Climério de Oliveira: A codificação de Luiz Gonzaga



A codificação de Luiz Gonzaga- The encoding by Luiz Gonzaga (Cepe EditorA), escrito pelo músico e pesquisador Climério de Oliveira analisa alguns dos principais aspectos da obra e da construção da carreira do Rei do Baião.

No DVD que acompanha o livro, há um workshop e partituras musicais. Além de depoimentos, histórias sobre Gonzagão, apresentação de técnicas e vídeo com uma banda tocando seis canções.

Nas interpretações, Climério e o grupo contam com a participação de convidados especiais. Dominguinhos aparece em Baião, Maciel Melo canta Quer ir mais eu?, Herbet Lucena vai de Forró de Mané Vito e Gennaro toca Olha a pisada.

Um dos grandes méritos de Forró: a codificação de Luiz Gonzaga é o de poder ser apreciado tanto por leigos quanto por músicos e estudiosos. Na primeira parte, o livro expõe parte da vida de Luiz Gonzaga e descreve os ambientes sonoros e sociais nos quais ele se criou e vivenciou.


Na segunda parte, Climério disseca os diversos elementos que compõem a chamada música “gonzaguiana” e as características de subgêneros do forró como o xote, o baião, a toada e o arrasta-pé.

Bastante interessante é a explicação de como surgiu a icônica formação do hoje chamado trio pé de serra (triângulo, zabumba e sanfona). O autor vai descrevendo como se deu a evolução desse modelo e como Luiz  Gonzaga o formatou.

Fazendo paralelo com o sentido do termo usado na biologia (o de transformação, adaptação ao ambiente), o Rei do Baião iniciou sua carreira sendo acompanhado por instrumental formado pelo que Climério Oliveira batizou de “regional sanfonado”. Este era formado por uma mescla de instrumentos usados em estilos como o choro (violão de seis e sete cordas, cavaquinho, pandeiro, bandolim) com os percussivos agogô, surdo, reco-reco, entre outros.

Em resposta à necessidades econômicas (redução da banda para facilitar viagens) e adequações estéticas e sonoras, Luiz Gonzaga foi diminuindo o número de instrumentos e músicos que o acompanhavam até chegar ao clássico zabumba-triângulo-sanfona. Ou seja, a “evolução” se deu na passagem do mais complexo para o simples. É o popular “menos é mais”.



Fonte: CEPE Editora
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Pedro Bandeira vive no Juazeiro do Norte, Ceará, é considerado o Principe dos Violeiros

Pedro Bandeira participou dos maiores eventos folclóricos do Nordeste. Em casa, o poeta coleciona uma centenas de troféus. ‘‘Este é o meu maior patrimônio’’, afirma o repentista. Pedro Bandeira é considerado o Principe dos Poetas.

Pedro Bandeira cantou para o papa João Paulo II; cantou para Oscar Niemeyer, para os ex- presidentes, Castelo Branco, Costa e Silva, João Figueiredo, Fernando Collor e é o repentista preferido do poeta escritor José Sarney, para quem cantou várias vezes, quando este era presidente da república; intelectual por quem sempre é citado em seus discursos sobre arte de improvisar, quando fala de cantoria. 

Pedro Bandeira foi citado e elogiado por Luis Câmara Cascudo, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Teo Brandão, Raquel de Queiroz,  Rodolfo Coelho Cavalcante, e tantos outros escritores do Brasil e do exterior. Foi convidado pelo Dr. José Aparecido para ir a Portugal, o que aceitou, e juntamente com o poeta Geraldo Amâncio, fez várias apresentações, naquele país, inclusive no palácio do governo, a convite do próprio presidente Dr. Mário Soares.
 
A caminhada lírica teve início na década de 50, no município paraibano de São José de Piranhas, onde nasceu no dia 1 de maio de 1938. Hoje, com 76 anos de idade, formado em Letras e Direito, Pedro Bandeira recorda, com saudade do burro “Estrela”, que lhe serviu de montaria, nas estradas poeirentas do sertão paraibano. 

Com a viola nas costas, Pedro Bandeira  viajou o mundo, cantando a seca, o inverno, os pássaros, os animais , o homem nordestino.  Durante cerca de 20 anos fez o programa Violas e Violeiros na Rádio Educadora do Cariri. Ao lado de Luiz Gonzaga e padre João Câncio, participou do projeto de criação da Missa do Vaqueiro, no distrito de Laje, em Serrita.  Faz parte do ciclo do jumento, liderado por padre Antônio Vieira, Patativa do Assaré, Zé Clementino e Luiz Gonzaga.

Nesta peregrinação telúrica, forjou a sua personalidade sertaneja com o fogo do sol quente do sertão, temperado com o frio da madrugada do mês de maio. Cantou em festas de casamentos, batizados e outros eventos. No meio da rua e na bodega da esquina. 

Ao chegar ao Cariri, descobriu um novo mundo, o paraíso dos seus sonhos, a terra prometida por Padre Cícero.  Juazeiro é o santuário do Nordeste, o ponto de encontro de nordestinos sofridos que, a exemplo de Pedro Bandeira , acreditam nos milagres do Padre Cícero. Projetou o seu nome como um dos maiores repentistas do Brasil. 

Pedro Bandeira  é a voz do matuto explorado que chora suas mágoas e extravasa as suas alegrias nas cordas de uma viola. Neto de violeiro, Pedro Bandeira nasceu com a poesia no sangue. Todos os seus irmãos são poetas, escritores e advogados. Daudeth é um conceituado advogado na Paraíba, mas continua participando de cantorias. Já João e Chico são violeiros profissionais. O mundo de Pedro Bandeira é poético, ele não pode fugir desse lirismo que o cerca. A viola é, na verdade, a sua eterna companheira.
Foto: Antonio Vicelmo-Hmberto Cabral-Rádio Educadora Crato-Ceará
Fonte: Texto Radialista Antônio Vicelmo-Rádio Educadora Crato-Ceará
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Os meios de comunicação no Brasil não são dirigidos por pessoas que conheçam de música, dispara Zuza Homem de Melo


  1.  (Marcos Gorgatti/Divulgação)

Zuza Homem de Mello viu e ouviu praticamente tudo referente à música popular brasileira, da década de 1950 até os dias de hoje. O jornalista e musicólogo, que atuou como baixista na juventude, foi engenheiro de som dos festivais da TV Record, nos anos 1960, e tornou-se umas das principais referências quando a MPB entra na pauta. Nos programas de tevê e de rádio que comandou e nos artigos, entrevistas e reportagens que produziu para a imprensa, Zuza ajudou a contar uma parte fundamental da história cultural recente do país.

Aos 81 anos, em plena atividade, Zuza reuniu 140 desses textos, escritos ao longo de seis décadas, no livro recém-lançado Música com Z. De Elizeth Cardoso a Charles Mingus, de Itamar Assumpção a Dizzy Gillespie, a coletânea é boa oportunidade para nos lembrar, também, do enorme apreço do autor pelo jazz, cujas impressões ele despeja com maestria ao longo das páginas.
 
Em entrevista ao Correio, o estudioso dá dicas de como arrancar profundidade de um entrevistado, esnoba Marisa Monte e Maria Rita, critica o Procure Saber e lamenta o atual modelo que rege a indústria cultural. “Os meios de comunicação no Brasil de hoje não são dirigidos por pessoas que conheçam de música”, dispara.

Em 2003, você escreveu um texto imaginário como se fosse sua amiga Elis Regina, reproduzido no livro Música com Z. Uma década depois, e mais de 30 anos após a morte dela, o que Elis diria sobre o Brasil de hoje? 
Ela estaria do mesmo jeito, sem papas na língua. Elis tinha uma grande percepção do que se passava na área musical, e isso é o que fazia dela uma pessoa diferenciada. Elis não era só uma cantora… E, tirando todas as qualidades musicais dela, você podia falar com ela sobre todos os assuntos: futebol, política, social. Você não pode conversar sobre isso com os caras do sertanejo universitário, não tem a menor condição. Eles morreriam na primeira frase.

E o que Elis acharia, então, do sertanejo universitário?
 Que é uma enganação, né? É um gênero para as pessoas musicalmente muito ingênuas. Você não pode obrigar que todas as pessoas sejam capacitadas a entender de música, mas há um enorme contingente que engole qualquer coisa e acha graça. Esse contingente cresceu assustadoramente nos últimos anos no Brasil, mas um dia eles não vão mais se satisfazer com isso.
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Copa do Mundo chega ao fim para o atacante Neymar



A foto de Neymar no chão, chorando de dor, durante o jogo do Brasil contra a Colômbia pelas quartas-de-final da Copa do Mundo, foi capa dos principais sites de notícias pelo mundo na noite desta sexta-feira (4). O camisa 10 do Brasil fraturou a terceira vérbera lombar após receber uma joelhada nas costas do jogador colombiano Zuñiga.

Jornais especialistas em esportes, como o espanhol "Ás" e o argentino "Olé", deram destaque para a foto do brasileiro. Outros sites, como britânico "The Guardian" e o americano "USA Today" também colocaram a chamada entre as principais notícias da noite.

Na versão internacional do site da rede de televisão americana CNN, o alto da página mostra a foto de Neymar sendo carregado em uma maca para fora do campo. "Brasil vence, mas a Copa de Neymar acabou", diz a chamada. O site diz que a Seleção Brasileira avançou à semi-final, mas a "superestrela" Neymar se machucou e os médicos descartam a possibilidade de ele jogar o resto do torneio.

"Quebraram uma vértebra do Neymar: ele diz adeus à Copa", afirmava a manchete do "Ás" na noite desta sexta-feira. "É para chorar", disse o "Olé", referindo-se à polêmica sobre o estado emocional dos jogadores brasileiros que dominou o noticiário futebolístico durante a semana.

Fonte: Rádio Nacional Brasilia
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Adilson Medeiros, compositor e cantor destaque no Forró do Povo, Rádio Grande Rio AM



Foto: Ney Vital, Flávio Baião e Adilson Medeiros-Trofeu Gonzagão 2014

Adilson Medeiros nasceu em Sertânia, Pernambuco, é cantor e compositor. O compositor foi o destaque nesta sexta-feira, no programa Forró do Povo, com o radialista Carlos Augusto. O pesquisador e jornalista Ney Vital mostrou a composição e interpretação do Baião de Três, letra de Adilson Medeiros.
 
Morando  em João Pessoa, Paraíba,  cidade que escolheu para educar seus filhos, o descendente de paraibanos do Cariri e de pernambucanos do Moxotó é um dos talentosos defensores da música brasileira.


Residia em Petrolina/PE, quando abandonou as carreiras de advogado, jornalista e professor para dedicar-se exclusivamente à música.


É atualmente um dos maiores expoentes culturais do Vale do São Francisco, com shows inovadores, gravações e produções de discos, além de participações vencedoras em festivais importantes como o “Canta Nordeste” da Rede Globo, quando ganhou o prêmio de “melhor letra” e figurou no disco da Som Livre com a música premiada – Fado Xotado.

Fonte: Facebook/Redes sociais
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Festival de Inverno de Garanhuns terá Zé Ramalho, Maciel Melo, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Azulão, Vanessa da Mata, Elba Ramalho e Waldonys


Foi divulgada a programação do Festival de Inverno de Garanhuns, Pernambuco.  A edição deste ano homenageia o ex-prefeito da cidade, Ivo Amaral, também idealizador do FIG.

Entre os destaques deste ano, Vanessa da Mata, Zé Ramalho, Alceu Valença, Otto, Marcelo Jeneci, Céu e Titãs. Na sexta-feira, dia 19 de julho, será feita uma homenagem a Dominguinhos, com Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Mariana Aydar, Waldonys e Liv Moraes.

Além da música, o festival de arte e cultura contempla o cinema, as artes cênicas, o artesanato, a dança, a literatura, entre outras manifestações. Ao todo, são 17 polos de animação.  

Confira a programação completa:


PALCO MESTRE DOMINGUINHOS
17 de julho (quinta-feira):
Os Valvulados e Gabi da Pele Prata
Carminho
Alessandra Leão
Vanessa da Mata

18 de julho (sexta-feira):
Azulão e Azulinho
Waldonys
Elba Ramalho e Geraldo Azevedo
Homenagem a Dominguinhos com Liv Moraes, Mariana Aydar, Guadalupe, Sandro, Nádia Maia e Elba Ramalho

19 de julho (sábado):

Rogério e os Cabra
Juliano Holanda, Zé Manoel e Isadora Melo
Marcelo Jeneci
Céu (Catch a fire)
Zé Ramalho

20 de julho (domingo):
Renato e Seus Blue Caps
Adilson Ramos

21 de julho (segunda-feira):
BNegão
Otto
Nação Zumbi

22 de julho (terça-feira):
The Rossi
Academia da Berlinda
Sidney Magal

23 de julho (quarta-feira):

Xangai
Maciel Melo

24 de julho (quinta-feira):

Nena Queiroga
Alceu Valença

25 de julho (sexta-feira):
José Augusto
Fábio Jr.

26 de julho (sábado):
Siba
Titãs
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Sábado 7hs Programa Nas Asas da Asa Branca- Ney Vital sacode o forró com bom jornalismo

Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga. Sábado 5 via internet, às 7hs www.radiocidadeam870.com.br  destaca entrevista com Raimundo Melo-Aracaju-Sergipe. Importância de Aracaju e Música Brasileira. Ainda no programa composição de Pedro Bandeira e João Bandeira na voz de Luiz Gonzaga, Rei do Baião.
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