JOVEM MÚSICO DE JUAZEIRO(BA) TIAGO VALENTIM, ESTREIA COM EP E LANÇA MÚSICAS AUTORAIS NAS PLATAFORMAS DIGITAIS

Um garoto tímido, reservado e de poucas palavras. Tiago Valentim, 19 anos, em vez e de passar horas  nas páginas das redes sociais, prefere otimizar seu tempo com música. 

Procura apagar a solidão das horas com criatividade, dedilhando as cordas de seu violão, buscando ideias de harmonias para fazer nascer suas canções autorais.  O sonho de conquistar seu espaço como cantor e compositor começa a ganhar força na trajetória desse jovem que sozinho passou a tocar violão aos 14 anos.

Quando se viu dominando o instrumento, de cara compôs a sua primeira canção pop rock, intitulada  'Sonhos', cuja a letra faz um desabafo sobre as dificuldades em realizar alguns de seus anseios. Desde então, ele não parou mais de compor e já soma mais de 20 canções autorais. A carreira de músico oficialmente entra em cena agora com o lançamento ainda este ano de seu primeiro EP, intitulado Noites em Claro.  De sua safra de compositor tirou da gaveta  'Deixa', um pop rock moderno que escreveu aos 16 anos, além de 'Estrela', com levada pop e sertaneja, 'Insônia', 'Daquele Jeito' e 'Fogo', todas com linguagem pop. " O trabalho foi todo produzido e gravado no estúdio Carbono 14 em Juazeiro. Agora vamos tornar público nas plataformas digitais e entre amigos.

Embora esteja na fase de transição da juventude, suas composições costumam falar de amor, romance e liberdade, com a experiência de um letrista em estado de maturidade."Sou muito à flor da pele. Sinto as coisas em uma intensidade que eu acredito que a maioria das pessoas não sintam", afirma.

Por um lado, Tiago reconhece que não tem um estilo definido, mas assume sua preferência em trilhar nas inspirações ecléticas. Suas referências vão desde os clássicos do rock como Elvis Presley ao pop de Ed Sheeran. Pela falta de recursos financeiros, tudo o que o jovem aprendeu na área musical foi de forma autodidata: tocar, cantar e compor. Essas habilidades levaram-no a ganhar, em maio deste ano, o primeiro lugar no 'Check in Voice', uma competição de música realizada em um bar e petiscaria de Juazeiro, como se fosse uma simulação do programa The Voice, da Rede Globo.

Na primeira etapa do evento havia 42 pessoas, dessas, somente 12 foram selecionadas para a segunda fase. No total, foram quatro etapas. Valentim venceu todas e ganhou a competição ao interpretar na final, a canção 'João de Barro', composição de Leandro Léo e Rafael Portugal. "Foi aí que eu percebi  que, podia levar meu trabalho ao público sem me importar com críticas. Toda arte está sujeita a elogios e críticas, o que se tornam construtivas", diz Tiago que utilizou a premiação de R$ 1 mil para custear parte do  EP.

Entre os apoios que recebeu para tocar seu projeto, o mais importante e de todas as horas  foi o de seu pai Ozemar Ferreira. "Diria que de todas as pessoas no mundo ele é o que mais acredita em mim, talvez até mais do que eu", brinca. Na última sexta-feira, Tiago deu a largada a sua estreia lançando uma música de cada vez nas plataformas digitais e começou a dar entrevistas em rádios da região.

Fonte: Professor e jornalista Emanuel Andrade
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NOTICIA RUIM FAZ MAL PARA SAÚDE PSICOLÓGICA, DIZ JORNALISTA FUNDADO DE SITE SÓ NOTÍCIA BOA

Cansado de noticiar violência, mortes, corrupção e catástrofes e depois de passar por uma doença no estômago, o jornalista Rinaldo de Oliveira resolveu dar um basta nas “bad news’ e resolveu apostar em um jornalismo positivo que valorizasse as "good news”. Há oito anos, ao lado da esposa também jornalista, ele criou um portal de notícias para valorizar a positividade na rede. “Brincam comigo dizendo que sou o jornalista que trocou a notícia ruim pela notícia boa. Eu adoro essa máxima”, afirma com bom humor.

O portal do qual ele é editor e fundador, o "Só Notícia Boa" já ganhou o mundo. Com 2 milhões de acessos por mês, é lido em 120 países. Além do Brasil que tem 90% das pageviews, Portugal, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e Japão também revelam o gosto pelas notícias boas. “A gente tem que levar esperança para as pessoas por meio da informação, do jornalismo”, diz com entusiasmo. E completa: “O que a gente faz é levar informação positiva para inspirar, para melhorar, para fazer com que as pessoas comecem bem o dia”.

Com 30 anos de profissão investidos no jornalismo de rádio e TV, Rinaldo abandonou a bancada do jornal local da Band em Brasília. Ele relembra o que deixou para trás para investir no sonho de fazer jornalismo positivo. 

“Quando você apresenta um telejornal durante meia hora, você olha para a uma câmera e fala: assassinato. Olha para a outra câmera e diz: morreu. Era meia hora falando de coisa ruim. Aí eu tive um problema de estômago. Fui parar no médico. E o médico me disse que o meu problema não era físico, eu estava somatizando”, diz o jornalista, apontando o dedo indicador para a sua cabeça.

“Era o trabalho. A notícia ruim me fazia mal”, conclui citando uma pesquisa norte-americana que mostra que a notícia ruim faz mal para a saúde psicológica.

Para Rinaldo, tipos de cobertura que envolvem grandes tragédias, podem causar impacto na esperança das pessoas. “Tira a esperança, dá medo. Eu não ouvia falar, há 30 anos, de depressão, síndrome do pânico, tanto suicídio... Eu acho que isso pode estar ligado ao seu hábito, ao que você está consumindo no dia a dia de notícia”.

Para ele a notícia boa “está no sangue das pessoas”. “Houve uma pesquisa, há um tempo, que a gente deu do Facebook (redes sociais), dizendo que o que as pessoas mais gostam de compartilhar é coisa boa, é notícia boa”. Para ele, o mau hábito ao consumir informações pode estar ligado à falta de melhores opções. “Por mais que a gente diga que as pessoas gostam de coisa ruim, que esses programas sangrentos dão audiência... (Eu digo) Alto lá! É porque as pessoas estão acostumadas e não têm alternativa. Por isso elas assistem isso”.

Com a proposta de trilhar um caminho oposto ao das pautas amargas e contribuir para a formação de cidadãos melhores, gentis, solidários e altruístas, os bons resultados vêm surgindo. Só no Instagram, o portal vem ganhando de 500 a mil novos seguidores por dia, segundo Rinaldo. 

“De tantas coisas ruins que as pessoas veem, elas ficam achando que é o fim do mundo, que ninguém presta mais, que ninguém mais é bom, que ninguém mais ajuda. E não. A gente mostra exatamente o contrário, que tem muita gente boa e muita coisa legal acontecendo neste mundo que não aparece na grande mídia. E por quê? Aí é outra discussão”, pondera Rinaldo. “Mas a gente foca nisso. Então, a gente só fala do bem”.

Há algum tempo, Rinaldo tinha muita dificuldade para achar notícias boas. Atualmente sua maior dificuldade é fazer uma triagem do material que recebe. “Tem a questão da veracidade, porque muita coisa que você encontra na rede social é mentira, ou aconteceu há muitos anos. Então, a gente faz a triagem e depois da triagem vai checar para escrever”.

Em tempos de efervescência nas redes sociais, Rinaldo é cauteloso. “A gente tá vivendo um momento em que as pessoas estão se informando pelo Facebook, pelo Instagram, pelo WhatsApp”. E faz um alerta: “Essa história de fake news é muito perigosa. As pessoas não podem perder o foco e o próprio jornalista também não, de que a gente é muito importante. Porque a informação com credibilidade é da gente. Porque a gente aprendeu a fazer noticiário dessa forma”.

Fonte: Agencia Brasil
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GILMAR SANTOS: SOBRE O TEMA DE REDAÇÃO DO ENEM 2019

O tema de redação do ENEM deste ano, “democratização do acesso ao cinema no Brasil”, cumpriu as previsões do que preconiza o exame: apresentar situação-problema que desafie a atenção, leituras e análises de professores e estudantes sobre conjunturas e desafios postos à nossa sociedade. Nesse caso, as políticas de cultura dedicadas ao cinema nacional. Saber que um dos textos-base é de autoria do Jean-Claude Bernardet (' 'O que é cinema"), nos traz uma emoção à parte --- ao final do texto você vai entender.

Quando falamos em políticas de cultura, estamos tratando de um conjunto de ações pensadas, planejadas, articuladas com os mais diversos sujeitos e instituições ligadas aos seguimentos interessados na sua implementação. Infelizmente, no Brasil, essas políticas ou não existem ou,
quando existem, são construídas com pouco aprofundamento democrático, e tantas vezes marginalizadas pelo interesse de governos autoritários, muitas vezes, mais preocupados em agradar o mercado que democratizar direitos culturais da nossa população.

O tema da redação do ENEM deste ano nos traz alguns lembretes: de que forma estamos tratando a cultura brasileira nas nossas escolas? Além de estudar símbolos, histórias de personalidades e movimentos artísticos, estamos discutindo como o Estado, os governos, e a própria sociedade, estão tratando os nossos bens e produções culturais? Pensamos politicamente aquilo que estudamos?

Como sabemos, as manifestações artísticas e culturais do nosso país sempre sofreram intervenções de governos. Em muitos casos, ou foram usadas como meio de manutenção da ordem, ou foram perseguidas por representarem uma ameaça a essa mesma ordem. Com o cinema não foi diferente.

Quantos cineastas não tiveram seus filmes censurados durante a ditadura militar? Quantos não foram obrigados a mudarem o conteúdo dos seus filmes para agradar governos ou setores da elite nacional? Quantos não desistiram de produzir por falta de apoio governamental, ou por não se submeterem aos caprichos empresariais? Por falta de investimentos públicos milhares de salas de cinema pelo país foram apropriadas, entre os anos 90 e 2000, por igrejas neopentescostais. Quantas vezes estudamos isso nas nossas escolas?

Por saber da força da cultura e, particularmente, o potencial transformador do cinema, um governo de viés fascista, truculento, orientado pelo que existe de pior em temos de violência política, como é o do Bolsonaro, não poderia deixar de atacar alvo tão ameaçador. O desmonte da Agência Nacional de Cinema (ANCINE), com perseguições, exonerações, censuras e cortes de investimentos é uma das provas mais concretas.

Enquanto alguns dormem, e outros não querem perceber ou não querem discutir o potencial da nossa cultura, artistas, produtores, fazedores e trabalhadores do seguimento continuam resistindo com os seus trabalhos e projetos. Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles e a equipe do premiadíssimo filme, “Bacurau”, não nos deixam mentir. Em Petrolina e Juazeiro, diversos cineastas e ativistas, antigos e novos, fazem parte dessa luta. O Cine Clube Cine Raiz, de Chico Egídio e Lizandra Martins Martins; o Cine Papelão da Associação das Mulheres Rendeiras, do bairro José e Maria; os filmes, projetos e oficinas de audiovisual de Robério Brasileiro e Fernando Pereira, são exemplares.

Temos cineastas com filmes muito bem aceitos e até premiados, como “Necropólis”, dirigido por Ítalo Oliveira e produzido pela NU7 produções. E o que dizer do “Nuvem Negra”, de Flávio Andradee, que recebeu indicações e premiações em mais de 10 festivais nacionais e internacionais. A emoção de que falava no início desse texto é que o ator principal do filme de Flávio é, exatamente, o Jean-Claude Bernardet, um dos mais importantes críticos de cinema do nosso país, a quem tive a oportunidade de conhecer durante as gravações do filme.

A maior parte desses artistas só conseguiu desenvolver os seus projetos porque recebeu algum apoio governamental. Ainda é muito pouco, mas esse pouco pode virar nada diante da atual conjuntura, dominada por gente de estupidez que duvidamos ver até mesmo nas telas de cinema. O governo de Petrolina jamais cogitou qualquer apoiou, nem mesmo quando foram receber prêmios. As nossas escolas têm dado conta disso?

O tema de redação do ENEM deste ano nos faz essa provocação: como democratizar o acesso ao cinema no Brasil. E nós devolvemos essa provocação com outras: as nossas escolas discutem e valorizam os nossos artistas e suas produções culturais? As nossas escolas estudam e discutem políticas públicas de cultura? Talvez tenhamos nessas respostas um misto de filmes de ficção, comédia, drama e terror. Penso que se faz necessário enfrentar essa “Bacurau”, nem que para isso tenhamos que perder a paz.

Gilmar Santos é professor de História, Filosofia e Sociologia do Impulso Vestibulares e Concursos, e vereador em Petrolina-PE.
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LUIZ GONZAGA É TEMA DE QUESTÃO DO ENEM 2019 E CADERNOS TRAZEM HOMENAGEM A LEGIÃO URBANA

No primeiro dia de provas da edição 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve questões que citaram o sanfoneiro e cantor Luiz Gonzaga, Feira de Santana, Bahia e a região do Cariri. 

A questão número 40 (Linguagens, códigos e suas tecnologias) foi apontado que "com enredo que homenageou o centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, a unidos da Tijuca foi coroado no Carnaval de 2012. A escola de samba mergulhou no universo do cantor e compositor brasileiro e trouxe a cultura nordestina com criatividade para a Avenida, com o enredo, O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão.

A questão mostrou que a inter-relação está presente por meio da associação do samba com o baião metonimicamente representado pela figura de Luiz Gonzaga.

O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe também uma surpresa para os fãs da música brasileira. As frases de verificação que ficam nas capas dos mais de cinco milhões de cadernos de questões distribuídos pelo Brasil foram extraídas de músicas da banda Legião Urbana. Todas as frases são de autoria de Renato Russo, com a colaboração Dado Villa-Lobos, guitarrista da banda, e Marcelo Bonfá, baterista.

Entre as músicas escolhidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), estavam Há Tempos ("Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza"), Metal Contra as Nuvens ("Teremos coisas bonitas pra contar"), A Via Láctea ("Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho") e Perfeição ("Venha, o amor tem sempre a porta aberta").


A novidade surpreendeu também os integrantes remanescentes do grupo, que compartilharam fotos dos cadernos nas redes sociais da banda.
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PROJETO ASA BRANCA RECEBE DOAÇÃO DE FARDAMENTO PADRONIZADO E COLEÇÃO DE REPORTAGENS SOBRE A VIDA E OBRA DO REI DO BAIÃO LUIZ GONZAGA

Para celebrar os 30 anos de morte de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião e manter viva a valorização do Pernambucano do Século e um  dos mais talentosos artistas da música brasileira, o empresário Italo Lino doou neste sábado (2) camisas (fardamento padronizado) para as crianças que estudam música na Fundação Gonzagão no Projeto Asa Branca, em Exu, Pernambuco.

"O compromisso é sempre manter viva a história do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Meu pai o saudoso Neto Tintas recebeu o título de cidadão de Exu e também por isto mantemos a valorização das futuras gerações de Exu que aprendem música e assim garantem o desenvolvimento artístico do município que amamos em todos os seus recantos", declarou Italo.


É em Exu Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga que é possível apesar dos obstáculos ainda encontrar o principal legado de Luiz Gonzaga: crianças e adolescentes aprendem a tocar Sanfona, zabumba e triângulo, a santíssima trindade do forró ungida por Luiz Gonzaga em suas  andanças por este País.


O jornalista Ney Vital, membro do Conselho de Cultura do Parque Asa Branca define que os gonzagueanos são "apaixonados pelas causas sociais de Exu e a sonoridade de Luiz Gonzaga esteve também ligado a prestação de serviço". Por este motivo os alunos do Projeto Asa Branca além das camisas receberam uma coleção de reportagens que contam parte da vida e obra de Luiz Gonzaga e dos amigos que foram os mais importantes compositores presentes na música nordestina.


"Sabemos que a educação é uma das formas de transformar o mundo. Agora as crianças e adolescentes possuem uma riqueza cultural e parte da história da vida e obra de Luiz Gonzaga, do rio São Francisco, da história do Nordeste. Além da música eles terão oportunidade de ganhar mais conhecimentos, saberes. A leitura é essencial para formar cidadãos que certamente vão promover a paz".


A presidente da Fundação Gonzagão, professora Marina Santana, a vice presidente Aline Justino e a produtora cultural Marla Teixeira, o músico Paulo Henrique (PH Lucas) e mães de alunos acompanharam a entrega das doações. O percussionista PH Lucas fez uma exibição para os alunos sobre ritmo. O sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário afamado tocador de 8 Baixos recebeu de presente um LP, onde consta Joquinha participando de um dueto com o Rei do Baião. 


Neide Germano é mãe de Maria Germano. A aluna está no Projeto Asa Branca há nove anos. "Aqui temos certeza que nossos filhos ganham cidadania e ganham a oportunidade de viver um tempo real e não virtual e mais estão longe do mundo das drogas. A música e a arte tem este poder".


O projeto Asa Branca ensina as crianças a tocar sanfona e é mantido pela Fundação onzagão, entidade criada em 2 de março de 2000 pelo então promotor de Justiça de Exu, Francisco Dirceu Barros, entre outros cidadãos.


 “O doutor Francisco era um apaixonado pela cultura gonzagueana, e foi dele a ideia da Fundação. O objetivo é prestar atendimento a crianças e adolescentes, especialmente as carentes, utilizando a arte e a poesia de Luiz Gonzaga para sua promoção social”, explica a professora aposentada Marina Santana. Dona Marina é mulher de personalidade forte e esteve junto com o promotor Francisco Dirceu desde o lançamento do Projeto Asa Branca.


“Do ano 2000 até agora, mais de 800 crianças passaram pelo projeto, que inicialmente, além de música, oferecia oficinas de artesanato, dança e poesia. Algumas delas se destacam atualmente tocando sanfona e se apresentando em grupos regionais, “O importante é incentivar as crianças a valorizar a cultura gonzagueana e a promover o município de Exu”, enfatiza.


Assim que se chega ao projeto, a primeira coisa que chama a atenção é o entusiasmo das crianças. O visitante mais atento percebe a precariedade dos instrumentos encostados na parede. “Muitas sanfonas foram compradas em feiras de cidades vizinhas. Alguns estão caindo aos pedaços e precisamos manter o projeto que lógico precisa de novas sanfonas”, explica Marina.


A vice presidente do Projeto Asa Branca acrescenta que "é necessário doações e novos projetos, parceiros que possam também garantir a  possibilidade do Projetor ganhar novos instrumentos para facilitar o aprendizado das alunas e alunos".


No sopé da Fazenda Caiçara, serra do Araripe, no dia 13 de dezembro de 1912 nasceu o cantador e sanfoneiro Luiz Gonzaga.


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SAÚDE DOS HOMENS EM ALERTA DURANTE O NOVEMBRO AZUL

Em 2019, estima-se que 68.220 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em Pernambuco, esse número é de 3.050 e 590 no Recife. Frente à realidade, neste mês se inicia mais uma edição da campanha Novembro Azul, chamando atenção para o diagnóstico precoce da doença e também para a saúde do homem de forma global. A iniciativa surgiu na Austrália, em 2003.

O diagnóstico tardio é um dos principais motivos para o câncer de próstata ser o segundo tipo de tumor maligno que mais mata os homens, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Por isso, é imprescindível para o homem a partir dos 45 anos (40 anos para quem tem histórico familiar) se consultar com o urologista anualmente e fazer o exame de sangue PSA. Muitos não sabem, porém, que o profissional não cuida somente da próstata, mas do aparelho urinário e reprodutor como um todo.

Foi em uma dessas consultas de rotina que o agricultor João Gorgonho, 66 anos, recebeu o diagnóstico. A suspeita veio após um exame de sangue e a confirmação com uma biópsia. Ele conta que até então não tinha conhecimento da doença e ficou bastante assustado quando recebeu a notícia. Na última quinta-feira, Gorgonho, que mora em Camocim de São Félix, no Agreste do Estado, deu início ao tratamento no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), no Centro do Recife. "Agora, estou mais tranquilo porque sei que foi descoberto no início e tem cura", disse.

Segundo o coordenador do serviço de urologia do HCP, Leônidas Nogueira, à medida que ocorre o envelhecimento, a próstata cresce naturalmente, causando alguns sintomas que se assemelham ao câncer de próstata, entre eles: dificuldade, dor ou ardor ao urinar e vontade frequente de urinar. Ele explica que se o exame de sangue PSA mostrar alguma alteração, o médico faz o toque retal e, ao identificar algum nódulo, realiza a biópsia. Sendo câncer, a detecção precoce da doença aumenta em 80% as chances de cura.

"Ele é silencioso nas fases iniciais. Daí a necessidade de você fazer o rastreio. Por que se você for esperar o câncer apresentar sintomas isso só vai acontecer em uma fase mais avançada", comentou o urologista. A doença pode ser prevenida mantendo hábitos saudáveis (não fumar, evitar bebidas alcoólicas e manter um bom peso corporal), porém, os principais fatores de risco são a hereditariedade e a idade (tanto a incidência, quanto a mortalidade, aumentam significativamente após os 50 anos), por isso é indispensável o acompanhamento médico.

Muitos homens têm medo do diagnóstico de câncer, porém, a medicina tem evoluído para proporcionar aos pacientes tratamentos menos invasivos e cada vez mais eficazes. Leônidas Nogueira conta que o preconceito em procurar um urologista ainda existe, mas vem diminuindo. 

"Em parte porque a gente está vendo a população envelhecer, os homens estão vendo seus parentes mais velhos, usando sonda, sofrendo, então estão começando a ficar com um pouco mais de medo. O importante é nunca deixar de se cuidar", disse.

Fonte: Folha de Pernambuco
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PERÍODO DEFESO DA PIRACEMA: ATÉ O DIA 29 DE FEVEREIRO SÓ É PERMITIDO PESCAR NO RIO SÃO FRANCISCO PARA CONSUMO

Começa nesta sexta-feira (1º) o defeso da piracema no Rio São Francisco, época em que os peixes fazem a reprodução e desova. Até 29 de fevereiro de 2020, só é permitido pescar para o consumo. Os pescadores só podem utilizar anzóis para a pesca, mas com algumas restrições. O limite máximo é de 5 kg de espécies nativas e mais um exemplar de outras espécies por pescador. O objetivo é deixar a natureza descansar e seguir o ciclo natural.

A piracema é a época em que os peixes nadam em direção à nascente para reprodução e desova. Atinge estados como Pernambuco, Bahia e Sergipe. Aqueles, que desobedecem podem sofrer multa e pode responder por crime ambiental.

A fiscalização é feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mas o que conta mesmo é a conscientização dos pescadores. "Nossos peixes já desapareram quase tudo e nós só temos três espécies, o Pacu, o Piau e o Curumatá. Então, esse é um período de defeso, um período de reprodução dos peixes, a gente tem a consciência que não pode pescar, já está difícil, se pegar os peixes que vão reproduzir, pior vai ficar no futuro, aí a gente não vai ter mesmo”, destacou o presidente da Associação de Pescadores da Ilha do Fogo, Tadeu Reis.

Nesse período do defeso, os pescadores recebem um seguro-desemprego do Governo Federal. O pagamento é de um salário-mínimo."O que a gente conta é com ele, é essa ajuda, é pouco, mas a gente vêm solucionando as necessidades dos pescadores”.

Fonte: G1
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