Pela primeira vez, Alcoólicos Anônimos traça perfil de quem quer parar de beber no Brasil

Uma pesquisa inédita, que acaba de ser divulgada pelos Alcoólicos Anônimos (AA) - entidade presente no Brasil há 70 anos -, traçou o perfil de seus membros, que querem parar de beber. 

Em todo o território nacional, foram ouvidas 5.828 pessoas, entre julho e novembro de 2018. A consulta inédita mostrou que 87% dos frequentadores de reuniões de recuperação são do sexo masculino, casados, com faixa etária superior a 41 anos. 

A sondagem revelou também que seus métodos, baseados em 12 passos, para que o alcoolista passe a evitar o primeiro gole, vem dando certo. Dos mais de 50 mil integrantes que lutam contra a dependência do álcool no país, através da irmandade, 29% estão sóbrios há mais de 20 anos e 68% dos entrevistados não tiveram recaídas.

Segundo dados do órgão, atualmente existem 4 mil grupos de AA no Brasil, que realizam pelo menos 11 mil reuniões por semana.

"As salas de A.A. têm desde recém-chegados a pessoas que estão há mais de 40 anos sem beber. Há pessoas que reduzem riscos de comorbidade (existência de duas ou mais doenças) e de violência física e doméstica ligados ao abuso de álcool. Os grupos atendem o membro, o familiar e o profissional de saúde", ressalta um dos membros que está em recuperação "evitando o primeito gole há 40 anos".

Além de 87% dos membros do Alcoólicos Anônimos serem homens, 62% estarem casados ou em união estável, 32% são aposentados e 43% foram motivados a procurar ajuda nos grupos por pressão dos próprios parentes. Problemas de saúde (34%) e no trabalho (27%), ideias suicidas (13%) e problemas judiciais (6%) foram outras razões apresentadas pelos frequentadores.

Alcoólicos Anônimos criou um programa que conta com 12 passos. Todos têm forte ligação com a questão espiritual, mas o primeiro deles é reconhecer a dependência. 

"A pessoa que deseja parar de beber pode frequentar as reuniões. Não existe taxa nem cadastro. O anonimato é um de seus principais pilares. E o que acontece nos grupos? Troca de experiências, partilha de esperanças e de como lidar com a doença. Mostrar o que deu certo e, só por hoje, conseguir se manter sóbrio e distante do álcool", explica Camila Silva, que é psicóloga e atua há 15 anos como voluntária do projeto.

O autônomo X,, de 42 anos, conta que procurou o A.A. depois de ter alcançado o “fundo do poço”, há cinco anos. 

“Cheguei ao ponto de tomar um litro de vodca por dia. Estava começando a beber no trabalho e perdendo a sanidade. Tinha pesadelos horríveis e mal brincava com minha filha (A., então com 10 anos) no auge da bebedeira. Minha vida só começou a ser reestruturar e o sol voltou a brilhar, depois que comecei a frequentar as reuniões. Nunca mais parei de partilhar meu dia a dia com os colegas que também lutam pela manutenção da sobriedade. Hoje, não sinto mais ansiedade e nem vontade de consumir álcool, embora continue frequentando ambientes que antes frequentava com a família. Me dei conta de que as pessoas podem beber, mas eu, não mais. Só por hoje não preciso, pelo menos”, relata.

Profissionais de diversas áreas, como psiquiatria e psicologia, lembram que a dependência do álcool é uma doença grave, de difícil tratamento e de fim fatal. Mas admitem, porém, que A.A. é um grupo que traz resultados expressivos. O fato de se evitar o primeiro gole, leva á abstinência. Isso não significa a cura, mas uma outra vida, longe de problemas. O anonimato também é exaltado como um dos fatores de sucesso do A.A. Nas reuniões, a recomendação é insistente: "Tudo que ver e ouvir aqui, deixe que fique aqui". 
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Instagram é avaliado como a pior rede social para o bem-estar e a saúde mental de adolescentes passa por mudanças

Usuários da rede social Instagram no Brasil perceberam uma importante mudança. Entre os recursos da plataforma o número de “curtidas”, também conhecidas como “likes” que uma publicação recebe, não fica mais visível para todos os usuários. O tema foi um dos mais discutidos do dia em outra rede social, o Twitter, e esteve entre os mais buscados no Google.

A mudança no Brasil está entre os testes anunciados em abril deste ano durante um evento de desenvolvedores do Facebook, empresa controladora do Instagram.

A experiência faz parte de uma série de medidas que o Instagram vem anunciando nos últimos meses para combater práticas nocivas na rede, como o discurso de ódio ou o bullying na web. Tais ações são uma resposta a críticas recebidas pela plataforma de que sua arquitetura e lógica de funcionamento favoreceriam um ambiente prejudicial ao bem-estar de seus integrantes.

Um estudo da Sociedade Real para a Saúde Pública, realizado em 2017, apontou o Instagram como a pior rede social para o bem-estar e a saúde mental de adolescentes. Segundo o estudo, o Instagram tem impactos importantes em adolescentes, provocando ansiedade, depressão e solidão, além de outros efeitos como na autoimagem dos jovens a partir da lógica das fotos.

Felipe Neto, empresário com canais populares em redes sociais, esteve entre os que vocalizaram essa análise. Ele afirmou que a medida pode mudar a forma como a internet funciona.

“O Instagram virou uma rede social tão de fomento à vaidade, ao ego que se transformou em um vírus. É um lugar muito mais negativo do que positivo. Tirar os likes vai ser interessante. Vai ser interessante tirar as disputas”, comentou em um vídeo postado em seus canais.

Além dos testes retirando a visibilidade pública das curtidas, a empresa anunciou algumas outras ações voltadas a coibir essas práticas. Neste mês, em uma nota, o diretor Adam Mosseri informou a implantação de uma ferramenta que usa Inteligência Artificial para questionar o usuário sobre seu conteúdo antes de postá-lo, se o sistema considerar que este pode ser ofensivo.

“Testes preliminares desse recurso mostraram que ele encoraja algumas pessoas a rever os comentários e compartilhar algo que gere menor dano, uma vez que elas tiveram a chance de refletir”, disse Mosseri no comunicado, divulgado no dia 8 de julho.
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PAPA FRANCISCO NOMEOU NOVO BISPO DE SENHOR DO BONFIM, BAHIA

O papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 17, para a vacante diocese de Senhor do Bonfim, na Bahia, o padre Hernaldo Pinto Farias, membro da Congregação do Santíssimo Sacramento.

Padre Hernaldo nasceu em 24 de junho de 1964. É bacharel em Teologia pelo Instituto Teológico São Paulo, ITESP, e licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras das Faculdades Associadas do Ipiranga, em São Paulo.

Possui mestrado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção e em Sagrada Liturgia pelo Pontifício Ateneu Santo Anselmo de Roma. Também é doutor em Sagrada Liturgia pelo Pontifício Ateneu Santo Anselmo de Roma.

Desde 1996 padre Hernaldo é membro do Centro de Liturgia dom Clemente Isnard. Atualmente também é membro da Associação dos Liturgistas do Brasil (ASLI) e professor do curso de atualização e especialização nordestão de liturgia, em Crato (CE). Além dessas funções, é coordenador do curso de pós-graduação em Espaço Litúrgico e Arte Sacra do Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard e membro da Comissão Internacional de Finanças da Congregação do Santíssimo Sacramento junto à Cúria Geral.
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LUIZ DO HUMAYTÁ LANÇA CD DECANTO O SERTÃO NESTE SÁBADO (20) EM CURAÇA

O cantor e compositor Luiz do Humaytá faz show de lançamento neste sábado (20), do cd, Decanto o Sertão, em Curaça, Bahia. O evento ocorrerá no Bar do Ananias, a partir das 11hs.

O escritor João Guimarães Rosa diz que o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia. Como explicar a caminhada de um gaúcho apaixonado pelos sertões. Luiz Carlos Forbrig é o nome de Batismo. O apelido Humaytá, ele herdou, da característica do nordestino que precisa de um adjetivo para os nomes, daí, Luiz do Humaytá.  

Geólogo, aposentado da Petrobras desde 2016, o então funcionário público ganha o nome artístico da Fazenda Humaytá, onde cria bode, ovelha, pimenta, planta palma e produz frutas orgânicas. 

O real é que Luiz nasceu em Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. Filho de Guilhermina e Anoly. Com os pais desenvolveu a veia poética musical. A mãe puxava os cantos religiosos da Igreja Católica. O pai tocador de gaita de boca. Luiz aprendeu a tocar violão nas terras gaúchas. 

O Nordeste Luiz conheceu devido o trabalho no sertão e a realidade foi tatuada do sol abrasador, da luz das caatingas, do calor contrastante do frio das terras do sul. E assim passou a cantar e fazer versos para o sertão, os sertões.

"O Sertão é dessas coisas que não tem meio termo ou você ama ou odeia. Eu me apaixonei pelo sertão. Primeiro pelo rio São Francisco e depois pela caatinga. Cheguei na região de Juazeiro e Curaça em 1979", explica.

Luiz para morar definitivamente no sertão do Vale do São Francisco, deixa a vida na capital Salvador, 'abandona a cidade grande",  onde fez vários shows e decide no 'meio da caatinga", viver o trabalho junto a agricultura e ao inseparável violão.

A história conta que em novembro de 2010, Luiz formou a Banda Forró Avulso, com o desafio de fazer o forró nordestino com uma pitada de modernidade: a gaita de boca no lugar da sanfona e o cajon no lugar da zabumba. Com este grupo fez carreira em Salvador tocando na noite baiana por seis anos.

A discografia consta seis CDs: 
2012 - CD ACÚSTICO. 2014 – CD PÉ DE CHÃO
2015 – LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA MÚSICAS GAÚCHAS
2015 –FORRÓ AVULSO e LUIZ DO HUMAYTÁ - 5 ANOS DE ESTRADA
2017 – LUIZ DO HUMAYTÁ AVULSO
2019 – DECANTO O SERTÃO

Luiz do Humaytá continua unindo o empreendedorismo pela agricultura, a música e a poesia. É a travessia que une a paixão pelos ritmos, referência a Luiz Gonzaga, ao sertão, a caatinga. 

Luiz do Humaytá, no CD, Decanto o Sertão, junta o violão ao ritmo da sanfona e zabumba, provocando o sentimento dos amantes do forró, da música brasileira, numa travessia do Rio Grande do Sul ao Nordeste, sertões brasileiro, mostrando que Luiz Gonzaga vive, está vivo no sertão, na cidade grande e capitais, de Norte a Sul, Leste Oeste. Luiz Gonzaga vive na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira.

Humaytá é uma palavra de origem indígena significa pedra preta. Humaytá é o nome de uma batalha fluvial ocorrida em 1868, no rio Paraguai entre forças brasileiras e paraguaias. Esta batalha visava destruir a fortaleza de Humaytá que impedia a passagem da esquadra brasileira para chegar à Assunção atual capital do Paraguai. A vitória foi da esquadra brasileira.
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GONZAGUEANOS PREPARAM CELEBRAÇÕES DOS 30 ANOS DE SAUDADES DO REI DO BAIÃO

O Bloco Amigos de Luiz Gonzaga, "O Gonzagão" foi idealizado em 1996, portanto são 23 anos valorizando e preservando a memória do sanfoneiro Luiz Gonzaga. 

No próximo dia 02 de agosto de 2019, os amigos  mais uma vez vão  prestar homenagens ao Rei do Baião. Sanfoneiros, amigos, admiradores e pesquisadores formarão uma roda de sanfona para celebrar a ausência física do sanfoneiro do Riacho da Brígida. Luiz Gonzaga morreu no dia 02 de agosto de 1989, este ano completa 30 anos de saudades.

O presidente do Bloco O Gonzagão, João Luiz, diz que é tradição todo ano,  dia 02 de agosto, a Festa da Saudade e no dia do nascimento especial 13 de dezembro, o grupo sempre participa da Missa de Ação de Graças em Exu. 

Este ano o grupo além das homenagens em Juazeiro, Bahia, também irá participar dos festejos em Exu, Pernambuco. A programação consta da Missa da Saudade que será realizada no Parque Asa Branca, embaixo do pé de juazeiro.

"Antes de irmos para Exu, a reunião é aqui em Juazeiro. Ouvimos música, uns trazem discos vinil antigo, até fita cassete, outros já mostram a tecnologia mais avançada que tem destaque Luiz Gonzaga. E assim mantemos viva a história de Luiz Gonzaga".

No espaço, localizado no bairro João XXIII em Juazeiro, onde funciona o ponto de encontro dos Gonzagueanos, existe uma exposição de quadros da vida e obra de Luiz Gonzaga e toda uma gastronomia nordestina. "Aqui a vida de Luiz Gonzaga é lembrado durante todo o ano", afirma João Luiz.

O Grupo O Gonzagão foi fundado pelos amigos João Luiz, sanfoneiro cantor e compositor Targino Gondim, Flávio Baião. O grupo é uma associação filantrópica, sem fins lucrativos, com ações também voltadas para o social.

Em Petrolina no dia 02 de agosto também será celebrado na Casa dos Artistas. O sanfoneiro Luiz Rosa organiza a I Sanfoneata do Vale do São Francisco. A proposta é realizar a primeira passeata do sertão reunindo sanfoneiros.

Luiz Rosa já confirmou a presença de sanfoneiros de Jacobina, São Raimundo Nonato e Picos, Piauí, Remanso, Bahia e de Exu, terra do Rei do Baião;

"Aqui todo dia é dia de celebrar, festejar. Aqui Luiz Gonzaga vive", finalizou Luiz Rosa.
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Ministério Público realiza ação de fiscalização ambiental do Rio São Francisco

A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco abrange 639.219 quilômetros quadrados de área de drenagem e vazão média de 2.850 metros cúbicos por segundo. Com 2.700 quilômetros de extensão, o rio São Francisco é o maior rio brasileiro inteiramente nacional. 

Ele nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para leste, chegando ao Oceano Atlântico na divisa entre Alagoas e Sergipe. Nesse percurso, banha 540 municípios, 240 deles em território mineiro.

Sua bacia, onde vivem mais de 15 milhões de pessoas, tem grande importância para o país, não apenas pelo volume de água transportado em uma região semiárida, mas também pelo potencial hídrico passível de aproveitamento e por sua contribuição histórica e econômica para a região. 

Ao longo dos anos, o rio São Francisco vem agonizando e esse perecimento decorre de vários fatores, entre eles, o desmatamento realizado para dar lugar a grandes projetos agropecuários, com erradicação das matas ciliares, provocando intenso assoreamento. 


A poluição advinda do uso indiscriminado de agrotóxicos e o uso abusivo da água, em especial por projetos de irrigação, muitas vezes sem outorga dos órgãos competentes também afetam negativamente o rio. 

Por este motivomFloresta, Itacuruba, Jatobá, Petrolândia e Tacaratu recebem a partir desta semana a 2ª etapa do Programa de Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em Pernambuco (FPI/PE). 

O objetivo da operação é diagnosticar danos ambientais autuando infratores e prestando orientações às populações locais.

A meta é combater danos ambientais relacionados à extração mineral, comércio e uso de agrotóxicos, abate ilegal de animais, abastecimento de água, saneamento e gerenciamento de resíduos sólidos, bem como a atividades com impacto na fauna e flora, no patrimônio cultural e nas comunidades tradicionais da região, entre outros. 


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CARRINHEIROS E CONDUTORES DE CARRINHO FARÃO MAIS UM PROTESTO NO MERCADO DO PRODUTOR NESTA QUINTA (17)

Os trabalhadores carrinheiros e condutores de carrinho farão mais uma paralisação das atividades no Mercado do Produtor. A redação deste Blog Geraldo José recebeu a informação que o protesto vai ter início na madrugada desta quinta-feira (17).

Uma das queixas é a continuidade da cobrança da taxa de R$ 52,00 cobradas e o planejamento de melhorias de trabalho no local. Deste o mês passado a diretoria do Mercado do Produtor e os trabalhadores travam uma "guerra".

"Nós fomos procurados pelos trabalhadores que denunciaram estar sendo lesados no ceasa. Eles alegam que está sendo cobrada uma taxa de R$ 52 reais mensais, além da cobrança de R$ 5,00 a cada acesso ao mercado, têm que ter habilitação e placa o que gera um custo de R$ 200,00 reais mensais se não alugar o carrinho” declarou José Nilton

O protesto tem como objetivo, de acordo com os trabalhadores, chamar a atenção para o descaso que vem ocorrendo com os que estão em busca de melhores condições de trabalho. 

No dia 25 de junho, os condutores de carrinhos de frete, conhecidos por ‘carrinheiros’ com apoio dos permissionários e dos caminhoneiros bloquaram a rotatória de acesso ao Mercado do Produtor de Juazeiro reclamando dos valores das taxas cobradas no Ceasa local, bem como das dificuldades que enfrentam no dia-a-dia.

Por meio de nota, a Autarquia municipal de Abastecimento/AMA informou que desde maio está sendo feito o recadastramento dos carrinheiros do Mercado do Produtor de Juazeiro que consiste na atualização dos dados e aquisição da nova placa. Foi estabelecido um prazo entre administração e carrinheiros que terminou na terça-feira (25 de junho) e ficou acordado que apenas carrinhos emplacados poderiam entrar no ceasa.

A AMA informou também que carrinhos sem placas não entram no Ceasa de Juazeiro e objetivo da ação é garantir a segurança e ordenamento do entreposto. Os carrinheiros que estavam com a placa antiga e não realizaram o recadastramento tiveram até a segunda-feira, 1° de julho, para atualizar o cadastro na administração do mercado.
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