Agricultores do Semiárido garantem fertilidade do solo com manejo ecológico

Experiências de manejo agroecológico promovidas por famílias paraibanas das regiões da Borborema, do Cariri e do Curimataú foram apresentadas  aos cerca de 300 participantes do 3º Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido.

O manejo consiste no plantio consorciado de árvores frutíferas, grãos, tubérculos, plantas medicinais, espécies forrageiras usadas para a alimentação de animais e árvores nativas do Semiárido, como angico, sabiá e camunzé, entre outras. O sistema regenera a fertilidade natural do solo e aumenta a contenção e acumulação de água, elemento fundamental em uma região com períodos de seca prolongados.

Com a prática, os agricultores do Semiárido estão conseguindo aliar sustentabilidade ambiental e geração de renda, possibilitando uma renda adicional às famílias e reduzindo os riscos de entressafras e anos ruins.
Uma das experiências relatadas no encontro é desenvolvida por José Domingos de Barros, 59 anos, o seu Loro. Nascido no município de Massaranduba, no agreste paraibano, ele tem há 30 anos uma propriedade com três hectares. No local, durante muito tempo, ele desenvolvia um cultivo tradicional, sem preocupação em manter a biodiversidade e a mata nativa. Nessa época, ele ocupava seu terreno com plantações de mandioca, milho, fava, batata-doce e feijão, até que uma seca severa fez com que ele tivesse que rever a forma de plantio.

A prática do plantio agroecológico começou há dez anos, após seu Loro participar de uma visita de intercâmbio promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Massaranduba, com agricultores da região que utilizavam este tipo de plantio.

A recuperação do terreno começou com a plantação de espécies adaptadas, como nim e gliricídia, em consórcio com o cultivo de laranja e mandioca. Depois vieram os pés de banana e mamão, além de plantas típicas do Semiárido, como palma e angico. Algumas delas, como a gliricídia e a palma, são usadas para complementar a alimentação dos animais durante a seca. Já o nim é utilizado como um pesticida natural.
Hoje, Loro cultiva espécies frutíferas para produção de caju, manga, tangerina, graviola, além de três espécies de laranja: poncã, bahia e mimo do céu, além dos limões taiti e galego, que são carros-chefes da produção. Como lavoura temporária (culturas de curta duração), ele plantou feijão-bravo, fava e melancia, em consórcio com joão-mole e eucalipto.

O capim cortado, diferentemente de outras plantações, não é retirado, mas deixado no solo, junto com as folhas da vegetação, para proteger da erosão e da perda de nutrientes. Também não há o uso de agrotóxicos. Pragas, como a mosca negra dos citros, considerada a maior ameaça a esse tipo de plantação, é controlada com o uso de técnicas da agricultura tradicional.
Para desenvolver a agroecologia, os pequenos produtores precisam fazer a recomposição ambiental. 

Fonte: Agência Brasil

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Senado deve votar hoje primeiro turno do Orçamento Impositivo


 O plenário do Senado deve votar ainda hoje (30) o primeiro turno da proposta de emenda à Constituição que cria o Orçamento Impositivo (PEC 22A/2000). Das dez emendas apresentadas duas foram acatadas nesta quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça – uma delas, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), parcialmente.
 
De acordo com o relatório do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), a mudança esclarece que a transferência obrigatória da União para estados, o Distrito Federal e os municípios não integrará a base de cálculo da Receita Corrente Líquida (RCL) pra fins de aplicação de despesa.

A outra emenda, acatada integralmente, resolve definitivamente a questão das regras sobre o procedimento a ser usado em caso de inexecução das emendas por causa de impedimentos técnicos, que passará a integrar o texto constitucional e não mais poderá ser objeto de uma lei complementar.

O texto a ser votado no plenário da Casa foi discutido entre os líderes da base aliada na Câmara e no Senado e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. A PEC determina que 50% das emendas de deputados e senadores devem ser destinadas à saúde.

Nas conversas entre o Planalto e os parlamentares aliados ficou definido que o valor destinado às emendas parlamentares individuais equivalerá a 1,2% da Receita Corrente Líquida da União (RCL). Inicialmente, a ideia do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que também é relator da proposta, era de que as emendas correspondessem a apenas 1% da RCL. O aumento desse percentual foi aceito pelo governo para que, em troca, os parlamentares aprovem na PEC a destinação de metade das emendas para a saúde. Conforme previsto no relatório de Braga também está acordada a manutenção dos 15% da RCL para o financiamento da saúde.

Atualmente, cada parlamentar pode indicar R$ 15 milhões em emendas. Com a vinculação a somente 1,2% da receita, o valor cairá para R$ 12,8 milhões.

Para serem aprovadas as PECs precisam passar por dois turnos de votação nos plenários de cada Casa. No Senado, o texto precisa, no mínimo, de 49 votos favoráveis. Em seguida, como foi alterada, a proposta volta para a Câmara.

Fonte: Agência Brasil
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Reajuste periódico de combustíveis levará em consideração preço internacional, câmbio e origem do produto, diz Petrobras

A política de reajuste automático periódico dos preços do diesel e da gasolina, definida no dia 25 pela Petrobras, levará em consideração fatores como o preço dos derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e origem do derivado (ou seja, se o petróleo é refinado no Brasil ou no exterior). A informação foi divulgada hoje (30), atendendo a um pedido da Comissão de Valores Mobiliários.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da estatal, o cálculo também terá um mecanismo para impedir o repasse de volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico. Isto porque questões como demanda internacional, crises entre países e guerras podem elevar ou derrubar preços do petróleo por um curto período de tempo.

De acordo com a Petrobras, a metodologia foi aprovada pela diretoria da empresa e apresentada ao Conselho de Administração, que, por sua vez, solicitou estudos adicionais, que já estão sendo elaborados.

Fonte: Agência Brasil

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Passagens aéreas subiram mais de 130% acima da inflação nos últimos anos

O preço das passagens aéreas no Brasil aumentou 131,5% acima da inflação desde 2005, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação será apresentada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, na reunião marcada para amanhã (31) entre o governo e representantes das companhias aéreas.

O objetivo do encontro é tentar convencer as empresas de que os preços cobrados no país são altos demais. “Espero que eles colaborem, que haja uma compreensão de que se deve explorar o turismo, não os turistas”, disse Dino à Agência Brasil.
  
Segundo ele, o desequilíbrio entre demanda e oferta e o aquecimento do mercado faz com que haja práticas comerciais abusivas - que ficam mais evidentes no caso das festas de fim de ano e agora da Copa do Mundo do ano que vem -, sendo verificados aumentos de até 1.000% no preço das passagens. “Não temos nenhum fator econômico objetivo no que se refere a custo ou tributação que justifique esse aumento, que é obviamente abusivo”, acrescentou.

As quatro empresas que operam no Brasil – TAM, Gol, Azul e Avianca – vão participar da reunião de amanhã, além de representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Secretaria de Aviação Civil e do Ministério da Justiça. Segundo Dino, se as empresas não atenderem ao “chamado do bom-senso”, é possível que haja mudanças na regulação do setor, inclusive acabando com a chamada liberdade tarifária. “A liberdade tarifária não é um dogma, pode ser revista a qualquer tempo. Esse seria um caminho, voltar a praticar uma administração de preços como já foi feito no passado”, explicou.

Outra medida para reduzir o preço das passagens no país é ampliar a oferta mediante a abertura do mercado para empresas estrangeiras fazerem voos domésticos no Brasil. “Se as empresas atuais não conseguirem ter práticas adequadas e oferecer bons serviços a preços justos, o mercado brasileiro é altamente atrativo para outras empresas”. Segundo ele, não é válido o argumento de que essa ação levaria a uma desnacionalização do setor, porque as empresas atuais também já não são totalmente nacionais. Para essa mudança, seria preciso alterar o Código Brasileiro Aeronáutico.

Os preços da hotelaria também estão na mira da Embratur. Segundo o ranking que será apresentado na reunião, o Rio de Janeiro aparece em quarto lugar nas tarifas de lazer, com diária média de US$ 210, atrás apenas de Miami, Punta Cana e Nova York. “Aí junta passagem aérea, que muitas vezes também é mais barata. É por isso que o cidadão de classe média prefere viajar para o México, para Montevideu, por isso que os voos internacionais estão abarrotados de brasileiros”. 

Para a Copa do Mundo, Dino defende que a Fifa e a Match, empresa suíça escolhida para intermediar as vendas de pacotes de turismo para a Copa, liberem os quartos que já foram adquiridos nas cidades-sede para que a oferta aumente e os preços sejam reduzidos. “Constatamos que, além de eles terem o monopólio, colocaram uma taxa de intermediação de 40% sobre o valor que estão pagando, que é abusivo. Se não rompermos esse monopólio, temos uma oferta muito diminuta no mercado”, disse.

Fonte: Agência Brasil
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Índice de correção do aluguel sobe com menos intensidade

  O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve alta de 0,86% em outubro. A variação ficou abaixo da apurada em setembro último (1,5%) e bem acima da ocorrida no mesmo mês do ano passado (0,02%). Desde janeiro, a taxa acumula elevação de 4,58% e, em 12 meses, de 5,27%. O último índice é o que serve de base de cálculo para a correção do valor do aluguel.

O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas mostra decréscimo em dois dos três componentes do índice. No segmento atacadista medido pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), a taxa passou de 2,11%, em setembro, para 1,09%. Entre os grupos que influenciaram essa queda na intensidade de alta estão commodities como a soja (em grão), que tinha subido 10,78% na última apuração e, em outubro, passou para 0,60%.

Nesse mesmo grupo, tiveram ainda redução na velocidade de aumento as aves (de 10,81% para 3,27%) e o leite in natura (de 3,81% para 0,90%). Em movimento oposto, o minério de ferro subiu 6,81% ante 3,53%; os bovinos (de 0,93% para 3,80%) e  a mandioca (de -3,43% para -0,11%).

No setor varejista, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) indicou elevação de 0,43%, acima do índice de setembro (0,27%), e foi provocado, principalmente, pelos alimentos, com avanço de 0,63% ante 0,14%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) perdeu força, com taxa de 0,33% ante 0,43%. Os materiais, equipamentos e serviços subiram 0,68% ante 0,91% e o valor pago pela mão de obra permaneceu estável pela segunda vez consecutiva.

Fonte: Agência Brasil
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Taxa de desemprego no país recua pelo segundo mês consecutivo


  A taxa de desemprego no mês de setembro ficou em 10,3%, índice inferior aos 10,6% registrados em agosto, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O total de desempregados ficou em 2.313 mil, 42 mil a menos que no mês anterior.

O nível de ocupação teve pequeno aumento de 0,7% em setembro na comparação com agosto. Foram criados 132 mil postos de trabalhos, número maior do que o de pessoas que entraram no mercado de trabalho (89 mil). O total de ocupados foi estimado em 20.040 mil, e a População Economicamente Ativa (PEA) registrou 22.354 mil pessoas. 
Nas sete regiões metropolitanas onde a pesquisa é feita, houve crescimento em Belo Horizonte (de 6,9% para 7,2%) e Recife (14,2% para 14,5%). Houve redução em Salvador (18,2% para 17,8%), São Paulo (10,4% para 10%), no Distrito Federal (12,3% para 12%), em Porto Alegre (6,5% para 6,2%) e Fortaleza (7,9% para 7,7%). 

Fonte: Agência Brasil
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Juazeiro do Padim Cícero deve receber 600 mil fiéis para Romaria de Finados

A Romaria de Finados, maior do ano  tem abertura com o Ofício da Imaculada Conceição, celebrado na Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, com grande quantidade de fiéis. O tema da romaria este ano é: "Com o Padre Cícero, somos Igreja peregrina que caminha para a Luz". O evento, que se estende até o próximo dia 2 de novembro, deve atrair público de 600 mil pessoas, de diversas localidades do Nordeste brasileiro, conforme previsão da Igreja Católica.

Durante todos os dias de romaria serão celebradas missas nos horários das 4h30 da manhã; 6 horas, 9 horas e 19 horas. Ao meio dia será realizado o ofício das almas e, à tarde, por volta das 15 horas, haverá encontros dos romeiros no Círculo Operário São José. No período noturno, a partir das 20 horas, os romeiros poderão participar do tradicional Show do Chapéu, na Praça do Romeiro.

Os peregrinos também contarão com um atendimento especial, criado pela Igreja, para que possam receber orientações sobre locais de possível visitação, e demais assuntos relacionados ao evento. "Nós disponibilizamos, na verdade, uma sala de informações ao romeiro para que haja maior facilidade de deslocamento para acompanhamento da programação durante o período da romaria", informa padre Joaquim Cláudio.



Fonte:
Paróquia Basílica Menor Santuário Nossa Senhora das Dores
Rua Padre Cícero, 147
Centro - Juazeiro do Norte
Telefone: (88) 3511.2202
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