O Enem e a alma mais brasileira

O Exame Nacional de Ensino Médio-Enem 2014, trouxe 3 questões que exigiam dos estudantes conhecimento sobre cultura e música brasileira. As questões destacaram o compositor João do Vale, música Sina de Caboclo, que trata da desigualdade social. 

A segunda questão o Cordel e Xilogravura resistem à tecnologia gráfica. Destacou a gráfica Lira Nordestina, Juazeiro do Norte- Ceará, e a Academia dos Cordelistas de Crato. Uma outra questão foi estruturada com a letra de Antonio Barros, o xaxado: "Oi eu aqui de novo", manifestando aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil.

Nas três questões estão a presença de Luiz Gonzaga. Nome que mais valorizou a música brasileira, revolucionando o conceito da melodia, ritmo e harmonia. O Enem 2014 provocará uma nova busca de conhecimentos da mais autêntica manifestação musical brasileira de todos os tempos.

As questões propostas no Enem resumem para o que chamamos a atenção desde a morte do Rei do Baião em 1989: o Brasil tem uma produção musical rica de conteúdo.E porque a TV e o rádio tocam tantas porcarias divulgadas insistentemente, colocando-as em primeiro lugar das paradas como as mais ouvidas, dançadas e cantadas?

Refiro-me aqui, ás letras de músicas atuais, pobres de conteúdo e vazias de arte. Luiz Gonzaga, João do Vale, Antonio Barros, o cordel brasileiro são temas atuais e que nos próximos séculos vão sobreviver apesar de a indústria cultural querer levá-los ao esquecimento.

O Enem 2014 provoca mais oportunidades para que novas gerações busquem os saberes sobre o cordel, Luiz Gonzaga, João do Vale, o forró, o baião e tantos nomes que valorizam a música brasileira e que são quase esquecidos pela mídia atual.

O Enem contribuiu com o zelo pelo patrimônio cultural e artístico do Brasil.

Nenhum comentário

Compositor João do Vale tem talento reconhecido e música Sina de Caboclo é tema do Enem 2014

João do Vale (foto de branco) foi um dos mais talentosos compositores
João do Vale  veio ao mundo como o quinto filho de um casal de camponeses pobres e que se tornou, com suas mais de 200 músicas, um dos grandes compositores da música brasileira. "Meu nome é João Batista Vale. Nasci na cidade de Pedreiras, Rua da Golada, hoje chamada João do Vale". Mas este João não está apenas no nome de uma rua. Através do trabalho do crítico carioca Marcio Paschoal, ele agora está também na biografia Pisa na Fulô, mas não maltrata o Carcará - Vida e Obra do compositor João do Vale, o Poeta do Povo.

João do Vale se tornou compositor por insistência. Para ajudar os pais na lida com os outros irmãos, vendia bombons e doces feitos pela mãe. Apesar do trabalho, estudava com prazer na escola primária do lugar até um incidente tirá-lo dos estudos. "Na época em que cursava o primário, foi nomeado um coletor novo para Pedreiras. Ele levou um filho em idade escolar. Na escola tinha uns trezentos alunos, mas escolheram logo eu para dar lugar ao filho do homem. E eu senti, é claro! Resolvi nunca mais ir estudar", relembrava ele.

 Depois disso, a família se mudou para São Luís e o menino, de apenas 14 anos, fugiu de lá para Teresina junto com um circo. Tinha o sonho de morar no Sul e ter uma vida melhor. Foi ajudante de caminhão no Nordeste e, ao conseguir chegar no Rio de Janeiro, arranjou serviço também como ajudante - dessa vez de pedreiro.

Trabalhava e dormia na construção; à noite percorria as rádios na esperança de se aproximar de algum artista. O primeiro a que teve acesso foi Zé Gonzaga, que a princípio não quis ouvir suas músicas. A resistência durou pouco. O cantor ficou encantado pelas composições de João do Vale e gravou Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste.

Luís Vieira foi o segundo que João procurou; conseguiu que Marlene gravasse Estrela Miúda (de autoria dos dois). Embora não tenha sido fácil, o início da carreira de João do Vale foi rápido. Apenas um ano após chegar no Rio, suas músicas já começaram a ser gravadas. Quando, em 1952, foi receber os direitos autorais da venda de suas composições pela primeira vez, surpreendeu-se com a quantia: 200 cruzeiros. Uma fortuna para quem suava na construção por 5 cruzeiros mensais.

"Tudo o que nasce de João do Vale tem verdade e tem chão", disse Clara Nunes, cantora que recheia a já grande lista dos que gravaram composições do maranhense. Com sua simpatia e humanidade, o músico conviveu com uma centena de personalidades de destaque como artistas, políticos e escritores. Entre eles estão Chico Buarque, Fagner, Bibi Ferreira, José Sarney e Ferreira Gullar. Teve suas composições gravadas por um sem-número de cantores, também Luiz Gonzaga.. A famosa Carcará, por exemplo, foi uma das músicas que projetou Maria Bethânia.

João teve três derrames cerebrais e morreu em 1996 aos 63 anos. Ele era de uma simplicidade contrastante com a época e o meio em que viveu. A biografia escrita por Marcio Paschoal, de 295 páginas, é um apanhado de mais de 40 fotos, cópias de contratos de edição e de partituras originais, discografia, musicografia e depoimentos dos artistas.

Nenhum comentário

Lucimar Freitas será a primeira mulher a apresentar Programa de Rádio voltado para os vaqueiros

Com o objetivo de ser um programa de rádio do Sertão voltado para a família, estréia neste sábado 8, na Rádio Grande Rio am, das 7hs às 8hs,  o Programa A Hora do Vaqueiro.

Criado por Lucimar Freitas, A Hora do Vaqueiro, será mais uma porta aberta na região destinada à cultura sertaneja. "Uma porteira aberta e em especial aos nossos homens e mulheres fortes do nosso amado e querido sertão brasileiro que tem como símbolo a figura do vaqueiro.Te convido a estarmos juntos", disse Lucimar Freitas.

Com uma programação musical voltada exclusivamente para a vaqueirama e amantes da vaquejada, as músicas, o bate papo com os vaqueiros e anúncios  estão diretamente ligados à cultura do vaqueiro, onde as toadas, os aboios, o som dos chocalhos e o berro do gado predominam o ambiente.

Lucimar Freitas cresceu vendo o gado berrar no curral e o vaqueiro correndo na caatinga a procura do gado perdido ou simplesmente vendo a pega de boi no mato e corrida de mourão, por isto vive de corpo e alma o personagem dos resistentes vaqueiros nordestinos.

Em razão dos constantes pedidos dos mais diversos ouvintes a Rádio Grande Rio terá o pioneirismo de uma mulher apresentar um programa com a cara do Sertão e a autenticidade do homem do campo.
Nenhum comentário

Aldemar Paiva, um alagoano que fez história em Pernambuco

"Não quis saber do Rio de Janeiro, e preferiu ficar no Recife, de braços abertos para Pernambuco", escreveu Chico Anísio, na contracapa do disco Monólogos (1998), lançado pelo radialista escritor, compositor, humorista e poeta Aldemar Paiva, falecido na última terça-feira (4), aos 89 anos, 63 deles vividos em Pernambuco, onde marcou a história da TV, do rádio e da música popular do Estado.

Mesmo que tivesse sido apenas compositor, Paiva seria sempre lembrado por ter sido co-autor do primeiro frevo-canção gravado com selo Mocambo/Rozenblit. Quando o empresário José Rozenblit, em 1953, entendeu de criar uma indústria do disco em Pernambuco, uma das duas músicas do 78 rotações da futura gravadora, tinha numa das faces, Boneca, interpretada por Claudionor Germano, e assinada por Aldemar Paiva e o maestro José Menezes (falecido em novembro de 2013).

Com o maestro Nelson Ferreira Aldemar Paiva compôs o clássico Pernambuco Você é meu, gravado na Rozenblit, em 1956, por Raimundo Santos, que seria depois utilizada como a música do seu programa homônimo, que apresentou durante 25 anos, na extinta Rádio Clube de Pernambuco, depois na Rádio Jornal do Commercio, sempre como campeão de audiência no horário.

Um programa pioneiro em tocar frevo o ano inteiro, e não apenas no período carnavalesco. Sua trajetória no rádio pernambucano foi iniciada em 1951, quando veio para a Rádio Clube por indicação do publicitário José Renato, que o conhecia de Maceió, onde Paiva dirigia a Rádio Difusora de Alagoas. Aqui encontrou Chico Anysio, e surgiria aí uma amizade para toda a vida. Aqui participaram de um programa humorístico antológico, escrito por Aldemar, o Dona Pinoia e seus brotinhos, precursor das “escolinhas”, formato até hoje utilizado na TV brasileira, e que o próprio Chico Anysio admitiu (num documentário de Brenno Costa sobre Aldemar Paiva) ter sido a inspiração para a Escolinha do Professor Raimundo. Quando o cearense deixou a Rádio Clube e foi para o Rio, tentou convencer Aldemar Paiva a segui-lo, mas o alagoano preferiu continuar em Pernambuco.

Em entrevista ao Caderno C, no passado, relembrando os 60 anos do disco inaugural da Rozenblit, Aldemar Paiva contou como aconteceu sua mudança para Pernambuco: “Eu vim para o Recife por causa de Chico Anysio. Ele recebeu uma proposta muito boa para sair daqui, só que o contrato dele tinha uma multa que ele não podia pagar. Ele estava apaixonada por Nancy Wanderley, sua primeira mulher, e queria ir de todo jeito. Arnaldo Moreira Pinto, da Rádio Clube, disse que liberava se ele encontrasse alguém para ficar no lugar dele”.Isto aconteceu em 1951,três anos anos, o então aspirante do CPOR. foi convidado pelo governador de Alagoas, Silvestre Péricles, para assumir a direção da Rádio Difusora de Alagoas, que faria com que Maceió se livrasse do apelido de “Zona Muda do Brasil”, porque ser a única capital do país que não tinha uma emissora de rádio.

 Aldemar Paiva foi o que em seu tempo se chamava “homem dos sete instrumentos” (resumido no termo "multiartista"), um desses instrumentos foi o de ator de monólogos, longos textos que interpretava como poucos no país, alguns deles registrados em livros. Foi também ator, com participações no programa do amigo Chico Anysio (que criou um personagem batizado de Aldemar Vigário). Entre os muitos títulos que Aldemar Paiva recebeu o título de cidadão pernambucano, de certo modo desnecessário, já o havia adquirido como autor do hino Pernambuco você é meu.

Fonte: Rádio Jornal-Jornal do Commercio

Nenhum comentário

Neto Tintas comemora 20 anos de fundação das Lojas em Petrolina e Juazeiro

São 20 anos de parceria e empreendedorismo no setor de Tintas Automotivas em Geral. São 35 anos de vida empresarial que Anesio Lino de Souza, o conhecido Neto Tintas festeja no próximo dia 22 de novembro.

Nascido em Campina Grande, Paraíba, lugar que aprendeu a amar a obra e vida de Luiz Gonzaga, Neto Tintas inaugurou  em 1994, as  lojas de Petrolina e Juazeiro-Ba. 


Neto Tintas só trabalha com produtos de qualidade, o que o faz ter representatividade no mercado de pinturas na região em que atua. Em reconhecimento à qualidade deste trabalho o Programa Zé Maria Toca Tudo, transmitido na Rádio Grande Rio am 680,  no sábado 22, a partir das 11hs, será apresentado ao vivo, direto da Loja Neto Tintas em Petrolina,  com sorteio e brindes para os clientes, amigos e ouvintes.

Consolidado no mercado ao longo dos 35 anos Neto Tintas não faz segredo. "Acrescento além do amor e paixão, vontade de trabalhar todo dia, uma equipe que  mantêm o ótimo atendimento e o melhor relacionamento com nossos clientes. Estamos sempre atualizados sobre as boas novidades e inovações do setor de pinturas automotivas", revela Neto Tintas.
Nenhum comentário

Visite www.neyvital.com.br

Nenhum comentário

Aderaldo Luciano comenta o III Encontro Sergipano de Escritores

O 3º Encontro Sergipano de Escritores, acontecido no sábado, dia 25, em Aracaju, Sergipe, na Sociedade Semear, foi a confirmação e consolidação do movimento literário no estado nordestino. Várias academias de letras presentes: Academia Gloriense, Academia Largartense, Academia Itabaianense, Academia Dorense. Sergipe está de parabéns, no caminho certo. Autores jovens, o mais novo com 13 anos, e outros mais tarimbados, os acima de 80, estiveram presentes, discutindo os rumos da literatura e as ações de intervenção social dos escritores. Muito feliz de ter encontrado pessoas cujo compromisso é com a letra. Não com as notas pintadas.

Fonte: Facebook-Aderaldo Luciano
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial