Luiz Gonzaga e a Vida do Sertão é tema de exposição no Centro Cultural Cais do Sertão

O Centro Cultural Cais do Sertão abrirá, nesta segunda-feira (21), com programação especial para turistas que desembarcarão em dois navios que aportam no Porto do Recife: o Costa Luminosa e o Marco Polo.

Apresentações culturais, trio pé de serra, orquestra de frevo e conjunto de percussão integram as atividades programadas para recepcionar os visitantes.

O Centro Cultural também estará com a exposição permanente de “Luiz Gonzaga e a Vida do Sertão” e com a mostra “Quando A Vida É Uma Euforia!” da artista pernambucana Joana Lira,  das 9h às 17h.

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Estudos mostram que mais armas aumentam violência contra a mulher, diz Defensoria

A Lei Maria da Penha prevê como medida protetiva de urgência, em seu artigo 22, a suspensão da posse e do porte de arma de agressores que cometeram violência doméstica e familiar. 

Diante do decreto do governo Bolsonaro, que facilita a posse de armas, a Defensoria Pública de São Paulo, por meio do seu Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, formulou um modelo de solicitação dessa medida protetiva, distribuído a todos os defensores públicos, para que façam uso quando necessário.

A flexibilização da posse de armas era uma promessa de campanha de Bolsonaro. Na última terça-feira, 15, ele assinou o decreto que facilita o acesso a armamentos. 

A Defensoria Pública tem atuação destacada em Juizados de Violência Doméstica, onde promove a representação e defesa de mulheres vítimas nos processos onde há julgamento de acusações criminais e aplicação de medidas protetivas.

A defensora pública Paula Sant’Anna Machado de Souza, coordenadora do Núcleo, cita estudos que mostram que quando ocorre o aumento de acesso a armas, as mulheres acabam sofrendo mais violência.

"Lembremos que o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, de acordo com números da Organização Mundial da Saúde" disse.

Paula Sant’Anna alerta ainda que, de acordo com o Mapa da Violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil, houve um aumento da violência contra a mulher nos últimos anos. A arma de fogo foi o meio mais usado nos 4.762 homicídios de brasileiras registrados em 2013.

No Estado de São Paulo, o número de feminicídios subiu 26,6% em 2018, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.

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Aderaldo Luciano e o Dia de São Sebastião

1 -O Dia de São Sebastião sempre foi especial para mim. Em minha infância, porque íamos ao distrito de Mata Limpa participar da festa dedicada ao santo. Caminhávamos uns 5 quilômetros a pé para poder participar da procissão e respirar a aura medieval dos ritos de fé: muita gente que estava a pagar promessas. Depois, à noite, o prolongamento profano: forró e muita aguardente e algum namorico e o retorno a pé. Foi aí, numa dessas festas que vi pela primeira vez uma corrida de argolinha. Hoje gosto de São Sebastião por diversos outros motivos: um deles é o Rio de Janeiro. O outro é essa primeira pintura na ilustração, transformada em clássico.

2. Tornando-se um dos santos mais populares do Brasil, São Sebastião também tornou-se padroeiro de muitas cidades. Pela sua popularidade, no dia de hoje, há romarias e visitações em todas as igrejas das quais seja o anfitrião. Pela história de fé e abnegação tornou-se ainda um dos santos mais retratados em pinturas e gravuras. Dos clássicos aos renascentistas, São Sebastião foi sempre um belo modelo. Reproduções em estátuas de mármore, madeira, argila e gesso são sempre admiradas. A pintura reproduzida, a de número 2, é sensacional: um Sebastião cheio de alegorias na arte de Ronaldo Mendes.

3. O sincretismo religioso brasileiro associou São Sebastião a Oxossi, guerreiro, caçador, guardião da fartura, habitando as florestas. Na Umbanda veste a cor verde, no Candomblé, a azul. Como caçador, Oxossi é paciente e decidido, não perde a presa. Utiliza como ferramenta na caça, o arco inviolável. Amigo ligado às ervas e aos animais, nunca lhe é custoso ajudar aos que precisam oferecendo-lhes um pouco de saúde e prosperidade. Esse pintura que reproduzo, a de número 3, é linda, empresta ao santo um aspecto misterioso e destemido, contrária à imagem do herói sofredor. Não consegui identificar o autor, consegui ler Troll, talvez. Quem souber de quem é essa bela pintura, nos dê o crédito.

4. Sebastião foi um soldado romano do tempo do imperador Diocleciano, nascido em Narbona. Como cristão, passou a proteger os irmãos das perseguições e castigos. Ganhando a confiança do imperador, foi trabalhar na Guarda Pretoriana. Descoberto seu lado cristão, foi acusado de traidor e condenado ao martírio por meio de flechadas. Foi dado como morto, mas sobreviveria. Socorrido por Santa Irene, recuperou-se e num ato de heroísmo cristão reapresentou-se ao imperador que ordenou seu espancamento até à morte. Seu corpo foi jogado nos esgotos de Roma. 

A gravura reproduzida é do acervo da Biblioteca Nacional de Lisboa, sem data nem autor. Belo Sebastião.

Fonte: Aderaldo Luciano-professor doutor em Ciência da Literatura
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Rádio: Ney Vital sacode o forró com bom jornalismo


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Silvério Pessoa e a valorização musical de Jackson do Pandeiro

Há quem diga que Jackson do Pandeiro cantava com as mãos quando manipulava o pandeiro e com a voz, ritmava as suas composições, tamanha a simbiose musical do paraibano de Alagoa Grande. 

Por seus compassos passaram coco, samba, frevo, xaxado, baião e, inspirados pelo “Rei do Ritmo”, como ficou conhecido, revisitaram suas obras nomes de peso da música brasileira. 

E em Pernambuco, se for para falar de Jackson, da ressignificação do seu legado e da importância da cultura nordestina a partir da sua obra, o cantor e compositor Silvério Pessoa é referência e, mais uma vez, vai contemplar a discografia do “mestre” no Sarau do Jackson do Pandeiro, apresentação que ocorre neste sábado (19), no Teatro Hermilo Borba Filho, em dois horários: 18h e 20h. 

O show integra a programação do festival Janeiro de Grandes Espetáculos e será uma espécie de pontapé inicial para celebrar o centenário de José Gomes Filho, nome de batismo de um dos mais ilustres representantes da nossa música popular brasileira.

“O sarau tem o simbolismo de ser um encontro de confraternização, com o intuito de compartilhar momentos de lirismo e saudosismo, embora a pegada seja contemporânea. Vamos conversar, ouvir música e poesia”, contou Silvério em entrevista à Folha de Pernambuco. 

Como mote do repertório, Silvério sobe ao palco com o coco e o forró do disco “Cabeça Feita”, mas outros clássicos do paraibano serão levados para a apresentação, que também terá canções do “Micróbio do Frevo”, ressaltando as sonoridades presentes no trabalho do músico pernambucano. 

“Ele (Jackson do Pandeiro) me acompanha desde o início da carreira, sendo a grande inspiração do Cascabulho. O sarau reúne a cultura popular nordestina, pernambucana e paraibana, com ressalva do forró sem acordeom, zabumba e triângulo. Criar essa pegada para cantar Jackson e toda sua polirritmia e versatilidade interpretativa, não foi fácil mas nos deu muito prazer”, completou.

Em agosto Jackson do Pandeiro, se vivo estivesse, completaria 100 anos de vida. Para iniciar as reverências ao mestre, Silvério Pessoa abre as portas do Hermilo Borba e depois começa a se programar com celebrações no decorrer de 2019. Outras cidades de Pernambuco e a ideia de percorrer com a obra de Jackson em um circuito nacional, também estão entre as possibilidades de lembrar o centenário do ritmista.

“Há outros projetos sendo pensados. Um deles, tem relação sinfônica com Jackson e com a orquestra de câmara regida pelo maestro José Renato. Na Paraíba também faremos participações, e vem os festejos juninos e antes disso o Carnaval, com o 'Micróbio do Frevo', que é uma parte carnavalesca do Jackson que pode ser metamorfoseado em vário segmentos”, ressalta Silvério que se distancia do que boa parte do nosso país fez em relação ao "Rei do Ritmo", relegado quase sempre a papeis secundários.

Para o show deste noite, Silvério Pessoa levará para o palco a persistência de manter vivo o cancioneiro do paraibano, nordestino e brasileiro “caba da peste”, Jackson do Pandeiro, com "Vou de Tutano", "Xote de Copacabana", "Xarope de Amendoim", "Coração Bateu", "Chiclete com Banana", "1 x 1" e "Tum Tum Tum", entre outros clássicos. 

“Acho que ainda há um certo núcleo de resistência, de tentar multiplicar, ressignificar e se inspirar nos mestres tradicionais. Passamos por uma certa escassez de referências na música mas temos um legado, estabelecido por Jackson, que não ganhou a exposição e expansão de Luiz Gonzaga, por exemplo, é relativamente desconhecido da discografia brasileira mas, foi um gênio, e está ali ao lado de Frank Zappa, Miles Daves, BB King, Tom Jobim, Chico Buarque, Lenine e Djavan", concluiu Silvério.

Fonte: Folha de Pernambuco
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III ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA ACONTECE EM EXU, PERNAMBUCO

Acontecer entre os dias 18 a 27 de janeiro, a 3ª edição do Encontro Saberes e Práticas da Caatinga: Raizeiro(a)s, Benzedeiro(a)s e parteiras, na Chapada do Araripe, Pernambuco.

O encontro será realizado em Exu, Pernambuco. O evento tem como objetivo promover a troca de saberes entre os raizeiros(as), benzedeiros(as) e parteiras da região da Chapada do Araripe contribuindo para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional nos processos de cuidado e cura.

Serão ofertadas oficinas sobre Quiropraxia, Bioenergética, Argiloterapia, Shiatsu, Introdução a cosméticos naturais, Agrofloresta Sintrópica, Essências do feminino (Aromaterapia na saúde da mulher), Saponificação, Meditação, Extração de óleos, Enema, Primeiros socorros com óleos essenciais, Extração de óleos, Alimentação viva e Biocontrução. 
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Salvador: Marquinhos Café apresenta um Forró Para Dominguinhos, no sábado 9, no Gibão de Couro

Um Forró Pra Dominguinhos! No sábado 9 de fevereiro o cantor e sanfoneiro Marquinhos Café, fará em Salvador, a partir das 21hs, no Restaurante Gibão de Couro uma homenagem ao mestre Dominguinhos. 

Dominguinhos completaria no dia 12 de fevereiro 78 anos de nascimento. Dominguinhos nasceu em Garanhuns, agreste de Pernambuco.

Por este motivo o Restaurante Gibão de Couro e a sanfona de Marquinhos Café farão a apresentação de "Um Forró pra Dominguinhos".

Marquinhos Café, atualmente é um dos mais legítimos sanfoneiros seguidor da obra de Dominguinhos e Luiz Gonzaga.

Marquinhos é considerado um dos mais talentosos sanfoneiros, virtuoso já foi o vencedor do Festival Nacional de Forró de Itaúnas, Espírito Santo e é presença garantida do Festival Internacional do Forró-Juazeiro-Bahia.

O trabalho de Marquinhos é fruto das inúmeras horas de dedicação, anos de aprendizado dos acordes da sanfona do Mestre Camarão. Marquinhos foi um dos alunos do Mestre Camarão na Escola de “Acordeon de Ouro” (criada em 1994).

Mas, as primeiras lições aprendeu com o pai, "Seu Antonio", sanfoneiro, consertador e afinador de sanfona que colocava na radiola os discos de Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Trio Nordestino, Marinês e Jackson do Pandeiro para o filho escutar.

Nascido em Caruaru, Agreste de Pernambuco, Marquinhos cresceu no universo do Forró e da Música mais brasileira. Impressiona a virtualidade. Com o mesmo talento que executa um forró, xote ou baião, desfila no ritmo do jazz e blues. 

O sanfoneiro traz do Mestre Dominguinhos, a humildade e atenção com os amigos e fãs. Todos os anos é um dos gonzagueanos que prestigia a data de nascimento de Luiz Gonzaga, em Exu, Pernambuco.

Marquinhos Café é um dos integrantes do Quinteto Sanfônico do Brasil, com os amigos e sanfoneiros Targino Gondim, Gel Barbosa, Rennan Mendes e Sebastian Silva, viaja o Brasil, tocando e concretizando que a música não tem fronteiras e em cada acorde revela o que existe de mais belo da música universal.

Entre os projetos já realizados, recentemente Marquinhos Café, participou do lançamento, junto aos principais forrozeiros da coletânea Forró, Festa e São João. O CD idealizado por Flávio José com direção e produção musical deTargino Gondim conta com a participação de 29 artistas do segmento, entre eles Antonio Barros e Ceceu, homenageados no projeto.

É Marquinhos Café um músico antenado com a música mais brasileira, universal. Sanfoneiro e cantor que faz balançar um forró bem buliçoso e agrada a mais refinada plateia afinada não só por forró xote e baião e mais  aficionada também por jazz e blues.

Serviço:  Sábado dia 9 de Fevereiro no Gibão de Couro! Horario: 21hs. Couvert: $20,00.  Pista de Dança.Estacionamento. Gibão de Couro Rua Mato Grosso, n53 Pituba - Salvador Ba.
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