Mais de 300 anos após a morte de Zumbi, negro ainda sofre com discriminação

Comemorado nesta quarta-feira (20/11), data da morte de Zumbi dos Palmares, o Dia da Consciência Negra deve servir para que os brasileiros reflitam sobre a desigualdade, a intolerância e o preconceito ainda existentes na sociedade. É o que revela nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao mostrar, por exemplo, que, em Alagoas, os homicídios reduziram a expectativa de vida de homens negros em quatro anos.

A nota Vidas Perdidas e Racismo no Brasil aponta que, além de Alagoas, estados como o Espírito Santo e a Paraíba concentram o maior número de negros vítimas de homicídio. “Enquanto a simples contagem da taxa de mortos por ações violentas não leva em conta o momento em que se deu a vitimização, a perda de expectativa de vida é tanto maior quanto mais jovem for a vítima”, revela o estudo.

Os autores Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, ambos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisaram até que ponto as diferenças nos índices de mortes violentas de negros e não negros estão relacionadas com questões como as diferenças econômicas, ao racismo e de ordem demográfica. “O componente de racismo não pode ser rejeitado para explicar o diferencial de vitimização por homicídios entre homens negros e não negros no país”, concluíram os pesquisadores da FGV.

“O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele”, dizem os técnicos. No estudo, eles concluem que essas discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros quando comparada aos índices do restante da população.

Coincidentemente, Alagoas, líder de mortes violentas, especialmente o homicídio, contra negros e pardos também simboliza a luta dos africanos escravizados trazidos da África, no século 19, para trabalhar nos canais. A personificação desta luta que, pelos índices apresentados no estudo do Ipea, ainda perdura é Zumbi dos Palmares. Alagoano de nascença e natural de União dos Palmares, Zumbi – duende na língua do povo Banto, de Angola – liderou o maior quilombo do país.

Aos 7 anos, em 1670, ele foi capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, responsável por sua formação. Com o passar do tempo, Zumbi, batizado na igreja Católica com o nome de Francisco, fugiu para o Quilombo dos Palmares onde impressiona os demais escravos fugidos de fazendas de engenho pela sua habilidade em lutas. Aos 20 anos, ele já tinha se tornado o maior estrategista militar e guerreiro, responsável pela derrota imposta pelos quilombolas na luta contra soldados fiéis ao império português.

Fonte: Correio Braziliense
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Deputado Federal Paulo Rubem comenta Programa de Habitação realizado em Petrolina

Deputado Federal Paulo Rubem:
-Acompanho, bem de perto, desde 2008, a evolução do Programa de Regularização Fundiária de Petrolina, iniciado com uma Diretoria, que virou Superintendência e, depois, Secretaria de Habitação. Pude testemunhar que o prefeito Júlio Lóssio, em sua jornada para construir o direito à habitação na cidade, com critérios técnicos e fundamentos jurídicos, trabalhou com especialistas, arquitetos com dedicação à reforma urbana e entidades como o “Habitat", uma organização reconhecida internacionalmente pela expertise na defesa da promoção da moradia como um direito humano fundamental.

Além do avanço na compreensão de que o problema deveria ser enfrentado com ações tecnicamente qualificadas e socialmente sustentáveis, a cidade também viu acontecerem várias desapropriações feitas pela administração em áreas onde o medo, as ameaças e as chantagens eleitorais reinavam de tempos em tempos, como na comunidade de Terras do Sol. Pretensos proprietários, candidatos inescrupulosos, ameaçavam os moradores dessas localidades. Quem não votasse seria desalojado por ações de reintegração de posse. Júlio Lóssio e sua equipe romperam com tais práticas.

Seu governo desapropriou áreas históricas marcadas pelo abandono e insalubridade habitacional, como a comunidade do Cacheado (onde estive mais de uma vez). Cachedo estava entregue ao lixo e à lama, pagando em juízo 10% ou menos do que pretendiam receber os proprietários.

Os frutos do trabalho demoraram, mas começaram a aparecer, e o mandato chegou a 2012 com fôlego para Júlio poder disputar a reeleição. Para isso, ele enfrentou, de uma só vez, os dois palanques mais fortes do pleito municipal no ano passado. O então Prefeito superou duas grandes máquinas e saiu vitorioso da eleição. Reelegeu-se, em 2012, pelo conjunto de sua obra em áreas como educação, saúde, habitação... E, sobretudo, pela coragem de meter a mão numa casa de marimbondos. Jamais por “abuso de poder”.

Em sua jornada, o prefeito avançou no desafio que pôs a si mesmo: enfrentar o inchaço urbano da cidade, a precariedade da habitação, a ausência de regularização fundiária e a irrisória, para não dizer quase inexistente, oferta de moradia digna aos seus cidadãos. Esteve no Recife, pediu apoio ao TJPE para agilizar as escrituras dos imóveis junto aos cartórios de Petrolina. Essa iniciativa levou um dos Desembargadores Eleitorais, que testemunhou a ação de Júlio junto TJPE, a não votar por sua cassação desde o primeiro julgamento.

A cassação do mandato de Júlio Lóssio foi motivada por uma denúncia de "doação de lotes” para moradores da comunidade de Terras do Sol durante a campanha. Lá, depois de anos, o prefeito de Petrolina conseguiu, por decisão judicial, a desapropriação da área para implementação do Programa de Regularização Fundiária com Fins Habitacionais.

Estranhamente, a denúncia não apresenta uma única prova material ou testemunhal de que teria, de fato, doado lotes aos moradores de Terra do Sol. Mesmo assim, o TRE optou pela cassação. No primeiro julgamento, o Relator propôs uma multa. A votação findou empatada e o desempate foi motivado pela manifestação do Desembargador José Fernandes, Presidente do Tribunal.

A cassação de Júlio representa uma tentativa de interdição ao exercício do direito à habitação em Petrolina. Pode significar a interrupção do mais expressivo programa de regularização fundiária do Nordeste, onde imóveis e as respectivas habitações erigidas foram sorteados com critério, cadastro e igualdade de oportunidades, diferentemente das costumeiras doações de casas aos aliados e parentes de prefeitos, vereadores e de outros vícios comuns pelo país afora.

Lamento a cassação, uma vez que o prefeito poderia chegar ao final de seu segundo mandato com cerca de 25.000 unidades habitacionais criteriosamente entregues, um recorde nacional para uma cidade do interior do país, sobretudo em nossa região.

Júlio Lóssio vai recorrer dessa decisão ao Tribunal Superior Eleitoral - TSE.  E vai ganhar. Com o reconhecimento do seu trabalho pelos cidadãos e cidadãs de Petrolina.
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Política cultural: Especulação sobre a possível extinção da Secretaria de Cultura faz classe se mobilizar pelas redes sociais

Bruno Albertim *Jornal do Commercio

Não se sabe. Pelo menos, não oficialmente. Enquanto atores importantes da produção cultural lamentavam e se articulavam, através das redes sociais, contra a possível extinção da Secretaria de Cultura (Secult), o Governo do Estado de Pernambuco não confirmava nem negava o fim da pasta, que no ano passado executou um orçamento de 137,4 milhões, sendo 25% só para o Funcultura.

“O governador não anunciou ainda oficialmente a reforma. Oficialmente, não há informação”, dizia, ontem, Marcelo Canuto, escalado como secretário interino, há cerca de um mês, para a Cultura. Antigo companheiro de militância do governador Eduardo Campos, Canuto substituiu Fernando Duarte, petista minado pela crise nacional entre o PT e o PSB. “Ninguém pode dizer que ouviu de um porta-voz do Governo que a Secult vai ser extinta. O que temos é especulação na mídia, nas redes sociais”, diz.

    O fato é que três projetos de reestruturação da máquina chegaram  à sede do Governo. “Não tive acesso ao conteúdo. Não posso dizer se há menção à extinção da Secult, que desempenha um papel muito importante para o Estado”, explicou Canuto. Em sigilo, três membros do primeiro escalão davam como favas contadas o fim da pasta. Assessores e membros de segundo escalão, ontem, não sabiam se podiam iniciar projetos na Secretaria de Cultura. “Não sabemos como as coisas vão funcionar”, disse, em reserva, um servidor.

    Durante sua participação no Programa do Jô na TV Globo, há oito dias, Eduardo falou, mais uma vez, com postura de ator da política nacional: criticou o número excessivo de 39 ministérios no governo Dilma e prometeu enxugar a máquina quando voltasse a Pernambuco. Conversas de bastidores sinalizavam que ele deve recuar da decisão em relação à Cultura em função da grande repercussão negativa e pelo fato de a proposta ter vazado antes do momento estratégico. Hoje, governo deve se pronunciar a respeito: é o último dia útil para se mandar projeto de lei para a Assembleia Legislativa para ser votado este ano.

 Até Eduardo Campos assumir o governo, a Cultura era, na gestão Jarbas Vasconcelos, um apêndice da Educação. Diz-se que a criação da pasta foi um pedido irrecusável do escritor Ariano Suassuna, tio da primeira-dama Renata Campos. Com sua reforma, Eduardo pode acabar com a pasta que ajudou, historicamente, a resgatar - como fez o seu avô, Miguel Arraes.
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Vacina contra o HPV será oferecida pelo SUS em 2014

A autorização para que o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça a vacina quadrivalente contra o HPV em 2014 está publicada na edição desta terça-feira (18) do Diário Oficial da União (DOU). Com a determinação, no próximo ano meninas de 11 a 13 anos vão receber as duas primeiras doses da imunização e a terceira dose será aplicada cinco anos depois.

A partir de 2015, o Ministério da Saúde deve também abranger a vacinação a pré-adolescentes de nove a 11 anos. O vírus do papiloma humano (HPV) é a principal causa de câncer de colo do útero e especialistas informam que há cem tipos registrados da doença, das quais 13 podem provocar tumores e outras complicações ao infectar a pele ou as mucosas. A vacina segue recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec).

 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres são portadoras do HPV no mundo. Delas, 32% estão infectadas por tipos que podem levar ao aparecimento de câncer. Anualmente, no Brasil, mais de 685 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.

Fonte: Agência Brasil.
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Nasa envia foguete para estudar clima de Marte

A Agência Espacial Americana (Nasa) lançou, nesta segunda-feira (18), o foguete Atlas 5, que levará até Marte a cápsula de estudos Maven. O instrumento ficará no planeta por 10 meses por dez meses e vai estudar as mudanças climáticas do local. O objetivo é coletar dados que permitam dizer como o astro se transformou no atual deserto frio e explicar as mudanças de temperatura provocadas pela perda de gases atmosféricos. As pesquisas indicam que Marte já teve água em seu terreno, mas a influência do Sol e outros corpos celestes mudaram radicalmente a realidade do lugar.

Fonte: BN.
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Pesquisa afirma que pílula anticoncepcional aumenta risco de glaucoma

Mulheres que tomam pílula anticoncepcional por mais de três anos têm o dobro de probabilidade de ter glaucoma, doença que envolve pressão intraocular associada a neuropatia óptica. Segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, usar a pílula por mais de três anos dobra as chances de desenvolver o problema ocular. Para chegar à conclusão, os cientistas analisaram 3.406 americanas com 40 anos ou mais.

 Mesmo sem ter constatado efeito causal direto de contraceptivos orais, o estudo indica que o seu uso prolongado pode ser um fator de risco. Em pesquisas anteriores já foi demonstrado que o hormônio estrogênio, presente na pílula, pode desempenhar um papel importante no surgimento da doença, que ocorre quando os tubos de drenagem são bloqueados, o que impede a drenagem do fluido, causando aumento da pressão ocular. Caso o glaucoma não for tratado, a pessoa pode ter perda progressiva de visão e até a cegueira.

Fonte: BN
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Especialistas apontam maconha como aliada no tratamento do câncer

Mesmo que setores da sociedade se posicionem frontalmente contra, o uso medicinal da maconha tem ganhado apoio na comunidade científica no Brasil e no mundo. A Cannabis sativa – nome científico da planta – já tem currículo extenso de atuação na prevenção e no tratamento de uma série de doenças e males.

 “Para um conjunto de doenças degenerativas, inflamatórias e autoimunes há indícios do benefício da maconha. Aqueles que têm comprovação maior são os casos de dor crônica, esclerose múltipla e complemento de tratamentos contra câncer e HIV, que têm efeitos bem agressivos”, informa o médico especialista em medicina preventiva Paulo Fleury Teixeira. No caso específico do câncer, o efeito tem resultados significativos no tratamento.

 “O ‘barato’ da maconha é poderosamente terapêutico. Se a pessoa faz quimioterapia, por exemplo, ela sofre, e isso causa estresse, o que dificulta a recuperação. Se a pessoa experimenta uma sensação de alívio desse estresse, a tranquilidade vai se refletir na fisiologia e melhorar a forma como o organismo vai se recuperar”, explica o neurocientista Renato Malcher, autor do livro “Maconha, cérebro e saúde”.

 Pesquisa publicada no site Doutíssima aponta que 13% dos pacientes que usam a Cannabis no tratamento de alguma doença foram orientados pelos próprios médicos. “Eles não indicam, mas se a iniciativa parte do próprio paciente, eles são a favor”, afirma a artista plástica que, curada do câncer, agora usa a erva para aliviar as dores de uma fibromialgia, resquício do tratamento.

Fonte: BN
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