ANTÔNIO BARROS COMPLETA 93 ANOS DE NASCIMENTO NESTE SÁBADO (11)

O cantor e compositor paraibano Antônio Barros completa neste sábado (11) de março 93 anos de idade. Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas.

No ano de 2019 tive a suprema alegria/emoção de compartilhar por algumas horas da presença de Antonio Barros, Ceceu e Mayra, a filha do casal. Antonio Barros que eu não conhecia pessoalmente, mas que foi responsável e isto falei para ele, foi alicerce e contribuiu para que eu fosse hoje pesquisador, jornalista que sou atualmente. Imaginei o menino lá da Paraiba que ouvia o ídolo no pé do Rádio.

Vivi 50 anos e o destino me proporcionou este encontro em Petrolina e Juazeiro, nas margens do Rio São Francisco.  Na maioria do tempo o ouvi. O brilho das palavras e lembranças faladas cantadas de um Toinho que conviveu e deu vida a centenas de músicas interpretadas por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Trio Mossoró, Dominguinhos, Ney Matogrosso e quase todas as estrelas da música brasileira.

As músicas de Antonio Barros embalou meu tempo menino adolescente através das ondas do Rádio. Adulto me fez pensar sobre o Nordeste e a importância de sua história. Eu ouvi certa vez um locutor dizendo que a música era  autoria de Antonio Barros. Logo fiquei a imaginar de onde viria tamanha grandeza humana para falar dos mistérios mais escondidos do ser humano, das paixões, desencontros, esperanças de uma chuva que está para chegar.

Hoje compreendi com a trajetória do tempo. Antonio Barros é um sopro de Deus, Poder Superior feito de Luz que deu de presente a este pedaço de terra, um Poeta. Poeta cidadão do mundo Antonio Barros.

Lembro que meu amigo Aderaldo Luciano numa carta endereçada ao cantador Beto Brito, relatou a certeza e vai colocar isso em um livro, "que Deus era um tocador de pife e foi soprando nele, num pife feito de taboca, que deu vida ao Homem com seu sopro fiel".

É por isto que todo dia às 18horas digo em prece: Antonio és um Sopro de Deus...Agradeço por tua existência e a cada letra, ritmo, melodia, harmonia que você alimentou por este Brasil afora. És alegria das Noites de São João, São Pedro e Santo Antonio. És luz. Antonio Barros fogueira luz acesa da grandeza da música que encanta almas e alimentas os seres humanos de Paz.

Ao olhar essa fotografia veio-me uma saudade e uma emoção desmedida. Lembrei-me de toda minha infância e adolescência, quando ainda respirávamos um pouco de inocência diante da vida. Minha geração e todos do meu ciclo vivemos norteados musicalmente pelos lançamentos das músicas de Antonio Barros e Cecéu. A primeira vez que ouvi É Lá, É Cá, É No Balanço Do Mar fiquei balançado. 

Os dois plantaram em mim o gosto pela música, apontaram-me o caminho da constância, a busca pela disciplina, o caminhar para a frente. Nesses tempos novos de tão pouca criatividade e de tão extensas caricaturas, o casal 1000 permanece intacto em sua excelência. Plantaram no Brasil os doces bordões: lembrem-se de Ney Matogrosso cantando Homem Com H. E foi assim a cada ano, a cada São João, a cada "assustado". 

Devemos muito aos dois e como agradeço ter vivido sob seu som, sob sua genialidade. Na fotografia estão abraçados e abraçando a seguidora, filha e ótima cantora Mayra Barros que gentilmente cedeu-me a oportunidade de escrever minha pequena homenagem. Serei eternamente grato. (*Fonte: Professor doutor em Literatura Aderaldo Luciano)

ANTONIO BARROS E CECEU-ANTONIO BARROS E CECEU: Quando Antonio Barros e Cecéu se encontraram em 1971, desde então formaram uma parceria no trabalho musical e no amor. Passaram a compor juntos e se tornaram um casal de sucesso. Levantando a bandeira de uma forte expressão artística no companheirismo do dia a dia, essa dupla se transformou num paradigma da cultura popular brasileira, pois nesse decorrer são cerca de novecentas músicas gravadas pela maioria dos intérpretes brasileiros, alcançando popularidade até no exterior, onde também suas músicas foram gravadas na Itália, Espanha, Portugal e Israel.

Homem Com H, Por Debaixo Dos Panos, Bate Coração, como também as famosas Procurando Tu, Casamento Da Maria, Sou O Estopim, Amor Com Café, Forró Do Poeirão, Forró Do Xenhenhém, Óia Eu Aqui De Novo; são algumas das canções que fazem parte do acervo de músicas autorais dessa dupla e gravadas por expressivos nomes da MPB como Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Dominguinhos, Gilberto Gil, Alcione, Ivete Sangalo, Fagner, Gal Costa, MPB-4 e os saudosos Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês.

Esses artistas consagrados que fazem parte da realidade e da história da música, conseguiram romper a regionalidade sem perder o sotaque. Na capital paulista, onde residiram uma longa temporada desde 1995, o casal apresenta seus shows com classe e charme através de seus inúmeros sucessos. Pelo Nordeste nas festas juninas a dupla consegue fazer o seu público cantar cada música de seu repertório completamente autoral. “A história e a música de Antonio Barros e Cecéu se mantém sempre em atividade. Exemplo disso é encontrar regravações e releituras de nossas músicas feitas por uma nova geração de artistas, não somente de artistas regionais, mas muitas vezes de artistas pops e DJs de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais que constantemente estão cultivando a nossa obra.” (Disse Antonio Barros)

ANTÔNIO BARROS nasceu em 11 de Março de 1930 na pequena cidade de Queimadas na Paraíba. Filho de Severino Barros da Silva e Luiza Rodrigues da Silva, estudou no Grupo Escolar José Tavares e a maior parte de sua infância foi vivenciada na zona rural. Quando sobrava tempo para brincar, costumava pegar uma lata vazia de 20 litros, colocava a cabeça dentro, batia do lado de fora com as duas mãos, fazendo ritmo, enquanto cantava para ouvir sua própria voz com efeito reverberado.

Aos dezenove anos de idade foi trabalhar como músico tocando pandeiro na rádio Caturité em Campina Grande-PB. Aos vinte anos, mais ou menos, foi para Recife-PE e na rádio Tamandaré deu continuidade ao seu trabalho como músico pandeirista. Foi nessa mesma época que escreveu sua primeira música e conheceu Jackson do Pandeiro, o qual se tornou um grande amigo do artista, apoiando-o na vida profissional.

A partir daí começou a gravar suas primeiras canções profissionalmente com Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda e Zito Borborema. Logo depois foi para o Rio de Janeiro e desenvolveu ainda mais seu ambiente no meio musical, onde passou a gravar também com Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino e tantos outros.

Estando em Recife em meados da década de 50, Antonio Barros acompanhando o sucesso do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, compôs ESTRELA DE OURO, e num dos shows do artista na cidade, Antonio Barros foi se apresentar a ele, e lhe mostrar a música, de tema conveniente ao momento da carreira de Luiz Gonzaga. Pois conta: “Reinado e coroa, tudo isso o baião me deu. Estrela de ouro no meu chapéu, roupa de couro e gibão. Como um milagre caído do Céu, fizeram-me Rei do Baião…”

Quando Luiz Gonzaga começou a se consagrar ainda mais, dessa vez, gravando xaxado, fazendo emergir das escondidas manifestações populares dos cangaceiros a dança que contagiou o Brasil no final dos anos 50, a maioria dos artistas passaram agravar o ritmo xaxado.

Luiz Gonzaga já não era mais o único com a novidade. Foi então que Antônio Barros, compôs a música ÓIAEU AQUI DE NOVO, também de tema coerente com o que se passava em sua carreira, pois a letra diz “…Eu vou mostrar pra esses cabras que eu ainda dou no couro. Isso é um desaforo que eu não posso levar. Óia eu aqui de novo- cantando.  Óia eu aqui denovo- dançando.  Óia eu aqui de novo- mostrando, como se deve xaxar.” Essa foi gravada pelo Rei do Baião no disco intitulado pelo mesmo nome da música gravado em 1967. Regravada por Gilberto Gil, o texto poético dessa obra também foi alvo de uma das questões do Enem em linguística.

MARY MACIEL RIBEIRO “Cecéu”-Nasceu em 02 de Abril de 1950 na cidade de Campina Grande, na Paraíba. Filha de Severino Lourenço Ribeiro e Maria Maciel Ribeiro, estudou no colégio São Vicente de Paulo, bem próximo de sua casa no bairro do Catolé. Costumava ir à escola cantarolando várias músicas que gostava de ouvir no rádio às tardes enquanto trabalhava na mercearia de secos e molhados de seu pai.

“Mariêta ta, Mariêta ta, Mariêta ta, entalada com cajá…”, essa era uma das músicas que gostava de cantar, nem sabia que era uma composição de Antonio Barros que mais tarde viria a ser seu companheiro na vida e na profissão. Nem mesmo sabia que viria seguira carreira musical. No entanto Cecéu já produzia textos poéticos desde a adolescência.

Durante toda sua infância apreciou a arte musical, acompanhava as notícias e as canções de seus artistas favoritos como Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Demônios da Garôa, entre outros. Assim, influenciada pelo romantismo dominante dessa época, juntamente com Antonio Barros, vieram a compor ora juntos, ora separados, e foi que começou sua carreira profissional ao lado do parceiro musical e marido Antonio Barros.

Todo esse romantismo gerou o grande hit Bate Coração, até hoje uma das músicas mais solicitadas e usadas em campanhas publicitárias. Vieram em seguida Amor Com Café, Forró do Xenhenhém também gravadas pela Elba e Alcione e pela própria Cecéu.

Desabafo é também umas das canções de muita repercussão desde 1982 para públicos de todos os gostos, tendo sido regravada em ritmo eletrônico pelo artista brasiliense Fiakra, https://www.youtube.com/watch?v=gncoEj5kRLs , clipe lançado com milhares de visualizações.

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NEGO DÁGUA O FILME COMEÇA A SER GRAVADO NESTE DOMINGO (11)

O que provoca mais curiosidade que uma história contada às margens do Velho Chico? Um rio reconhecido como Integração Nacional, que esconde segredos e mistérios. É nesta esfera surpreendente que o esperado 'Nego D'água o Filme' ganha vida.

Bebela, Maria Izabel Pontes Muniz, foi a historiadora escolhida especialmente para abrir as gravações do filme, realizadas na tarde deste sábado (11/03).

O longa-metragem é criado e dirigido por Flávio Henrique Fonseca com direção geral do consagrado cineasta Roque Araújo, produzido também pela Macambira Entretenimento, Com direção de arte e imagens por Luciano Peixinho (Sertão Mídia) e equipe do Instituto Roque Araújo. 

Diferentemente do que se pode esperar, o longa abre espaço para que as pessoas da terra contem as suas histórias e levem ao país inteiro as cores e encantos que o Sertão oferece. 

EQUIPE-O filme conta com a participação de técnicos da Bahia, atores de Salvador-Ba, mas 90% do elenco, trilha sonora e técnica geral é composta por ribeirinhos da Região do Vale do São Francisco.  

SINOPSE DO FILME-A trama conta a história de Marta, uma menina romântica ribeirinha que nasce em um bairro de Juazeiro e vive uma história de Amor, mistérios, lendas e medos. Marta é uma pessoa que vive entre moradores e pescadores no Angari, uma comunidade rica de crendices, folclores e superstições. Ainda menina ela se apaixona pela lenda do Nego D’água e na adolescência sonha em se entregar a este romance, que para muitos é pura lenda, Mas para Maria Doida, uma Idosa desacreditada por viver no passado a mesma história da menina e que realiza no presente os seus desejos do passado, uma realidade indiscutível. O Rio São Francisco serve de fundo para ilustração desta história trazendo as manifestações culturais da cidade. 

O filme também aborda ao longo do enredo, temas como: Preservação das águas doces, matas ciliares, habitação, saneamento básico e problemas sociais, mas o foco é a história  de Marta e a sua paixão pela lenda do Nego D’Água, personagem do lendário ribeirinho que segundo historiadores vive nas águas do rio assustando pescadores e lavadeiras. (Texto Pablo Luan)

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A CAATINGA EM PÉ E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS É TEMA DO III SEMINÁRIO NA BAHIA

"A Caatinga em Pé e as mudanças climáticas", este foi o tema do III Seminário Estadual de Recaatingamento realizado nos dias 9 e 10 de março em Juazeiro. O evento reuniu agricultores e agricultoras de 35 comunidades do Território Sertão do São Francisco (TSSF), discutindo questões como trajetória, perspectivas e desafios do Recaatingamento.

O evento teve como objetivo promover o diálogo e a troca de conhecimentos entre as comunidades e instituições envolvidas com a conservação e preservação do único bioma totalmente brasileiro, a Caatinga, contribuindo para a construção de uma agricultura mais sustentável e consciente.

É o que ressalta a agricultora, Maria Neves, da comunidade Caiçara em Juazeiro. "Hoje, a gente tem a nossa área de Caatinga preservada (...) cuidando bem da nossa natureza, só vai fazer bem pra gente. Sem a nossa natureza não conseguimos viver, cuidando da natureza estamos cuidando da nossa vida".

Durante o Seminário, os pesquisadores e pesquisadoras apresentaram suas experiências relacionadas ao tema do evento, como a pesquisa de doutorado em Ecologia Humana conduzida por Roseane Rocha, que tem como objetivo compreender se o trabalho desenvolvido pelo Irpaa com o projeto Recaatingamento contribui para o fortalecimento das identidades caatingueiras. Assim, os agricultores e agricultoras, tiveram a oportunidade de relacionar os resultados dessas pesquisas com suas próprias experiências na conservação do bioma.

Ao longo do evento, foram apresentados os resultados das ações de Recaatingamento em várias comunidades da região, destacando-se a valorização da Caatinga em Pé, com base nas experiências de diferentes comunidades do Semiárido.

Maria Silvani dos Santos, da fazenda Sariema, distrito de Pinhões, em Juazeiro, contou que recentemente encontrou três pés de mandacaru no seu quintal, que fica próximo à área de Recaatingamento, algo que há muitos anos, a agricultora não via na região. Dessa forma, ela afirma que "Recaatingamento é vida, dentro da área e nos entornos também".

"Essas experiências do Recaatingamento, em outras regiões, trazem uma perspectiva de que essas comunidades também passem a desenvolver ações, assim como outras experiências sejam desenvolvidas aqui", pontuou a colaboradora do Irpaa, Adriana Nascimento, destacando a importância da troca de conhecimentos entre comunidades.

Além disso, houve um debate sobre estratégias para a conservação da Caatinga, abordando as práticas de construção e implementação de planos de manejo sustentável com base nas experiências do Irpaa e da Embrapa, na perspectiva da Convivência com o Semiárido. Durante as apresentações foram expostos dados referentes a cercamento, planos de manejo, ações hidroambientais, defensores da Caatinga e metas ambientais.

Além de pensar nas estratégias, é preciso refletir sobre os desafios, como aponta a agricultora Antonieta de Jesus, do Território de Fundo de Pasto Maparium, no município de Mirangaba-BA, que afirmou que as comunidades enfrentam muitos obstáculos para manter a Caatinga de pé. "O Recaatingamento pra gente é novo. Então, entre os desafios, além de grilagem e eólicas têm também a conscientização do povo que o território, o Fundo de Pasto, é nosso e precisa ser preservado".

A última atividade do Seminário consistiu na divisão dos participantes em grupos para discutir o Plano de Manejo Sustentável e o Recaatingamento, com o desafio de aplicar e efetivar os planos nas comunidades, incluindo dificuldades, avanços e ajustes necessários para cada realidade. Os grupos fizeram apresentações coletivas durante a plenária.

Os participantes enfatizaram ainda a importância de ativar e fortalecer os conselhos governamentais e formar parcerias para criar ações permanentes que abrangem várias áreas, incluindo educação, meio ambiente, saúde e agricultura. Eles também solicitaram a criação de uma agenda comunitária para o Dia Nacional da Caatinga, com ações para conscientização e preservação desse bioma.

A coordenadora administrativa do Irpaa, Nívea Rocha, destacou a importância do apoio do Governo da Bahia e ressaltou que o Seminário de Recaatingamento aborda temas urgentes em sua essência, como o cuidado com o meio ambiente, a defesa dos territórios e o tamanho da terra apropriada. "É esperado que o compromisso do Governo do Estado resulte em ainda mais políticas públicas para que o Recaatingamento possa ser estendido a outras áreas, aumentando o acesso à água, fortalecendo a segurança alimentar e garantindo a regularização fundiária. Todo esse conjunto de ações irá potencializar e fortalecer ainda mais a nossa Caatinga e as iniciativas de Recaatingamento", ressalta Nívea.

O III Seminário Estadual de Recaatingamento realizado pelo Irpaa tem apoio do Pró-Semiárido, projeto do Governo do Estado da Bahia realizado através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com recursos de Acordo de Empréstimo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

(Fonte - Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa)

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GRUPO LOJAS NETO TINTAS LAMENTA COM PROFUNDO PESAR O FALECIMENTO DE NANCY MARIANO LINO DE SOUZA

O GRUPO LOJAS NETO TINTAS vem a público lamentar, com profundo pesar de Nancy Mariano Lino de Souza, aos 65 anos, ocorrido nesta sexta-feira (10).

Juazeiro acordou mais triste com a informação do falecimento de Nancy Mariano Lino de Souza formada em Letras e Serviço Social, mas grande parte da sua vida se dedicou ao comércio de tintas ao lado do esposo Aliomar da Tinpautos.

Nancy sentiu fortes dores no abdômen, apresentou um quadro febril e na última quarta-feira (08) dia Internacional da Mulher foi hospitalizada na Unimed.

Nancy, 65 anos, deixa os filhos Rafael Lino, conceituado advogado de Juazeiro, Mirella (Médica) e Larissa (odontologa), bem como os netos Ricardo e Maria.

O velório ocorrerá a partir das 11 horas na Sala 011, do SAF-Juazeiro e o sepultamento se dará às 17 horas no cemitério central.

Aos familiares e amigos os votos de pesar de toda equipe da Rede GN.

A Prefeitura de Juazeiro também prestou solidariedade a familia.

Confira Nota

Pelos seus relevantes serviços prestados, a prefeita Suzana Ramos lamenta o seu falecimento.  "É com muito pesar que recebi a triste notícia do falecimento da minha amiga Nancy Lino, ocorrido nesta sexta-feira. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que dê conforto à sua família para que possa enfrentar esta imensurável dor com serenidade. Juntamente com toda a administração municipal, unimos a eles nossas orações. Que Deus conforte o coração de todos", declarou a prefeita Suzana Ramos.

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PRIMEIRA EDIÇÃO DA TRAVESSIA DAS SEREIAS ACONTECE NO DOMINGO (12)

As mulheres vão ocupar as águas do Rio São Francisco neste domingo (12), com a 'Travessia das Sereias'. O evento, que conta com apoio da Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte), é uma realização do grupo 'Sereias do Rio' para celebrar o Dia Internacional da Mulher, exaltando a união e a força das nadadoras do Rio São Francisco.

A largada está prevista para às 7h30, do Condomínio Colina do Rio. Um percurso de 2,5 km até o quiosque da Arca Sport, na Orla 2 do município. O evento disponibilizará medalha de participação para as competidoras que completarem a prova e troféus distribuídos por categoria.

O Secretário de Cultura, Turismo e Esportes, Sérgio Fernandes, falou sobre o apoio à competição. "Enquanto gestão municipal, nosso papel é fomentar atividades que incentivem a prática esportiva, porque esporte é saúde. Além disso, esse tipo de iniciativa também contribui para reforçar a vocação para os esportes aquáticos", disse o gestor.


 



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LIVRO REVISITA A CENA MUSICAL DE ZÉ DA FLAUTA

Músico, compositor e produtor cultural, Zé da Flauta também é um bom contador de histórias. Tempos psicodélicos e outros tempos, a ser lançado pela Cepe Editora, comprova tal habilidade. No livro, ele conduz o leitor a fatos importantes da música pernambucana ocorridos nos últimos 50 anos. 

Alguns dos momentos já mereceram dissertações e teses, mas o autor faz o resgate com diferencial de quem participou ativamente deles, de maneira leve e, às vezes, com uma pitada de humor. O lançamento será no dia 10 de março, às 19 horas, na loja Passa Disco, Espinheiro.

Em 300 páginas, os relatos do autor reúnem dados autobiográficos e da história política e cultural recente. O ponto de partida do livro, o primeiro do músico, são os efervescentes anos 1960, estendendo-se até a década passada. Entre os destaques, os anos 1970, período em que Zé da Flauta se junta a nomes como Lailson de Holanda (1952-2021) e Paulo Rafael (1955-2021) - com os quais fundou a banda Phetus -, Lula Côrtes (1949-2011), Zé Ramalho, Flaviola (1952-2021), Alceu Valença e a bandas, a exemplo de Ave Sangria, no Udigrudi pernambucano. Este, um movimento influenciado pela psicodelia do festival Woodstock, realizado em 1969 nos Estados Unidos.

O livro é resultado de cerca de uma década de anotações. "A ideia estava na minha cabeça há muito tempo. Então, abri uma pasta no computador e fui anotando o que gostaria de escrever", revela. A escrita se deu em curto tempo: dois meses. Zé da Flauta detalha que escreveu todos os textos entre outubro e novembro de 2020, em plena pandemia da covid-19, e com o propósito de mostrar o lado de alguém que viveu o movimento cultural pernambucano.

Zé da flauta lembra que existem muitas, e boas, teses acadêmicas sobre o movimento psicodélico nordestino. Os estudos, enfatiza, são focadas "em múltiplos ângulos, entre eles os culturais, históricos e sociológicos", mas que ele, o autor, sentia falta "de algo que pode concorrer para jogar um pouco mais de luz sobre essa 'agitação artística' ocorrida na década de 1970, que, de tão espontânea, não teve nem manifesto".

Assim, ao abordar os fatos, o autor traz detalhes dos fatos vividos por ele e desconhecidos do público, a exemplo do que se passou no I Parto da Música Livre do Nordeste, festival que reuniu bandas de rock e Luiz Gonzaga no Teatro de Santa Isabel, no Recife, e atraiu a imprensa local e nacional. O evento prometia muito, diz Zé da Flauta. "Seria uma noite de experimentalismo e rebeldia, mas não se limitava a isso. Tinha também o objetivo de aproximar ainda mais a nova cena musical do Recife com o regionalismo". Em meio aos gritos, performances e visuais excêntricos, no entanto, o Rei do Baião deixou o teatro de fininho.

"É claro que ele (Luiz Gonzaga) estava bem assessorado. Ou seja, pessoas que o acompanhavam entraram no teatro para verificar o clima predominante e devem ter dito a ele algo do tipo: a previsão é de muitos raios e trovões", descreve. No meio da "tempestade", completa o autor, Flaviola - poeta, cantor, compositor recifense e um dos principais nomes da cena musical psicodélica local - fez uma performance explicitamente homossexual, o que rendeu ao artista um convite para, no dia seguinte, dar umas explicações à Polícia Federal. Vivia-se a ditadura militar (1964-1985).

A experiência de Zé da Flauta como músico inclui trabalhos com o Quinteto Violado e Alceu Valença. Ao integrar o Quinteto, fez shows com Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Anastácia, a Banda de Pífanos de Caruaru, Jackson do Pandeiro, entre outros. "Eram encontros maravilhosos. Eu estava conhecendo pessoalmente e tocando com artistas dos quais há vários anos eu comprava os discos e admirava bastante", acrescenta.

No livro, Zé da Flauta resgata sua participação nas gravações dos discos Coração Bobo, Cinco Sentidos e Cavalo de Pau de Alceu Valença, bem como em turnês internacionais e festivais, como Rock in Rio (1985). "Eu não só tocava flauta, também compunha e colaborava nos arranjos. Foi no disco Cinco Sentidos que gravei minha primeira parceria com Alceu", diz. A música era Fé na perua. Depois vieram Escorregando no pífano e Rajada de vento.

Produção cultural-Sobre a condição de produtor, o autor detalha no livro experiências que contribuíram para alavancar a carreira de Lenine e do alagoano Carlos Moura, compositor e intérprete de Minha Sereia, e bandas como Cascabulho e Querosene Jacaré. Entre as produções de caráter único, cita uma em que o grupo Hanagorik, da cidade de Surubim e com visibilidade internacional, dá uma roupagem de rock a gravações de Alceu Valença.

Outras produções singulares, datadas de 1981, foram os quatro LPs dos forrozeiros Toinho de Alagoas, Zé Orlando, Heleno dos Oito Baixos e Duda da Passira. Dois dos quatro discos, os de Toinho e Zé Orlando, foram lançados, mas pouco sucesso fizeram. Por anos, os dois discos lançados ficaram esquecidos nas prateleiras da gravadora Vison (RJ), sendo descobertos pelo norte-americano Gerald Seligman, consultor musical das gravadoras Rounder Records, dos Estados Unidos, e Globstyle, da Inglaterra.

 Seligman gostou do que ouviu e também das fitas de Heleno e Duda e juntou tudo no CD Brazil Forró, que rendeu a indicação como finalista ao Grammy, na categoria Tradicional Folk. O primeiro lugar não veio, mas o reconhecimento mundial ao trabalho de José Vasconcelos de Oliveira, nome de batismo de Zé da Flauta, sim.

Serviço: Lançamento do livro Tempos psicodélicos e outros tempos

Quando: 10 de março, sexta-feira

Horário: 19h

Onde: Loja Passa Disco

Endereço: R. da Hora, 345 - Espinheiro - Galeria Hora Center

 Entrada franca

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POETA FALÇÃO LANÇA SEGUNDA EDIÇÃO DO LIVRO POEMAS ABRANGENTES

Eu sou um livro profundo 
Sou poemas abrangentes 
Sou do tamanho do mundo 
Com histórias diferentes 
Tenho dezenas de rostos 
Para diferentes gostos
Sou poemas popular 
Simplesmente sertanejo 
O que sinto e o que vejo
Quero lhes presentear.

Poemas Abrangentes. Este é o título do livro do poeta Falcão em sua segunda edição. O livro reúne temas sobre a humanidade, entre eles, sertão, Luiz Gonzaga, injustiça social, cidadania. O livro são ideias em forma de poemas. E está a venda no Parque Asa Branca, em Exu, Pernambuco.

O poeta Falcão também inovou ao montar, através de um fusca, a itinerante ideia de divulgar o cordel pelas ruas de Exu, Pernambuco e região da Chapada do Araripe.  Em Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, Antônio Givaldo Taveira dos Santos é conhecido pelo nome de Poeta Falcão.

O poeta teve a idéia de lançar o Cordel no Fusca e a  proposta ganhou popularidade e hoje o cordelista é convidado para participar de palestras, oficinas em outras cidades.

Nascido no dia 21 de abril de 1969, no sítio lagoa do meio Exu Pernambuco, o poeta é casado com Maria de Jesus Soares taveira, com a qual tem uma filha,  Sarah Taveira Soares. "Iniciei a minha trajetória poética aos dez anos de idade. Desde pequeno ouvia as poesias de Patativa do Assaré, nos rádios de pilha, minha mãe era leitora de cordéis. Atualmente sou autor de quase trinta cordéis e três livros de poesia popular brasileira", afirma o poeta. 

Ele conta que ainda em 2019 teve a ideia de criar o Projeto Cordel no Fusca, para servir de atração turística  no Museu do Gonzagão, o qual comercializa cordéis.  "No futuro pretendo adesivar no fusca com figuras de literatura de cordel, e  fotos do Luiz gonzaga e Patativa do Assaré, com cores da bandeira de Pernambuco.

Nas redes sociais, Poeta Falcão recebe centenas de incentivos e comentários. "O projeto incentiva as crianças, jovens e adultos, a adquirir a prática da Leitura da literatura de cordel, para isso preciso angariar fundos para ampliar o projeto. Preciso de patrocinadores", finaliza o Poeta Falcão.

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