DIA 28 DE ABRIL DIA DO BIOMA CAATINGA

Em alusão a programação da 2ª Semana da Caatinga, promovida pela Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaurb), um grupo de estudantes do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (NUCA) de Juazeiro conheceram nesta quinta-feira (27), o Centro de Conservação e Manejo da Fauna da Caatinga (Cemafauna), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE). 

A visita teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma experiência única de aprendizado sobre a importância da preservação da Caatinga e da fauna local.

Durante a visita, os jovens puderam conhecer o trabalho realizado pelo Cemafauna, que realiza pesquisas e projetos de conservação da fauna e flora da Caatinga. Acompanhados por guias especializados, os estudantes tiveram a oportunidade de observar de perto algumas espécies da fauna local e aprenderem sobre a importância da conservação do bioma da Caatinga, que é considerado um dos mais importantes do país e abriga diversas espécies únicas.

Para Greice Kelly, mobilizadora do NUCA de Juazeiro, a visita ao Cemafauna foi uma oportunidade valiosa para que os estudantes conhecerem mais sobre o meio ambiente e se engajarem em ações de preservação. "A presença dos adolescentes no cemafauna os ajuda a refletir sobre a importância da caatinga, já que eles são parte integrante deste bioma. Ao terem conhecimento da diversidade de animais que habitam esta região, são capazes de desenvolver uma compreensão mais ampla sobre questões ambientais e climáticas que são abordadas em sala de aula, mas que muitas vezes não são possíveis de serem visualizadas na prática", afirmou.

José Lima Leão, de 15 anos, contou que ficou surpreso com a quantidade de cores, cheiros e formas que a Caatinga possui. "Meu pai trabalha com agricultura e mesmo tendo esse contato com a natureza, pra mim foi uma descoberta incrível ter visto a diversidade de plantas e animais", comentou.

Ao final da visita, os estudantes agradeceram a oportunidade de aprenderem mais sobre a preservação da Caatinga e se mostraram motivados a realizar ações de conscientização em suas comunidades.

O Nuca-Iniciativa da Fundação das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA) de Juazeiro (BA) é composto por adolescentes, com idades entre 12 e 18 anos, com o objetivo de discutir e fomentar a promoção de ações que assegurem direitos e oportunidades para os adolescentes. (Fonte Ascom/PMJ)

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Telio Nobre assume a reitoria da universidade Federal do Vale do São Francisco

Na tarde desta quarta-feira, 26 de abril, a Ministra de Estado da Educação em exercício, Izolda Cela, empossou o professor Telio Nobre Leite para o cargo de reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). 

O docente ficará à frente da Universidade no quadriênio 2023-2027. A cerimônia de posse foi realizada na sala de Atos do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, e reforça a retomada do diálogo com as instituições e o fortalecimento da educação superior. 

O professor Telio Nobre é o primeiro reitor nomeado na atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União, no dia 5 de abril.  O docente foi eleito reitor da Univasf e aguardava a nomeação há três anos. A posse do novo reitor mostra a retomada da democracia, no âmbito das universidades e dos institutos federais. 

A Ministra da Educação em exercício ressaltou o simbolismo da cerimônia de posse, como forma de responsabilidade e compromisso do atual governo com os reitores das instituições federais. Izolda Cela também lembrou que um dos primeiros atos do presidente Lula foi a recepção e acolhida dos reitores das universidades e institutos federais. “Isso comunicou a importância desses que lideram as instituições de educação superior, que são um dos pilares de sustentação da sociedade, da nossa capacidade de desenvolvimento, de produção de conhecimento e sustentação da democracia”, frisou.  

A secretaria de Educação Superior, Denise Pires de Carvalho, também participou da solenidade e considerou a posse um momento de emoção para a comunidade acadêmica das universidades federais do Brasil. “O primeiro reitor empossado pelo atual MEC é de um simbolismo enorme. Espero que daqui a diante não tenhamos mais judicialização no processo de posse dos reitores eleitos democraticamente nesse País”. 

Telio Nobre lembrou o período de espera entre sua eleição até a posse e desejou um novo tempo de defesa da autonomia e da democracia nas instituições federais. “É tempo de união e reconstrução. É tempo de voltar a sonhar, é tempo de muito trabalho, de assumirmos nossas responsabilidades e reafirmar o compromisso firmado diante do processo eleito que vencemos em 2019”, reforçou. 

Assessoria de Comunicação do MEC, com informações da Univasf

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FESTAS JUNINAS SÃO RECONHECIDAS COMO MANIFESTAÇÃO CULTURAL DO BRASIL

A Lei nº 14.555, de 25 de abril de 2023, que reconhece as festas juninas como manifestação da cultura nacional, está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (26). Ela foi sancionada nessa terça-feira (25) pelo vice-presidente da República, no exercício da Presidência, Geraldo Alckmin.

O deputado Fábio Mitidieri é o autor do projeto e a relatoria é do senador Prisco Bezerra (PDT-CE). No seu relatório, Bezerra destaca que, na Região Nordeste, as festas juninas “ganharam um vigor e uma dimensão impressionantes”, mas que elas mobilizam também pessoas do sul ao norte do país. 

O senador cita Campina Grande, na Paraíba; Caruaru, em Pernambuco; e Mossoró, no Rio Grande do Norte, como cidades onde as festas são importantes para a economia desses municípios e o turismo da região.

Segundo o Ministério do Turismo, somente no estado da Bahia, o governo espera cerca de 1,5 milhão de pessoas nas festas juninas, que movimentarão R$ 1 bilhão na economia. Em Campina Grande, estima-se R$ 400 milhões e, em Caruaru, a previsão da prefeitura é R$ 250 milhões. 

Origem-Trazidas ao Brasil pelos europeus no período colonial, as festas em homenagem aos santos Antônio, Pedro e João, realizadas no mês de junho, tornaram-se ícones da cultura nordestina, integrando a produção de comidas típicas, tradições religiosas e as danças embaladas pelo ritmo do forró. A riqueza cultural do evento é um dos fatores que levam os turistas a se renderem à festa que impulsionam a economia da região, informa o ministério. (Fonte-Agencia Brasil)



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EM MACHADO DE ASSIS, SÃO AS PERSONAGENS FEMININAS QUE TEM ALGO DE POSITIVO A MOSTRAR AOS LEITORES

ARTIGO ENIO VIEIRA: Virou um costume dizer que certos artistas são universais e atemporais. É uma visão que tenta isolar uma determinada obra em aspectos puramente estéticos e esvaziá-la das referências externas do mundo e da época em que foi produzida. Um olhar empobrecedor, dirão algumas pessoas, ou o mais correto para as artes, defendem outras. O escritor Machado de Assis é um desses objetos de disputa de interpretações, sobretudo na dúvida se é preciso conhecer o Brasil do século 19 para entendê-lo devidamente.

De tanto ser cobrado em vida, Machado deu o conhecido recado no ensaio “Instinto de nacionalidade”, publicado em 1873: “O que se deve exigir do escritor antes de tudo, é certo sentimento íntimo, que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos no tempo e no espaço”. E ninguém soube melhor do que ele desvendar os seres, os lugares e as coisas do Brasil. Podia falar assuntos distantes da realidade do país, mas a mensagem tinha a ver com o seu entorno carioca.

Os personagens machadianos são alegorias do Brasil imperial e da passagem para a República. Os leitores estetizantes torcem o nariz para essa leitura histórica. Mas está tudo lá nas histórias do autor. E mais interessante: as mulheres inventadas por Machado são mil vezes mais interessantes do que os homens. Elas pensam, tem saídas inteligentes para as situações, bem ao contrário deles que aparecem presos à realidade mesquinha do período – como a criação brasileira da fusão de liberalismo com escravidão.

Em seus romances e contos, Machado de Assis criou uma coleção insuperável de homens superficiais e equivocados do seu tempo e seu lugar. É uma galeria de seres ilustres que não valem um centavo, porém são admirados na sociedade que se ancora na desfaçatez. Não escapa um: Betinho acredita tolamente nas maldades de José Dias; Brás Cubas é o perverso mimado; Rubião é enganado porque não entende como funciona o Rio de Janeiro; e Simão Bacamarte enlouquece achando que os outros é que são loucos.

Como eles são os personagens centrais, pouca atenção se dá a elas nas leituras. Porém, as mulheres criadas por Machado têm o maior interesse e são reveladoras daquele universo brasileiro do século 19. Tome-se a Capitu, do romance “Dom Casmurro” (1899). Há questões mais pertinentes do que a discussão masculina sobre se ela traiu ou não o marido.  Diferentemente de obtuso Bentinho, que é o verdadeiro dissimulado e narrador traiçoeiro, ela encarna a inteligência e a modernidade do pensamento.

“Capitu, aos quatorze anos, tinha ideias atrevidas, muito menos que outras que lhe vieram depois; mas eram só atrevidas em si, na prática faziam-se hábeis, sinuosas, surdas, e alcançavam o fim proposto, não de susto, mas aos saltinhos”, nota Bentinho, que vai destruir a vida da esposa porque acredita nas maledicências dos outros. O narrador vai sendo envenenado pelas observações e invenções de José Dias, para quem Capitu tem os olhos de “cigana oblíqua e dissimulada”.

Em “Quincas Borba” (1891), a personagem Sofia é a mestre nas artes da convivência social e deixa o protagonista Rubião, pobre coitado, completamente seduzido e perdido. Ele representa o comportamento antigo, superado pela modernidade da época. Ela domina bem as regras para sobreviver num mundo que passa a ser comandado por novos códigos sociais. Ao final, resta a Rubião a loucura, num misto de inocência provinciana e incompetência para lidar com as questões modernas.

Também são as mulheres nos primeiros romances de Machado que decifram o Brasil escravista a patriarcal do século 19. Elas comandam o ciclo da primeira fase dos romances “A Mão e a Luva” (1874), “Helena” (1876) e “Iaiá Garcia” (1878). Neste último, a personagem Estela escapa do destino medíocre e escolhe a profissão de professora para ter uma vida própria. Saem de cena as mocinhas inocentes do romantismo. Assim como a inteligência de Capitu, Estela traz um ponto de vista inovador.  

A riqueza das mulheres machadianas pode ser vista ainda na Sinhá Rita do conto “O caso da vara” (1891). Nessa história extraordinária, uma senhora encarna o poder da época e comanda a vida de todos que a cercam. Ela controla tudo e ameaça quem está em volta com uma vara para castigos. O susto do leitor é ver uma personagem feminina agindo da forma que se espera ver somente nos homens. Entre o riso e o choque, Sinhá Rita expõe a perversidade constitutiva da sociedade brasileira.

O Brasil de Machado é o local que perdeu o bonde da História, ao manter o trabalho escravo num mundo que já tinha trabalhadores assalariados. O autor vai estilizar em sua escrita a nova realidade que tornou a sociedade local uma aberração, em comparação aos países centrais (França, Inglaterra). O resultado é a criação de uma galeria de homens perversos e de mulheres que tentam escapar da violência cotidiana. Em Machado, são as personagens femininas quem têm algo positivo a mostrar aos leitores.

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SEMINÁRIO ON-LINE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA UMA CAATINGA SUSTENTÁVEL SERÁ REALIZADO NESTA SEXTA-FEIRA (28)

Em alusão ao Dia da Caatinga, o Projeto Rural Sustentável Caatinga (PRS Caatinga) e a Reserva da Biosfera da Caatinga, com o apoio da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), promovem nesta sexta-feira (28) o seminário on-line “Políticas Públicas para uma Caatinga Sustentável”.

A abertura do evento terá a participação da ministra de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Renata Bueno Miranda. O seminário, que começa a partir das 10h, terá transmissão pelo canal da TV Caatinga no YouTube.

A programação contará com três mesas redondas que irão debater as políticas públicas e agendas programáticas necessárias para o desenvolvimento sustentável da Caatinga, levando em consideração as mudanças climáticas, a conservação da biodiversidade, o combate à desertificação e a necessidade de promover a segurança alimentar, hídrica e energética do semiárido. Lucia Marisy Souza Ribeiro de Oliveira, professora do mestrado em Extensão Rural e do doutorado em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da Univasf, participará da mesa “Ações para a Agricultura de Baixo Carbono na Caatinga”.

No final, uma carta com recomendações para a Administração Pública Federal será apresentada. O documento será enviado para o Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ministério da Agricultura e Pecuária e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

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FEIRA DE SÃO CRISTOVÃO, CENTRO LUIZ GONZAGA DE TRADIÇÕES NORDESTINAS SERÁ ENTREGUE A INICIATIVA PRIVADA

A prefeitura do Rio de Janeiro lançou um edital de concessão do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como Feira de São Cristóvão. A licitação está marcada para 25 de maio. O vencedor deverá investir R$ 97 milhões na renovação de toda a estrutura do imóvel e do seu entorno (estacionamento e praça). Ao todo, serão 82 mil metros quadrados de área revitalizada com recurso privado.

A empresa vencedora fará a gestão da Feira de São Cristóvão por 35 anos, com obrigações de manter o local exclusivamente como centro de tradições nordestinas; dar prioridade à permanência das pessoas que atuam hoje no pavilhão e fazer as intervenções por fases, para garantir o trabalho de quem vive da feira durante o período das obras, que devem durar 30 meses.

Espaço nordestino no Rio-Estabelecida desde 1982 no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a Feira de São Cristóvão é um pedacinho do Nordeste no Rio de Janeiro. No local, os migrantes moradores da Cidade Maravilhosa podem matar a saudade da terra natal, enquanto turistas e cariocas têm a possibilidade de conhecer um pouco da região. Quem vai ao pavilhão pode comer carne de sol, apreciar a manteiga de garrafa, além de apresentações de repentistas, literatura de cordel e muito forró.

Os primeiros movimentos começaram em 1945, quando retirantes chegavam ao Campo de São Cristóvão em caminhões, para trabalhar na construção civil. O fim da viagem e o reencontro com parentes e conterrâneos que já estavam no Rio eram comemorados com muita música e comida. Essa celebração informal deu origem à feira, que permaneceu no entorno do Campo por 58 anos.

Nos anos de 1960, foi construído, com projeto do arquiteto Sérgio Bernardes, o Pavilhão de São Cristóvão, que tinha o objetivo de abrigar exposições internacionais. Até o final dos anos 1980, o local recebeu importantes eventos, como o Salão do Automóvel e feiras industriais. Mas isso não afastou os comerciantes, e as barracas eram montadas e desmontadas todos os fins de semana.

Em 2003, o antigo pavilhão foi reformado pela prefeitura, e a feira – já legalizada desde 1982 – começou a funcionar dentro do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas. Os trabalhadores ganharam boxes de alvenaria e cobertura, no espaço de 34 mil metros quadrados. O local possui três palcos e cinco praças com nomes de artistas e cidades nordestinas. Uma estátua em tamanho natural de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, dá as boas-vindas a quem chega.

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MAIS LIVROS: GOVERNO FEDERAL QUER RETORNAR POLÍTICAS PÚBLICAS PARA LEITURA

Fazer uma nação leitora, este é o desafio do atual governo. Em entrevista exclusiva para a Agência Brasil, o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, destaca as ações de retomada das políticas para a área, assim como aponta propostas da pasta para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com ele, a formação leitora dos brasileiros é uma das prioridades da gestão.

“O próprio presidente Lula, no processo de campanha, trouxe muito essa pauta quando falava menos armas e mais livros, menos clubes de tiro e mais bibliotecas. Eu creio que essa política ganha um relevo desde o fato de estar numa secretaria como também em uma agenda social e política do governo federal”, afirma.

Reduzida a uma diretoria dentro da Secretaria de Economia Criativa durante o governo Bolsonaro, a pasta recupera agora um grau institucional maior, segundo Piúba. Uma das atribuições da atual Secretaria é implementar o Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), de forma articulada com o Ministério da Educação. O PNLL trata de diretrizes básicas para a democratização do acesso ao livro e para o fortalecimento de sua cadeia produtiva.

“Nós estamos com um grupo técnico específico para a construção desse PNLL e uma das linhas é a implementação e a modernização de bibliotecas, tanto da rede pública como da rede escolar”, explica o secretário. 

Para Fabiano Piúba, é preciso modernizar o próprio conceito de biblioteca. “Ela deve ser vista como um dínamo cultural, conforme diz a Unesco, não como um depósito de livros”, defende.

Uma das propostas para levar essa inovação adiante é a implementação das chamadas Bibliotecas Parque, atualmente em fase de estudo. Criadas na cidade de Medellín, na Colômbia, essas bibliotecas são centros culturais que desenvolvem diversas atividades educativas e lúdicas, com forte envolvimento da comunidade.

O secretário também aponta a experiência das Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro, inauguradas nos anos de 2010 e 2011. “A gente quer desenvolver também uma ação para as Bibliotecas Parque em áreas de periferia, em áreas de vulnerabilidade, não necessariamente nas capitais”, especifica.

Outro desafio é recuperar as bibliotecas públicas fechadas nos últimos anos. Segundo o Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais (2009), empreendido pela Fundação Getúlio Vargas, 1.152 municípios não contavam com este aparelho cultural.

“Em 2010, a gente zerou o déficit de municípios sem bibliotecas. Isso era uma meta que estava vinculada à presidência da República à época”, afirma.

Segundo a pasta, atualmente faltam bibliotecas públicas em pelo menos 991 cidades brasileiras e apenas dois estados – Amapá e Sergipe – estão contemplados em todos os municípios. A ideia agora é abrir uma linha, por meio de edital, para que os municípios apresentem seus projetos. 

Para Piúba, o fomento ao livro e à leitura deve ser pensado a partir da bibliodiversidade. Esse conceitfaz referência à diversidade da produção editorial de um país.

“Uma política de aquisição e de atualização de acervos [para bibliotecas públicas] tem que compreender essa bibliodiversidade, isto é, uma diversidade regional, de editoras, mas compreendendo também que há autores e autoras independentes, além de uma diversidade cultural e étnica”.

A proposta é que as aquisições de livros para bibliotecas públicas possam abranger obras variadas e não se concentrar apenas na produção de poucas editoras da Região Sudeste, como costumava ser feito. 

Também para incentivar a diversidade, a Secretaria lançou o Prêmio Carolina Maria de Jesus em abril deste ano. O edital prevê a seleção de 40 obras inéditas escritas por mulheres, destinando o valor de R$ 50 mil reais por agraciada.

“Esse edital já deu o tom do que vem por aí. Ele estabeleceu cotas importantes, 20% no mínimo para mulheres negras, 10% para mulheres indígenas, 10% para mulheres com deficiência, 5% para mulheres ciganas e 5% para mulheres quilombolas”, detalha o secretário. De acordo com ele, as políticas afirmativas também compõem as estratégias da Secretaria e seguem as diretrizes da ministra da Cultura Margareth Menezes. (Fonte Agencia Brasil)

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