Prefeitos devem conversar com Governo sobre mudanças no Mais Médicos

O presidente Michel Temer participa hoje (19) à tarde do Encontro dos Municípios Brasileiros - Avanços da Pauta Municipalista, na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília. Participam também ministros, parlamentares e prefeitos. Uma das principais preocupações dos prefeitos e secretários municipais de Saúde são as mudanças no Programa Mais Médicos.

A CNM, na semana passada, divulgou notas em que demonstrou preocupação com a saída dos profissionais cubanos do programa. Segundo a nota de sexta-feira (16), foi feito um apelo ao Ministério da Saúde e à Presidência da República para novas medidas sejam apresentadas até sexta-feira (23).
Nenhum comentário

Tese de mestrado, autor mostra que há união entre o erudito e o popular

A música erudita e a canção popular brasileira estabelecem relação de proximidade. A influência se dá de maneira mútua, nas duas direções. Tanto a canção popular recebe influências da música erudita quanto a música erudita também dialoga com o campo popular. 

A avaliação é do músico Chico Saraiva, que fez mestrado para entender o ponto de confluência entre os dois universos musicais, aparentemente localizados em polos distintos. O resultado da pesquisa é o livro Violão-canção: diálogos entre o violão solo e a canção popular no Brasil.

Também resultam da pesquisa o filme Violão canção, uma alma brasileira, com duração de 30 minutos, além de plataforma digital onde estão publicadas as entrevistas sem cortes.

Com a experiência de músico, autor de seis álbuns, Chico resolveu enveredar-se pelo universo acadêmico com a missão de colocar em diálogo a música erudita, escrita em partituras, e a canção popular. Realizou conversas com mestres das duas áreas: João Bosco, Paulo César Pinheiro e Luiz Tatit, no campo da canção popular. Com Paulo Bellinati, Sérgio Assad e Marco Pereira, representando o violão solo de concerto; e Guinga e Elomar como membros das duas tradições.

Embora a música erudita seja amplamente estudada na academia, Chico entendeu que havia lacuna para traçar a relação com a canção popular brasileira. Ele considera que livro, site e vídeo são balanço da carreira. A orientação do mestrado foi feita pelo professor Gil Jardim. 

A banca de avaliação contou com o músico e professor José Miguel Wisnik e o violeiro e professor Ivan Vilela. “Minha ideia, desde o início, é conectar o violão ligado à tradição escrita ao universo da canção popular.” O músico levou oito anos para escrever o livro.

A canção popular brasileira abarca diferentes vertentes. Conforme ressalta Chico, a curadoria da Mostra Cantautores, em que ele é um dos convidados, revela diversidade ao convidar artistas como Ângela Ro Ro, Zélia Ducan e João Bosco, entre outros. “A Cantautores é um apanhado maravilhoso dessas vertentes tão diferentes”, diz.

Chico ressalta que não há hierarquização entre os gêneros. Ao contrário, há uma horizontalidade entre os gêneros, como aponta no livro. No trabalho, ele também apresenta a gênese dos dois gêneros. A canção brasileira tem herança melódico-harmônica da tradição europeia. Também tem influência rítmica da tradição africana. O artista está atento aos “cancionistas”, que são músicos que fazem as composições a partir da vocalidade da palavra. “Estabeleci polaridades, como se fossem linhas de polaridade: nossa herança africana rítmica e melódico–harmônica europeia”, disse.

Ele lembra, porém, que expoente da música erudita brasileira, o maestro Heitor Villa-Lobos (1887-1959) é exemplo do diálogo entre a tradição escrita e a canção popular. “A música erudita releu o folclore nacional. Do outro lado, a canção popular chegou a ponto de maturidade musical a partir de Tom Jobim e já consegue inverter isso. Canção popular mais elaborada, influenciando a tradição escrita.”

Chico defende que o livro resulta da pesquisa, que teve cunho artístico muito mais do que científico. “Procurei colocar em diálogo opiniões e pontos de vista. Meu esforço foi colocar em diálogo mestres. Tudo isso gerou algo que transcende a limitação da plataforma da tradição escrita”, diz.

Ele completa: “O vídeo é a melhor forma de transmitir o que a partitura não dá conta”. O material foi editado para o filme Violão canção, uma alma brasileira, com duração de 30 minutos. As entrevistas brutas podem ser vistas no endereço www.violao-cancao.com.
Nenhum comentário

Aldy Carvalho, o cantador e Compositor lança SerTão Andante em Petrolina

O cantador, compositor, escritor e poeta petrolinense, Aldy Carvalho, lança, nesta sexta-feira(9), às 20h30, no espaço Solar da Praça ( por trás da Prefeitura), centro de Petrolina, seu novo trabalho 'SerTão Andante', cujas gravações foram iniciadas no ano passado e concluídas no primeiro semestre deste ano no Estúdio Espaço Som, em São Paulo. Os trabalhos tiveram a direção musical do produtor e violonista Tony Marshall e produção executiva de Aldy Carvalho e Lenir do Vale Carvalho.

O Cd traz 12 canções que mapeiam o universo afetivo e a natureza que traduzem as belezas de um sertão real e imensurável, território onde nasceu Aldy. Mesmo vivendo desde os anos 80 na capital paulista, o artista jamais abandonou suas raízes pernambucanas. Aliás, foi na sua infância que o cantador começou a se surpreender com as cantorias e as poéticas cordelistas ensinadas pelo pai João Joaquim de Carvalho (In Memoriam).

São músicas inspiradas e conectadas com a diversidade das narrativas de suas letras que se comunicam sobretudo com o mundo de sons, aromas, plantas, água, terra, ar e comportamento humano de pessoas que trafegam no campo sentimental do poeta a partir do sertão como seu mundo e seu quintal. Xote, baião, coco, xaxado, galope, martelo, balada entre outros ritmos, dão o tom da diversidade de gêneros que falam a língua de seu povo.

A riqueza do repertório conta com criações assinadas por Aldy e outras em parceria. De sua lavra estão 'Tempero', ' Maria!', 'Martelo Tirano', 'Jornada', 'Massangana' e 'Trem Nordeste'. Já as parcerias estão em 'Redemoinho' feita com José Verismar dos Santos, 'Estilhaços'(com João Joaquim de Carvalho), 'Companhia do Cordel' (com João Gomes de Sá) e 'Veios d’água'( com Crica Carvalho e Fabiane Carvalho). O cantador também regravou a canção 'Com Certeza', de Nildo Freitas.

Quarto Cd solo de sua carreira, em SerTão Andante, Aldy Carvalho eleva sua cantoria para o que há de mais sofisticado do ponto de vista instrumental sob a batuta de músicos tarimbados. Além dos violões e viola, os arranjos das canções foram lapidadas com violino, piano, flauta, acordeon, percussão e violoncelo. Há até uma participação da ave (calopsita) de estimação do artista, batizado de 'Nino'.

Como descreve o professor universitário da UPE e radialista Simão Pedro dos Santos, em um dos textos assinados no encarte do Cd: "Ouvir Aldy Carvalho é adentrar a memória do sertão mais denso, de dentro, profundo. Seu cantar traz vida e aroma tão locais que palmilhamos outros sertões, outras veredas. O cantador, com o tempero local de sua poética, tende ao universal, pois quem canta sua aldeia sabe de suas entranhas, de suas veias e de seus veios. Poéticos veios". E arremata, o disco de Aldy "é um trem que chega , um trem dando partida". Durante o lançamento do Cd, haverá recital e cantoria com a participação dos artistas Mariano Carvalho e Edvaldo Monteiro.[]
Nenhum comentário

A Mega-Sena da virada, dia 31 dezembro deve pagar um prêmio de R$ 200 milhões

A Mega da Virada, que está fazendo 10 anos, deve pagar este ano um prêmio de R$ 200 milhões. As apostas para o concurso especial de 31 de dezembro já podem ser feitas por meio do volante específico em todas as lojas lotéricas.
Segundo a Caixa, este ano, pela primeira vez, os apostadores também vão ter a opção de registrar suas apostas de qualquer local e a qualquer hora pelo portal Loterias Online, canal digital de apostas das Loterias Caixa. O portal lançado em agosto.
Nenhum comentário

Extrato da casca de jabuticaba combate pré-diabetes

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), com apoio da  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), constatou que o extrato da casca da jabuticaba,  uma fruta nativa da Mata Atlântica, foi capaz de combater o pré-diabetes e o aumento do acúmulo de gordura no fígado em camundongos envelhecidos.

Esses animais foram escolhidos porque o envelhecimento está diretamente associado à redução da capacidade metabólica e alterações do metabolismo hepático, glicídico e lipídico.

Durante o envelhecimento há uma deficiência de controle do nível de glicose no sangue, um aumento da deposição de triglicerídeos no fígado e desequilíbrio hormonal.

Além disso, é comum os idosos apresentarem dislipidemia (aumento de gordura no sangue), hiperinsulinemia (aumento de insulina no sangue), diabetes e doenças cardiovasculares.

Para elevar os danos do envelhecimento, os camundongos foram alimentados com ração rica em gordura para promover ganho de peso, aumentar a gordura no fígado, estimular o aumento de gordura no sangue e aumentar os níveis de glicose.

A dieta possuía cinco vezes mais gordura do que uma dieta normal.

“Observamos que a ingestão do extrato da casca da jabuticaba por camundongos envelhecidos, submetidos a uma dieta com alto teor de gordura, também causou a diminuição no ganho de peso, do aumento de gordura no sangue e do excesso de glicose no sangue e melhorou o HDL [colesterol bom] dos animais, entre outros benefícios”, disse a  coordenadora do projeto, Valéria Helena Alves Cagnon Quitete, professora do IB-Unicamp.

Os estudos analisaram ainda qual a quantidade adequada para consumo, já que a dieta oferecida aos camundongos possuía cinco vezes mais lipídeos do que uma dieta normal.

Outras pesquisas já indicavam que, se os animais consumissem essa dieta por 60 dias, seria suficiente para desenvolverem pré-diabetes e alterações hepáticas.

As análises mostraram que a dieta impediu o ganho de peso e o processo inflamatório e favoreceu uma melhoria na morfologia do fígado.

Agora, os pesquisadores estudam o uso do extrato da casa de jabuticaba no atraso da progressão do câncer de próstata em camundongos transgênicos. Os resultados preliminares mostraram diminuição das lesões.

“Percebemos uma melhora substancial na morfologia da próstata dos camundongos, além da diminuição do estresse oxidativo e da inflamação. A diminuição da inflamação e o equilíbrio do estresse oxidativo levou a uma melhora tecidual e molecular da próstata dos animais”, afirmou Quitete.

O extrato da casca da jabuticaba foi desenvolvido em uma parceria entre pesquisadores do IB e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.

Por meio da parceria, os pesquisadores conseguiram produzir um extrato da casca da fruta que pode ser administrado de forma controlada e com grande concentração de compostos bioativos (substâncias que ocorrem naturalmente em alimentos e que interferem positivamente no metabolismo, mas que não são nutricionalmente necessárias).  

As análises químicas do extrato de casca de jabuticaba demostraram que o composto possui um alto teor de compostos fenólicos, como as antocianinas, presentes também no vinho tinto, com efeitos positivos no metabolismo orgânico. O extrato resultou no depósito de uma patente, que está em processo de licenciamento por uma empresa brasileira.
Nenhum comentário

Severino Vitalino, filho do Mestre Vitalino, está internado em Caruaru, após sofrer um infarto

Severino Vitalino, filho do Mestre Vitalino, está internado em Caruaru,  após sofrer um infarto. Único dos quatros filhos do Mestre do Barro que decidiu seguir os passos do pai, passará por uma cirurgia de revascularização, nesta quinta-feira (8). 

Por coincidência, ele encontra-se no Hospital  que leva o nome do Mestre Vitalino, dirigido pelo Governo do Estado, na  capital do Agreste e sendo tratado com toda a atenção devida pela equipe médica.   Segundo boletim médico divulgado nesta terça-feira (6), ele segue consciente e estável.

Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963), conhecido como Mestre Vitalino, nasceu na cidade de Caruaru, Pernambuco, no dia 10 de julho de 1909. Filho de um lavrador e de uma artesã que fazia panelas de barro para vender na feira, desde seis anos de idade já fazia transparecer seu talento moldando pequenos animais com as sobras do barro.

O barro tirado do Rio Ipojuca, em cujas margens, Vitalino brincava na infância, foi desde cedo a matéria-prima que sem imaginar, mais tarde daria forma a sua arte e o tornaria famoso, produzindo uma arte simples que encantou o mundo, e que os especialistas decidiram batizar como arte figurativa.
O caminho para sair do anonimato foi longo. Do Alto do Moura, onde o artista viveu e contava com a ajuda dos filhos, produzia as peças para vender na feira de Caruaru. Só a partir de 1947 a vida começou a melhorar, com o convite do artista plástico Augusto Rodrigues para uma exposição no Rio de Janeiro, passando a apresentar suas peças na Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana.
Em janeiro de 1949, a fama do Mestre Vitalino foi se ampliando com uma exposição no MASP, e em 1955 fez parte de uma exposição de Arte Primitiva e Moderna, em Neuchâtel, na Suíça. Suas obras passaram a ser valorizadas no Sudeste, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Sua arte está exposta não só em grandes museus brasileiros, mas também no Museu de Arte Popular de Viena, na Áustria e no Museu do Louvre, em Paris. No Brasil, grande parte de seu trabalho está nos museus Casa do Pontal e na Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, no Acervo Museológico da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, e no Alto do Moura, em Caruaru, onde o artista viveu.
Mestre Vitalino deu vida a sua arte de barro, como “os bois”, “as vacas”, “os cangaceiros”, “a ciranda”, “a banda de pífanos”, “o violeiro”, “o zabumba”, “o cavalo-marinho”, “a casa de farinha”, “os noivos a cavalo”, “Lampião”, “Maria Bonita”, “a vaquejada”, entre outros. Sua produção artística passou a ser iconográfica, influenciando a formação de novas gerações de artistas, principalmente no Alto do Moura. A casa onde o artista viveu foi transformada no Museu Vitalino, e seu entorno é ocupado por oficinas de artesãos.

Mestre Vitalino faleceu em Caruaru, no dia 20 de janeiro de 1963.
Nenhum comentário

Filme Légua Tirana vai contar trajetória infantil de Luiz Gonzaga e tempo menino em Exu

As comunidades de Pamonhas, Barro, Tabocas, Brejo de Santo Inácio, Serrinha, Araripe, Gritadeira, Caiçara e Gameleira, todos localizados em Exu, Pernambuco, através de uma parceria com a produção e direção do Filme Légua Tirana, já vislumbram um novo cenário no local.

A iniciativa de preservar e cuidar da manutenção do patrimônio, valorizar o espaço artístico e cultural é da equipe do filme Légua Tirana.

Os moradores das comunidades revelam a garantia e a permanência da identidade cultural, além de incentivar outras ações que atuarão na manutenção da memória coletiva.

O cineasta Marcos Carvalho agradece o empenho, a parceria de todos os moradores e proprietários dos imóveis parceiros do projeto. "Isto é a realidade vivida aqui neste momento. Muito Trabalho, comprometimento com a valorização da Cultura gonzagueana e da classe dos artistas", diz Marcos.

A história de Luiz Gonzaga, dessa vez terá nas telas dos cinemas a história focada na infância, trata-se do novo filme: ‘Legua Tirana’. 

O Projeto Légua Tirana foi aprovado no VIII edital de Fomento ao audiovisual do Estado de Pernambuco- Funcultura. 

Légua Tirana contará com nomes, dos mestres do cinema, Tairone Feitosa, Sergio Silveira, Diogo Fontes, Antonio Luiz Mendes Soares, Rubens Shinki. No elenco já confirmados os nomes de Claudia Ohana, Matheus Nachtergaele, Chico Diaz, Jackson Antunes, Bruno Goya, Kayro Oliveira, Reinaldo Oliveira, Joquinha Gonzaga, Eliana Figueredo, Erivaldo Oliveira, Tonico Pereira, Luiz Carlos Vasconcelos, entre outros grandes nomes.

O idealizador do projeto é Marcos Carvalho, considerado na atualidade um dos mais talentosos cineastas brasileiros. Marcos é também o idealizador do Projeto Cinema no Interior e um dos diretores e produtores do longa-metragem “Na quadrada das águas perdidas”, realização da Mont Serrat Filmes e vencedor de mais de 16 prêmios, dentre eles, melhor filme, fotografia e trilha sonora no IV Festival de Cinema de Triunfo.

Foi em Exu e adjacências que Luiz Gonzaga, ainda criança ao lado do pai, Januário, afamado tocador de 8 baixos e acompanhado da mãe Santana que o menino "Lua aprendeu a ouvir a natureza sertaneja que veio a alicerçar o olhar universal da cultura brasileira, a partir de Exu."

Légua Tirana é um mergulho no universo de cores, ritmos e sonoridades de onde Luiz Gonzaga surgiu para revolucionar a música brasileira. seguindo o fluxo de consciência do artista em seu momento final, o filme acompanha o menino Luiz Gonzaga em seu aprendizado de vida. 

Nesta jornada em busca do seu dom e do seu destino, ele aprende a ouvir o mundo escutando músicos, rezadeiras, romeiros, cegos de feira, retirantes e finalmente com a própria natureza. De cada um desses mestres, recolhe o essencial para construir a matriz sonora da sua revolução musical.
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial