CENTRO CULTURAL CAIS DO SERTÃO PROMOVE O PROJETO MINUTO PUXA O FOLE

A secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, por meio do Centro Cultural Cais do Sertão, Recife,  promove neste sábado (25) mais uma edição do projeto Minuto Puxa o Fole. O projeto, que acontece sempre no último sábado de cada mês e já faz parte da programação fixa do equipamento cultural, terá como atração desta vez o grupo musical feminino "As Januárias".

O grupo foi criado em 2017 na Escola Técnica de Criatividade Musical, pela professora Sidcléa Cavalcanti e as alunas Mayara e Mayra Barbosa. Ao som do violão, zabumba, triângulo e agogô, o trio multifacetado traz em seu repertório clássicos do cancioneiro nordestino. A apresentação será a partir das 15h30, na área interna do Cais. O acesso para o evento é incluso no valor do ingresso do equipamento.

O 'Minuto Puxa o Fole' é um pocket show que busca resgatar a cultura nordestina, juntamente com uma homenagem ao Rei do Baião. O projeto é conhecido entre  os eventos culturais da cidade e já contou com atrações como Terezinha do Acordeon, Cristina Amaral e Salatiel D'Camarão.
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VI FÓRUM ESPÍRITA DE PETROLINA ACONTECERÁ ENTRE OS DIAS 14 E 15 DE SETEMBRO

Será realizado de 14 a 15 de setembro 2018, o VI Fórum Espírita de Petrolina, no auditório da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape). O tema será "Suicídio, não! Viver é a melhor opção"'. A entrada é gratuita.

De acordo com a programação, a abertura do evento será na sexta-feira (14), a partir das 20h, com a palestra Suicídio: Uma Visão Existencial Espírita. O palestrante é Claudio Amorim (Salvador).  No sábado, haverá o painel 14h30 às 17h45, com a temática “Aspectos Morais e Sociais do Suicídio”  com os expositores Ricardo Ferreira (Vitória da Conquista-Ba) e Claudio Amorim. 

A partir das 20h, está programado a palestra de encerramento Suicídio e Obsessão.

O seminário é realizado pela Federação Espírita Pernambucana, Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade e tem apoio do Clube do Livro Espírita do Vale do São Francisco.
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LIVRO REÚNE TRADIÇÕES CULTURAIS QUE SÃO BENS IMATERIAIS DO BRASIL

Pela primeira vez reunidos em uma única publicação, os nove bens culturais de Pernambuco que foram registrados como bens imateriais do Brasil pelo IPHAN agora têm sua história e processo de registro detalhados no livro “Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco”. Organizado pela socióloga Jacira França e pelo historiador Marcelo Renan Souza, o material é uma coletânea de textos inéditos sobre a Feira de Caruaru, Frevo, Roda de Capoeira, Ofício dos Mestres de Capoeira, Maracatu-Nação, Maracatu de Baque Solto, Cavalo-Marinho, Teatro de Bonecos (Mamulengo) e Caboclinho.

“Essa publicação é uma forma de preservar esses bens e dar um retorno à sociedade e aos detentores de cultura de como foi feito esse processo de registro no IPHAN. Para isso, convidamos coordenadores dos inventários e pessoas envolvidas para falar como foi o processo de preparação desses documentos de cada bem imaterial, mostrando como foram as pesquisas, a questão da salvaguarda que foi levantada em campo e o posterior registro”, explica Jacira França.

“Pernambuco é o Estado que tem mais bens imateriais no País e queremos dar visibilidade a essas manifestações. O livro é um meio de incentivar grupos e outras manifestações a produzirem material sobre sua própria história, como uma forma de preservação. De certa forma, é também uma forma inspirar outras manifestações”, avalia Jacira, ao adiantar que o material já está disponível gratuitamente e a versão impressa será distribuída para órgãos dedicados à preservação do patrimônio cultural.

Foto: Foto: Jan Ribeiro/ Secult PE - Fundarpe
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CELEBRAÇÃO PELOS MÁRTIRES DE CANUDOS ACONTECERA EM OUTUBRO

O Movimento Popular e Histórico de Canudos – MPHC – está realizando a “XXXV Celebração Popular pelos Mártires de Canudos”. A programação acontecerá entre os dias 12 a 14 de outubro. O objetivo da Celebração é promover a valorização da história de Canudos, a preservação da cultura popular na região chamada ‘Sertão do Conselheiro’ e, fundamentalmente, contribuir para a conscientização das populações sertanejas na descoberta da visão e versão popular de Canudos.

A MPHC já realiza o evento há 35 anos, promovendo atividades no Sertão de Canudos. 
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CINEASTA MARCOS CARVALHO, LÉGUA TIRANA E A ESSÊNCIA DA INFÂNCIA DE LUIZ GONZAGA

Luiz Gonzaga repetiu diversas vezes que "puxou ao pai Januário no seu lado artístico – sanfoneiro que ele era. "Puxei a minha mãe cantadeira que ela era. Ela... Tinha as novenas no mês de Maria que não faltavam lá em casa; o mês de Maria todinho, toda noite tinha aquelas novenas, e minha mãe era quem puxava a novena tanto na leitura como na voz, cantando os benditos mais bonitos".

Lembrei disto ao saber que o cineasta Marcos Carvalho está com mais uma proposta de filme e dessa vez é "Legua Tirana".


Marcos Carvalho é considerado na atualidade um dos mais talentosos cineastas brasileiros. Idealizador do Projeto Cinema no Interior, é um dos diretores e produtores do longa-metragem “Na quadrada das águas perdidas”, realização da Mont Serrat Filmes e vencedor de mais de 16 prêmios, dentre eles, melhor filme, fotografia e trilha sonora no IV Festival de Cinema de Triunfo.


Marcos Carvalho agora está empenhado em contar a história de Luiz Gonzaga, dessa vez focando na infância do Rei do Baião: ‘Legua Tirana’. As filmagens vão acontecer em cidades do Sertão do Araripe, especialmente, em Exu, terra onde nasceu Luiz Gonzaga.

O filme Légua Tirana é um mergulho no universo de cores, ritmos e sonoridades de onde Luiz Gonzaga surgiu para revolucionar a música brasileira. O foco seguirá o fluxo de consciência do artista em seu aprendizado de vida infantil na jornada em busca do seu dom e do seu destino.

Foi em Exu e adjacências que Luiz Gonzaga, ainda criança ao lado do pai, Januário, afamado tocador de 8 baixos, na região, aprendeu a ouvir o mundo escutando músicos, rezadeiras, romeiros, cegos de feira, retirantes e a natureza.


Por tudo isto o filme Légua Tirana já é aguardado com ansiedade entre os pesquisadores e admiradores da vida e obra gonzagueana.

Atenção: os diretores estão selecionando pessoas interessadas em atuar no filme. São diversos personagens. Inscrições até o dia 25 de agosto, através do e-mail: leguatirana@cinemanointerior.com.br. 


Os pré-selecionados participarão de oficinas ministradas por Christian Duuvoot. No curriculo de 
Christian consta o longa metragem TRASH com Stephen Daldry (quatro indicações ao Oscar). Filme que foi vencedor do Festival Internacional de Cinema de Roma na categoria melhor filme em 2014 e indicado para o BAFTA de melhor filme em língua estrangeira em 2015 e preparou o elenco das Séries: Cidade dos Homens (indicado ao Emmy de melhor ator), Filhos do Carnaval, Pedro e Bianca (vencedora do Emmy como melhor elenco de série).


Légua Tirana conta ainda com nomes, mestres do cinema, Tairone Feitosa, Sergio Sliveira, Diogo Fontes, Antonio Luiz Mendes Soares, Rubens Shinakai.


No elenco já confirmados os nomes de Claudia Ohana, Chico Diaz, Tonico Pereira, Luiz Carlos Vasconcelos.


O Projeto Legua Tirana foi aprovado no VII edital de Fomento ao Audiovisual do Estado de Pernambuco-Funcultura.


“Légua Tirana” é o nome de uma mais belas composições de Humberto Teixeira. Na canção o sanfoneiro Luiz Gonzaga mostra toda religiosidade que também é característica marcante de seu repertório, a dor, o sofrimento, o amor, a oração a Padim Ciço se apresentam nessa canção, nos trechos “Fui inté o Juazeiro/ Pra fazer uma oração (...) Padim Ciço ouviu a minha prece/ Fez chover no meu sertão” (...) Trago um terço pra das dores (...)”. 


A narratividade da música é codificada e traz forte carga emotiva na dramatização que envolve os sentimentos de sofrimento e dor dos sertanejos nordestinos, o ritmo da valsa-toada propõe a idéia de uma caminhada, “Varei mais de vinte serras/De alpercata e pé no chão”, em que muitos dos sertanejos andavam a pé nos deslocamentos de uma cidade para outra, ou seja, Luiz Gonzaga trata na canção o deslocamento de Exu-Pernambuco para Juazeiro do Norte Ceará, ou de qualquer parte do mundo para um outro Universo que tenha Paz.


A Paz cantada em sua sanfona...


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CIDADES DO CEARÁ, DÃO EXEMPLO DE BOAS PRÁTICAS NA ALFABETIZAÇÃO E RÁDIOS DENUNCIAM ALUNOS FALTOSOS

Sabe por que o Ceará tem 77 entre as 100 melhores escolas do país, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ministério da Educação? E, ainda, sete entre os 10 municípios mais bem avaliados pelo Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb) 2017? "Aqui, temos 14º salário", conta o ex- secretário de Educação do estado, Antonio Idilvan Alencar.

Não se trata, porém, de nenhum jogo de perguntas e respostas. O sistema educacional cearense tem se destacado em nível nacional, conforme os principais índices setoriais, graças a uma estratégia pedagógica que inclui incentivos, premiação, autonomia e reciclagem de professores, além de um rígido controle de frequência às aulas. 

Em Sobral, Ceará por exemplo, a relação de alunos faltosos é lida na rádio local.

Primeira no ranking do Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb), Sobral é destaque em todas as avaliações de ensino das quais participa. Tem nota de 6,2 no índice apurado por organização não-governamental (ONG) sobre o desempenho de cada município brasileiro, com foco na educação básica das redes pública e privada (escala de zero a 10).


Sobral bate as melhores escolas de estados mais ricos, como São Paulo. "A razão desse resultado exitoso é um conjunto de ações de uma política pública educacional que prioriza a meritocracia na seleção dos gestores, qualificação do magistério por meio da formação continuada permanente e a valorização do magistério por meio de gratificações e premiações", explica o secretário de Educação do município, Francisco Herbert Lima.


Há um controle rígido de frequência em todas as etapas, com índices próximos de zero na evasão escolar. O controle é feito por diário de classe. Há um profissional em cada escola que faz o acompanhamento e contata os responsáveis.

Diariamente, rádios locais recebem listas dos faltosos, ou seja, há empenho da população pelo ensino. "A sociedade se mobiliza, se envolve e considera a educação um patrimônio local", ressalta o secretário. "Existe um reconhecimento social de que gestores e professores são fundamentais para atingir os resultados que orgulham os moradores sobralenses."

Outro exemplo, Brejo Santos, os alunos da escola de ensino fundamental Maria Leite de Araújo, na zona rural de Brejo Santo, cidade a 70 quilômetros de Juazeiro do Norte, no Ceará, e a mais de 500 km da capital do Estado, Fortaleza. A escola Maria Leite desafia todos os estereótipos e teorias pedagógicas de um colégio modelo: é a melhor instituição pública de ensino fundamental do país.


A média do salário de um professor de Brejo Santo com 40 horas é de  aproximadamente R$ 4.060”. O valor corresponde ao piso salarial e está acima da remuneração média mensal do professor de escola pública no restante do Brasil, que é de R$ 2.455. 

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), apurado pelo Ministério da Educação (MEC), é quem constata o fato. A escola Maria Leite de Araújo possui a maior nota do Brasil, 9,6, para o primeiro ciclo do fundamental. A média para o país, inclusive, é quase a metade (5,2). O indicador mede o desempenho em português e matemática dos alunos da rede pública.


O segredo para tal desempenho, segundo a secretária municipal de Educação, Ana Jacqueline Braga, não se esconde em uma fórmula mágica mirabolante. “Não é preciso muito dinheiro. Basta fazer um feijão com arroz bem feito. Se tiver recurso sobrando, faz também um bifinho à milanesa, claro. Mas é o básico que precisa ser feito primeiro”, conta. A secretária foi percebendo os desafios educacionais do município durante seus mais de 20 anos de experiência como professora da rede.
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JOSE URBANO: ONILDO ALMEIDA, 90 ANOS DO HOMEM DA FEIRA

Personagem ímpar da cultura com DNA caruaruense, Onildo Almeida celebrou 90 anos de vida  no último dia 13 de agosto. Vários adjetivos podem ser usados para definir a sua longeva existência, mas todos convergem para a cultura nordestina.

Membro da Acaccil, da qual já foi seu presidente, empresário da área radiofônica, homem dos muitos versos e tantos amigos, usufrui de um prestígio reservado a poucos brasileiros. 

Pai dedicado, marido cuidadoso, poeta de essência regional, são atributos do destacado cidadão.
Suas muitas histórias na seara artística nos brindam com passagens pitorescas, que revelam a intimidade dos muitos artistas que se tornaram amigos de fé, tendo como destaque o rei do baião, Luiz Gonzaga.  

A histórica parceria começou em 1957, e se prolongou por exatos  últimos 32 anos de vida do brilhante cantor de Exu.

Até as confidências e melancolias serviram como fonte para inspiração musical, que o digam os versos da música “A Hora do Adeus”, gravada em 1967, ou ainda “Regresso do Rei”, composição em destaque no primoroso lp Danado de Bom de 1984, um marco na MPB e na trajetória do próprio Gonzagão.

Seu Onildo tem em suas memórias episódios que vivenciou no Rio de Janeiro, quando por diversas vezes se hospedou na residência do parceiro famoso.  Um deles é de uma polêmica danada, quando o Brasil viu a primeira edição do Rock in Rio, em 1985, e ele diz ao amigo “Lua” que assistirá o evento de música internacional. Seu Luiz reprovou de primeira.  Um homem nordestino, fazedor de forró, tem nada a ver com essa música dos cabeludos do rock, ainda por cima cantando inglês? Onde já se viu isso? Oxeeeee!   

Apesar da opinião contrária do amigo, Onildo foi, assistiu, e na volta produziu um novo disco, com música sobre a fusão do forró com o rock, criando inclusive um novo verbete: forrock!

São páginas da sua memória com conteúdos dessa natureza que formataram a identidade artística desse homem, ao qual foi confiada a missão de compor, criar, reproduzir, ensinar e multiplicar os valores na cultura nordestina, brasileira e universal.

Muitos conteúdos e memória fértil, ofertados para ser explanados a partir desse momento, nessa infinita descoberta que se descortina para pessoas que, assim como eu, são operários incansáveis da cultura e educação. 

Vida longa ao Onildo Almeida, guardião e senhor  da cultura brasileira.

Fonte:  Professor José Urbano
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