SEMANA PADRE CÍCERO ACONTECE DE 20 A 24 DE MARÇO


De 20 a 24 de março, Juazeiro do Norte e a Nação Romeira festejará a 42ª edição da Semana Padre Cícero. Este ano será ainda mais festiva, pois marca a celebração dos 180 anos de nascimento do sacerdote.

A programação, pensada em parceria com a Prefeitura Municipal, contempla momentos religiosos e culturais que serão vivenciados com base no tema: “Servo de Deus Padre Cícero Romão, o missionário do sertão”. Essa reflexão é fundamentada na vida e legado apostólico do sacerdote cearense, cujos ensinamentos ultrapassaram o século e permanecem vivos ainda hoje no coração dos inúmeros devotos espalhados pelo Brasil, especialmente na Região Nordeste.

Por decisão da Comissão para as Romarias de Juazeiro do Norte, grupo formado por representantes da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, Paróquia São Francisco das Chagas, Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Colina do Horto, a temática escolhida para a Semana Padre Cícero também vai orientar todo o Ciclo de Romarias 2024 – 2025. 

“Em comunhão com a Igreja no Brasil e com a nossa Diocese de Crato, iremos refletir a partir deste tema norteador que vai ajudar os Santuários de Juazeiro do Norte e Paróquias dos Romeiros sendo referência para a nossa caminhada 2024 até a Romaria das Candeias, em fevereiro de 2025”, disse o reitor da Basílica de Nossa Senhora das Dores, Padre Cícero José.

Confira a programação:

Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores

Juazeiro do Norte – CE

Programação da 42ª Semana Padre Cícero – 2024

Tema: Servo de Deus Padre Cícero Romão: o missionário do sertão

20 de março (Quarta-feira)

Basílica Santuário

9h – Santa Missa

12h – Santa Missa (conclusão da 1ª Romaria do Clero da Diocese de Crato)

15h – Terço da Misericórdia

18h – Terço Mariano

19h – Santa Missa (admissão dos novos coroinhas do Grupo de Coroinhas da Basílica)

Capela do Socorro

6h – Missa em sufrágio da alma do Padre Cícero

9h – Terço Mariano (programação da 1ª Romaria do Clero da Diocese de Crato)

10h – Santa Missa

16h – Santa Missa

21 de março (Quinta-feira)

Basílica Santuário

6h – Santa Missa

9h – Santa Missa

12h – Santa Missa

15h – Terço da Misericórdia

18h – Terço Mariano

19h – Santa Missa

Capela do Socorro

Missas: 7h e 16h

22 de março (Sexta-feira)

Basílica Santuário

6h – Santa Missa

9h – Santa Missa

12h – Santa Missa

14h às 17h – 4° Encontro dos Tiradores e Tiradeiras de Renovação

15h – Terço da Misericórdia

18h – Terço Mariano

19h – Santa Missa rezada em ação de graças pelos Cíceros e Cíceras e concelebrada pelos padres da Diocese de Crato que se chamam Cícero

Capela do Socorro

Missas: 7h e 16h

23 de março (Sábado)

Basílica Santuário

6h – Santa Missa

9h – Santa Missa

12h – Santa Missa

15h – Terço da Misericórdia

18h – Ofício de Nossa Senhora

19h – Santa Missa

Capela do Socorro

7h – Santa Missa

16h – Santa Missa

20h – Seresta Padre Cícero

22h – Apresentação Musical (Jota Farias)

00h – Canto de parabéns e corte do bolo de aniversário

24 de março (Domingo)

180 anos de nascimento do Padre Cícero Romão Batista e Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor

6h – Missa no largo da Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

7h30 – Bênção e Procissão de Ramos (saída da Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em direção à Basílica Santuário)

Missa na Basílica de Nossa Senhora das Dores após a chegada da Procissão de Ramos

12h – Missa na Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores

16h – Missa na Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores

17h – Missa e acolhida da Procissão das Flores no Largo do Socorro

18h – Renovação ao Sagrado Coração de Jesus e distribuição do “Café do Santo” (Largo do Socorro)

19h – Apresentação Musical do Padre Fábio de Melo (Largo do Socorro)

19h – Missa na Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores
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LIVRO O AVESSO DA PELE VOLTA A SER ALVO DE CENSURA



O livro O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório, incluído no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2022, foi novamente alvo de censura, desta vez em uma ação no Paraná.

Na segunda-feira (4), um ofício do Núcleo Regional da Educação de Curitiba, da Secretaria de Educação do Paraná, determinou a entrega de todos os exemplares à sede do núcleo, até sexta-feira (8). Segundo o documento, a obra passará por análise pedagógica e posterior encaminhamento.

O ofício é assinado pela chefe do NRE-Curitiba, Laura Patrícia Lopes, que justifica a ação por ter “foco na construção das aprendizagens em cada uma das etapas de escolarização”.

A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria da Educação do Paraná, mas até a publicação da matéria não recebeu um posicionamento.

O autor-Em sua rede social, o autor do livro vencedor do Prêmio Jabuti 2021 na categoria Romance, divulgou a cópia do ofício paranaense e escreveu que nenhuma autoridade tem o poder de mandar recolher materiais pedagógicos de uma escola: "é uma atitude inconstitucional. É um ato que fere um dos pilares da democracia que é o direito à cultura e à educação. Não se pode decidir o que os alunos devem ou não ler com uma canetada."

"São atos violentos e que remontam dias sombrios do regime militar. Inaceitável uma atitude antidemocrática como essa em pleno 2024. Não vamos aceitar qualquer tipo de censura", repudiou.

Em entrevista ao telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta terça-feira (5), Jeferson Tenório, comentou outro episódio de censura ocorrido no final da semana passada.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, de Santa Cruz do Sul (RS), Janaina Venzon, leu trechos do livro e classificou como lamentável o envio do material com  “vocabulários de tão baixo nível” pelo governo federal.

Para Tenório, ambos os casos de cerceamento podem estar relacionados aos temas abordados na obra literária, como a violência policial, o racismo estrutural e críticas à precariedade da educação.

“Ele traz algumas cenas e algumas frases que são justamente utilizadas para agredir pessoas negras e periféricas. Essas frases e cenas que a [diretora Janaina] elencou são, na verdade, como as pessoas negras são vistas, como elas são sexualizadas, como elas são violentadas na sociedade."

O escritor explicou que a descrição de cenas de agressão ou os palavrões citados não estão ali gratuitamente. “Eles estão acompanhados de uma reflexão sobre aquilo. E fazer esse tipo de crítica é subestimar a inteligência dos alunos. Porque os alunos também veem dentro de casa, eles também têm saberes, conhecimentos. Eles têm acesso à internet com conteúdos terríveis, sem nenhum tipo de reflexão. E a literatura e a arte fornecem, justamente, essa reflexão.”

No Rio Grande do Sul, a secretaria estadual de educação (Seduc), por meio de nota, esclareceu que não orientou que a obra fosse retirada de bibliotecas da rede estadual de ensino.

A Seduc, então, derrubou a censura ao livro premiado nas escolas e bibliotecas. “A 6ª Coordenadoria Regional de Educação irá seguir a orientação da secretaria [estadual] e providenciar que as escolas da região usem adequadamente os livros literários”, diz a nota.

Repercussão-Em nota, o Sindicato dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola do Paraná (APP-Sindicato) se pronunciou sobre a decisão de recolhimento do livro.

“Esse episódio entra para história como um dia triste e reforça a necessidade de denunciar e combater a contaminação da educação pública paranaense por ideologias extremistas, conhecidas pela negação dos direitos humanos e por atentar contra a democracia, a cultura, a diversidade e a pluralidade de ideias.”

Nas redes sociais, livrarias, editoras, autoridades do governo federal, leitores e outros escritores prestam solidariedade a Jeferson Tenório.

O Ministério da Educação afirma que a aquisição das obras pelo Programa Nacional do Livro Didático se dá por meio de um chamamento público, de forma isonômica e transparente e que os títulos literários são avaliados por professores, mestres e doutores, que tenham se inscrito no banco de avaliadores do MEC.

“Os livros aprovados passam a compor um catálogo no qual as escolas podem escolher, de forma democrática, os materiais que mais se adequam à sua realidade pedagógica, tendo como diretriz o respeito ao pluralismo de concepções pedagógicas.”

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PATATATIVA DO ASSARÉ. 115 ANOS

Os 115 anos de nascimento de um dos maiores nomes da cultura popular cearense, o poeta Patativa do Assaré, serão celebrados na próxima quinta-feira (7), pela Editora UFC, com uma nova edição da obra Cordéis. O lançamento será realizado, às 18h, na Pinacoteca do Ceará (rua 24 de Maio, Praça da Estação, s/n), e contará ainda com a aula-espetáculo “Cordéis em concerto: uma noite com Patativa”, ministrada pela médica, professora da UFC e cordelista Paola Tôrres. 

A coletânea Cordéis resulta do trabalho de pesquisa sobre Patativa do Assaré realizado pelo pesquisador Gilmar de Carvalho (1949-2021). Em sua terceira edição, a obra foi revista e ampliada e ganhou uma nova capa, assinada pelo ilustrador e xilogravurista Rafael Limaverde. Apresenta ainda textos críticos produzidos por Gilmar de Carvalho, Luiz Tavares Júnior e Paola Tôrres, que destacam a universalidade literária de Patativa do Assaré. 

“A obra de Patativa do Assaré é um marco na cultura cearense e brasileira, ecoando não apenas na literatura de cordel, mas também na música, no teatro e nas artes visuais. Sua poesia, carregada de lirismo, humor e crítica social, continua a inspirar novos artistas e obras, mantendo viva a tradição oral e a riqueza cultural do Nordeste. Ao celebrarmos os 115 anos de Patativa do Assaré, reafirmamos a importância de sua obra para a perpetuação e renovação da nossa identidade cultural”, comenta Paola Tôrres, que também integra o Conselho Editorial da Editora UFC.

Como parte do repertório da aula-espetáculo a ser realizada na solenidade, serão apresentados cordéis que abordam desde questões sociais e políticas até temas mais líricos e pessoais, bem como poemas musicados. O legado do professor da UFC Gilmar de Carvalho também será enfatizado na ocasião. “Haverá uma homenagem especial ao trabalho do pesquisador Gilmar de Carvalho, que foi um grande estudioso da cultura popular nordestina e um dos responsáveis por valorizar e preservar o legado de Patativa do Assaré. Sua dedicação à cultura nordestina será lembrada como um exemplo de compromisso com a preservação e a valorização das nossas tradições”, detalha a conselheira.

Coordenadora da reedição da obra e vice-diretora da Editora da UFC, a Profª Juliana Diniz enfatiza que a difusão da literatura cearense é um compromisso do equipamento cultural nesta nova fase. “Entendemos a literatura em seu sentido mais rico, abrangente e diverso. A literatura popular, muito ligada à oralidade e sua música própria, alimentada pela maestria dos cordelistas do Ceará e do Nordeste, merece um espaço de honra nesse esforço de difundir a cultura cearense. Preparar uma obra que aproxime o leitor da literatura de cordel, que sistematize e reúna muitos dos poemas que viajam na oralidade é uma forma de contribuir para o fortalecimento dessa cultura”, declara.

A coletânea Cordéis estará à venda no lançamento e poderá ser adquirida posteriormente na sede da livraria da UFC, na área 1 do Centro de Humanidades (av. da Universidade, 2762, Benfica), ou ainda pelo perfil da livraria no Instagram (@livrariadaufc).

Poeta Patativa do Assaré-Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré) nasceu em 5 de março de 1909, no sítio Serra de Santana, em Assaré (CE), e faleceu em 8 de julho de 2002. Descendente de uma família pobre de agricultores, foi o segundo dos cinco filhos de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Aos seis anos contraiu sarampo e ficou cego de um dos olhos e, aos oito, ficou órfão de pai.

Na companhia do irmão mais velho, assumiu a labuta da terra para o sustento da mãe e dos irmãos mais novos. Frequentou a escola pela primeira vez aos 12 anos de idade e em quatro meses aprendeu a ler, fazendo da poesia a sua paixão. Com 16 anos passou a tocar viola e fazer repentes, tornando-se um dos maiores representantes da poesia popular brasileira. A Universidade Federal do Ceará outorgou-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 8 de outubro de 1999.

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VALE DO SÃO FRANCISCO TERÁ PRIMEIRA FEIRA VEGANA

A região do Vale do Francisco terá a primeira Feira Vegana no dia 3 de abril de 2024, no espaço Feira Ecológica e Orgânica de Juazeiro, localizado na Orla II da cidade baiana. O evento está previsto para iniciar às 14h e finalizar às 21h. Com entrada gratuita, a Feira será aberta para todos os públicos e contará com exposição de múltiplos empreendimentos familiares voltados para a causa animal.

De acordo com o idealizador do evento, Aloysio Tocantins, a Feira será um momento catalizador para a disseminação dos direitos dos animais, por meio do veganismo, e também para o fortalecimento do empreendedorismo familiar local, de forma que contribua para uma comunidade mais consciente e sustentável.

"Será um momento inovador e um marco para nossa região, no qual vamos promover não só nossos produtos e serviços, mas também uma nova consciência e um estilo de vida mais saudável, sustentável e ético", declarou.

Além de refeições veganas, produtos e serviços, os organizadores também pretendem promover espaços de convivência, trocas de experiências, música e espaço kids. As pessoas interessadas em participar da Feira como expositoras, devem ser veganas ou vegetarianas e precisam atender aos requisitos estabelecidos pelos organizadores. Para obter mais informações é necessário entrar em contato pelo telefone: (74) 99805-3906. (Texto: Denise Saturnino) 

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EVENTO DEBATE O RÁDIO COMO ALIADO DE DESENVOLVIMENTO E COMBATE A DESIGUALDADE

O desafio de integrar o Norte do Brasil em meio às dificuldades de infraestrutura pode ainda ter o rádio como aliado de desenvolvimento e de combate a desigualdades. Essa foi uma das avaliações de três pesquisadores em comunicação que participaram de uma transmissão ao vivo sobre o assunto nessa segunda-feira (4). 

O evento com o tema Rádio Nacional da Amazônia, presente e futuro: Desafios da radiodifusão pública na região Norte foi promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O debate faz parte das celebrações dos 50 anos do Parque do Rodeador, complexo de transmissão em ondas curtas em Brasília, que inclui os transmissores da Rádio Nacional da Amazônia, a única emissora do país que consegue ter alcance nacional e até internacional. Assista à transmissão.

A professora de comunicação Sonia Virgínia Moreira, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o pesquisador André Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e o jornalista e pesquisador Thiago Regotto, gerente de rádios da EBC defenderam que a própria Rádio Nacional da Amazônia ou a radiodifusão de forma ampla pode exercer papel estratégico para a cidadania mesmo em tempos de comunicação digital. 

Rádio contra o "silêncio"-Pesquisadora do tema Regiões de Sombra e Silêncio no Audiovisual Brasileiro, Sonia Virgínia Moreira considera fundamental investimento em infraestrutura de comunicações, aliado a políticas públicas de Estado permanentes, para que a rádio exerça o papel social de chegar a locais ainda “desertos” de informações.  A professora citou que uma recomendação importante é a criação de novas mídias locais para combater os chamados “desertos de notícias”. Ela lembrou levantamento da organização não governamental (ONG) Repórteres sem Fronteira que estima haver 26 milhões de brasileiros de 2,7 mil cidades que não têm qualquer noticiário local. 

A professora defendeu que o processo em que a rádio faz diferença para a cidadania inclui a garantia de interação entre as pessoas da região. Para ela, essa interação ocorre com condições de infraestrutura, e os desafios passariam a ser superados com a participação dos ouvintes na maior parte da programação e em tempo real. 

"O que importa é o público"-De acordo com o pesquisador em mídia digitais André Barbosa Filho, do IBICT, o potencial do rádio não se alterou com as revoluções tecnológicas mais recentes, sobretudo por causa do “potencial enorme” do veículo. 

“Nós temos um grande momento hoje de manter as características de cada plataforma e colocados em múltiplos dispositivos”. Ele ponderou sobre a potencialidade das transmissões via streaming que poderiam ser, em sua opinião, mais utilizadas no Brasil.  “O sucesso do streaming é absurdo. Consegue chegar ao público com velocidade enorme. Pode carregar podcasts e emissoras de rádio, por exemplo”.

O pesquisador defende que o rádio mantém grande significado em audiência porque é estratégico ao chegar a públicos plurais. “O que importa é o público que está ouvindo”. Por isso, defende que o Estado deve utilizar o veículo em uma política de conhecimento contra a exclusão no Brasil.

Um dos exemplos que citou foi a utilização do rádio no Japão após o tsunami (2011). “O que sobrou foi o rádio. Nem a TV se manteve. O que fez com que as pessoas se comunicassem foi o rádio”. Ele lembrou que o Parque do Rodeador, em Brasília, também pode ser emissor de sinal de dados, não somente de rádio.

"Múltiplos olhares"-Thiago Regotto observouque o público a que se destinam as transmissões radiofônicas é de povos originários e ribeirinhos, por exemplo. “A Rádio Nacional da Amazônia começou em 1977 e foi abraçada pelos ouvintes”. A emissora consegue manter dez programas da Amazônia, com 14 horas de programação rural, desde as 5h da manhã. 

O jornalista diz que há participação permanente do ouvinte da rádio com mensagens que chegam por aplicativos e que somam 6 mil participações do público por mês. “São mais de 6 mil horas de conteúdos e 3,8 mil horas de transmissões locais por ano”. Ele adiantou que a EBC tem um projeto, em seu plano de trabalho, específico para a Região Norte. “Temos que ver o rádio com múltiplos olhares”.  (Agencia Brasil)

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PROJETO TRILHA ECOLÓGICA INCLUSIVA É DESENVOLVIDO PELO IFSERTÃO-PE

O projeto Trilha Ecológica Inclusiva, desenvolvido no campus Petrolina Zona Rural do IFSertãoPE, está com agendamento aberto para visitação.

As visitas acontecem nas terças e quintas-feiras e podem ser agendadas para grupos de até 20 pessoas (sem mínimo), através da página do Instagram da Trilha (@trilhaecologicaifcpzr) ou pelo e-mail czr.trilhaecologica@ifsertao-pe.edu.br. Caso grupos maiores tenham interesse em participar, são organizados subgrupos. A duração é de em torno de uma hora e meia e é recomendado aos visitantes roupas e sapatos fechados, boné, água e protetor solar.

A Trilha Ecológica Inclusiva reúne 33 plantas nativas da caatinga identificadas, como a umburana de cambão, xique-xique, pereiro, mandacaru, angico, jurema preta, coroa-de-frade, e até espécies ameaçadas de extinção, como o umbuzeiro, a baraúna e a aroeira. Ao longo do percurso, de cerca de 800 metros, os integrantes do projeto explicam as propriedades e valores de cada uma das plantas identificadas, além de características de crescimento, de floração e usos populares.

O trabalho de estudantes e orientadores engloba a identificação das espécies, a coleta de sementes de plantas nativas, a produção e doação de mudas, além da recepção de visitantes. O grupo ainda realiza trabalhos fora do campus, como visitas a escolas, parques, condomínios, levando um pouco do conhecimento sobre as riquezas da Caatinga.

A Trilha oferece estrutura para receber pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes, através de um triciclo motorizado desenvolvido a partir de um projeto de inovação tecnológica. Ainda em relação à acessibilidade, todo o percurso é sinalizado com sinais de Libras e Braille.

A novidade mais recente é a construção de comedouro e bebedouro no espaço da trilha, no intuito de atrair a fauna nativa. Com a oferta de sementes e frutas nativas, além de água, já foi possível avistar animais como raposas, furões, gato-do-mato, tatu, lagarto e aves. 

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CONGADO É FESTA DAS ALMAS E NECESSITA DE APOIO PÚBLICO, DIZ ANTROPÓLOGO

É preciso ir à festa para as quais se é convidado, para que os outros venham à sua, e que se retribua a presença dos convivas com alimentos apetitosos. Não se viram as costas para a santa ou o santo. Além disso, é bem capaz de você cruzar com alguém em uma rua, quando está na companhia dos companheiros, e o capitão se esquecer de como é a letra de determinada canção, e vocês terem que ficar parados no lugar, sem poder prosseguir.

Estas são algumas das regras do congado, manifestação do catolicismo popular, que pode se tornar patrimônio cultural do Brasil, com registro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e tem relação com a cultura dos bantos, da África. O congado que, por vezes, assume o nome de reinado, é prática comum no interior dos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, geralmente no segundo semestre, para não coincidir com festividades como a Folia de Reis e períodos religiosos como a Quaresma. Há, ainda, registros da festa congadeira no Nordeste do país.

Conforme explica o antropólogo Leonardo Henrique Cruz Machado, o congado ou congada tem forte relação com São Benedito e Nossa Senhora do Rosário e se destaca por não ser mediado por uma figura como o pároco. Uma imagem da santa teria surgido em uma pedra e, após a tentativa de várias pessoas, sido removida por um negro escravizado, quando ele tocou um instrumento de percussão. 

Há sete grupos de congado, sendo um deles principal o moçambique (ou maçambique), e eles se diferenciam pelas vestimentas que seus integrantes usam e outros elementos, como o tipo de música que entoam, ligado ao candombe. O maçambique, por exemplo, canta algo que soa como um lamento. Os grupos são chamados de terno, guarda ou corte, denominação que varia conforme a região.

Para sair às ruas, os grupos de maçambique usam branco. E algumas guardas escolhem colocar turbantes e saiotes. Outras, que, em geral, tocam músicas mais rápidas, vestem peças de roupa mais coloridas. Até mesmo o penacho tem seu lugar, às vezes, remetendo aos povos indígenas. "Todas têm sua importância, sua ritualística", pontua Machado, que deve exibir, no mês que vem, um documentário sobre o congado, viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, de incentivo à cultura.

Em relação às figuras e respectivas funções dentro de cada um dos grupos, o vilão apenas dança, não canta, e tem o papel de ir abrindo caminhos. Acompanham-no o capitão, com seu bastão, os bandeireiros, que, geralmente, são uma dupla de dançadores, e os caixeiros. (Agencia Brasil)

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