TRIO AS SEVERINAS LANÇA SINGLE COM COMPOSIÇÃO DO POETA ZÉ MARCOLINO

O trio feminino "As Severinas" vai lançar um novo trabalho no dia 4 de novembro, em todas as plataformas de streaming digitais. O grupo apresenta agora o single “Minha Crença”, de composição de Zé Marcolino. A canção fará parte do álbum “Zé Marcolino - Cantigas do Poeta”, uma homenagem ao compositor, com dez faixas de sua autoria.

De acordo com Monique D’Angelo, ela disse logo às companheiras do grupo que “Minha Crença” deveria ser uma das músicas escolhidas para o álbum e que, provavelmente, seria uma das mais importantes. “Ver o processo da música se montando foi algo peculiar para mim, a cada nova fase da criação, ela ficava muito mais bonita. Até que gravei a voz definitiva e recebi a faixa para ouvir depois, e chorei, essa música me emociona bastante. É a minha música preferida do álbum”, confessou a integrante.

AS SEVERINAS: Mesclando música e poesia, e lembrando das raízes culturais do Sertão do Pajeú, o trio As Severinas surgiu com o intuito de difundir, com musicalidade, a força feminina, mantendo a tradição do forró pé-de-serra, dando nova roupagem a cantigas, xotes e arrasta-pés. Formado por três jovens mulheres, o grupo traz Isabelly Moreira, no vocal, triângulo e declamações, Monique D’Ângelo, no vocal, sanfona e declamações, e Marília Correia, na zabumba.

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CANTOR E COMPOSITOR JURANDY DA FEIRA FAZ HOMENAGEM AO MESTRE SIVUCA NA QUINTA-FEIRA (16)

Jurandy da Feira homenageia o Mestre Sivuca. "Na Moldura do Tempo" este é o tema do show presencial e live do violonista, cantor e compositor Jurandy da Feira, fará na quinta-feira (16), às 21hs, no Bessa Grill, em João Pessoa, Paraíba.

Show Live será transmitido ao vivo pelo canal de Jurandy da Feira no YouTube.

No Bessa Grill Jurandy recebe Sandra Bele, Os Gonzagas, Chico Forrozada, Patricia Cunha e Ed Carlos. Em video Helena do Pandeiro, Mestrinho e Flávio Leandro.

Severino Dias de Oliveira, reconhecido no país e internacionalmente como Sivuca nasceu em Itabaiana, no dia 26 de maio de 1930.

Sivuca foi um multi-instrumentista, maestro, arranjador, compositor, orquestrador e cantor, cujas composições e trabalhos incluem, dentre outros ritmos, choros, frevos, forrós, jazz, baião, música clássica e blues.

Sivuca faleceu dia 14 de dezembro de 2006, aos 76 anos

JURANDY: Jurandy da Feira é um dos nomes mais valiosos da música brasileira, devido a versatilidade que vai do forró ao samba e a importante contribuição para o repertório gravado, exemplo, Luiz Gonzaga.

Jurandy também foi gravado por artistas como Vanja Orico, Rabelo Gonzaga, Terezinha de Jesus, Renato Braz, Genaro do Acordeon, Renato Braz e Trio Nordestino, entre outros grandes nomes da música brasileira.

Morador do Rio de Janeiro há mais de 40 anos, Jurandy mantém a sua essência e nunca deixa de estar bem perto do Nordeste, ao tomar em consideração suas escolhas estéticas e de repertório. 

Jurandy é o compositor entre outros sucessos das músicas Frutos da Terra, Nos Cafundó de Bodocó, Canto do Povo e Terra Vida Esperança. Para Jurandy da Feira, a resistência é seu alimento e é o que faz sentido para seguir no meio musical, pois somente o talento não basta. 

A história conta que Luiz Gonzaga costumava acolher em casa compositores, em quem descobrisse afinidades, e acreditasse, obviamente, no talento. Depois de avisar que seriam gravados por ele, vinha o convite para ir ao Rio de Janeiro. Jurandy teve o privilégio de ser um amigo de Luiz Gonzaga.

Jurandy Ferreira Gomes é conhecido como Jurandy da Feira. O batismo como Jurandy “da Feira” veio da imaginação fértil de Gonzagão. Com 18 anos, Jurandy tinha ido de Tucano morar em Feira de Santana, onde era Jurandyr da Viola. Mas no primeiro disco em que apareceu seu nome depois da ida para terras cariocas, Luiz Gonzaga colocou o “da Feira”, para lembrar o lado de cantador, de poeta de cordel em feiras livres do Interior.

“Ele chegou a me prestigiar num show num colégio de padres em Tucano, minha terra natal. Passou a me apelidar de “minha paz”, porque quando chegava sempre desejava a ele: “Uma paz, seu Luiz”, relembra Jurandy.

Ainda são recordações de Jurandy: “Quando Luiz Gonzaga gravou a primeira música minha, quando fui olhar no selo do disco. Estava lá Jurandy da Feira. Fui conversar com ele. Disse que aquilo não ia pegar bem na minha cidade, porque iam pensar que eu queria ser de Feira de Santana. Ele disse que não era de Feira de Santana, mas da feira, a feira do povo, do cantador. Acabei concordando, mas até hoje eu tenho que me explicar ao povo de lá”, conta Jurandy.

Jurandy revela que Luiz Gonzaga em vida, sorria e se divertia com esta história e explicava: "Eu botei assim, para lembrar o lado de cantador, de poeta de cordel em feiras livres do Interior". 

Em depoimento o rei do Baião apontava que o "talento de Jurandy é de uma riqueza muito grande, igual ao dia de feira nos sertões brasileiros."

Para o ano de 2023, Jurandy da Feira, está repleto de poesia e projetos. 

TRAJETÓRIA: O compositor tinha 24 anos quando conheceu o Rei do Baião. Foi levado a ele por José Malta, um jornalista, e produtor dos shows de Gonzagão. 

“Fomos para Exu, para a casa de Luiz Gonzaga. Passei uma semana lá. Mas era aquela coisa. Ninguém chegava a Gonzaga. Ele é que chegava às pessoas. Era fechado, meio cismado. Foi ele que se chegou pra mim, e perguntou sobre o violão que eu havia levado comigo. Se eu tinha um violão, por que não tocava? Quis saber se eu fazia músicas. Pediu para cantar para ele. Depois me disse que queria uma música que falasse de Bodocó”. 

Passou algum tempo e Jurandy mostrou a música Nos cafundó de Bodocó, conta o compositor. O cafundó, foi porque eu achei que a cidade ficava longe de tudo. Naquela época ainda estavam asfaltando as estradas, e fui da Bahia até lá de Karmann-Ghia (carro esportivo, de dois lugares, saído de linha em 1971), a maior poeira, foi um sofrimento a viagem até o sertão pernambucano”.

Luiz Gonzaga gostou da composição e gravou Nos cafundó de Bodocó. Veio o inevitável convite para ir ao Rio de Janeiro. A música foi aprovada pelos produtores de Gonzagão na época, coincidentemente dois pernambucanos, Rildo Hora e Luiz Bandeira. 

Nos cafundó de Bodocó entrou num dos melhores álbuns de Luiz Gonzaga nos anos 70, Capim novo (1976). Lula gravaria mais outras três composições de Jurandy, que sacramentariam uma amizade que durou até o final da vida de Lua.

O baiano Jurandy da Feira, portanto, testemunhou os bons e maus momentos de Luiz Gonzaga em suas duas últimas décadas de vida: “Ele passou uma época em baixa. Várias vezes assisti a apresentações suas numa churrascaria chamada Minuano, na estrada Rio/São Paulo. Era aquele barulho de churrascaria. Mas quando ele dava o boa noite., pra começar a cantar, menino ficava quieto. Os adultos se calavam. Ficava silêncio enquanto ele cantava”.

Foi Luiz Gonzaga que levou Jurandy para gravadora, e ajudou a suas músicas serem gravadas por nomes como Trio Nordestino, Terezinha de Jesus. Atualmente Jurandy da Feira é um dos artistas mais admirados no meio da cultura brasileira e gonzagueana.

“Ele, Luiz Gonzaga, chegou a me prestigiar num show num colégio de padres em Tucano, minha terra natal. Passou a me apelidar de “minha paz”, porque quando chegava sempre desejava a ele: “Uma paz, seu Luiz”, relembra emocionado Jurandy.

Jurandy traz a poesia do ritmo da cultura brasileira na alma. É fartura de dia de Feira. Luiz Gonzaga sabia reconhecer um fiel discípulo.

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MORRE MÉDICO HUMBERTO MACÁRIO QUE OPEROU O VOVO DO BAIÃO, PAI DE LUIZ GONZAGA

"Seu Januário, com bem noventa anos, tinha nos seus planos fazer uma operação. Sua família estava toda reunida eezando pela vida do vovô do baião....

Humberto Macário, Famoso cirurgião, Fez aquela operação, Que abalou o Cariri. O povo do Crato Ficou todo admirado Quando viu Seu Januário inteirinho sair"...

 Humberto Macário de Brito ficou imortalizado na voz de Luiz Gonzaga com a música Vovo do Baião. Na época uma homenagem pelo sucesso da operação de seu Januário que foi operado da próstata.

A Prefeitura Municipal do Crato lamenta, com profundo pesar, o falecimento do médico e ex-prefeito deste Município, Humberto Macário de Brito. Dr. Humberto faleceu na madrugada desta segunda-feira, 13 de março. A Prefeitura decreta luto oficial de três dias, a contar desta data, pelo falecimento do ex-prefeito e envia votos de pesar e solidariedade aos familiares e amigos.

Natural de Campos Sales, formou-se em 1958, pela Faculdade de Medicina da Bahia, obtendo o primeiro lugar. Após formado, retorna ao Crato onde iniciou suas atividades médicas, como clínico e cirurgião do Hospital São Francisco de Assis, voltando-se, principalmente, ao atendimento das camadas mais carentes da população. Por este trabalho aos mais necessitados, logo ganhou a fama de Médico Humanitário.

Foi professor da Faculdade de Filosofia do Crato, tendo contribuindo para a formação de centenas de jovens cratenses, participando e ministrando, inclusive, vários seminários e eventos educativos na área. Ainda como médico, em 1974, fundou o Hospital Regional Manuel, de Abreu, na cidade do Crato, atualmente Centro Cultural do Cariri.

Elegeu-se Prefeito Municipal do Crato, aos 36 anos de idade, exercendo seu mandato entre os anos de 1967 a 1970. Nas eleições de 1976, ao lado do Capitão Ariovaldo Carvalho, foi eleito vice-prefeito. Em 1978, foi convidado pelo Governador Virgílio Távora para ocupar a pasta de Secretário da Saúde do Estado do Ceará. Em 1983, assumiu a Superintendência do Desenvolvimento do Ceará -SUDEC. Em 1986, foi eleito Deputado Estadual, pelo PMDB, sendo o 6º mais votado no Ceará.

Casou-se com Noemi Arraes e Silva Macário de Brito, com quem teve três filhos: Ana Carolina, Humberto Filho e George Macário. Avô de Luana Siebra Macário, Jéssica Siebra Macário, Pedro Ernani S. Macário de Brito e de Artur Vieira Macário de Brito (Filhos de George). Em 1998, retornou de definitivamente ao Crato, voltando à sua atividade de médico humanitário, até deixar seu consultório em 2006.

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MARCHA PELA VIDA DAS MULHERES E PELA AGROECOLOGIA ACONTECE NO DIA 16 DE MARÇO

No próximo dia 16, agricultoras que atuam no Polo da Borborema e em outras regiões da Paraíba e do Nordeste, vão às ruas para protestar contra os danos da presença de parques eólicos e usinas solares nos territórios rurais em que vivem. A 14ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, que será realizada no Dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas, denuncia a contradição na produção industrial da energia renovável, que apesar de ser tida como limpa, empobrece e adoece as famílias rurais e, ainda, as expulsa do campo.

Com capacidade de atrair milhares de agricultoras dos 13 municípios que o Polo atua, além de mulheres de outros territórios do Semiárido paraibano e estados vizinhos, a Marcha é um grande palco no qual se problematizam assuntos importantes para o bem-estar das famílias camponesas, especialmente, as mulheres. A expectativa da Coordenação de Mulheres do Polo da Borborema, organizadora da Marcha, é que o ato reúna cerca de cinco mil mulheres. Quase a população total do município que, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021, é de 5,8 mil pessoas. A marcha deste ano repete o lema de 2022: Borborema Agroecológica não é lugar de parques eólicos.

Um dos motivos que influenciou a manutenção do tema foi o aumento da presença, no território, das empresas que exploram os ventos e o sol; e, além da produção, as linhas de transmissão de energia que irão recortar o território. Há relatos de que os representantes passaram em Remígio, Esperança, Solânea, Algodão de Jandaíra, Arara, Casserengue, Montadas, Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, entre outros municípios. Nos últimos meses, é bem comum ouvir relatos de que comunidades, famílias e sindicatos que foram visitados.

À primeira vista, a chegada dos parques eólicos e usinas solares na região trouxe às pessoas que vivem nesses territórios a ideia de progresso, tanto, que com a chegada desses empreendimentos, dona Erivanda (nome  fictício) sentiu vontade de arrendar um espaço de sua propriedade de 10ha para a instalação de alguma torre. Mas, mudou de ideia quando teve conhecimento dos problemas que esses gigantes aerogeradores causam para as famílias e comunidades rurais.

“Foi na Marcha que soube do ‘destruimento’ que causam. Deus me defenda que eu não quero isso. Essa energia dá muitos problemas”, enfatizou a agricultora de 54 anos que mora em Montadas, município que vai sediar a 14ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, no dia 16 desse mês.

Maria Anunciada Flor, agricultora e liderança do município de Queimadas, que está na coordenação da Marcha, conta que a chegada dos parques de energia eólica no território tem sido um grande motivo de preocupação para as mulheres agricultoras da região, que podem ser impactadas com mudanças drásticas, já que em suas propriedades há as  histórias de vida a partir da criação dos filhos e ensinamentos para valorizar a terra e a agricultura.

“As mulheres produzem alimentos para sobrevivência da família, criam os animais, comercializam seus produtos, participam das ações nas comunidades e tudo isso deixa de existir a partir da assinatura de um contrato que a empresa traz,  junto com falsas promessas, sem mostrar a realidade negativa na vida das famílias. Um contrato que geralmente a agricultora não tem nem direito de saber o que tem escrito e que se renova automaticamente com o tempo. Além disso, quando a agricultora se torna uma arrendatária,  acaba por perder os direitos que tem como produtora rural, como o de se aposentar, de requerer salário maternidade, auxílio-doença ou acessar qualquer outra política pública como agricultora. E isso prejudica todos os demais membros da família”, resume.

O movimento conta com o protagonismo de jovens engajados na causa e que se preocupam com os recursos deixados para as próximas gerações | Foto: AS-PTA

A líder sindical também pontua os mais diversos danos à saúde dos moradores do território causados pela presença dos aerogeradores, desde problemas relacionados à depressão a danos auditivos ocasionados pelo barulho dos aerogeradores que funcionam dia e noite. Os animais criados nas propriedades também acabam estressados pelo mesmo motivo, e as paredes das casas e cisternas ficam rachadas por causa da vibração das torres eólicas.

“A marcha tem um papel de extrema importância que é de as famílias trazerem o conhecimento de tudo que é nocivo em relação a esses empreendimentos. Ocupamos todos os espaços de comunicação para mostrar a realidade com base em estudos reais. Desde 2018 colhemos depoimentos das famílias que foram prejudicadas e fizemos intercâmbios para ver de perto o problema. Nós queremos energia renovada sim, mas que seja uma energia descentralizada, onde todos possam ter acesso e  que não seja uma energia que venha prejudicar o meio ambiente e nem as pessoas”, ressalta.

PROTAGONISMO JUVENIL-A juventude dos territórios do Polo da Borborema também vem em um forte movimento pela causa. As articulações por parte dos jovens vem mobilizando as comunidades por meio de panfletos entregues porta a porta,  programas de rádios e diálogos com as pessoas. Além disso, audiências públicas com os jovens,  encontros municipais e regionais, visitas e intercâmbios entre os municípios estão sendo realizados para abrir mais espaço ao debate.

Aline Belarmino, da Comissão Executiva de Juventude do Polo da Borborema, que vive na Cidade Agroecológica de Remígio, explica que a ideia é conhecer lugares e desafios para expandir a discussão. “A gente não quer essa forma de energia chegando no nosso território. Daqui a alguns anos nós, enquanto jovens, não vamos ter direito ao nosso acesso à terra. Se assinarem esses contratos, como vamos no futuro ter o nosso nosso local de plantar, de colher, de criar e viver?”

Para a jovem liderança, que já participa da marcha desde as edições iniciais, quando ainda era criança,  o manifesto é um momento emocionante. Isso por que para ela, é um ato de liberdade e de expressar a luta por todas as mulheres agricultoras. “É um momento em que a gente se reconhecer uma na outra. Tanto aquelas que sofrem as violências quanto aquelas que já morreram lutando como nós. Um momento de expressão, de liberdade, de luta, de lágrimas de alegria, de tristeza, mas também uma lágrima de vitória por conseguir movimentar tantas mulheres para denunciar as formas de violência e opressão da sociedade”.

MARCHA-A 4ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia se realiza em uma data especial, na qual se celebra o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Segundo Adriana Galvão, assessora técnica da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, a coincidência das datas foi proposital para explicitar uma grande contradição. Afinal de contas, a energia gerada a partir do vento e do sol é limpa mesmo?

“A solução que está sendo construída é meramente baseada numa relação de mercado. Se propõe a troca de uma matriz energética, com base nos combustíveis fósseis, por outra, baseada na energia renovável, sem entender o desequilíbrio socioambiental que afeta as populações dos lugares onde estão sendo instalados os parques eólicos e as usinas solares”, argumenta.

Roselita Vitor, liderança sindical e uma das coordenadoras políticas do Polo da Borborema – um fórum que reúne 13 sindicatos rurais – destaca o desafio que tem sido expor essa contradição.  “Um número muito pequeno de pessoas conhece os impactos negativos provocados pelo modelo industrial de produção de energia nos territórios. Aqui, na Borborema, há cerca de 19 mil famílias agricultoras. As cidades vivem a partir da renda rural. O que vai significar a chegada desses parques, inclusive, na economia dos municípios?”, questiona.

Além disso, a liderança sindical pontua que a forma como essas empresas chegam nos territórios de todo o Semiárido é estarrecedora. E no Polo da Borborema não é diferente. Os direitos das famílias vêm sendo violados e essa abordagem sendo feita em cada unidade familiar de forma individualizada e, sozinhas, elas não têm força social para resistir. Sem falar que não recebem as informações adequadas sobre os riscos. “O que significa falar com um agricultor de 60 anos, que não sabe ler, sobre uma renda fixa até o final da vida?.”

No entanto, toda essa mobilização para enfrentar as indústrias que querem se instalar nos territórios não significa que as mulheres agricultoras são contra a energia renovável. “Nós não queremos esse modelo privatizado, que fica nas mãos de grandes empresas, que concentram as riquezas geradas com a produção da energia. Nesse modelo, o agricultor, a mulher do campo e a juventude ficam apenas com os prejuízos. Queremos que cada família agricultora possa ter placas solares em suas casas para gerar a energia necessária para o seu uso”, sustenta Adailma Ezequiel, uma jovem liderança sindical do território.

Por que em Montadas dessa vez? Montadas fica numa região da Borborema Agroecológica que faz fronteira com municípios onde as empresas já têm licenças emitidas pelo Estado para instalar os parques industriais. Isso acontece em Pocinhos, por exemplo, endereço de oito parques eólicos do Complexo Serra da Borborema, da empresa EDP Renováveis, além de três usinas fotovoltaicas nos nomes das empresas Sices Brasil SA e Arigo Solar Energia SPE Ltda.

“Montadas é um município estratégico para reafirmarmos a nossa luta, uma vez que as terra dos agricultores e agricultoras estão sendo ameaçadas pela instalação dos parques eólicos e usinas solares”, comenta a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Montadas, Jaílma Flávia Fernandes.

A Marcha se concentrará na Praça Josefa Tavares, no Centro de Montadas, às 8h, e depois fará um percurso de 1,5 quilômetro até voltar para o lugar de partida. A presença da cirandeira Lia de Itamaracá está confirmada para animar as participantes com voz  e a percussão que marca as batidas da ciranda.

POLO BORBOREMA: O Polo da Borborema é um coletivo de sindicatos rurais de 13 municípios do Território da Borborema. Ele defende e põe em prática um projeto político de fortalecimento da agricultura familiar por meio da convivência com o Semiárido e da agroecologia. A ação do Polo mobiliza mais de nove mil famílias e envolve desde o agricultor e a agricultoras até os filhos, dos jovens às crianças

Serviço

O que: Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia

Onde: Montadas (PB)

Quando: 16 de março – Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas

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DEMIS SANTANA: AO MESTRE COM CARINHO

Nesta segunda-feira, 13/03/2023, via na TV, um dos últimos episódios da novela: Mar do Sertão, 18 horas, quando me deparei com as cenas em que a filha professora(que já havia alfabetizado várias pessoas), do personagem Timbó, toma coragem para alfabetizar o pai e a mãe.

As cenas obviamente me afogaram em lágrimas, porque meu pensamento num zas-trás, relembrou que uma jovem artista pop, havia levantado uma polêmica ao afirmar que: "quem não tem o que fazer, vai ser professor(a), e que um professor(a), trabalha um mês inteiro para ganhar 5 mil reais, e ela por meia hora de show, recebia 70 mil reais".

Relembrei que na sexta-feira dia 10/03/2023, depois de dar aulas nos turnos da manhã, tarde e noite, tomei umas tantas brejas. Havia marcado com minha irmã no sabado, para que junto com o namorado dela, passasse em casa para me dar uma carona para o sítio da família.
Acordei numa ressaca gigantesca e só queria dormir.

Num determinado momento, sentado no banco de trás do automóvel, estaciona ao lado, um outro carro que busina insistente. Não reconhecemos o motorista, mas ele desceu o vidro e disse: É o professor?

Desci do veículo, e surpreso, ví correndo em minha direção um ex-aluno de 10 ou 11 anos de idade. Trata-se de Pablo, que fora meu aluno da 4 e 5 série do fundamental II, em anos consecutivos. Pablo correu ao meu encontro e me deu um abraço bem apertado que durou um bom tempo. Agradeci, perguntei pelos colegas de turma. Nós despedimos, agradeci ao pai do aluno, e retornei para o banco traseiro do carro, sem consegui dormir durante o trajeto. Depois de um tempo de silencio, minha irmã que foi minha professora no curso de pedagogia na UNEB, disse: "É mano, este é o capital que colhemos e aculmulamos no desempenho da nossa profissão".

Ficamos os três emocionados.
Hoje, segunda-feira, 13/03/2023, após a novela das 18 horas, fui à padaria, próxima ao Banco do Brasil de Curaçá sede, e a moça que despachava no balcão dos pães, me indagou: "O senhor lembra que foi meu professor a cerca de 20 anos atrás? Eu fico muito cansada depois do trabalho, mas quando lembro de suas aulas e de outros/ outras, professores/ professoras, tenho vontade de retomar os estudos".

No caminho de volta para casa, percebi uma conexão nisso tudo, e só então decidi escrever este longo texto, que intitulei de: "Ao Mestre com carinho".
DEMIS SANTANA
13/03/2023
Curaçá-BA.
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VII ENCONTRO DOS EX-ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL/ESCOLA DE PETROLINA FOI REALIZADO COM SUCESSO E MUITA EMOÇÃO

Foi realizado no último sábado, dia 11 de março , o VII Encontro dos ex-Alunos do Colégio Estadual/Escola de Petrolina. Este ano o evento aconteceu na Chacara Bom Pastor, localizado na Estrada da Tapera. 

Detalhe: O Colégio Estadual/Escola de Petrolina foi e continua sendo na memória dos ex-alunos uma referência na formação e transformação educacional de todos que lá estudaram. Exemplo, o cantor e compositor Aldy Carvalho e Humberto Barbosa e Maciel Melo, uma das maiores expressões da música brasileira. Portanto o colégio foi um celeiro de talentos e colocou outros grandes profissionais.

A programação contou com uma Missa de Ação de Graças que foi realizada na Igreja da Matriz. O encontro foi marcado pelos shows de Orlando e seus Teclados, Pedro Duarte e Linguagem Musical.

O ex-aluno e um dos organizadores do encontro, o gestor imobiliário Aldizio Barbosa, avaliou o evento mais uma vez como um grande sucesso e momentos de muitas emoções de "todos aqueles que participaram do bom tempo de estudantes". 

"São amigos que moram em São Paulo, Salvador, Natal, Recife, Curitiba enfim de todos os lugares desse Brasil. O mais importante é confraternizar e marcar já o próximo encontro, sempre para relembrar nossas boas histórias. Agora é pensar e planejar 2024", disse Aldizio.

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VEREADOR PROPÕE TÍTULO DE CIDADANIA EXUENSE PARA O CANTOR WALDONYS

Na sessão ordinária na plenária Luiz Gonzaga no último dia 08 de março, o vereador Júnior Pinto apresentou um projeto de indicação para o cantor e compositor Waldonys, sugerindo que ele receba o título de Cidadão de Exu. Durante sua apresentação, o vereador destacou a importância de reconhecer o talento e a contribuição cultural de Waldowys para a cidade de Exu.

A proposta foi recebida com entusiasmo pelos demais vereadores presentes, que demonstraram apoio ao vereador. Ao final da votação, o projeto de indicação foi aprovado por unanimidade.

Waldonys é um nome reconhecido na música popular brasileira, tendo lançado diversos álbuns e participado de projetos importantes ao longo de sua carreira. Sua relação com a cidade de Exu, localizada no interior de Pernambuco, é muito próxima, tendo sido homenageado em outras ocasiões pela comunidade local.

Com a aprovação do projeto de indicação, Waldonys poderá receber oficialmente o título de exuense, uma honraria que reconhece sua contribuição para a cultura e a história da cidade.

HISTÓRICO: Waldonys nasceu em Fortaleza em 1972, começou a tocar acordeon ainda criança. Suas referências musicais foram construídas bebendo na fonte dos menestréis da sanfona no Nordeste, Dominguinhos e Luiz Gonzaga, seu padrinho de profissão.

Conhecido no meio musical e entre familiares e amigos como um amante da música e também da arte de voar, Waldonys cruza os céus em arrojadas manobras acrobáticas a bordo do seu avião e em seus saltos de paraquedas, no qual já contabiliza mais de 3 mil saltos, fazendo assim da atividade aeronáutica uma arte. Hoje, há shows conjugados: um nos céus; outro nos palcos.

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