemas da poluição. Numa das fotos enviadas a reportagem do Blog Ney Vital eles chamam a "Lagoa do Sangue". Conforme relato de leitores do Blog , o mau cheiro ocorre há vários dias, principalmente agora, talvez devido a forte calor.

No mês passado a jornalista Jacira Felix, postou nas redes sociais e repercutiu o assunto no Programa de Rádio Viva Bem, transmitido na Petrolina FM durante a Blitz da Saúde.

"Sangue parado em uma lagoa ao lado do matadouro de Juazeiro-Bahia. Do outro lado está a lagoa de estabilização do município. Tudo isso no bairro Tabuleiro, as margens da BA 210. A população que não aguenta mais conviver o odor que chega em suas casas por conta dessa LAGOA DE SANGUE. Isso mesmo, uma lagoa de sangue, uma espécie de reservatório dos resíduos provenientes do matadouro de Juazeiro. Um absurdo e que segundo os moradores um problema antigo", reportou Jacira Felix.

NOTA DA SESAB (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia):
“Conforme contato anterior, esclarecemos que a competência é do órgão municipal da Vigilância Sanitária”.
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NOTA DA SECRETARIA DE SAÚDE PREFEITURA JUAZEIRO: “Não é de responsabilidade da Vigilância Sanitária do município e sim da Adab (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) que é responsável tanto pelo matadouro quanto pelos dejetos”.

NOTA DO SAAE:
“O setor de Engenharia do Serviço de Água e Saneamento Ambiental – SAAE/Juazeiro esclarece que as lagoas de tratamento do Matadouro são de responsabilidade da empresa. Explica também que, com a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do SAAE foram construídas também novas lagoas para o matadouro que deverão adotar o mesmo sistema de tratamento. Esse sistema biológico utilizado pelo SAAE, é um dos mais eficientes no tratamento de esgoto com todo o processo de estabilização sendo acompanhado diariamente pela equipe de engenharia do SAAE. “Estamos concluindo as 20 estações elevatórias, as ligações condominiais e os emissários que, juntamente com a ampliação da ETE, já concluída, deixará Juazeiro com 96% de cobertura sanitária”, complementa a engenheira Louise Chiochetta”.

Foto: Jacira Felix-jornalista
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